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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ORGANIZADORAS
Paula Regina Ferreira da Silva
Magda Maria Ribeiro Coelho
U 06 Parte I
Reconhecimento de estudos
M
Á 08 Parte II
Escolas de educação básica no Japão
R
13 Parte III
Validação de documentos escolares
I
O 14
Parte IV
Tradução de documentos escolares
Parte V
16 Revalidação de estudos e transferência
Parte VI
20 Os estabelecimentos de ensino em
língua portuguesa para brasileiros no Japão
23 Parte VII
Atribuições do CNE/CEC
24 Parte VIII
Diretrizes curriculares nacionais
25 Parte IX
Base Nacional Comum Curricular
Parte X
26
necessária para lecionar na educação básica
Parte XI
28 O Encceja (antigo supletivo)
32 Glossário
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Introdução
Desde o final do século XX, o fluxo migratório Por meio de perguntas e respostas específicas
de brasileiros para o Japão se intensificou até sobre situações concretas, vivenciadas no dia-
alcançar cerca de 300 mil residentes naquele a-dia pela comunidade brasileira no Japão, o
país em 2005. A partir de 2008, houve uma documento oferece um quadro de referência
inversão nessa tendência, e se estima que, e busca dar transparência às normas jurídicas
atualmente, cerca de 200 mil brasileiros aplicáveis à oferta de educação básica no Japão
residem no Japão. e esclarecer e ajudar os cidadãos brasileiros
a tomar decisões sobre o seu futuro naquele
Embora tenha variado ao longo do tempo,
país. Algumas informações serão repetidas
esse fluxo migratório pode ser caracterizado
ao longo do documento, uma vez que as
como o retorno ao Japão de descendentes de
questões, embora diferentes, estão pautadas
japoneses que emigraram ao Brasil no início
em procedimentos similares.
do século XX, em busca de oportunidades de
trabalho. Além da perspectiva integradora, o documento
proporciona o aprofundamento em temas
Mesmo que em caráter temporário, a ida
específicos, entre os quais: os processos de
de famílias para morar no Japão impacta
reconhecimento de estudos, na chegada ao
diretamente o processo educativo de crianças
Japão, de validação e revalidação de estudos
e jovens brasileiros em idade escolar.
e documentos escolares na volta ao Brasil; o
O documento “Orientações Gerais sobre funcionamento dos estabelecimentos privados
o Ensino para Brasileiros no Japão” é uma japoneses de educação básica que oferecem
iniciativa do Ministério da Educação, com atividades educacionais em português no
apoio do Ministério das Relações Exteriores, Japão; o ensino voltado para a educação de
e foi elaborado, no formato de perguntas jovens e adultos, que, por razões várias, não
e respostas, com a finalidade de orientar tiveram oportunidade de frequentar a escola
a comunidade brasileira no Japão sobre as ou de dar continuidade aos seus estudos na
diferentes opções de acesso ao ensino básico idade apropriada.
no Japão.
Tendo em vista a natureza dinâmica do tema,
Dividido em 11 Partes, o documento este documento se beneficiará de todos os
provê uma visão de diversos temas, como: comentários que possam ser encaminhados
reconhecimento de estudos, títulos e (ai@mec.gov.br – título: “Sugestões para o
documentos escolares; modos de provimento e documento Orientações Gerais sobre Ensino
tipos de escolas; o papel do Conselho Nacional para Brasileiros no Japão”), de maneira
de Educação; diretrizes e bases curriculares que possa ser atualizado um ano após seu
nacionais; formação docente e educação de lançamento.
jovens e adultos.
Parte I
Reconhecimento de estudos
01 que
Vou morar no Japão com a minha familia. Como faço para
os estudos realizados no Brasil sejam reconhecidos no
Japão?
Antes de sua ida para o Japão, para que os O Japão é signatário da Convenção da Apostila
estudos da educação básica realizados no de Haia, portanto, aceita o selo da Apostila
Brasil sejam reconhecidos no Japão, você como comprovante de autenticidade de
deverá seguir as seguintes etapas: documento.
