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ARAGUAÍNA
2019
EZEQUIEL SILVA ALVES
ARAGUAINA
2019
EZEQUIEL SILVA ALVES
Orientador
Examinador
Examinadora
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RESUMO
O presente trabalho de conclusão de curso tem por objeto traçar uma sucinta
abordagem acerca do processo administrativo fiscal (PAF) em âmbito federal, com
enfoque nos recursos e reclamações disponíveis ao sujeito passivo como instrumento
de contestação à determinação e exigência de créditos tributários. Assim, pretende-
se discorrer sobre a fase contenciosa, quando o contribuinte discorda do lançamento
do crédito tributário e o contesta. Para tanto, far-se-á necessária a análise de alguns
dispositivos do Decreto 70.235, de 6 de março de 1972 e de outros atos normativos
que tratam do tema, a exemplo do Decreto 7.574, de 29 de setembro de 2011, que
regulamenta o processo fiscal de créditos tributários na esfera da união. O objetivo é
traçarmos uma visão geral da impugnação, do recurso voluntário e recurso especial,
bem como da composição dos órgãos julgadores em suas respectivas instâncias, tudo
à luz das melhores doutrinas e da legislação e jurisprudência pátria.
1 Graduado em Direito e Pós -graduando em Direito Público e Docência Universitária pela Faculdade Católica
Dom Orione. Email: ezequielsilvaalves87@gmail.com
2 Graduado em Direito pela Faculdade Paulista. Especialista em Direito Tributário lato sensu pela Universidade
Federal do Tocantins. Mestre pelo Programa de Pós -Graduação Stricto Sensu Interdisciplinar em Estudos de
Cultura e Território da Universidade Federal do Tocantins – UFT. Professor do curso de Direito da Faculdade
Católica Dom Orione. Email: marcondes@catolicaorione.edu.br
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ABSTRACT
The purpose of this paper is to outline a succinct approach to the federal tax
administrative process (PAF), focusing on the resources and claims available to the
taxpayer as an instrument to challenge the determination and demand of tax credits.
Thus, it is intended to discuss the contentious phase, when the taxpayer disagrees
with the launch of the tax credit and contests it. To do so, it will be necessary to analyze
some provisions of Decree 70.235, dated March 6, 1972 and other normative acts that
deal with the subject, such as Decree 7,574, dated September 29, 2011, which
regulates the fiscal process of tax credits in the sphere of the union. The objective is
to give an overview of the impugnation, the voluntary appeal and special appeal, as
well as the composition of the judging organs in their respective instances, all in the
light of the best doctrines and the legislation and jurisprudence of the country.
Key Words: Tax Credit. Tax administrative process. Challenging. Voluntary resource.
Special resource.
1 INTRODUÇÃO
Apesar de majoritariamente aceita, essa definição vez ou outra tem sido alvo
de críticas de alguns doutrinadores. A celeuma gira em torno de dois pontos principais,
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primeiro, o fato de existirem alguns tributos que não necessitam de nenhum cálculo
para apurar o montante devido e, mesmo assim, ocorre o lançamento do crédito, como
por exemplo, no caso das taxas que são cobradas em valores fixos. Outro ponto seria
a utilização do termo procedimento para se referir ao lançamento do crédito tributário,
pois, segundo alguns doutrinadores, trata-se na verdade de um ato administrativo.
O Código Tributário Nacional classifica o lançamento de acordo com o
procedimento que o antecede, o grau de participação do contribuinte nesse
procedimento, entre outros aspectos. Classifica-o, então, em três espécies, que são:
a) lançamento por declaração, b) lançamento por homologação e c) lançamento de
ofício.
3.1 Impugnação
3.1.2 Requisitos
Art. 57. A impugnação mencionará (Decreto nº 70.235, de 1972, art. 16, com
a redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993, art. 1º, e pela Lei nº 11.196, de
2005, art. 113):
3.1.4 Intempestividade
3.2.2 Requisitos
3.3.2 Requisitos
3.3.3 Intempestividade
O órgão responsável pelo preparo do recurso especial não pode negar o seu
recebimento sob alegação de intempestividade, o recurso será encaminhado à
Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF) que irá julgar a admissibilidade do
recurso.
