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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE PARINTINS (CESP)


LINCENCIATURA EM LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA

RESENHA CRÍTICA DO CAPITULO:


O MODERNISMO: OS ANOS DE VANGUARDAS (1922-1930)

PARINTINS - AM
2023
DANIELE DE LIMA RODRIGUES
GABRIEL PRATA DOS SANTOS

RESENHA CRÍTICA DO CAPITULO:


O MODERNISMO: OS ANOS DA VANGUARDA (1922 – 1930)

Trabalho apresentado à disciplina Estudos Temáticos da


Literatura Brasileira III, do curso de Licenciatura em Letras
da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), como
requisito parcial para a obtenção de nota.

Prof.ª Me: Delma Pacheco Sicsu

PARINTINS – AM
2023
O modernismo no Brasil, foi um movimento artístico, literário e cultural, teve seu início
no século XX, caracterizado pelo caráter inovador no qual seu objetivo era romper com
o tradicionalismo, o que iria de embate com o conservadorismo e nacionalismo estética
muito presente naquela época, no entanto sua proposta consistia na experiência de novas
técnicas e criações artísticas. Dessa forma, o movimento modernista surge durante o fim
da República Velha, com a insatisfação dos grandes intelectuais com a arte e politica
nacional. No cenário da Literatura Brasileira, destacam-se os autores modernistas:
Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Manoel Bandeira, ambos tinham o desejo de
encontrar sua própria identidade, usar a arte para representar a realidade nacional, para
eles, era necessário encontrar a essência de uma arte genuinamente brasileira.
O marco do modernismo no Brasil, ocorre de fato com a realização da Semana da Arte
Moderna, criada pelos modernistas daquela época, realizada no ano de 1922, no Teatro
Municipal de São Paulo. Durante a abertura do evento Ronald de Carvalho, recitou o
poema intitulado de “Os Sapos” de Manuel Bandeira, o que terminou em manifestações
de oposição do por parte da burguesia presente. O objetivo da Semana de Arte Moderna,
era divulgar suas ideias e ganhar notoriedade da sociedade Paulistana, ao longo do
tempo as ideias modernistas continuaram sendo perpetuadas pelos artistas através da
Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos:
Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde-Amarelismo e pelo Movimento
Antropofágico.
O Pós Semana de Arte Moderna, pode-se observar o legado deixado pelo evento, a
consciência de uma arte nacional, no qual se preocupava em expressar a realidade
brasileira; o rompimento das estruturas clássicas, o direito permanente de pesquisa e
criação estética. No qual, foi apelidado por Mario de Andrade de “fase de destruição”.
Um ponto que deve ser levado em conta, deve-se ao fato que a Semana ocorreu apenas
34 anos depois da abolição da escravatura e ocorria em uma época em que as mulheres
sequer podiam votar ou ter voz para alguma coisa, isso em um país em que a maioria
dos brasileiros eram analfabetos, enquanto o protagonismo do evento foi quase que total
para os filhos da elite paulistana na qual os pais eram senhores de Engenho, em todo o
Projeto e financiamento em torno daquela Semana ocorreu também através de grandes
produtores de café, em um período do Pós- convênio de Taubaté na qual o governo
garantia a compra do café e consequentemente garantia o dinheiro para os agricultores e
causava prejuízo ao estado. Era um período em que vivíamos conhecido como a
República do Café com Leite na qual partia dos Paulistas e Mineiros dominarem a o
país politicamente e queriam também o dominar culturalmente.
Por mais que tenha surgido de um grupo de artistas com o espirito vanguardista para o
seu tempo, foi uma extensão do que se via no Brasil Colonial na qual a Elite
Econômica ditava uma identidade cultural em que resultou em alguns apagamentos
históricos como por exemplo da Arte Africana que eram consideradas Primitivistas e
quando elementos culturais indígenas e africanas eram apresentadas, era muita das
vezes ressignificadas/ transformadas por versões Europeias. Dessa maneira, a Arte
representativa de um todo da Sociedade brasileira, era da Elite para a Elite, tanto que
alguns autores que tinham postura modernista não estavam presentes. No ano de 2022
ocorreu o centenário da Semana Da Arte Moderna, um fato histórico no Brasil que é
bastante falado nas Escolas, mas certamente não é muito discutido no dia a dia da
grande parte da população.

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