Educação Básica: Ensino Superior:
1. Estar de posse dos documentos escolares No caso do Ensino Superior, cabe às
da escola onde estudou; universidades emitirem o diploma, o qual
também deverá ser apostilado em cartório no
2. Dirigir-se à Secretaria de Estado da
Brasil.
Educação da localidade onde reside e
apresentar os documentos escolares Ensino Técnico e Tecnológico:
à Coordenadoria ou à Gerência de
No caso do Ensino Técnico e Tecnológico, a
Educação que irá receber e conferir os
responsabilidade pela emissão do certificado
documentos a fim de emitir os carimbos
é da Rede Federal de Educação Científica e
necessários;
Tecnológica. O certificado também deverá ser
3. Com a documentação devidamente apostilado em cartório no Brasil.
carimbada, dirigir-se ao cartório local
para o reconhecimento da assinatura
do Coordenador ou do Gerente de Atenção
Educação; Não viaje sem os documentos
4. No próprio cartório, solicitar o Selo escolares. Eles serão sempre
da Apostila de Haia, ou seja, requerer necessários e depois serão difíceis de
o Apostilamento da documentação serem obtidos. Peça logo, na escola,
(verifique antes qual cartório, na sua toda a documentação, pois ela será
localidade, emite o selo da Apostila). imprescindível para a continuação de
estudos fora do Brasil.
6
02 O que é Apostille, Apostila, Apostilamento?
A palavra Apostila (em português) tem origem entre os 112 países signatários, permitindo
francesa, sendo grafada “Apostille”. Provém do o reconhecimento mútuo de documentos
verbo “apostiller”, que significa fazer anotação. brasileiros no exterior e de documentos
estrangeiros no Brasil. O Japão é país signatário
A Apostila consiste, assim, em uma anotação
do tratado.
à margem de um documento, ou ao final de
uma carta, por exemplo. É definida como um Acesse: http://www.cnj.jus.br/poder-
-judiciario/relacoes-internacionais/
convencao-da-apostila-da-haia
Acesse: http://www.portalconsular.itama-
documento não é falso, o que garante a sua raty.gov.br/legalizacao-de-documentos/
legalidade. O Apostilamento é o ato que valida documentos-emitidos-no-exterior
o documento. Acesse: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é ato2015-2018/2016/decreto/d8660.htm
responsável por coordenar e regulamentar a
Cuidado
Brasil, que entrou em vigor em agosto de 2016. Não Confundir Apostilamento com
O tratado, assinado pelo Brasil no segundo Reconhecimento ou Revalidação de
semestre de 2015, tem o objetivo de agilizar Títulos e Diplomas. A Apostila valida
e simplificar a legalização de documentos um Documento Público!
7
Parte II
Escolas de educação básica no Japão
04
Escolas do ensino público japonês, com aulas no idioma japonês.
Escolas particulares japonesas que, também, ministram aulas no idioma japonês.
Escolas internacionais (americana, francesa, indiana etc.) que oferecem ensino bilíngue (o idioma
da escola e o japonês). Seguem currículo internacional, que poderá ser retomado em escolas da
mesma rede localizadas em outros países, inclusive no Brasil.
Escolas particulares com ensino em língua portuguesa que são estabelecimentos privados, de
direito japonês, e oferecem atividades de educação básica em português, com complemento de
japonês, e cuja proposta pedagógica e organização curricular são baseadas na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação e nas Diretrizes Curriculares Brasileira.
São aquelas que, tradicionalmente e em linguagem corrente, são chamadas de escolas brasileiras.
05
A DECISÃO SOBRE O TIPO DE ESCOLA EM QUE A CRIANÇA DEVE SER MATRICULADA É ESTRITAMENTE FAMILIAR
Um fator a ser considerado é que o sistema educacional japonês é avaliado como um dos melhores
do mundo. No ano de 2015, o Japão obteve a 2ª colocação geral na avaliação do Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). Essa avaliação é baseada em uma prova que
mede o desempenho e o conhecimento de jovens na faixa etária dos 15 anos de idade em 70
países.
Acesse: https://www.oecd.org/pisa/PISA-2015- Brazil-PRT.pdf
O governo do Japão oferece ensino público gratuito, totalmente em língua japonesa. Os alunos
são alocados nas séries de acordo com a idade.
