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Simulado Dia 01 Tipo ESPCEX

Texto 1

O Português é, sem sombra de dúvida, uma das quatro grandes línguas de cultura do
mundo, não obstante outras poderem ter mais falantes. Nessa língua se exprimem civilizações
muito diferentes, da África a Timor, da América à Europa — sem contar com milhões de
pessoas em diversas comunidades espalhadas pelo mundo.
Essa riqueza que nos é comum, que nos traz uma literatura com matizes derivados de
influências culturais muito diversas, bem como sonoridades e musicalidades bem distintas,
traz-nos também a responsabilidade de termos de cuidar da sua preservação e da sua
promoção.
A Língua Portuguesa não é propriedade de nenhum país, é de quem nela se exprime.
Não assenta hoje – nem assentará nunca – em normas fonéticas ou sintáticas únicas, da
mesma maneira que as palavras usadas pelos falantes em cada país constituem um imenso e
inesgotável manancial de termos, com origens muito diversas, que só o tempo e as trocas
culturais podem ajudar a serem conhecidos melhor por todos.
Mas porque é importante que, no plano externo, a forma escrita do Português se possa
mostrar, tanto quanto possível, uniforme, de modo a poder prestigiar-se como uma língua
internacional de referência, têm vindo a ser feitas tentativas para que caminhemos na direção
de uma ortografia comum.
Será isso possível? Provavelmente nunca chegaremos a urna Língua Portuguesa que
seja escrita de um modo exatamente igual por todos quantos a falam de formas bem
diferentes. Mas o Acordo Ortográfico que está em curso de aplicação pode ajudar muito a
evitar que a grafia da Língua Portuguesa se vá afastando cada vez mais.
O Acordo Ortográfico entre os então “sete” países membros da CPLP (Timor-Leste não
era ainda independente, à época) foi assinado em 1990 e o próprio texto previa a sua entrada
em vigor em 1 de janeiro de 1994, desde que todos esses “sete” o tivessem ratificado até
então.
Quero aproveitar para sublinhar uma realidade muitas vezes escamoteada: Portugal foi
o primeiro país a ratificar o Acordo Ortográfico, logo em 1991. Se todos os restantes Estados
da CPLP tivessem procedido de forma idêntica, desde 1994 que a nossa escrita seria já
bastante mais próxima.
Porque assim não aconteceu, foi necessário criar Protocolos Adicionais, o primeiro
para eliminar a data de 1994, que a realidade ultrapassara, e o segundo para incluir Timor-
Leste e para criar a possibilidade de implementar o Acordo apenas com três ratificações.
Na votação que o parlamento português fez, há escassos meses, desse segundo
Protocolo, apenas três votos se expressaram contra. Isto prova bem que, no plano oficial, há
em Portugal uma firme determinação de colocar o Acordo em vigor, não obstante existirem, na
sociedade civil portuguesa – como, aliás, acontece em outros países, mesmo no Brasil -, vozes
que o acham inadequado ou irrelevante.
O Governo português aprovou, recentemente, a criação de um fundo para a promoção
da Língua Portuguesa, dotado com uma verba inicial de 30 milhões de euros e aberto à
contribuição de outros países. Esperamos que esta medida, ligada às decisões comuns que
agora saíram da Cúpula de Lisboa da CPLP, possa ajudar a dar início a um tempo novo para
que o Português se firme cada vez mais no mundo, como instrumento de poder e de influência
de quantos o utilizam.
A Língua Portuguesa é um bem precioso que une povos que o mar separa mas que a
afetividade aproxima. Como escrevia o escritor lusitano Vergílio Ferreira:

Da minha língua vê-se o mar.


Da minha língua ouve-se o seu rumor,
como da de outros se ouvirá o da floresta
ou o silêncio do deserto.
Por isso a voz do mar
foi a da nossa inquietação.

(COSTA, Francisco Seixas da. A língua do mar. Jornal O Globo, 28 jul. 2008. Texto adaptado.)

