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RESUMO
A temática abordada é a efetividade na cobrança dos débitos fiscais, e qual o
melhor mecanismo deve-se adotar para chegar à liquidação, bem como
elucidar as falhas rotineiras que vêm acarretando a baixa eficácia e lotado o
sistema judiciário. Todavia, o presente estudo tem como objetivo estudar
alternativas de cobranças para obter mais efetividade no recebimento dos
créditos fiscais, de forma que desafogue o judiciário. A pesquisa foi elaborada
utilizando como método a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental,
apresentando estudo de doutrinadores, artigos, jurisprudências e outras fontes
do direito, que defendem a necessidade da criação de critérios objetivos para
haver melhoras na eficiência da cobrança dos tributos, visto que os devedores
têm se capacitado, devendo o Estado se reorganizar a fim de sanar os vícios
nas cobranças fiscais.
ABSTRACT
The theme addressed is the effectiveness in the collection of tax debts, and
what is the best mechanism to adopt to reach liquidation, as well as elucidating
the routine failures that have resulted in low efficiency and crowded the judicial
system. However, this study aims to study collection alternatives to obtain more
effectiveness in receiving tax credits, in a way that relieves the judiciary. The
research was developed using bibliographic research and documentary
research as a method, presenting the study of scholars, articles, jurisprudence
and other sources of law, who defend the need to create objective criteria to
improve the efficiency of tax collection, since debtors have been trained, and
the State must reorganize itself in order to remedy the defects in tax collections.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi desenvolvido para demonstrar a forma que tem se
desenvolvido as ações de execuções fiscais no sistema judiciário brasileiro, e
importância dos tributos para a realizações de políticas públicas.
Se faz importante este estudo pois 93,5% das verbas das administrações públicas
diretas e indiretas advém de impostos, e quando não há o pagamento, os cofres
públicos sentem a falta do montante. Mas, por quê não há o pagamento? Talvez a
forma de cobrar esteja errada, talvez o tempo de cobrar esteja impróprio, talvez o
valor cobrado tenha sido injusto, mas pelos números se nota que há algo errado no
mecanismo de impor, de cobrar e executar.
Porém, mesmo sendo uma ação direta e objetiva, na maioria dos casos como será
exposto no decorrer do estudo, há demora excessiva no trâmite destas ações, e a
grande maioria é extinta devido a prescrição intercorrente, com resolução do mérito,
ou seja, a Fazenda ao invés de receber o crédito, teve mais prejuízo devido ao custo
da ação judicial, apesar de, na maioria dos casos extintos por este motivo os Juízes
têm adotado a doutrina majoritária, isentando as fazendas de custas processuais.
No terceiro capítulo, foi feito um estudo sobre os atuais mecanismos utilizados para
a cobrança do crédito tributário, sendo pesquisado a execução fiscal, o protesto da
CDA e a ação cautelar fiscal.
Por fim, no último capítulo foi feito um estudo acerca de ideias visando melhorar a
problemática, alcançando a efetividade, para que o Estado receba o que lhe é devido
para que possa instituir políticas públicas, que beneficiem a qualidade de vida de
todos, e a instituição de mecanismos mais efetivos a fim de aliviar o sistema judiciário
que se encontra sobrecarregado de execuções fiscais.
2 DA EXECUÇÃO FISCAL
2.1 DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
A obrigação tributária “surge com a ocorrência do fato gerador, que tem por objeto o
pagamento do tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o
crédito dela decorrente (...)¹, em razão do que o vínculo jurídico – unindo o Poder
Público e os particulares – nasce em virtude das atividades/situações tipificadas
legalmente como tributos, taxas, multas, e implicam o recolhimento do respectivo valor
pecuniário"²
____________________________
¹ Art. 113, § 1º do CTN - A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto
o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela
decorrente.
² MELO, José Eduardo Soares de. Curso de direito tributário. 6. ed. São Paulo: Dialética, 2005. p.
213/214.
A hipótese de incidência divide-se em dois: o principal e o acessório. Na prática, o fato
gerador principal se dá quando a obrigação for definida em lei como necessária
suficiente à sua ocorrência.
Portanto, dívida ativa é toda aquela que deriva de tributos e da penalidade deles
decorrentes, cujo contribuinte não satisfez, dentro do prazo fixado por lei ou através
de decisão administrativa, o crédito tributário. Em sendo assim, dívida ativa nada mais
é do que o crédito que o Estado possui para com o contribuinte, o qual será cobrado
através do processo de execução fiscal.