No Japão, nas localidades onde há maior concentração de estrangeiros, algumas escolas japonesas
oferecem programas especiais de acompanhamento escolar, em grupo, para as crianças, com
auxílio de tradutores.
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Antes de matricular seu (sua) filho (a) em uma escola japonesa, consulte se a instituição oferece
programa especial de acompanhamento escolar para crianças estrangeiras.
Existe também a possibilidade de matricular o aluno em cursos de reforço, muito comuns no
Japão, para facilitar sua adaptação à escola japonesa. Os cursos são pagos e oferecem reforço para
todas as matérias, porém existem cursos de reforço apenas para a língua japonesa gratuitos. A
prefeitura onde a família fixar residência poderá oferecer maiores informações sobre os cursos de
apoio disponíveis na região.
Caso sua família decida por matriculá-lo(a) em um estabelecimento de ensino em Língua
Portuguesa, seria útil, antes, consultar a lista de estabelecimentos homologados pelo MEC, em:
http://toquio.itamaraty.gov.br/pt-br/educacao.xml#homologadas
06
- A fim de melhorar as condições de acolhimento
- e de ensino de estudantes estrangeiros em
suas escolas, o governo japonês promove
a) - iniciativas de contratação de indivíduos que
falam a língua portuguesa para trabalharem
b) como intérpretes entre professores japoneses
e alunos brasileiros nas escolas públicas
É de extrema importância que os pais/ japonesas. Essas iniciativas, porém, ainda
responsáveis compreendam as diferenças são limitadas a poucas escolas e o perfil dos
da cultura escolar japonesa, muito diferente profissionais contratados para atuarem como
da brasileira, e procurem se integrar para intérpretes, nem sempre adequados, por conta
que haja uma melhor adaptação dos seus da falta de domínio na língua portuguesa, ou
filhos (as) nesse sistema. A participação dos da falta de formação pedagógica.
pais em atividades escolares e adoção de
costumes locais são fundamentais para a boa Os Consulados-Gerais do Brasil no Japão
integração das crianças brasileiras e a melhora também poderão dar orientações sobre o
do seu desempenho escolar. A pouca ou total assunto:
ausência de participação dos pais brasileiros http://cgtoquio.itamaraty.gov.br/pt-br/
nesse processo pode induzir os profissionais
japoneses a interpretar o comportamento http://hamamatsu.itamaraty.gov.br/
como falta de interesse em colaborar com o http://nagoia.itamaraty.gov.br/
processo educacional das crianças.
9
07 em língua portuguesa é homologado pelo MEC/ CNE?
Significa dizer que o estabelecimento solicitou considerados válidos no Brasil para todos os
seu credenciamento à Câmara de Educação fins e direitos.
Básica do Conselho Nacional de Educação Ver Resolução CNE/CEB nº1, de 3 de dezembro
(CNE/CEB), recebeu Parecer favorável que de 2013, que “Define normas para declaração
foi homologado (aprovado) pelo Ministro de validade de documentos escolares emitidos
da Educação, e sua Portaria Ministerial por escolas de Educação Básica que atendem
foi publicada no Diário Oficial da União, a cidadãos brasileiros residentes no exterior”,
preenchendo, assim, as exigências necessárias publicada no Diário Oficial da União, Brasília,
para que possa emitir documentos escolares 4 de dezembro, Seção 1, p.13.
Acesse:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=
14811-rceb001-13-pdf&category_slug=dezembro-2013-pdf&Itemid=30192
http://toquio.itamaraty.gov.br/pt-br/educacao.xml#homologadas
http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/
atos-normativos--sumulas-pareceres-e-resolucoes
10
09 no
Um estabelecimento de ensino em língua portuguesa
Japão segue a base nacional comum curricular e a
proposta pedagógica brasileira?
A obrigatoriedade cabe àqueles estabelecimentos de ensino em língua portuguesa que tenham
sido credenciados/homologados pelo CNE/CEB. Esses estabelecimentos devem necessariamente
seguir as normas recomendadas na Resolução CNE/CEB nº1, de 3 de dezembro de 2013, que
menciona, em seu Art. 3º, incisos II e III:
11
11 estabelecimento de ensino em língua portuguesa no Japão?
