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Início da Indústria Gráfica

em Pernambuco
Disciplina: Processo Produtivo Gráfico
Docente: Allyneanhy Oliveira
Alunas: Hayla Soares e Geovana Rosário
A Indústria Gráfica chegou tardiamente em terras
pernambucanas (meados de 1815);

Foi a primeira província a conhecer o novo processo


litográfico, tendo admitido três preâmbulos, cujo foram
citados por autores como a chegada da litografia: em 1827,
em 1831 e em 1834, sendo esta última data a mais aceita.

“No livro - Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga -


identificamos que o primeiro impresso produzido em
terras pernambucanas data de 1817. Trata-se do folhetim
de cunho revolucionário chamado de O Preciso. Este foi o
estopim para um crescimento da produção gráfica por
aqui”, afirmou Sebba Cavalcante, designer e pesquisador
pernambucano.

E é neste cenário que novas profissões – ligadas à


indústria gráfica – surgiram com força: tipógrafos,
impressores, ilustradores, caricaturistas, coloristas,
gravadores, capistas e clicheristas. Os artistas gráficos,
como eram chamados à época, já desenvolviam uma
prática muito semelhante à atribuída atualmente aos
profissionais de design gráfico.
A história gráfica Pernambucana tem início tardiamente mesmo quando comparada em
termos dos territórios de domínio português. Atraso, contudo, muito mais relacionado ao
empenho da Coroa em manipular suas colônias do que a um desconhecimento ou
desinteresse local.

Prova disso é o primeiro texto impresso no Recife: o manifesto revolucionário denominado o


Preciso, datado de 1817, apenas alguns anos após a instalação da Imprensa Régia e seu
virtual monopólio de impressão, que duraria até 1822.

Superando esse início tortuoso se seguiria uma rica e abundante produção de jornais,
pasquins, livros, revistas e toda sorte de efêmeros, que representa a sofisticação
tecnológica e artística tão característica da indústria gráfica pernambucana.

É ligada a essa inovação tecnológica que se apresenta ao Recife, já na primeira metade do


século XIX, a técnica de impressão “considerada por alguns contemporâneos pelo menos
tão revolucionária no seu impacto social, senão mais, do que a própria invenção da
imprensa” (CARDOSO, 2004) e que assinalaria boa parte da história gráfica brasileira: a
litografia.
Os designers e pesquisadores pernambucanos Sebba
Cavalcante e Sílvio Barreto Campello, responsáveis pelo livro
Ilustração e Artes Gráficas, que revisitou a história das artes
no estado de Pernambuco.
O primeiro levantamento sobre o número de gráficas existentes
em Pernambuco só apareceria na década seguinte; de acordo
com estes dados já no primeiro ano da década de 1940
Pernambuco contava com 58 empresas e 75 estabelecimentos, 78
gráficos, e empregava um total de 1.147 pessoas.

Além disto, entre os anos de 1952 e 1962, o número de


estabelecimentos da classe editorial e gráfica oscilou
entre 56 e 84, tendo um pico de 102 unidades, entre os
anos de 1959 e 1960. Ainda assim, não era possível
classificar a localização e o ramo.
Referências:

http://www.cultura.pe.gov.br/canal/funcultura/historia-das-artes-
grafica-pernambucana-e-revisitada-em-publicacao/

https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3329/1/arquivo28
73_1.pdf

Agra Junior, Jarbas Espíndola.


Memória gráfica pernambucana: indústria e comércio através dos
impressos litográficos comerciais recifenses [1930—1965] / Jarbas
Espíndola Agra Junior. — Recife: O autor, 2011. 224 P.: il. ; 30 cm.

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