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Universidade de Brasília (UnB)

Faculdade de Ceilândia (FCE)


Aluna: Telma Keidi de Lima Ruivo
Matrícula: 211014387
Resenha

Sou uma pessoa branca, casada com uma pessoa branca e filhos brancos, e
apesar de tê-los ensinados que todos somos iguais, costumo dizer que eles me
ensinaram muito mais. Já fui contra cotas, achava hipocrisia, mas na verdade é que
minha ignorância não me deixava ter a visão que tenho hoje, escutei da minha filha,
que é necessário o sistema de cota, até que um dia não precise mais.
A universidade trouxe para mim, um novo olhar para o outro, entender o outro, e
não só aceitar, ajudar para o direito de todos sejam respeitados. Outro ponto
fundamental nessa vivência é poder explicar para alguém que tenha qualquer tipo de
preconceito; discriminação ou intolerância, que possa ser pessoal ou coletivo. Temos
sim que levantar bandeira, temos sim que falar e até gritar se for possível, poderia
dizer que nunca passei nenhuma discriminação, mas a mulher simplesmente é
discriminada apenas por ser nascido mulher, e se for uma mulher preta a
discriminação vai ser maior.
Estamos no século XXI, na era da informatização, aonde poderia reinar a paz, pois
a internet, poderia uma preciosa aliada com a informação. Mas infelizmente por ela o
ódio só aumenta, vemos a propagação da intolerância religiosa aumentar a cada dia,
os preconceitos: raciais, LGBTQI+, entre vários outros. Se a pessoa tem a cor da
pele, o cabelo, ou opção de sexo que não seja padrão já é apedrejada, mas quem
ditou que existe um padrão certo, uma religião, uma cultura?
Por muito tempo eu fiquei calada, por muito tempo não tinha voz, o sofrimento do
outro me incomodava, mas não no ponto de tirar minha paz, não no ponto para que
eu pudesse erguer o meu tom de voz, não para brigar, mas é nosso dever ajudar
sempre aquela pessoa que as vezes ficou paralisada sendo ofendida, precisamos
agir, precisamos conscientizar que quando não fazemos nada somos conveniente,
acatamos o que os outros acham que é o certo, quando não fazemos nada vendo o
errado, somos errados também.
No artigo do Rafhael Bispo, “VOCÊ SENTE O QUÊ?”, foi uma leitura que trouxe o
meu eu perguntando o que eu sentia, com tanta notícia por dia, da dor do outro, já
chorei vendo algumas matérias sobre violências e mortes, já também senti indiferença
por outras que vejo quase todos os dias, e também o constrangimento de fazer parte
dessa sociedade e talvez não fazer nada por ela. Através de grandes escritores,
posso buscar as informações que almejo, e posso levar as pessoas que não
possuem, posso ajudar as pessoas mais vulneráveis, as políticas públicas são
necessárias em um mundo aonde se reina ainda o preconceito.
Acredito que para um estudante de bacharel em saúde é fundamental o cuidado
com o outro, é enxergar a pessoa não só como um paciente e sim como um ser
humano.

Bibliografia:

SARTI, Cynthia. A dor, o indivíduo e a cultura Link:


https://www.scielo.br/j/sausoc/a/yB9JZkG6kXCdc5pTz4SWDFc/?format=pdf&lang=pt
Acesso: 14/11/2022

BISPO, Raphael. Você sente o que? [SYN]THESIS, Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, p. 99-115,
set./dez. 2021. Cadernos do Centro de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro- Link: file:///C:/Users/Pessoal/Downloads/65837-231869-1-SM%20(2).pdf Acesso:
07/01/2023

KILOMBA, Grada_Memórias da plantação_ LINK:


https://aprender3.unb.br/pluginfile.php/2419753/mod_resource/content/2/KILOMBA%2C%20
Grada_Mem%C3%B3rias%20da%20planta%C3%A7%C3%A3o_racismo%20coidiano_femini
smo%20negro.pdf Acesso: 14/01/2023

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