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BRASÍLIA
DEZEMBRO 2015
CLAUDIO LÍSIAS AFONSO DE OLIVEIRA
BRASÍLIA
DEZEMBRO 2015
Cláudio Lísias Afonso de Oliveira
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
Presidente da Banca Examinadora
__________________________________
Membro da Banca Examinadora
_________________________________
Membro da Banca Examinadora
Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter
me dado saúde para superar as
dificuldades encontradas durante todo o
curso.
This paper will examine the prescription institute, involving the concept and
fundamentals as an introduction to the study of co-prescription. It explores the
difference between prescription and prescription intercurrent, addressing the
chances of interruption and suspension. The central research question is how is
characterized inertia for streaming deadline for intercurrent prescription in the
processing of tax enforcement. The application of Article 40 of the LEF by the
contrast between understanding the doctrine and established case law on the
scoresheet 314 of the STJ. Make sure that with the new wording of paragraph 4 of
Article 40, with the amendment of Article 219, paragraph 5, of the Code and Civil
Procedure by Law 11,280 / 2006, he moved to admit intercurrent prescription with
the condition of being heard the tax authorities about the existence of suspensive
or interruptive causes of lapse.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 51
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 54
8
INTRODUÇÃO
Assim deve ser não apenas em relação aos litígios entre particulares,
envolvendo o direito privado, mas também para impor limites ao Estado, visto que,
todos estão submetidos à Lei.
Portanto, como hipótese inicial a Súmula 314 do STJ pode ser aplicada em
execução fiscal quando não localizados bens penhoráveis do devedor, findo o qual
se inicia o prazo para a prescrição intercorrente.
Conforme será detalhado mais adiante, a Constituição, em seu artigo 146, III,
b, exige lei complementar para dispor sobre normas gerais em matéria de legislação
tributária, enumerando diversos temas, dentre eles, expressamente, a prescrição em
matéria tributária.
A propósito do que seja a dívida ativa tributária, dispõe o artigo 201 do CTN
que:
Vale lembrar, outrossim, que a grande maioria das execuções fiscais são de
dívida ativa tributária, que constitui, no final das contas, a principal fonte de receita
do Estado.
2. DA PRESCRIÇÃO
Tal como é de pressupor, tal instituto não se aplica apenas em relação aos
direitos entre os indivíduos, mas também do direito do Estado contra o particular.
Como visto, a CF exige que a prescrição seja disciplinada por meio de lei
complementar, que é espécie normativa de natureza qualificada.
Transcorrido tal prazo, configura-se a prescrição, cujo efeito será não apenas
a extinção do direito de ação como do próprio direito material, na medida em que,
por força do próprio CTN, extingue o crédito tributário.
Existe uma corrente que defende que, uma vez declarado o tributo devido, o
prazo prescricional passa a fluir a partir da data da entrega da declaração. Tal
entendimento é encontrado em julgados da Primeira Turma do STJ, como no REsp.
839.220/RS, Relator Min. José Delgado, cuja ementa é transcrita abaixo:
Existe ainda, uma outra corrente que defende que, do termo inicial da
prescrição, em caso de tributo declarado e não pago, não se inicia da declaração,
mas da data estabelecida como vencimento para o pagamento da obrigação
tributária Tal entendimento é encontrado em julgados da Primeira Turma do STJ,
como o Resp. 850.423/SP, Relator Min. Castro Meira, Primeira Seção, julgado em
28/11/2007, DJ 07/02/2008 p. 245, cuja ementa é transcrita abaixo:
Quanto à hipótese do inciso III, que trata da interrupção “por qualquer ato
judicial que constitua em mora o devedor”, tinha grande relevância antes da Lei
Complementar nº 118/2005, quando o inciso I previa textualmente a “citação
pessoal”.
Não sendo possível a citação pessoal, podia o Fisco obter o efeito interruptivo
mediante citação por edital, constituindo o devedor em mora por essa forma.
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O inciso IV, dispõe que sobre qualquer “ato inequívoco que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor”. Nesse dispositivo reside a única hipótese
de interrupção do prazo prescricional que decorre de ato do devedor.
Vale ressaltar que o artigo 219 do CPC utiliza como critério para a interrupção
da prescrição, o que está disposto no § 1º que diz “o despacho do juiz que ordenar a
citação.”
Vale lembrar que na época a LEF, em seu artigo 8º, § 2º, previa hipótese
diferente de interrupção da prescrição, em comparação com o texto original do CTN,
em seu artigo 174, parágrafo único inciso I.