No caso de admissão do recurso especial, será dado ciência ao contribuinte
ou ao Procurador da Fazenda Nacional, conforme o caso, que deverá apresentar suas
contrarrazões também no prazo de 15 (quinze) dias. Em havendo rejeição total ou
parcial da admissibilidade do recurso especial, o despacho que o rejeitou deverá ser
submetido à apreciação do presidente da CSRF.
Federal do Brasil, dentre auditores fiscais com pelo menos 5 (cinco) anos de exercício
no cargo.
Já a escolha dos conselheiros representantes dos contribuintes será feita a
partir de lista tríplice elaborada pelas confederações representativas de categorias
econômicas e pelas centrais sindicais. Os candidatos deverão serem brasileiros natos
ou naturalizados, com formação superior completa, devidamente registrado no órgão
de classe há no mínimo 3 (três) anos e deve possuir notório conhecimento técnico
além de efetivo e comprovado exercício de atividades que demandem profundo
conhecimento nas áreas do direito tributário e do processo administrativo fiscal.
A nomeação dos conselheiros do CARF é feita pelo Ministro de Estado da
Fazenda (atualmente esse ministério passou a integrar o Ministério da Economia),
para um mandato de 2 (dois) anos admitidas reconduções. No da primeira
designação, o mandato do conselheiro se encerra no 24° (vigésimo quarto) mês
subsequente, contado a partir do próprio mês onde ocorreu a designação e, no caso
de reconduções, o mandato se encerra no último dia do 24° (vigésimo quarto) mês
subsequente, contado a partir do mês seguinte ao do vencimento do mandato.
5 CONCLUSÃO
O estudo nos permite concluir que, a imagem inicial construída pelo senso
comum de que o Processo Administrativo Fiscal é absolutamente autoritário e oferece
reduzidos meios de contestação ao sujeito passivo, é totalmente desconstruída a
partir do momento em que trazemos à baila a presença de diversos meios disponíveis
para se opor a um lançamento tributário.
Numa visão mais refinada, podemos perceber que, desde o nascedouro do
Processo Administrativo Fiscal, estarão sempre presentes todos os elementos
caracterizadores dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, até
porque, se diferente fosse, estaríamos diante de um procedimento flagrantemente
inconstitucional e, portanto, nulo de pleno direito.
Fazendo uma situação cronológica dos recursos disponíveis ao sujeito
passivo, podemos perceber que lhe é garantido o direito de resposta em todos os
graus de jurisdição e, este poderá se valer em quaisquer das esferas, de todos os
meios de prova em direito admitidas, dando ainda mais validade ao procedimento. A
composição dos órgãos julgadores conforme vimos muito rapidamente, é feita de
maneira a considerar sempre um elevado grau de imparcialidade e garantia de
observâncias as normas constitucionais, inclusive com a presença de representantes
dos contribuintes na formação das turmas superiores.
Em síntese, podemos afirmar que, o breve estudo realizado neste sucinto
trabalho, nos permite afirmar que, o Processo Administrativo Fiscal, no que diz
respeito aos processos de determinação e exigência dos créditos tributários da União,
especificamente quanto aos tributos federais administrados pela Secretaria Especial
da Receita Federal do Brasil, é povoado de elementos que evidenciam a presença de
instrumentos que materializam o contraditório e a ampla defesa, em obediência aos
imperativos constitucionais introduzidos pela Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988.
REFERÊNCIAS
PRAZERES, Leonardo. Veja cinco motivos a favor e cinco motivos contra a redução
da maioridade penal. UOL, Brasília, 31 mar. 2015. Disponível em
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/03/31/veja-cinco-motivos-a-
favor-e-cinco-contra-a-reducao-da-maioridade-penal.htm. Acesso em: 10 out. 2015.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 7. ed. São Paulo: Saraiva 2015.