A responsabilidade compete à mantenedora, ou seja, à entidade pessoa jurídica de direito privado
ou pessoa física que provê os recursos necessários para o funcionamento do estabelecimento. É
dela a total responsabilidade pelo funcionamento do estabelecimento, no Japão, em obediência à
legislação civil, fiscal, penal, trabalhista e de seguridade social desse país.
VOCÊ DEVERÁ PROCURAR A ESCOLA EM QUE ESTUDOU E REQUISITAR A SEGUNDA VIA DO DOCUMENTO ESCOLAR
Caso o estabelecimento no qual você estudou tenha obtido Parecer favorável do CNE/CEB para
que possa emitir documentos válidos no Brasil, e você tenha algum problema para a obtenção
dos documentos, você deve encaminhar informação a respeito à Embaixada do Brasil em Tóquio,
ou aos Consulados-Gerais do Brasil no Japão. Essa informação será encaminhada ao Conselho
Nacional de Educação. (Resolução CNE/CEB nº1, de 3 de dezembro de 2013). O Conselho Nacional
da Educação será o responsável pela análise e apuração dos fatos.
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Parte III
Validação de documentos escolares
13
para este idioma por tradutor público juramentado ou por tradutor com domínio dos dois
idiomas, a qual deverá ser visada pela autoridade competente dos Consulados-Gerais do Brasil no
Japão.
Atenção
Não haverá necessidade do Apostilamento no caso de o estabelecimento de ensino
em língua portuguesa ser devidamente credenciado/homologado pelo CNE/CEB.
Porém, haverá necessidade de atestar a veracidade dos documentos emitidos pelo
estabelecimento credenciado/homologado pelos Consulados-Gerais do Brasil no Japão.
Parte IV
Tradução de documentos escolares
Sim. Toda a documentação escrita em língua diferente do português deverá ser traduzida para
esse idioma por tradutor público juramentado ou por tradutor com domínio dos dois idiomas. A
tradução deverá ser visada pela autoridade competente dos Consulados-Gerais do Brasil no Japão.
(Resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de dezembro de 2013. Art. 6, §2º).
17 documentos escolares?
Não. Geralmente a tradução é feita por tradutores juramentados ou pela própria escola japonesa.
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Parte V
Revalidação de estudos e transferência
Antes de retornar ao Brasil, você deverá validar em relação àqueles adotados no Brasil. Por esse
os documentos escolares ainda no Japão. motivo, recomenda-se que, caso o aluno se
Verifique com atenção os procedimentos matricule em escola de 1º ou 2º grau no exterior
descritos acima a esse respeito. que permita a seleção das matérias a cursar, não
deixe de incluir as disciplinas do núcleo comum
No Brasil existem instâncias diferentes
brasileiro, tais como: Matemática, Química,
responsáveis pela revalidação de estudos
Física Biologia e Educação Física.
dependendo do nível de ensino. Em nenhum
dos casos, há interferência do Ministério da A revalidação do ensino técnico e tecnológico
Educação. cabe à Rede Federal de Educação Técnica e
Tecnológica. Verificar a Escola em que deseja
A revalidação de estudos nos níveis
estudar e apresentar toda a documentação
Fundamental e Médio cabe às Secretarias
devidamente autenticada/validada no Japão.
Estaduais de Educação.
Para saber mais sobre a Rede de Federal, acesse:
Para a revalidação dos estudos nesses níveis http://redefederal.mec.gov.br/
de ensino, o cidadão deverá estar de posse dos
A revalidação de diplomas de graduação é
documentos escolares devidamente validados
feita pelas universidades públicas brasileiras,
no Japão, dirigir-se à Secretaria de Educação
regularmente credenciadas e mantidas
do Estado onde irá fixar residência e solicitar a
pelo Poder Público as quais ofereçam curso
equivalência de estudos.
do mesmo nível e área ou equivalente,
Obtida a equivalência, dirigir-se à escola em respeitando-se os acordos internacionais de
que deseja estudar para fazer a matrícula (se reciprocidade ou equiparação.