GLOSSÁRIO
CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

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Texto 2

Minha amiga me pergunta: por que você fala sempre nas coisas que acontecem a
primeira vez e, sobretudo, as comparar com a primeira vez que você viu o mar? Me lembro
dessa cena: um adolescente chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo: “Amanhã vou te
apresentar o mar.” Isto soava assim: amanhã vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te
ofereço a Lua. Amanhã você já não será o mesmo homem.
E a cena continuou: resguardado pelo irmão mais velho, que se assentou no banco do
calçadão, o adolescente, ousado e indefeso, caminha na areia para o primeiro encontro com o
mar. Ele não pisava na areia. Era um oásis a caminhar. Ele não estava mais em Minas, mas
andava num campo de tulipas na Holanda. O mar a primeira vez não é um rito que deixe um
homem impune. Algo nele vai-se aprofundar.
E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o sacerdote que deixa o iniciante no
limiar do sagrado, sabendo que dali para a frente o outro terá que, sozinho, enfrentar o dragão.
E o dragão lá vinha soltando pelas narinas as ondas verdes de verão. E o pequeno cavaleiro,
destemido e intimidado, tomou de uma espada ou pedaço de pau qualquer para enfrentar a
hidra que ondeava mil cabeças, e convertendo a arma em caneta ou lápis começou a escrever
na areia um texto que não terminará jamais. Que é assim o ato de escrever: mais que um
modo de se postar diante do mar, é uma forma de domar as vagas do presente convertendo-o
num cristal passado.
Não, não enchi a garrafinha de água salgada para mostrar aos vizinhos tímidos retidos
nas montanhas, e fiz mal, porque muitos morreram sem jamais terem visto o mar que eu lhes
trazia. Mas levei as conchas, é verdade, que na mesa interior marulhavam lembranças de um
luminoso encontro de amor com o mar.
Certa vez, adolescente ainda nas montanhas, li urna crônica onde um leitor de Goiás
pedia à cronista que lhe explicasse, enfim, o que era o mar. Fiquei perplexo. Não sabia que o
mar fosse algo que se explicasse. Nem me lembro da descrição. Me lembro apenas da
pergunta. Evidentemente eu não estava pronto para a resposta. A resposta era o mar. E o mar
eu conheci, quando pela primeira vez aprendi que a vida não é a arte de responder, mas a
possibilidade de perguntar.
Os cariocas vão achar estranho, mas eu devo lhes revelar: o carioca, com esse modo
natural de ir à praia, desvaloriza o mar. Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai
ao quintal. E o mar é mais que horta e quintal. É quando atrás do verde-azul do instante o
desejo se alucina num cardume de flores no jardim. O mar é isso: é quando os vagalhões da
noite se arrebentam na aurora do sim.
Ver o mar a primeira vez, lhes digo, é quando Guimarães Rosa pela vez primeira, por
nós, viu o sertão. Ver o mar a primeira vez é quase abrir o primeiro consultório, fazer a primeira
operação. Ver o mar a primeira vez é comprar pela primeira vez uma casa nas montanhas: que
surpresas ondearão entre a lareira e a mesa de vinhos e queijos!
O mar é o mestre da primeira vez e não para de ondear suas lições. Nenhuma onda é
a mesma onda. Nenhum peixe o mesmo peixe. Nenhuma tarde a mesma tarde. O mar é um
morrer sucessivo e um viver permanente. Ele se desfolha em ondas e não para de brotar. A
contemplá-lo ao mesmo tempo sou jovem e envelheço.
O mar é recomeço.

(SANT’ANNA, Affonso Romano de. O mar, a primeira vez. In:_____. Fizemos bem em
resistir: crônicas selecionadas. Rio de Janeiro: Rocco,1994,
p.50-52. Texto adaptado.)

1. Nos textos 1 e 2, o “mar” é uma referência importante para as reflexões argumentativas dos
autores. Em que opção os termos destacam, respectivamente, as ideias implícitas em “Da
minha língua vê-se o mar.” (Texto 1 – 12º parágrafo) e “O mar é recomeço.” (Texto 2 – 9º
parágrafo)?
a) Expansão/ Refazimento.
b) Separação/ Permanência.
c) Deslumbramento/ Amizade.
d) Indagação/ Curiosidade.
e) Aproximação/ Distanciamento.

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2. A partir da argumentação desenvolvida no texto, assinale a opção que explicita


corretamente a tese defendida pelo autor.
a) O fortalecimento do idioma no mundo globalizado justifica a importância e a necessidade do
Acordo Ortográfico, cujas deliberações contam com a anuência de Portugal.
b) A criação de um fundo para a promoção da Língua Portuguesa, aprovado pelo governo de
Portugal e aberto à contribuição de outros países, consolida a união entre os povos falantes
desse idioma.
c) O Português se destaca no mundo como uma língua formada a partir de diferentes origens e
que sofreu múltiplas influências culturais.
d) A despeito do Acordo, é improvável que a forma escrita do Português atinja um grau de
uniformidade absoluto, uma vez que são muito diversos os países falantes dessa língua.
e) A uniformidade na escrita da Língua Portuguesa desencadeia movimentos reacionários
contra a independência dos países membros da CPLP.

