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EREM SIZENANDO SILVEIRA

Recife, _____ de _____________________ de 2023


Estudante: _________________________________________________________________

FICHA DE EXERCÍCIOS
COMPONENTE CURRICULAR PROFESSORA: SÉRIE UNID.
LÍNGUA PORTUGUESA LARA ASSUNÇÃO 3º ANO I

Modernismo  Empreendida para divulgar as novas posturas


estéticas adotadas pelos artistas que dela
Uma nova estética chega ao Brasil, participaram;
desenvolvida pela elite cultural paulistana, com intuito  Focada nas inovações das Vanguardas
de reunir a vida cotidiana e a cultura brasileira com a Europeias.
arte. Até a Semana de Arte Moderna, de 1922, a elite
intelectual brasileira voltava-se para o Parnasianismo: O projeto literário da primeira geração modernista
a forma bem estudada, preocupada em exibir a beleza
da métrica, da rima, dos versos bem estruturados... E  “[...] formar uma consciência, um movimento
uma nova perspectiva, proveniente do olhar libertador a integrar nosso pensamento e nossa
vanguardista europeu, insurge: o Modernismo. arte na nossa paisagem e no nosso espírito dentro
Como contracultura de uma estética que da autêntica brasilidade”;
valoriza a “arte pela arte”, então, o Modernismo passa  Buscar uma identidade nacional;
a valorizar a nacionalidade. A historicidade, a religião,  Questionar os valores que fundamentavam a arte
a culinária, o folclore e principalmente a língua nacional até o momento;
brasileira passam a ser colocados como temas  Questionar as influências estrangeiras na cultura
centrais na estética moderna. brasileira;
 Destruir valores do passado para propor um novo
Contexto Histórico olhar para a arte;
 Valorizar a cultura brasileira e a linguagem do
O fim da República Velha > a República do Café com cotidiano.
Leite, em que se alternavam representantes de São
Paulo e Minas Gerais no poder estava ameaçada por Exercícios
revoltas tenentistas e os ideais comunistas. Em 1930,
tem início a Era Vargas. Leia o texto abaixo e responda às questões 01 e
02.
A riqueza e industrialização de São Paulo> o cultivo e
exploração do café faz de São Paulo um importante A elite
polo econômico, trazendo mudança no eixo de poder
do país. O café oportunizou e financiou a Moça linda bem tratada,
industrialização de São Paulo, que se tornou um dos Três séculos de família,
estados mais ricos do país. Burra como uma porta:
Um amor.
A vida cultural de São Paulo> o Rio de Janeiro era o
centro cultural brasileiro, com todo o glamour das Grã-fino do despudor,
livrarias, dos teatros, dos cafés e das festas. O Esporte, ignorância e sexo,
Parnasianismo e suas rimas rebuscadas em versos Burro como uma porta:
rígidos em sua forma, portanto, era a estética que Um coió.
agradava.
Pouco a pouco, porém, a vida cultural de São Paulo Mulher gordaça, filó
passou a sentir os efeitos das vanguardas que De ouro por todos os poros,
tomavam a Europa de assalto. Uma mudança radical Burra como uma porta:
nas artes começava a ser preparada. Coincidindo com Paciência...
o fim da República Velha, o Modernismo chegava ao
Brasil. [Adaptado de UNO/Sistema de Ensino – Grupo Plutocrata sem consciência,
Santillana] Nada porta, terremoto
Que a porta do pobre arromba:
A Semana de Arte Moderna Uma bomba.

 Realizada entre os dias 11 e 18 de 1922; ANDRADE, Mário de. Lira paulistana. Em: Poesias Completas. Ed.
Crítica de Diléa Zanotto Manfio. Belo Horizonte/São Paulo:
 Organizada por Oswald de Andrade, Guilherme de Itatiaia/Editora da Universidade de São Paulo, 1987. P. 380.
Almeida, Menotti del Picchia, Di Cavalcanti e
Mário de Andrade;
01. Nesse poema, representantes da elite são tinha um projeto literário em que houvesse
caracterizados pelo eu lírico através de preocupação significativa com a cultura nacional.
expressões – “um amor”, “um coió”, “filó” e “sem
consciência”. O que essas expressões revelam Está correto apenas o que se afirma em
sobre a avaliação que o eu lírico faz da elite
brasileira? a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.