for o caso de continuidade de estudos no
O reconhecimento de diplomas de
Brasil).
pós-graduação stricto sensu é feito por
Em alguns casos, a Secretaria de Estado da
Educação poderá exigir a realização de estudos credenciadas que possuam cursos de
complementares, uma vez que, em alguns pós-graduação avaliados, autorizados e
países, o currículo e o calendário escolar variam reconhecidos, no âmbito do Sistema Nacional
16
de Pós-Graduação (SNPG), na mesma área Nacional de Educação, nem pelo Ministério
de conhecimento, em nível equivalente ou da Educação, e pode variar de instituição para
superior. instituição.
No âmbito do sistema educacional brasileiro, o O prazo para a universidade se manifestar
tema é regulamentado pelo Artigo 48 da Lei nº sobre o requerimento de revalidação de
9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da diplomas de graduação por tramitação regular
educação nacional, e pela Resolução nº 3/2016 é de até 180 dias e por tramitação simplificada
da Câmara Superior de Educação, do CNE. é de até 60 dias, a contar da data de entrega da
De acordo com a Portaria Normativa MEC nº documentação necessária.
22, de 13 de dezembro de 2016, a revalidação O Brasil não possui nenhum acordo de
de diplomas de graduação poderá ter: revalidação ou reconhecimento automático
Tramitação normal. Acesse: http://carolina- de diplomas de nível superior com nenhum
bori.mec.gov.br/?pagina=como Funciona país. Portanto, as regras são as mesmas para
todos os países.
Tramitação simplificada. Acesse: http://
carolinabori.mec.gov.br/?pagina=tramitacao O Ministério da Educação criou um portal
Simplificada específico sobre o tema com informações
detalhadas – a Plataforma Carolina Bori.
A documentação a ser apresentada irá variar
Portanto, para mais informações e para
de acordo com o tipo de tramitação a ser
dar entrada no pedido pela via digital nas
realizada pela instituição de educação superior.
universidades que aderiram ao portal,
O aluno deverá pagar uma taxa referente ao você deve acessar a Plataforma Carolina
custeio das despesas administrativas. O valor Bori. Acesse: http://carolinabori.mec.gov.
da taxa não é prefixado nem pelo Conselho br/?pagina=inicial.
17
19 Quando retornar ao Brasil, quais documentos escolares
preciso apresentar na instituição de ensino que irei
Atenção
18
21 Quando retornar ao Brasil, preciso solicitar o carimbo do
MEC nos meus documentos escolares?
Não. O MEC não chancela/carimba documen- responsável pelo/a estudante deve dirigir-se
tos escolares de qualquer nível de ensino. No à Secretaria Municipal de Educação ou Prefei-
Brasil, o sistema de educação básica é descen- tura Municipal do município ao qual a escola
tralizado, com competências divididas entre o pertence.
governo federal e os governos estaduais, mu- Com relação a escolas privadas, se for escola
nicipais e do Distrito Federal. Nesse sentido, o privada de educação infantil (creche/pré-
Ministério da Educação não detém competên- escola), o/a responsável pelo/a estudante deve
cia para “chancela” ou “comprovação da vali- dirigir-se à Secretaria Municipal de Educação
dade” dos documentos escolares expedidos ou Prefeitura Municipal do município ao
por escolas de educação infantil, fundamental qual a escola pertence. Ao se tratar de escola
e média integrantes dos sistemas estaduais e privada de educação fundamental ou média,
municipais de ensino. o/a responsável pelo/a estudante deve dirigir-
Portanto, no caso de escolas públicas estadu- se à Secretaria Estadual de Educação do estado
ais, o/a responsável pelo/a estudante deve di- ao qual à escola pertence
rigir-se à Secretaria Estadual de Educação do No nível superior, a competência cabe às
estado ao qual à escola pertence para reque- Universidades Públicas Federais, e no ensino
rer chancela ou validação dos documentos. técnico e tecnológico à Rede Federal de
No caso de escolas públicas municipais, o/a Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
19
20
Parte VI
Os estabelecimentos de ensino em língua
portuguesa para brasileiros no Japão
20
25 Estabelecimentos de ensino em língua portuguesa para
brasileiros no Japão poderão ser avaliados?