3. Em que opção o referente do termo sublinhado está corretamente indicado?


a) “[...] cuidar da sua preservação e da sua promoção.” (2º parágrafo) - responsabilidade.
b) “[...] de nenhum país, é de quem nela se exprime.” (3º parágrafo) - propriedade.
c) “[...] que só o tempo e as trocas culturais podem ajudar a [...].” (3º parágrafo) - origens muito
diversas.
d) “[...] por todos quantos a falam de formas bem diferentes.” (5º parágrafo) - uma Língua
e) “[...] como instrumento de poder e de influência de quantos o utilizam.” (10º parágrafo) – o
Português.

4. Que opção destaca o argumento do autor que corrobora o título texto?


a) "O Português é, sem sombra de dúvida, uma das quatro grandes línguas de cultura do
mundo, não obstante outras poderem ter mais falantes." (1º parágrafo)
b) "Nessa língua se exprimem civilizações muito diferentes, da África a Timor, da América à
Europa - [...]." (1º parágrafo)
c) "A Língua Portuguesa não é propriedade de nenhum país, é de quem nela se exprime." (3º
parágrafo)
d) "[...] é importante que, no plano externo, a forma escrita do Português se possa mostrar, [...],
uniforme, de modo a poder prestigiar-se como uma língua internacional de referência, [...]."
(4º parágrafo)
e) "Esperamos que esta medida, [...], possa ajudar a dar início a um tempo novo para que o
Português se firme cada vez mais no mundo [...]." (10º parágrafo)

5. Em que opção a afirmação feita está correta?


a) O vocábulo “então” significa “em momento futuro” em “O Acordo Ortográfico entre os então
‘sete’ países membros da CPLP [...]” (6º parágrafo).
b) No trecho “[...] Portugal foi o primeiro país a ratificar o Acordo Ortográfico, logo em 1991.” (7º
parágrafo), o termo destacado estabelece uma relação de conclusão.
c) No trecho “Se todos os restantes Estados da CPLP tivessem procedido de forma idêntica,
desde 1994 que a nossa escrita seria já bastante mais próxima.” (7º parágrafo), o termo
sublinhado exprime a noção de concessão.
d) Em “[...] o parlamento português fez, há escassos meses, [...].” (9º parágrafo) e “[...] há em
Portugal uma firme determinação [...].” (9º parágrafo), o verbo “haver” indica tempo decorrido
e existência, respectivamente.
e) Em “[...] sonoridades e musicalidades bem distintas [...].” (2º parágrafo) e “[...] é um bem
precioso que une [...].” (11º parágrafo), os termos sublinhados têm a mesma classe
gramatical, mas significados diferentes.

6. Em qual opção o pronome relativo exerce a mesma função sintática que o termo
sublinhado em “[...] desde que todos esses ‘sete’ o tivessem ratificado até então.” (6º
parágrafo)?
a) “[...] nunca chegaremos a uma Língua Portuguesa que seja escrita [...].” (5º parágrafo)
b) “Mas o Acordo Ortográfico que está em curso de aplicação pode ajudar [...].” (5º parágrafo)
c) “Na votação que o parlamento português fez, há escassos meses, [...].” (9º parágrafo)
d) “[...] ligada às decisões comuns que agora saíram da Cúpula [...].” (10º parágrafo)
e) “A Língua Portuguesa é um bem precioso que une povos [...].” (11º parágrafo)

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7. Assinale a opção em que a reescritura do trecho resulta em ALTERAÇÃO de sentido.


a) “[...] não obstante outras poderem ter mais falantes.” (1º parágrafo) / apesar de outras
poderem ter mais falantes
b) “[...] de modo a poder prestigiar-se como uma língua internacional [...].” (4º parágrafo) / além
de poder prestigiar-se como uma língua internacional
c) “[...] desde que todos esses ‘sete’ o tivessem ratificado até então.” (6º parágrafo) / contanto
que todos esses “sete” o tivessem ratificado até então
d) “[...] para que o Português se firme cada vez mais no mundo [...].” (10º parágrafo) / com o
intuito de o Português se firmar cada vez mais no mundo
e) “Corno escrevia o escritor lusitano Vergílio Ferreira [...].” (11º parágrafo) / Consoante
escrevia o escritor lusitano Vergílio Ferreira