a) O eu lírico afirma que o plutocrata deve ser um 04. (ENEM/2010) Após estudar na Europa, Anita
homem que provoca danos, pois solta bombas nas Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que
casas dos pobres. abalou a cultura nacional do início do século XX.
Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se
b) O eu lírico indica um problema social, em que o considerava pronta para mostrar seu trabalho no
homem mais pobre não tem consciência do mal que Brasil, mas enfrentou as duras críticas de
causa à elite. Monteiro Lobato.
Com a intenção de criar uma arte que valorizasse
c) O eu lírico sugere que a posição social está a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros
associada à falta de consciência, que garante a modernistas
manutenção do poder por meio da exploração da
miséria. a) buscaram libertar a arte brasileira das normas
acadêmicas europeias, valorizando as cores, a
d) O eu lírico denuncia a situação de pobreza do povo originalidade e os temas nacionais.
brasileiro, mostrando como é difícil a realidade da
desigualdade social e da fome no Brasil. b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até
então utilizada de forma irrestrita, afetando a criação
artística nacional.
02. De que maneira a última estrofe é uma crítica
do eu lírico à estrutura social brasileira? c) representavam a ideia de que a arte deveria copiar
fielmente a natureza, tendo como finalidade a prática
a) Ao caracterizar o plutocrata como um "terremoto" e educativa.
uma "bomba", o eu lírico critica a desigualdade social
existente no Brasil. Para que a elite continue a d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras
acumular riquezas, é necessário garantir a miséria das retratadas, defendendo uma liberdade artística ligada
classes baixas por meio de sua exploração. à tradição acadêmica.

b) Ao comparar o plutocrata com um “terremoto” e e) buscaram a liberdade na composição de suas


com uma “bomba”, o eu lírico critica a forma como os figuras, respeitando limites de temas abordados.
ricos entram nas casas dos pobres, sem bater ou
sequer pedir licença. 05. (UERN/2015) A Semana de Arte Moderna, ou
Semana de 1922, marcou a entrada do
c) Ao sugerir que o plutocrata é um “terremoto” ou Modernismo artístico e literário no Brasil. Em
uma “bomba”, o eu lírico expõe a necessidade que o 22/02/1922, “A Gazeta” publicou a seguinte
rico tem de informar o pobre, com suas ideias sobre notícia: “Ao público chocado diante da nova
fatores climáticos e de situações de conflitos música tocada na Semana, como diante dos
mundiais. quadros expostos e dos poemas sem rima (…):
sons sucessivos, sem nexo, estão fora da arte
d) Ao indicar o plutocrata como um “terremoto” ou musical: são ruídos, são estrondos; palavras sem
uma “bomba”, o eu lírico ignora a existência da nexos estão fora do discurso: são disparates
desigualdade social existente no Brasil. Ele busca a como tantos e tão cabeludos que nesta semana
valorização de uma elite social. conseguiram desopilar os nervos do público
paulista […]”.
03. (UNESP) Sobre Mário de Andrade e a Semana (A Gazeta em 22-02-1922: In Emília Amaral e outros. Cit. Pág.
67.)
de 22, afirma-se:
O teor de tal repercussão demonstra
I. A Semana desencadeou na cultura brasileira um
período que Mário denominou orgia intelectual, a) a modernidade urbana introduzida pelo crescimento
favorecida pelas mãos da burguesia culta do Rio de industrial.
Janeiro e de São Paulo, da qual ele era um
representante. b) uma retomada da estética parnasiana, considerada
superficial.
II. Apesar de estar em contato com as novas
tendências das artes, Mário manteve-se fiel àqueles c) a relevância de aspectos nacionalistas vistos na
que os modernistas chamaram de conservadores, em quebra de antigos paradigmas.
geral os parnasianos, dos quais sua obra recebe
influência decisiva.
d) uma “demolição” das convenções estéticas
tradicionais.
III. Ao contrário de Oswald, que era irreverente em
relação à dominação cultural europeia, Mário não

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