____________________________
³ WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso avançado de processo civil: processo de execução v. 2. 7. ed.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005., p. 383
⁴ CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário, p. 542.
correção monetária, a origem do crédito, sua natureza tributária ou não tributária, seu
fundamento legal ou contratual, a data da inscrição e, se for o caso, o número do
processo administrativo no qual o débito foi constituído (art. 201 do CTN e art. 2º, § 5º,
da Lei 6.830/80). ⁵
Nesse entendimento, nota-se que a inscrição da dívida ativa possui como finalidade
legal tornar o título executivo algo certo e líquido, para que, desta forma, a Fazenda
Pública ou suas autarquias possam cobrá-lo.
A efetividade na cobrança dos débitos fiscais, atualmente, tem tido índices muito
baixos, desta forma, se faz necessário um estudo sobre qual o melhor mecanismo
que deve se adotar para chegar à liquidação, e elucidar os erros que tem se
cometido, os quais tem acarretado baixa eficácia e lotado o sistema judiciário.
Tampouco poderia ser tida como efetiva a execução fiscal que se refere a termo de
inscrição de dívida ativa ou certidão de dívida ativa que padeça de vícios graves (que
não observe os mais elementares requisitos previstos nos parágrafos 5º e 6º do art.
2º da Lei 6.830/1980). Não seria efetiva, enfim, a execução fiscal que não respeita
os requisitos legais, mas essa primeira noção não pode se limitar apenas aos
requisitos de origem para o ajuizamento de uma execução fiscal capaz de alcançar
o seu fim imediato: uma execução fiscal que respeite todos os requisitos formais,
prescricionais e decadenciais. ⁶
____________________________
⁵ CHIMENTI, Ricardo Cunha. Direito Tributário: com anotações sobre direito financeiro, direito
orçamentário e lei de responsabilidade fiscal. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 85.
⁶ Alves, Henrique Napoleão. Um ensaio para a efetividade da execução fiscal. Rio de Janeiro, pág. 38.
2012.
3.1 ÍNDICES DAS EXECUÇÕES FISCAIS NO SISTEMA JUDICIÁRIO BRASILEIRO
____________________________
⁷ CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Justiça em Números 2020. Brasília: CNJ, 2020. Disponível
em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-
N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf. Acesso em 01 set. 2021.
Por conseguinte, o presente estudo tem o objetivo explanar as ações de execução
fiscal, mostrando os dados, e sua baixa efetividade, bem como propor mecanismos
para que a supracitada ação possa melhorar em celeridade e liquidação.
Observando o que foi levantando anteriormente, que a baixa efetividade faz com
que as Fazendas Públicas gastem ainda mais, sem a certeza de vir receber o débito.
Isto acontece pois as mesmas vêm ignorando os princípios da eficiência, da
moralidade e da razoabilidade, ao ajuizarem milhares de execuções fiscais de
valores irrisórios, cujo custo de movimentação do Poder Judiciário acaba sendo
maior que o valor cobrado, ou mesmo na cobrança de valores razoáveis, tem se
frustrado a execução, não conseguindo o exequente obter nenhuma satisfação do
crédito, pois na grande maioria das ações os devedores não são localizados, sendo
realizadas as citações por editais, ou quando é citado pessoalmente, não possui
bens suficientes para a quitação do débito.
Tal deficiência na cobrança judicial de débitos fiscais se dá muitas vezes por não
conseguirem ao menos encontrar o devedor, tendo processos que tramitam por 08
(oito) anos aguardando que o executado citado por edital quite as dividas. Outro
fator, que acarreta a deficiência é a dissolução irregular das empresas, ou de bens
que possam ser penhorados, tornando as buscas por localiza-las infrutíferas.
(…)
Proposta a execução fiscal dentro do prazo legal de cinco anos, esta, como de
ordinário qualquer execução, tem seu desenvolvimento regular com a citação
do devedor e a procura de bens que possam satisfazer o credor, devendo, ao
fim, dar a este efetivamente a prestação a que tem direito. Neste sentido, cito
os ensinamentos do Professor Barbosa Moreira:
(…)
Mas, antes mesmo da Execução Fiscal, pode ser interrompido o prazo
prescricional. O art. 174, parágrafo único, inciso II, do CTN estabelece, como
causa interruptiva, o protesto judicial promovido pelo Fisco, o que se dá nos
termos do art. 726, §2º, do CPC. Já o inciso III do mesmo parágrafo estabelece,
como causa interruptiva, “qualquer ato inequívoco que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor”, no que se enquadram as declarações
ou confissões de débito pelo contribuinte, inclusive para fins de parcelamento,
e o oferecimento de caução em garantia através de ação cautelar.