8. Em que opção a afirmativa a respeito da pontuação está correta?


a) Em “[...] se possa mostrar, tanto quanto possível, uniforme, de modo a poder prestigiar-se
como uma língua internacional de referência, têm vindo a ser feitas tentativas para que
caminhemos na direção de uma ortografia comum.” (4º parágrafo), a vírgula após
“referência” pode ser substituída por um ponto final sem prejuízo do sentido.
b) Em “Provavelmente nunca chegaremos a uma Língua Portuguesa que seja escrita de um
modo exatamente igual por todos quantos a falam de formas bem diferentes.” (5º parágrafo),
uma vírgula após o advérbio “Provavelmente” e um ponto e vírgula depois da palavra
“Portuguesa” tornariam o período mais claro e não alterariam seu sentido.
c) Em “Quero aproveitar para sublinhar uma realidade muitas vezes escamoteada: Portugal foi
o primeiro país a ratificar o Acordo Ortográfico, logo em 1991.” (7º parágrafo), os dois pontos
introduzem um aposto especificativo.
d) Em “Porque assim não aconteceu, foi necessário criar Protocolos Adicionais, o primeiro para
eliminar a data de 1994, [...].” (8º parágrafo), as vírgulas após “aconteceu” e “Adicionais”
podem ser substituídas por parênteses, uma vez que o trecho “foi necessário criar
Protocolos Adicionais” é uma informação acessória.
e) Em “[...] não obstante existirem, na sociedade civil portuguesa – como, aliás, acontece em
outros países, mesmo no Brasil -, vozes que o acham inadequado ou irrelevante.” (9º
parágrafo), os travessões foram usados para delimitar um comentário do autor.

9. Em que opção a reescritura do trecho “[...] que só o tempo e as trocas culturais podem
ajudar a serem conhecidos melhor por todos.” (3º parágrafo) mantém corretas as relações de
concordância e de sentido?
a) [...] que só o tempo e as trocas culturais podem ajudar a ser conhecido melhor por todos.
b) [...] que só o tempo e as trocas culturais podem ajudar a serem conhecidas melhor por
todos.
c) [...] que só o tempo e as trocas culturais podem ajudar a ser conhecidos melhor por todos.
d) [...] que só o tempo e as trocas culturais podem ajudar a ser conhecidas melhor por todos.
e) [...] que só o tempo e as trocas culturais podem ajudar a serem conhecido melhor por todos.

10. Em que opção o significado do termo sublinhado está correto?


a) “O Português é, sem sombra de dúvida, uma das quatro grandes línguas de cultura do
mundo [...].” (1º parágrafo) – impreterivelmente.
b) “[...] as palavras usadas pelos falantes em cada país constituem um imenso e inesgotável
manancial de termos, [...].” (3º parágrafo) - efêmero.
c) “[...] desde que todos esses ‘sete’ o tivessem ratificado até então.” (6º parágrafo) – corrigido.
d) “Quero aproveitar para sublinhar uma realidade muitas vezes escamoteada: [...].” (7º
parágrafo) - exibida.
e) “Na votação que o parlamento português fez, há escassos meses, desse segundo Protocolo,
[...].” (9º parágrafo) - parcos.

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UTILIZE O TEXTO 2 PARA AS PRÓXIMAS 10 QUESTÕES:

11. Em que opção está implícito um diálogo entre o autor e o leitor?


a) “Minha amiga me pergunta: por que você fala sempre nas coisas que acontecem a primeira
vez [...]?” (1º parágrafo)
b) “Me lembro dessa cena: um adolescente chegando ao Rio e o irmão lhe prevenindo:
‘Amanhã vou te apresentar o mar.’” (1º parágrafo)
c) “E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, o sacerdote que deixa o iniciante no limiar do
sagrado, [...].” (3º parágrafo)
d) “Não, não enchi a garrafinha de água salgada para mostrar aos vizinhos tímidos retidos nas
montanhas, [...].” (4º parágrafo)
e) “Certa vez, adolescente ainda nas montanhas, li uma crônica onde um leitor de Goiás pedia
à cronista que lhe explicasse, enfim, o que era o mar.” (5º parágrafo)

12. Em que opção a reescritura do trecho “[...] ‘Amanhã vou te apresentar o mar’. Isto soava
assim: amanhã vou te levar ao outro lado do mundo, amanhã te ofereço a Lua.” (1º parágrafo)
está de acordo com a norma padrão e mantém seu significado?
a) “Amanhã vou-lhe apresentar ao mar”. Isto soava assim: amanhã vou levá-lo ao outro lado do
mundo, amanhã o ofereço a Lua.
b) “Amanhã vou apresentá-lo o mar”. Isto soava assim: amanhã vou levar você ao outro lado
do mundo, amanhã ofereço-lhe a Lua.
c) “Amanhã vou apresentar o mar a você”. Isto soava assim: amanhã vou levá-lo ao outro lado
do mundo, amanhã lhe ofereço a Lua.
d) “Amanhã vou apresentar-lhe o mar”. Isto soava assim: amanhã vou levar você ao outro lado
do mundo, amanhã lhe ofereço à Lua.
e) “Amanhã vou apresentar você ao mar”. Isto soava assim: amanhã vou lhe levar ao outro
lado do mundo, amanhã o ofereço à Lua.