21
28 denúncia feita aos estabelecimentos de ensino em
língua portuguesa no Japão?
Caso essas obrigações não sejam cumpridas, cabe denúncia a ser encaminhada à Assessoria
Internacional do Ministério da Educação, via Embaixada do Brasil em Tóquio, ou Consulados-
Gerais do Brasil no Japão, para que sejam retransmitidas ao Conselho Nacional de Educação.
A partir do reconhecimento formal do encerramento de atividades educacionais do
estabelecimento que atende a cidadãos brasileiros residentes no Japão, fica sob a responsabilidade
da Assessoria Internacional do MEC a emissão de eventuais segundas vias de históricos escolares,
caso esta atribuição não seja delegada a outro órgão competente para a execução de tal tarefa.
(Resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de dezembro de 2013, Art. 5º, §1º).
22
Parte VII
Atribuições do CNE/CEB
23
Parte VIII
Diretrizes curriculares nacionais
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) enquanto o currículo virá determinar como
é um documento que visa a nortear o que esses objetivos serão alcançados, traçando as
é ensinado nas escolas em todo o Brasil, estratégias pedagógicas mais adequadas.
englobando todas as fases da educação básica,
Sendo assim, a BNCC não define um currículo
desde a Educação Infantil até o final do Ensino
nacional, mas sim um documento norteador
Médio. Trata-se da base de referência dos
e uma referência única para que as escolas
objetivos de aprendizagem de cada uma das
elaborem os seus currículos.
etapas de formação.
Trata-se, portanto, de referência fundamental
Longe de ser um currículo, a Base Nacional
para os estabelecimentos de ensino em
é uma ferramenta que visa a orientar a
Língua Portuguesa no Japão no momento
elaboração do currículo específico para cada
de elaborarem suas propostas pedagógicas
escola, sem desconsiderar as particularidades
e formularem seus currículos alinhados aos
metodológicas, sociais e regionais de cada
currículos brasileiros, facilitando a reinserção
uma.
dos alunos no sistema educacional brasileiro
Isso significa que a BNCC estabelece os objetivos quando retornarem ao Brasil.
de aprendizagem, por meio da definição
Acesse: http://basenacionalcomum.mec.gov.br
de competências e habilidades essenciais,
25
Parte X
Grau de formação do professor
26
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36 formação de um professor?
A EXIGÊNCIA QUANTO AO GRAU DE EDUCAÇÃO ACADÊMICA PARA A FORMAÇÃO DE UM
PROFESSOR VARIA DE ACORDO COM A ÁREA DE MAGISTÉRIO PRETENDIDA E NÍVEL DE EDUCAÇÃO
37
língua portuguesa no Japão?
A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão
e orientação educacional para a educação básica deverá ser feita em cursos de graduação em
pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta
formação, a base comum nacional.
Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394compilado.htm
27
Parte XI
O ENCCEJA
ensino médio?
Sim. Se você tem mais de 15 anos, pode obter a certificação do ensino fundamental e, se tem mais
de 18 anos, pode obter a certificação do ensino médio fazendo a prova do Encceja.
O Encceja é o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos realizado
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Foi instituído
em 14 de agosto de 2012, pela Portaria de nº 2.270 do Ministério da Educação, com o objetivo
de ser uma alternativa aos exames supletivos aplicados nos estados e colaborar para a correção
do fluxo escolar. O Encceja possibilita que jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de
frequentar a escola regular na época adequada obtenham a certificação do ensino fundamental
e médio.
Informações complementares, acesse: http://portal.inep.gov.br/web/guest/inicio
Quem visa a certificação de conclusão do ensino fundamental deve ter no mínimo 15 anos
completos na data do exame. Quem visa a certificação de conclusão do ensino médio deve ter no
mínimo 18 anos completos na data do exame.
28
41
Não. Não é necessário ter o certificado do ensino fundamental para fazer a prova do ensino médio.