(…)
(…)
Enfatizo que os requerimentos feitos a este juízo para que fossem feitas
pesquisas através dos sistemas informatizados (BACENJUD, RENAJUD,
INFOJUD-DOI, INDISPONIBILIDADE DE BENS PELA CNIB) jamais tiveram o
condão de exigir a parte exequente de diligenciar administrativamente para
localizar bens passível de constrição. O maior interessado na satisfação do
crédito é o exequente, portanto, a ele recai o ônus de sempre imprimir
diligências concretas para tentar localizar bens penhoráveis. [grifo
nosso]
(…)”
Nessa sentença, fica claro que as procuradorias têm sua parcela de culpa no baixo
índice de quitação do débito, visto que muitos processos são extintos por prescrição
pela falta de indicação de bens passíveis de penhora, o que interromperia a
prescrição, mas como já assinalado é difícil para esses orgãos confrontar um devedor
que se qualifica conforme os anos de tramitação da execução, enquanto o exequente
fica preso a seguir a Lei 6830/1980, pelo princípio da legalidade. Embora a faustosa
coerência do M.M Juiz prolator, em não condenar os exequentes em custas ou
honorários sucumbenciais por entender que seriam duplamente prejudicados, mas o
Estado ou a União são oneradas, visto que a tramitação de um processo gera custos
altíssimos, ainda mais quando se trata de execuções que se perduram por anos.
Nesse sentido, foi feito uma pesquisa com quem julga as demandas de execuções
fiscais no município de Linhares/ES, o Excelentíssimo Juiz de Direito André Bijos
Dadalto, vejamos a pesquisa:
Resposta: Com certeza, porque evita-se o ajuizamento de ação judicial e mexer com
a máquina do judiciário, para o contribuinte é melhor por pagar menos, não ter que
arcar com as custas judiciais, somente com as custas do cartório o que é menos
custoso, então com certeza esse é um caminho.
Conforme preceitua o caput do art. 2º da LEF, constitui dívida ativa da fazenda pública
aquela definida como tributária ou não tributária, e o não pagamento desse débito se
constitui em dívida ativa, a qual a inscrição é feita administrativamente pelas
Fazendas, o art 5º da referida Lei traz o que deverá conter no termo de Inscrição da
CDA, que são:
Art. 10. Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução de que trata
o artigo 9º, a penhora poderá recair em qualquer bem do executado, exceto os
que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
Ademais, na maioria das ações de execuções fiscais não se acham bens do devedor
e não há garantia da execução, fazendo com que essas ações fiquem suspensas por
01 (um) ano, e arquivadas provisoriamente até o prazo prescricional.
Segundo a norma contida no art. 1º da Lei 9.492/97, "Protesto é o ato formal e solene
pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em
títulos (Cheque, Duplicata Mercantil, Nota Promissória, etc) e outros documentos de
dívida" e serve também para fixação do termo inicial de encargo, quando o título não
lhe trouxer expresso.
A Lei Federal nº 12.767/12, em seu artigo 25, incluiu o parágrafo único no artigo 1º da
Lei Federal nº 9.492/97, conforme se observa:
“Art. 10…
Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de
dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das
respectivas autarquias e fundações públicas.”
Desse modo, o artigo 1º da Lei 9.492/97, passou a vigorar com a seguinte redação:
O protesto da CDA é uma medida que visa melhorar a eficiência na cobrança dos
créditos inscritos em dívida ativa, sendo este, atualmente, um dos melhores meios
para obter o recebimento desses créditos e, ao mesmo tempo, diminuir a quantidade
de ações judiciais que seriam iniciadas, ou a conseguir a quitação de um débito que
já esteja sendo cobrado judicialmente, acarretando a extinção do processo por
satisfação do crédito.
Conforme uma pesquisa feita pela revista “Cartórios com Você”⁸, o protesto das CDAs
em 2016 possuía taxa de recuperação de 19%, sendo um índice alto se comparado
com as demais formas diretas de cobrança tributária.