13. Em que opção houve mudança de classe gramatical do termo destacado?


a) “Era um oásis a caminhar.” (2º parágrafo)
b) “E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, [...].” (3º parágrafo)
c) “[...] convertendo a arma em caneta ou lápis [...].” (3º parágrafo)
d) “[...] que na mesa interior marulhavam lembranças [...].” (4º parágrafo)
e) “O mar é um morrer sucessivo e [...].” (8º parágrafo)

14. Em que opção o comentário sobre as palavras sublinhadas está correto?


a) “E o irmão lá atrás, respeitoso, [...].” (3º parágrafo) - o sufixo “-oso” forma o adjetivo
sublinhado a partir de um substantivo.
b) “Não, não enchi a garrafinha de água salgada para [...].” (4º parágrafo) - em “garrafinha”, o
sufixo de diminutivo tem valor pejorativo.
c) “[...] o carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar.” (6º parágrafo) - o
prefixo “des-” denota repetição em “desvalorizar”.
d) “Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal.” (6º parágrafo) - “sem-
cerimônia” é um neologismo formado por aglutinação.
e) “[...] que surpresas ondearão entre a lareira e a mesa de vinhos e queijos!” (7º parágrafo) - o
verbo sublinhado é formado por prefixação.

15. Que opção pode substituir o pronome sublinhado no trecho “Certa vez, adolescente ainda
nas montanhas, li uma crônica onde um leitor de Goiás pedia à cronista que lhe explicasse,
enfim, o que era o mar.” (5º parágrafo), – de acordo com a norma-padrão, sem alterar o sentido
do enunciado?
a) A qual.
b) Aonde.
c) Cujo.
d) Em que.
e) Quando.

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16. No trecho “[...] o carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar.” (6º
parágrafo), há um exemplo do uso do acento grave, indicativo de crase. Em que opção o
acento grave está corretamente empregado, de acordo com a norma padrão?
a) Para conhecer o mar, foi à pé até Copacabana.
b) É uma grande alegria comparecer à esta festa na praia.
c) Sempre desejou mostrar o mar às suas queridas irmãs.
d) Quando voltava da escola, viu às amigas na praia.
e) Tinha um importante trabalho à concluir antes de velejar.

17. Que opção obedece, plenamente, à modalidade padrão da língua portuguesa?


a) Para muitas pessoas, o barulho das ondas do mar ao mesmo tempo fascinam e assustam.
b) Os jovens e os sonhadores, costumam, escrever seus nomes nas areias da praia,
indelevelmente.
c) É extraordinário a alegria e o medo de uma criança, ao lembrar da primeira vez que viu o
mar.
d) As pessoas urbanas e apressadas não vêm nada demais nas paisagens marítimas.
e) Prudência é necessário quando se entra ao mar, transmutado pela ressaca.

18. Em que opção o verbo destacado permite apenas o uso da próclise, de acordo com a
norma padrão?
a) “Me lembro dessa cena: um adolescente [...].” (1º parágrafo)
b) “[...], que se assentou no banco do calçadão, [...].” (2º parágrafo)
c) “[...], mas eu devo lhes revelar: [...].” (6º parágrafo)
d) “Ver o mar a primeira vez, lhes digo, [...].” (7º parágrafo)
e) “Ele se desfolha em ondas e não para de brotar.” (8º parágrafo)

19. Em que opção NÃO há ideias que se opõem?


a) “E o pequeno cavaleiro, destemido e intimidado, tomou de uma espada ou pedaço de pau
qualquer [...].” (3º parágrafo)
b) “[...] é uma forma de domar as vagas do presente convertendo-o num cristal passado.” (3º
parágrafo)
c) “E o mar eu conheci, quando pela primeira vez aprendi que a vida não é a arte de responder,
mas a possibilidade de perguntar.” (5º parágrafo)
d) “É quando atrás do verde-azul do instante o desejo se alucina num cardume de flores no
jardim.” (6º parágrafo)
e) “O mar é isso: é quando os vagalhões da noite se arrebentam na aurora do sim.” (6º
parágrafo)

20. Para se referir ao mar, o autor emprega a expressão metafórica


a) “campo de tulipas na Holanda” (2º parágrafo).
b) “o sacerdote que deixa o iniciante no limiar do sagrado” (3º parágrafo).
c) “o pequeno cavaleiro, destemido e intimidado” (3º parágrafo).
d) “a hidra que ondeava mil cabeças” (3º parágrafo).
e) “a garrafinha de água salgada” (4º parágrafo).