Diante de tal dilema, entendeu o STJ que devia prevalecer o CTN, conforme
se confere nos seguintes julgados:
Da leitura dos seus incisos, vê-se que não basta o Fisco ajuizar a
Execução Fiscal no prazo quinquenal: tem de obter o “despacho do
juiz que ordena a citação”, este sim causa interrupção do prazo
(artigo 174, parágrafo único, inciso I, com a redação da Lei
Complementar nº 118/2005).
Quanto à hipótese do inciso III, que trata da interrupção “por qualquer ato
judicial que constitua em mora o devedor”, tinha grande relevância antes da Lei
Complementar nº 118/2005, quando o inciso I previa textualmente a “citação
pessoal”.
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Não sendo possível a citação pessoal, podia o Fisco obter o efeito interruptivo
mediante citação por edital, constituindo o devedor em mora por essa forma.
O inciso IV, dispõe que sobre qualquer “ato inequívoco que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor”. Nesse dispositivo reside a única hipótese
de interrupção do prazo prescricional que decorre de ato do devedor.
Outra situação seria nos casos em que não se apurou o dolo na obtenção da
moratória a sua revogação dar-se-á sem imposição de penalidade e desde que
ainda não prescrito o crédito tributário parte final do mesmo dispositivo em tela.
Vale lembrar que o artigo 141 do CTN dispõe que “o crédito tributário
regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade
suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser
dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua
efetivação ou as respectivas garantias.”
Sabe-se que, caso não tenha havido ainda a constituição do credito tributário,
a suspensão da exigibilidade não impede a Fazenda Pública de fazê-lo por meio do
lançamento, uma vez que a suspensão só recai sobre o atributo da exigibilidade do
crédito tributário, impedindo os subsequentes atos de cobrança, dentre elas, a
propositura da ação de execução fiscal.
Isto porque, no que se refere aos tributos, o artigo 2º, § 3º, da LEF invade
matéria reservada à lei complementar, não sendo, portanto, aplicável à execução de
crédito tributário.
A suspensão seria pelo prazo de 1 (um) ano, ao término do qual voltaria a fluir
a contagem do prazo prescricional, até que se completassem os cinco anos, caso
permanecesse inerte a exequente durante esse período – o que configuraria, assim,
uma interrupção do prazo prescricional.
Ora, o artigo 40 da LEF, tal como o art. 2º, § 3º da mesma Lei, contém
hipótese de suspensão do prazo prescricional, o que não atende à reserva de lei
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Cabe agora adentrar no tema central, analisando como corre o prazo para a
configuração da prescrição intercorrente em relação aos créditos de natureza
tributária no trâmite da execução fiscal.
42
3. DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
Nota-se que ao utilizar essa tese, o intuito é obstar a duração dos processos
por prazo indefinido, é um procedimento que gera um indubitável problema
burocrático sobrecarregando o Judiciário.
Se não houve citação por desídia do Fisco, à prescrição deve ser verificada,
se ocorreu, após decurso do prazo de 5 (cinco) anos, deve ser aplicada a prescrição
intercorrente, isso só será possível em face da inércia do exequente em não
movimentar o processo.
A Súmula 314 do STJ trata apenas de uma situação específica, acabando por
deixar de fora inúmeras outras situações práticas de alta indagação.
carta de citação. Pode-se dizer que a culpa seja exclusivamente do poder judiciário e
que não houve inércia por parte da Fazenda Pública?
A Súmula 314 do STJ, no final das contas, trata apenas da situação em que
os autos permaneçam arquivados por mais de 5 anos, e isto depois de ultrapassado
um ano de suspensão na forma do caput do artigo 40 da LEF.
interpretação que leva ao prazo superior a 5 (cinco) anos viola a reserva de lei
complementar para cuidar de prescrição.
.
51
CONCLUSÃO
Isto levou o TRF da 4ª Região a entender que tal forma de contagem, que faz
com que o prazo possa ser superior a 5 (cinco) anos, seria inconstitucional por violar
a reserva de lei complementar para cuidar de matéria sobre prescrição.
Portanto, em tese não seria possível aceitar outras normas para tratar de
matéria tributária, em particular a prescrição. Isso significa dizer que; se porventura
ocorrer essa situação, não estará sendo respeitado o princípio da reserva legal
complementar, ou seja, o CTN não poderá ser modificado ou alterado, salvo por lei
complementar específica que regule a matéria.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Paulo de Barros, Curso de Direito Tributário. 26ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2014.
HARADA, Kiyoshi, Direito Financeiro e Tributário. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
PORTO, Éderson Garin, Manual da execução Fiscal. 2ª Ed. rev. atual. e ampl.
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.