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O Pêndulo Físico

| Um pêndulo é feito ao se pendurar


uma vareta de comprimento L e
z
massa m por uma de suas
extremidades. Vamos encontrar a
freqüência de oscilação para θ
xCM
pequenos deslocamentos.
L
mg
O Pêndulo Físico...
| O torque em relação ao eixo de rotação (z) é
τ = -mgd = -mg(L/2)sinθ ≈ -mg(L/2)θ para θ
pequeno 1 2
z
I = mL
3 d I
} 678 L/2
L 1 2 d 2θ
| Nesse caso − mg θ = mL 2 θ
2 3 dt
xCM
d L
| E portanto τ = Iα fica mg

d 2θ
= −ω 2
θ onde 3g
dt 2
ω=
2L
Exemplo
| Que comprimento deve ter um pêndulo
simples para ter o mesmo período de um
pêndulo físico?

LS
LR
Exemplo: solução

g 3g
ωS = ωR =
LS 2 LR
LS
LR

2
ωS = ωP se LS = LR
3
Pêndulo Físico Geral
| Suponha que temos um sólido de forma arbitrária de
massa M pendurado em um eixo fixo, e que sabemos
onde o CM está localizado e qual é o momento de
inércia I em torno desse eixo. z-axis
| O torque em torno do eixo de rotação (z) para θ
pequenos é (sin θ ≅ θ ):
R
d 2θ θ
τ = -Mgd ≈-MgRθ − MgRθ = I
dt 2 xCM
τ α
d
d 2θ 2 MgR Mg
= −ω θ onde ω=
2
dt I
θ = θ0 cos(ωt + φ)
Exemplo: Pêndulo Físico
z Um pêndulo é construído ao pendurar um bambolê de
diâmetro D em um pequeno prego.
Qual é a freqüência angular de oscilação do bambolê para
deslocamentos pequenos? (ICM = mR2 para um aro)

pivô (prego)

D
Exemplo: Solução
z A freqüência angular de oscilação do bambolê para
pequenos deslocamentos será dada por:
mgR
ω=
I
Usemos o teorema dos eixos paralelos: I = Icm + mR2
= mR2 + mR2 = 2mR2
pivô (prego)
mgR g g
ω= 2
= =
2 mR 2R D
cm
x R
g
Assim ω = m
D
Pêndulo de torção
| Considere um objeto suspenso por um fio preso
ao seu CM. O fio define o eixo de rotação, e o fio
momeno de inércia I em torno desse eixo é
conhecido.
| O fio atua como uma “mola rotacional.” θ
z Quando o objeto é rodado, o fio é torcido. τ
Isso provoca um torque que se opõe à
I
rotação.
z Em analogia com uma mola, o torque
produzido é proporcional ao deslocamento:

τ = -kθ
Pêndulo de Torção...
| Como τ = -kθ, τ = Iα torna-se
fio
d 2θ
− kθ = I
dt 2
θ
τ
2 k
d θ
= −ω θ2
onde ω= I
2
dt I

Que é similar ao caso “massa-mola” exceto que


I tomou o lugar de m (o que não deveria provocar surpresa…).

Animação
http://www.upscale.utoronto.ca/IYearLab/Intros/TorsionPend/TorsionPend.html
Oscilador Harmônico
Amortecido
F = − kx − bv

d 2x dx
2
+γ + ω0 x = 0
2

dt dt
Queremos soluções para esta equação
MHS e MH amortecido
Oscilador Harmônico
Amortecido
2
d x dx
m 2 + b + kx = 0
dt dt
d 2x dx
2
+ γ + ω 2
0
x=0
dt dt

onde γ=b e ω 02 = k
m m
Oscilador Harmônico
Amortecido, solução..
d 2x dx
Solução da Eq. 2
+ γ + ω 0x = 0
2

dt dt

Supomos a solução z (t ) = z0 e pt

dz d 2z
Com derivadas = pz e 2
= p 2
z
dt dt
A eq. diferencial transforma-se em eq. algébrica

p 2 + γp + ω 02 = 0
Oscilador Harmônico
Amortecido, solução..
Esta equação p 2 + γp + ω 02 = 0

γ γ2
tem solução p± = − ± − ω 02
2 4
γ
Se < ω0 Temos amortecimento subcrítico
2 (raiz de número negativo)

γ γ2
p± = − ± iω ′, ω ′ = ω02 −
2 4
Oscilador Harmônico
Amortecido, solução..
γ
A solução do problema é z (t ) = e
− t
2
(ae iω ′t
+ be −iω ′t
)
γ
− t
ou ainda x(t ) = e 2
( A sin (ω ′t ) + B cos(ω ′t ))

γ
− t
que vimos que é equivalente a x(t ) = Ae 2
cos(ω ′t + φ )
A solução subcrítica
γ
− t
x(t ) = Ae 2
cos(ω ′t + φ )