21. Analise o gráfico que mostra a variação da eletronegatividade em função do número


atômico.

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Devem unir-se entre si por ligação iônica os elementos de números atômicos


a) 17 e 35.
b) 69 e 70.
c) 17 e 57.
d) 15 e 16.
e) 12 e 20.

22. No esboço da Tabela Periódica abaixo estão discriminados os números de nêutrons dos isótopos
mais estáveis de alguns elementos.

Considere agora um composto iônico binário, em que:


I. o cátion, de carga +2, possui 12 prótons;
II. o ânion, de carga −3, possui 10 elétrons.
A massa de 1mol deste composto é aproximadamente igual a:
a) 38 g
b) 100 g
c) 122 g
d) 90 g
e) 50 g

23. Assinale a opção que apresenta a sequência que melhor descreve o ciclo de ações
envolvidas no método científico (hipotético - dedutivo):
a) Observação → Hipótese → Experimento → Análise dos Resultados → Conclusões →
Observação → K
b) Introdução → Hipótese → Argumentação → Conclusões → Introdução → K
c) Hipótese → Argumentação → Contra Argumentação → Consenso → Hipótese → K
d) Observação → Hipótese → Argumentação → Contra Argumentação → Consenso →
Observação → K
e) Hipótese → Argumentação → Consenso → Experimento → Observação → Hipótese
→K

24. Sabe-se que os átomos X e Y são isóbaros, apresentando número de massa igual a 40, e
o átomo X e isótono de Z. Considerando as configurações eletrônicas de cada átomo
eletricamente neutro, o número de nêutrons de Y e o número de massa de Z são,
respectivamente,

X − 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 Y − 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 Z − 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1
a) 19 e 39.
b) 20 e 40.
c) 22 e 39.
d) 22 e 40.

25. São dadas as Tabelas abaixo. A Tabela I apresenta a correspondência entre as


substâncias representadas pelas letras x, m, r e z e suas respectivas temperaturas de ebulição.

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A Tabela II mostra os elementos químicos (H, F, Cl , Br e I) e suas respectivas massas


atômicas.

Tabela I
Temperatura de
Substância
ebulição (°C)

x 20

m −35

r −67

z −85

Tabela II
Elemento Massa Atômica (u)

H (Hidrogênio) 1

F (Flúor) 19

Cl (Cloro) 35,5

Br (Bromo) 80

I (Iodo) 127

Com base nas Tabelas acima, são feitas as seguintes afirmações:


I. As substâncias correspondentes a x, m, r e z são, respectivamente, HF, HI, HBr e HCl .
II. As moléculas de HCl , HBr e HI são unidas por forças do tipo pontes ou ligações de
hidrogênio.
III. Das substâncias em questão, o HI apresenta a maior temperatura de ebulição, tendo em
vista possuir a maior massa molar.
Das afirmações feitas, está(ão) correta(s) apenas:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

26. Quando ocorre a combustão completa de quaisquer hidrocarbonetos, há a produção dos


compostos gás carbônico (CO2 ) e água (H2O). Acerca dessas substâncias afirma-se que:
I. as moléculas CO2 e H2O apresentam a mesma geometria molecular.
II. a temperatura de ebulição da água é maior que a do CO2 , pois as moléculas de água na
fase líquida se unem por ligação de hidrogênio, interação intermolecular extremamente
intensa.
III. a molécula de CO2 é polar e a de água é apolar.
IV. a temperatura de fusão do CO2 é maior que a da água, pois, diferentemente da água, a
molécula de CO2 apresenta fortes interações intermoleculares por apresentar geometria
angular.
V. o número de oxidação (Nox) do carbono na molécula de CO2 é +4.

Estão corretas apenas as afirmativas

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a) I, II e IV.
b) II, III e IV.
c) I, III e V.
d) III e IV.
e) II e V.

27. Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso, para as afirmações abaixo.

( ) Os metais apresentam alta condutividade elétrica, mas baixa condutividade térmica.


