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#CHEGADE

INTOLERÂNCIA
RELIGIOSA

um pequeno manual
para combater o preconceito
e a violência
Com este pequeno manual, você vai
conhecer 10 dicas práticas de como agir
na luta por um mundo com mais
respeito!
Leia com atenção, compartilhe com
Você sabia que a cada 15 horas um caso amigos, amigas, familiares, colegas de
de Intolerância Religiosa é registrado no sala, nos espaços religiosos que você
Brasil? O dado é da Secretaria Especial frequenta… Ao espalhar este material
dos Direitos Humanos e expressa parte por aí, você contribui para informar
da realidade que vivemos no nosso país. cada vez mais gente sobre a importância
Isso porque nem todo mundo sabe como de combater a Intolerância Religiosa.
combater e denunciar estas violências. Vem junto!

O QUE É INTOLERÂNCIA RELIGIOSA?


Nada mais é do que discriminar, agredir ou ofender alguém pela religião que a
pessoa segue ou pela falta de crença em alguma divindade. Também é
considerado intolerância impedir o culto, o acesso ou o direito de trabalho de
alguém por motivos religiosos.

Um país laico, como o Brasil, não apoia ou discrimina nenhuma religião. Muito pelo
contrário! Aqui a gente defende a liberdade de culto e de crenças, respeitando a fé
de cada pessoa.
10 práticas para combater a
Intolerância Religiosa

1. Conhecimento é sempre a melhor saída.


Se você é adepto ou não de alguma religião e tem
alguma má impressão ou pré-conceito sobre outra
crença, que tal se informar melhor? Procure um amigo
ou amiga que faz parte deste grupo ou algum
youtuber que esteja falando sobre o tema.

Ser sincero e respeitoso sobre suas dúvidas é muito


melhor do que sair reproduzindo besteiras que podem
constranger ou ofender alguém!

2. Evitar expressões que você sabe que são


preconceituosas!
Vem cá, você precisa mesmo falar “Chuta que é
macumba!”? Macumba mesmo é o nome de um
instrumento musical no Rio de Janeiro. Todo o restante
é só preconceito!

Antes de falar algo, pense se aquela expressão é a


mais adequada. Ah! Se alguém te disser que isso não
é legal, esteja disposto a ouvir e respeitar.
3. Aproveite algumas datas importantes
para falar sobre assuntos como esse!
O dia 21 de janeiro, por exemplo, é o dia de combate à
Intolerância Religiosa. Sua origem é, justamente, por
conta de uma violência que levou a morte de Mãe
Gilda nos anos 2000.

Que tal organizar uma roda de conversa na sua escola


ou entre seu grupo de amigos para discutir o assunto?
Você pode assistir um vídeo que fala sobre as
diferentes religiões que existem no Brasil. Sempre
existe uma oportunidade para aprender mais!

4. Aprenda a conviver com as diferenças. A


diversidade é saudável e potente!
Se você encontrar uma mulher de véu nas ruas, é
provável que essa vestimenta faça parte da cultura
dela e seja importante pra ela. Isso você já sabe, né?
Mas o negócio é o seguinte: se você não a conhece,
ficar encarando pode ser um tanto constrangedor,
certo?

As pessoas são diferentes - vivem experiências,


culturas, aprendizados, relações, contextos e histórias
diferentes. E tudo bem… Aliás, ainda bem, né?
Naturalizar este pensamento é um passo importante
que temos que dar!
5. Conheça a História das diferentes religiões
no Brasil.
Hoje o cristianismo, católico ou evangélico, é a principal
religião do país! Mas as coisas nem sempre foram assim.
Que tal pedir pro professor de história contar um pouco
da história das religiões no Brasil?

Quais as religiões dos indígenas que viviam aqui antes


da colonização dos portugueses? E qual a primeira Igreja
que chegou com os colonizadores? Como surgem os
evangélicos e onde? Existem outras religiões? Os
budistas e messiânicos são expressivos no Brasil?

É tanta coisa pra aprender que a gente se perde!

6. Cuidado com o racismo religioso!


No Brasil, a Intolerância Religiosa muitas vezes se
confunde com racismo religioso! Tanto que as pessoas
estão pensando em substituir um termo por outro.
Principalmente porque os casos de intolerância mais
violentos acontecem, em sua maioria, com religiões de
matriz africana - como o candomblé e a umbanda.

Se você achar que esse é o caso na sua escola, bairro ou


grupo de amigos, que tal começar discutindo racismo?
Reflitam juntos: por que, muitas vezes, as coisas que são
de preto assustam, são ruins ou metem medo?

Talvez esse seja um primeiro passo! Discutir a cultura


negra em seus muitos aspectos. Afinal, o brasileiro adora
um pagode - mas se a origem do pagode é o samba, o
samba vem da onde?
7. Não se cale diante de um comentário
intolerante, preconceituoso ou “só” bobo!
Muitas vezes as pessoas ao nosso redor fazem
comentários chatos, principalmente quando acham que
não tem ninguém que pode se ofender ou dizem que é
“apenas uma brincadeira”. É nessa hora que você deve
falar algo. Não é porque vocês estão entre amigos que se
pode falar qualquer coisa!
Se posicionar e combater a violência não é mimimi - pelo
contrário! Fique com a consciência limpa, porque você
estará trabalhando por um ambiente mais seguro.

8. Acolha o seu amigo ou amiga que sofreu


com essa violência!
Diante de uma ação de Intolerância Religiosa com algum
amigo ou amiga, vocês devem sempre se proteger para
que a situação não fique mais violenta. E, logo em
seguida, o acolhimento é o mais importante. Como
cuidar daquela pessoa que foi violentada e pode estar
sensível?

As reações em coletivo são sempre as mais potentes!


Que tal escrever uma carta explicando porque a situação
não foi legal? Procurar a direção e coordenação da
escola para organizar uma ação educativa? Ou mesmo
protestar com cartazes? Além de fortalecer quem sofreu,
ainda mostra que esse tipo de atitude não passará
impune!
9. Ligue pro Disque 100.
O Disque 100 é o canal do Ministério dos Direitos
Humanos que centraliza as denúncias de discriminação
religiosa. Eles são as pessoas que têm poder para apurar
as denúncias e tomar as medidas cabíveis para cada
situação! Mesmo que você acredite ser algo menor,
registrar uma denúncia também é importante para que
existam dados sobre a realidade brasileira.

10. Chame a polícia e vá para a delegacia!


Qualquer atitude violenta por diferença religiosa é
considerado um crime e a liberdade de exercer
quaisquer crenças ou fé é uma garantia da nossa
Constituição. Uma atitude discriminatória é um crime
passível de punição, prescrito na Lei 9.459, de 1997, que
considera crime a prática de discriminação ou
preconceito contra religiões.

O CRIME de discriminação religiosa é INAFIANÇÁVEL e


IMPRESCRITÍVEL, ou seja, o acusado pode ser PUNIDO a
QUALQUER TEMPO. Por isso, saber dos seus direitos é
fundamental para defender a democracia!
Faça parte da maior comunidade de
adolescentes e jovens que buscam
por uma mudança no Brasil!
Aqui, sua voz importa.

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