29
45
Os resultados individuais do Encceja permitem a emissão de dois documentos distintos:
A Certificação de Conclusão de Ensino Fundamental ou do Ensino Médio, para o participante que
conseguir a nota mínima exigida nas quatro provas objetivas e na redação; e
A Declaração Parcial de Proficiência, para o participante que conseguir a nota mínima exigida em
uma das quatro provas, ou mais de uma, mas não em todas.
A inscrição e a realização das provas não garantem a certificação. Será certificado apenas o
participante que atingir o mínimo de 100 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do
Encceja.
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Quem obtém a Certificação do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio pelo Encceja, no Japão,
poderá continuar os estudos no Brasil e ingressar em uma universidade. Essa certificação também
poderá ajudar na recolocação profissional, possibilitando maiores oportunidades em trabalhos
que exijam mais qualificações. Além disso, com esses certificados, será possível prestar concursos
públicos que exigem a conclusão do ensino fundamental e/ou médio, no Brasil.
47 Encceja no Japão?
No caso dos brasileiros no Japão, a instituição certificadora normalmente sofre alternância. O Inep
informa a alteração da instituição que irá certificar no Edital do ano em que o exame será aplicado.
O Inep não emite Certificado de Conclusão ou Declaração Parcial de Proficiência do Encceja. Essa
é tarefa da instituição certificadora, ou seja, Secretarias Estaduais e Institutos Federais.
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31
G
L
O Apostille (a)
A palavra Apostila (em português) tem origem francesa, sendo
Á
Convenção da Apostila -
Documento Público.
R Autenticar
I Tornar autêntico, legitimar juridicamente (ato ou documento),
O
reconhecendo-o como verdadeiro.
CNE
Conselho Nacional de Educação. É um órgão colegiado que tem
entre seus principais o de colaborar na formação da Política Na-
-
vas e de assessoramento ao Ministro da Educação.
CEB
Câmara de Educação Básica. A Câmara de Educação Básica faz
parte da estrutura do CNE. Entre suas atribuições, destacam-se:
examinar os problemas da Educação Infantil, do Ensino Funda-
mental, da Educação Especial e do Ensino Médio e Tecnológico,
oferecendo sugestões para solucioná-los; analisar e emitir pare-
cer sobre os resultados dos processos de avaliação dos diferentes
níveis e modalidades mencionados; deliberar sobre as diretrizes
curriculares propostas pelo MEC; colaborar na preparação do
Plano Nacional de Educação (PNE) e acompanhar sua execução;
assessorar o MEC em todos os assuntos relativos à Educação Bá-
sica; manter intercâmbio com os sistemas de ensino dos Estados
e do Distrito Federal, acompanhando a execução dos respectivos
planos de educação e analisar as questões relativas à aplicação da
legislação da Educação Básica.
Certificação/ Certificado Equivalência
Certificação e a afirmação da realidade ou ve- É o processo de análise do histórico escolar
rificação de um fato. É um documento com- para equiparação de disciplinas e para poste-
probatório de que o indivíduo fez um curso rior revalidação do diploma.
ou participou de um simpósio, encontro,
congresso ou oficina.
O certificado é o documento oficial assinado
por autoridade competente que atesta um Estabelecimento privado de
fato, como por exemplo: o certificado de con- direito japonês que oferece
clusão de um curso. Atesta “ser verdade” algo
que está declarado. Portanto, fazer a certifi- serviço educacional em
cação é um ato sério, pois quem assina está
assumindo a responsabilidade sobre aquilo português
que afirma o documento. São escolas privadas (particulares) perten-
centes a entidades do setor privado ou coo-
perativo nos quais tanto a propriedade como
Chancela a gestão são da responsabilidade de entida-
Chancela é um selo, um timbre ou carimbo,
com o objetivo de validar um documento
contendo informações importantes.
A chancela pode reproduzir a assinatura de
uma autoridade para comprovar a veracida- Encceja
de dos dados de um documento. Exame Nacional para Certificação de Compe-
Chancela é a utilização de um sinal que re- tências de Jovens e Adultos
presenta uma assinatura oficial, um selo de
autenticação, podendo esse selo conter um
carimbo ou uma marca d’água.