( ) O bronze é uma liga formada por cobre e estanho.
( ) Compostos iônicos conduzem corrente elétrica em meio aquoso e quando fundidos.
( ) A ligação covalente ocorre entre metais e não metais. O KBr é um exemplo.
( ) O dióxido de carbono é uma molécula apolar, mas que possui ligações covalentes
polares.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo é
a) F, F, V, F e V.
b) F, V, V, F e V.
c) V, F, V, F e V.
d) F, F, V, F e F.
e) V, V, F, V e F.

28. Na tabela periódica abaixo, alguns elementos químicos foram representados


aleatoriamente pelos algarismos romanos I, II, III, IV e V.

A respeito desses elementos químicos, é correto afirmar que


a) I é um elemento de transição e está no grupo 6 da tabela periódica.
b) II possui o maior raio atômico e é um exemplo de metal alcalinoterroso.
c) III possui a configuração eletrônica da camada de valência ns2np1.
d) IV possui a tendência de receber elétrons quando faz ligação com o elemento II.
e) V é um metal nobre e possui uma elevada energia de ionização.

29. No quadro a seguir, estão apresentadas as temperaturas de fusão e de ebulição, em C,


sob pressão de 1atm, de diferentes substâncias químicas.

Substância química a 25C e Temperatura de fusão Temperatura de ebulição


1 atm (C) (C)
Oxigênio (O2(g) ) −218,8 −183
Amônia (NH3(g) ) −77,7 −33,4
Metanol (CH3OH( l ) ) −97 64,7
Acetona (C3H6 O( l ) ) −94,6 56,5
Mercúrio (Hg( l ) ) −38,87 356,9
Alumínio (Al (s) ) 660 2519
Cloreto de sódio (NaCl (s) ) 801 1413

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Com base nas informações constantes no quadro, analise as afirmações a seguir e marque V
para verdadeiro e F para falso.

( ) As substâncias metanol e mercúrio, à temperatura de 60C, estarão no estado líquido de


agregação.
( ) As interações que mantêm unidas, no estado sólido, as moléculas das substâncias
amônia, metanol e acetona são forças do tipo dipolo induzido, as quais formam cristais
moleculares.
( ) Entre as substâncias listadas, o cloreto de sódio apresenta a maior temperatura de fusão,
o que se justifica em razão de seus íons estarem unidos por interações do tipo dipolo
permanente, formando retículos cristalinos iônicos.
( ) O modelo para a formação do Al (s) , no estado sólido, se baseia na interação entre os
cátions do metal que se agrupam, formando células unitárias em que as cargas positivas
são estabilizadas por elétrons semilivres, que envolvem a estrutura como uma nuvem
eletrônica
( ) O gás oxigênio (O2(g) ) apresenta os menores valores de temperaturas de fusão e de
ebulição, pois suas moléculas se mantêm unidas por forças de dipolo induzido, que são
de fraca intensidade.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) V – F – V – F – F.
b) F – F – V – F – V.
c) V – F – F – V – V.
d) F – V – F – F – V.
e) V – V – F – V – F.

30.

A produção do vidro tem por base a modificação da estrutura cristalina do quartzo (SiO2) por
meio do seu aquecimento e da adição de óxidos alcalinos, dentre eles o Na2O. Esse processo
adiciona cátions sódio à estrutura do quartzo, tornando-a amorfa. Alguns vidros, como os
utilizados em telas de smartphones, passam ainda por processo de troca iônica para aumentar
a resistência a quedas e riscos. Para isso, o vidro é banhado em uma solução salina contendo
íons potássio. Dessa forma, o potássio substitui o sódio na estrutura, sem que o volume do
vidro se altere.

Com base nessas informações, é correto afirmar que os íons potássio


a) são maiores do que os íons sódio, dessa forma, a estrutura torna-se mais preenchida e mais
resistente ao choque físico.
b) são mais resistentes ao choque físico do que os íons sódio, e esse caráter é conferido ao
vidro.
c) são menores do que os íons sódio, tornando a estrutura menos preenchida e o vidro mais
flexível.
d) fazem com que a estrutura do vidro deixe de ser amorfa quando substituem os íons sódio,
tornando o vidro menos resistente ao choque físico.
e) têm o mesmo tamanho que os íons sódio, visto que ambos são metais alcalinos, permitindo
sua completa substituição no vidro.

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31. A natureza apresenta grande diversidade de materiais. É preciso analisar a composição e


as propriedades desses materiais para que eles possam ser utilizados ou transformados nos
mais diversos objetos.