A lei nº 8.397/92, alterada pelo art. 65 da Lei nº 9.532/97, autoriza a Fazenda Pública
da União, dos Estado, do Distrito Federal e dos Municípios, e respectivas
autarquias, a instaurar procedimento cautelar fiscal para garantir seus créditos
tributários ou não tributários contra o sujeito passivo, determinando o rito
processual, que pode ser instaurado após a constituição do crédito, inclusive no
curso da execução judicial da Dívida Ativa. A ação cautelar pode ser requerida em
face do sujeito passivo do crédito tributário ou não tributário, quando o devedor: ⁹
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⁸ Revista Cartórios com Você - Edição 2. Versão on-line · Versão em PDF. Disponível em:
https://www.anoreg.org.br/site/revistas/cartorios/Cartorios-Com-Voce-02.pdf. Acesso em 16 out. 2021.
⁹ BRASIL, Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9532.htm. Acesso em 18 out. 2021.
III - caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens;
crédito." ¹º
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¹¹ GRECO, Leonardo. Garantias fundamentais do processo: o processo justo. Campos dos
Goytacazes: Ed. Faculdade de Direito de Campos, 2005.
assegurado o respeito integral às garantias processuais dos direitos
fundamentais, como o devido processo legal, o contraditório e a ampla
defesa”.
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Ademais, dentre os estudos expostos acima, com o objetivo de obter maior êxito na
cobrança da dívida ativa, a proposta que seria mais viável pela praticidade e
sem ter que mudar tantas coisas o que demandaria mais tempo, é a primeira
proposta, a qual visa funcionamento com eficácia do processo administrativo, dando
poderes às administrações para resolverem com propriedade essas demandas, e
só aceitar as demandas no judiciário com as provas praticadas no processo
administrativo.
Quando o contribuinte deixa de arcar com seus tributos ele prejudica o coletivo, pois
essas verbas são destinadas à saúde, educação, lazer, segurança, entre outros.
Por políticas públicas se entende as ações do Estado que visam fornecer bens da vida
reputados úteis ou necessário pela sociedade.
Vejamos o que diz o Tesouro Nacional¹⁴ sobre o tema:
“A sociedade brasileira vive um dilema. Se, por um lado, a demanda da
população por serviços públicos é crescente, por outro, a capacidade de
____________________________
6 CONCLUSÃO
O presente estudo tem por fim demonstrar que o conceito de efetividade da
execução fiscal é gradativo, pois depende da observância de muitas camadas de
requisitos e expectativas para ser alcançado de forma plena; e que somente a partir
de um conceito amplo de execução fiscal efetiva é possível examinar criticamente
as diferentes iniciativas que se relacionam com esta busca, visto que a identificação
de todos os elementos é importante quando se visa melhorar.
Ademais, conforme debatido no estudo, são vários os fatores que cooperam para a
baixa efetividade nas cobranças da dívida ativa e no acúmulo dos processos de
execuções fiscais, fatores esses que demonstram que o mecanismo de cobrança está
mascavado, pois o devedor tem se qualificado, é cotidiano as procuradorias ajuizarem
ações contra empresas que se dissolveram de forma irregular, e após a certificação
dessa dissolução o processo começa praticamente do 0 (zero) novamente, tendo em
vista o entendimento do STJ pela desconsideração da personalidade jurídica quando
comprovado a dissolução irregular, começando ali as tentativas de citação dos sócios,
sendo essa uma grande chance de receber o crédito, porém, é muito moroso sendo
esse um dos exemplos que faz com que o processo se arraste por longos anos, como
demonstrado por essa pesquisa.
Pode-se concluir com a presente pesquisa, que é preciso uma discussão no poder
legislativo a fim de alterar o mecanismo de cobrança, nota-se que não é equilibrado a
Lei reguladora ser de 1980, enquanto os devedores se qualificam em ludibriar o
ordenamento, ferindo inclusive o princípio da isonomia, pois pelo princípio da
legalidade não se pode criar métodos de cobrança divergente da Lei, não sendo ato
discricionário, portanto é imprescindível uma reforma.
Diante de tudo o que fora explorado, é razoável defender a proposta mais viável pela
praticidade e a que não precisaria de tantas mudanças para colocar em prática o novo
projeto, como dar mais autonomia para a administração apreciar com os organismos
julgadores as demandas tributárias, visando assim o funcionamento com eficácia do
processo administrativo, dando poderes e liberdade às administrações para
resolverem com propriedade, e ser esse processo como requisito de admissibilidade
da execução fiscal no judiciário.
Por derradeiro, conclui-se que as mudanças são necessárias para um judiciário mais
leve e para o principal objetivo do presente estudo que é a eficácia no recebimento
dos créditos
7 REFERÊNCIAS
MELO, José Eduardo Soares de. Curso de direito tributário. 6. ed. São Paulo:
Dialética, 2005.