γ=b e ω 02 = k
m m

γ2
ω ′ = ω02 −
4
Amortecimento Supercrítico
γ
> ω0
2
Podemos usar a solução diretamente

γ
x(t ) = e
− t
2
(Ae − βt
+ Be βt
)
γ2
onde β= − ω 02
4
Exemplo do decaimento
γ
(Ae )
− t
x(t ) = e 2 −β t
+ Be βt

Amortecimento super-crítico 4 β 2 = γ 2 − 4ω02 > 0

γ = 0.3 e ω0 = 0.075
Todos os regimes

http://lectureonline.cl.msu.edu/~mmp/applist/damped/d.htm
Exemplo de circuitos
elétricos

http://www.coilgun.info/mark2/rlcsim.htm
Oscilações Forçadas
| Frequência Natural de Oscilação f0 de um
sistema vibrante.
| Mas o sistema pode ter uma força externa sendo aplicada
continuamente. Nesse caso, o sistema vibra com a
frequência da força externa, mesmo que esta seja diferente
da frequência natural do sistema.
Ressonância
Oscilações Forçadas
F (t ) = F0 cos(ωt )
Força externa com
frequência angular ω

2
d x F0
2
+ ω0 x = cos(ωt )
2

dt m
Supomos uma solução da equação não-homogênea do tipo

z (t ) = eiωt
Solução do problema

Procedendo como antes temos uma equação algébrica cuja


parte real tem como solução

x(t ) = cos ωt = A cos(ωt + φ )


F0
(
m ω0 − ω
2 2
)
F0
onde A =
m ω02 − ω 2

e φ = 0 se ω < ω0 e φ = −π se ω > ω0
em fase fora de fase
Interpretação
(baixas frequências)
cos(ωt )
d 2x F0
2
+ ω0 x =
2

dt m
se (ω << ω )
0

cos(ωt )
F0
x≈
mω 2
0

A solução está em fase com a força!!!!


Interpretação
(altas frequências)
cos(ωt )
d 2x F0
2
+ ω0 x =
2

dt m
se (ω >> ω )0

cos(ωt )
F0
x≈−
mω 2

A solução está em fora de fase com a força!!!!


Condições iniciais
Solução geral = Solução particular + solução da equação homogênea

x(t ) = cos(ωt ) + B cos(ω0t + φ0 )


F0
(
m ω0 − ω
2 2
)
B e φ0 constantes arbitrárias.

x(0 ) = 0,
dx
Suponho que (condições iniciais) =0
dt t =0


x(0 ) = ( )
F0
+ φ =
(
m ω0 − ω
2 2
) B cos 0 0 ⎪
⎬B=−
F0

v(0 ) = − Bω0 sin (φ0 ) = 0 ⇒ φ0 = 0 ⎪⎭


m (
ω 2
0 − ω 2
)
Condições iniciais...
− F0 ⎡ cos(ω0t ) − cos(ωt ) ⎤
x(t ) = ⎢ ⎥
m(ω0 + ω ) ⎣ (ω0 − ω ) ⎦
É uma derivada!!

⎡ cos(ω0t ) − cos(ωt )⎤ ⎡ d ⎤
lim ⎢ ⎥ = ⎢ cos (ω t )⎥ = −tsen(ω0t )
ω →ω0
⎣ (ω0 − ω ) ⎦ ⎣ dω ⎦ ω =ω0

x(t ) = t sin (ω0t ) (ω = ω0 )


F0
dai
2mω0

RESSONÂNCIA!!!
Oscilações amortecidas
forçadas

cos(ωt )
d 2x dx F0
2
+γ + ω0 x =
2

dt dt m
Usando a mesma técnica mostrada anteriormente, temos a solução:

x(t ) = A(ω)cos(ωt + φ(ω))

⎛ γω ⎞
A (ω) =
F02
φ(ω) = −tg ⎜ 2 ⎟
(( )
2 −1

m ω −ω
2 2
0
2 2
) + γ 2 ω2
⎜ ω − ω2
⎝ 0


Ressonância
Amortecimento fraco γ << ω 0

Para ω → ω0 temos ω − ω 0 << ω 0

2
⎛ F0 ⎞
A (ω ) ≈ ⎜⎜
1
2
⎟⎟
⎝ 2 mω 0 ⎠ ⎡ γ 2

⎢(ω0 − ω ) + 4 ⎥
2

⎣ ⎦

⎛ γ ⎞
φ (ω ) = − tan ⎜⎜
−1
⎟⎟
⎝ 2(ω0 − ω ) ⎠
Ressonância

Exemplo Dramático de
Ressonância
Exemplos de Ressonância

Millenium Bridge Londres


Desastre na Tacoma
Narrows Bridge, 1940

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