Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Problemas absurdos,
soluções inúteis
Em 2017, o coletivo sanga, em parceria com os Começamos apresentando aos educandos uma
aprendizes da Oniversidade, criou uma oficina HQ que ilustra um “problema absurdo”: uma
chamada Despreender, sobre o avesso do pessoa está comendo, e começa a comer cada
empreendedorismo. Através de uma série de vez mais coisas, até que começa a comer carros,
atividades lúdicas, os participantes são navios, planetas… nisso, outras pessoas,
convidados a pensar de maneira crítica e criativa preocupadas com a situação, decidem matar
a respeito do que é empreender, de quem são os esse ser que come tudo, e o fazem. Tudo parece
empreendedores e do que significa ser criativo e resolvido, mas… o fantasma dele volta para
resolver problemas. continuar comendo!
2
Disponha as mesas ou carteiras de forma a criar estações de trabalho
para cada dupla ou trio. É bom que as estações não sejam muito
próximas, incentivando a concentração.
3
Em cada estação, coloque uma cópia da HQ impressa, canetinhas e
papel (A3 ou A4).
4
Quando os participantes chegarem, deixe claro que a atividade do dia
serve para estimular a criatividade, que não estamos buscando
soluções “corretas” e “objetivas”, mesmo porque os problemas são
“absurdos”! A ideia é deixar rolar e colocar no papel todas as soluções
possíveis, por mais absurdas que pareçam. Reforce que as soluções
devem ser apresentadas, como o problema, visualmente, sem texto
corrido (mas são permitidos balõezinhos, legendas e outros pequenos
textos). Se houver tempo, vale começar o dia com uma atividade
divertida e criativa, tipo teatro de improvisação, para dar o tom da
atividade.
5
Peça que os participantes se dividam em duplas ou trios e se dirijam às
estações de trabalho. Dê 15 a 20 minutos para que leiam a HQ,
conversem sobre o problema e desenhem as soluções possíveis. Se a
turma quiser, pode-se colocar uma música pra tocar, mantendo o clima
descontraído.
6
Durante esse tempo, circule entre as duplas ou trios, e faça pequenas
intervenções caso sinta que os participantes estão “travados” ou presos
a soluções concretas. Faça perguntas disparadoras e reforce que a ideia
é “pirar na batatinha”! Vale também reforçar que a atividade não tem
nada a ver com “desenhar bem”, que é possível transmitir suas ideias
desenhando bonecos de palito.
Dica: Se for uma turma muito avessa ao desenho, pode ser bacana ter
! revistas velhas, tesoura e cola, para que a colagem possa ser uma
linguagem alternativa.
7
Acabado o tempo, promova uma “apresentação silenciosa”: cada dupla
ou trio mostra o(s) desenho(s) que fez, mas só os outros participantes
podem comentar; quem fez o(s) desenho(s) deve ficar, num primeiro
momento, calado. A ideia é permitir que os participantes percebam se
conseguiram transmitir, através do desenho, suas ideias. Também é
interessante, para a dupla, notar que às vezes as outras pessoas
enxergam nos nossos desenhos coisas que nem nós mesmos havíamos
visto. Após esse primeiro momento, a dupla ou trio pode comentar o
seu trabalho, complementando ou até mesmo discordando do que tiver
surgido no coletivo.
8
Depois que todas as duplas ou trios tiverem apresentando seus
trabalhos, puxe uma conversa a respeito. Sugestões de perguntas
disparadoras:
11
Fale brevemente sobre como vivemos cercados de diferentes
mitologias. Vale falar sobre o Cupido, por exemplo, ou sobre mitos
famosos, como o de Édipo. Mas é importante também mostrar que
existem outras mitologias muito ricas além da greco-romana, com a
qual temos mais contatos. Mitologias como a dos Orixás ou as
ameríndias também nos dizem respeito. Uma mitologia é um conjunto
muito antigo de histórias que nos dizem respeito a todos. De que
narrativas mitológicas a turma é capaz de se lembrar? Qual é a origem
delas?
12
A partir dessa conversa, estimule que os participantes estabeleçam
relações e paralelos entre a história de Exu e suas próprias vidas.
Sugestões de perguntas disparadoras:
a) Exu não comia só comida, ele comia as árvores, o mar… o que mais
nós podemos “comer”? Nós temos “fome” de quê?