Homologar
Homologar é confirmar ou aprovar uma sen-
Diretrizes Curriculares tença dada por uma autoridade. No caso do
Nacionais (DCNs) Ministério da Educação, o homologo é publi-
cado por meio de uma Portaria Ministerial,
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) são publicada no Diário Oficial da União.
normas obrigatórias para a Educação Básica
que orientam o planejamento curricular das
escolas e dos sistemas de ensino. Elas são dis-
cutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho Inep
Nacional de Educação (CNE). Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira
Documentos Escolares
É a documentação que acompanhará o aluno
durante todo o seu percurso escolar, garan-
Mantenedora
tindo a qualquer tempo, o acesso, a perma- É a pessoa jurídica de direito público ou pri-
nência, a continuação e a conclusão de seus vado ou pessoa física que provê os recursos
estudos. Inclui: Histórico escolar, ficha indivi- necessários para o funcionamento de outras
dual do aluno, declaração de matrícula e fre- entidades.
quência; declaração de conclusão, diploma.
Parecer Resolução
É o pronunciamento por escrito sobre deter- Ato normativo decorrente de um parecer
- destinado a estabelecer normas a serem ob-
nicos de um especialista. servadas pelos sistemas de ensino sobre ma-
téria de competência do Conselho Pleno ou
de uma das câmaras. As resoluções são desti-
Portaria Ministerial
Ato jurídico originário do Poder Executivo, observadas pelos correspondentes sistemas
que contém ordens/instruções acerca da apli- de ensino, bem como pelos estabelecimen-
cação de um determinado evento de ordem tos de ensino, de todos os níveis e moda-
administrativa. lidades, sobre matéria de competência do
Conselho Pleno ou de uma de suas câmaras.
http://www.todospelaeducacao.org.br/
Reconhecimento
Reconhecimento de curso de pós-graduação
stricto sensu
O reconhecimento e a renovação do reconhe-
Revalidação
cimento de cursos de pós-graduação stricto No Brasil, para ter validade nacional, o di-
sensu são concedidos por prazo determinado ploma de graduação obtido em instituição
e dependem da aprovação do CNE, funda- estrangeira, tem que ser revalidado/reconhe-
mentada no relatório de avaliação da Coor- cido por universidade pública brasileira, re-
denação de Aperfeiçoamento de Pessoal de gularmente credenciada e mantida pelo Po-
Nível Superior – CAPES. der Público, que tenha curso reconhecido do
As instituições de ensino superior que, nos
termos da legislação em vigor, gozem de auto- Primeiramente, é necessário entrar com um
nomia para a criação de cursos de pós-gradua- requerimento de revalidação em uma insti-
ção devem formalizar os pedidos de reconhe- tuição pública de ensino superior do Brasil.
cimento dos novos cursos por elas criados até, De acordo com a regulamentação, apenas
no máximo, 60 (sessenta) dias após ato formal as universidades públicas podem revalidar
de criação por seus conselhos superiores. diplomas:
É condição indispensável para a autorização, o “Os diplomas de graduação expedidos por
reconhecimento e a renovação de reconheci- universidades estrangeiras serão revalidados
mento de curso de pós-graduação stricto sen- por universidades públicas que tenham curso
su a comprovação da prévia existência de gru- do mesmo nível e área ou equivalente, respei-
po de pesquisa consolidado na mesma área de tando-se os acordos internacionais de reci-
conhecimento do curso. procidade ou equiparação”. (Art. 48, § 2º, Lei
Os cursos de pós-graduação de mestrado e/ de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
ou doutorado oferecidos mediante formas de Lei nº 9.394, de 20/12/1996).
associação entre instituições brasileiras e insti-
tuições estrangeiras só poderão ser instalados
após autorização do Ministério da Educação.
Essas regras estão previstas na Resolução Validação
CNE/CES nº 1/2001, alterada pela Resolução Ato de tornar válido, validar, legitimar, dar ve-
CNE/CES nº 24/2002. racidade ao documento.
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/
tvescola/leis/CES0101.pdf
https://capes.gov.br/images/stories/down-
load/avaliacao/avaliacao-n/Resolucao-c-
ne-24-2002.pdf
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