Tendo por base o enunciado e o contexto relacionado à temática em questão, analise as


afirmações que seguem e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) Uma mistura eutética é aquela que se comporta como substância pura durante a ebulição,
ou seja, apresenta temperatura de ebulição constante.
( ) O ar atmosférico seco e filtrado se constitui como uma mistura homogênea, formada,
principalmente, por nitrogênio e oxigênio.
( ) Ligas metálicas são misturas homogêneas, também classificadas como soluções.
( ) A decantação é um processo de separação de uma mistura do tipo líquido-líquido ou
sólido-líquido. Ela se baseia na diferença de densidade e solubilidade entre seus
componentes.
( ) A destilação fracionada é um processo aplicado exclusivamente para separar
componentes de uma mistura heterogênea contendo dois ou mais líquidos que
apresentam temperaturas de ebulição próximas.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) F – V – V – V – F.
b) V – F – V – F – F
c) V – V – F – F – F.
d) F – F – V – F – F.
e) F – V – F – V – V.

32. Um experimento de laboratório para estudo de misturas foi realizado em uma aula prática,
empregando-se as substâncias da tabela seguinte:
Fórmula Densidade aproximada
Recipiente Substâncias
molecular g / cm3 20C

Tetracloreto de
I CCl 4 1,6
carbono

II Benzeno C6H6 0,88

III Água H2O 1,0

IV Iodo I2 4,9

Os alunos documentaram os reagentes por meio de fotografias:

Uma fotografia do resultado da mistura de 3 dessas substâncias, seguida da agitação e da


decantação, é apresentada a seguir:

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É correto afirmar que, no tubo de ensaio contendo a mistura do experimento, a fase superior é
composta de _______ e a fase inferior é composta de ________.
As lacunas no texto são preenchidas, correta e respectivamente, por:
a) água e iodo … tetracloreto de carbono
b) água e iodo … benzeno
c) tetracloreto de carbono e iodo … benzeno
d) benzeno … água e iodo
e) benzeno e iodo … água

33. A figura representa, de forma simplificada, parte de um sistema de engrenagens que tem
a função de fazer girar duas hélices, H1 e H2 . Um eixo ligado a um motor gira com velocidade
angular constante e nele estão presas duas engrenagens, A e B. Esse eixo pode se
movimentar horizontalmente assumindo a posição 1 ou 2. Na posição 1, a engrenagem B
acopla-se à engrenagem C e, na posição 2, a engrenagem A acopla-se à engrenagem D.
Com as engrenagens B e C acopladas, a hélice H1 gira com velocidade angular constante
ω1 e, com as engrenagens A e D acopladas, a hélice H2 gira com velocidade angular
constante ω2 .

Considere rA , rB , rC , e rD , os raios das engrenagens A, B, C e D, respectivamente.


ω1
Sabendo que rB = 2  rA e que rC = rD , é correto afirmar que a relação é igual a
ω2
a) 1,0.
b) 0,2.
c) 0,5.
d) 2,0.
e) 2,2.

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34. Um lançador de granadas deve ser posicionado a uma distância D da linha vertical que
passa por um ponto A. Este ponto está localizado em uma montanha a 300 m de altura em
relação à extremidade de saída da granada, conforme o desenho abaixo.

A velocidade da granada, ao sair do lançador, é de 100 m s e forma um ângulo “α” com a


horizontal; a aceleração da gravidade é igual a 10 m s2 e todos os atritos são desprezíveis.
Para que a granada atinja o ponto A, somente após a sua passagem pelo ponto de maior altura
possível de ser atingido por ela, a distância D deve ser de:
Dados: Cos α = 0,6; Sen α = 0,8.
a) 240 m
b) 360 m
c) 480 m
d) 600 m
e) 960 m

35. A partir do repouso, um foguete de brinquedo é lançado verticalmente do chão, mantendo


uma aceleração constante de 5,00 m s2 durante os 10,0 primeiros segundos. Desprezando a
resistência do ar, a altura máxima atingida pelo foguete e o tempo total de sua permanência no
ar são, respectivamente, de
a) 375 m e 23,7 s.
b) 375 m e 30,0 s.
c) 375 m e 34,1 s.
d) 500 m e 23,7 s.
e) 500 m e 34,1 s.

36. Um automóvel, partindo do repouso, pode acelerar a 2,0 m s2 e desacelerar a 3,0 m s2 .


O intervalo de tempo mínimo, em segundos, que ele leva para percorrer uma distância de
375 m, retornando ao repouso, é de
a) 20
b) 25
c) 30
d) 40
e) 55

37. Sobre uma mesa sem atrito, um objeto sofre a ação de duas forças F1 = 9 N e F2 = 15 N,
que estão dispostas de modo a formar entre si um ângulo de 120. A intensidade da força
resultante, em newtons, será de
a) 3 24
b) 3 19
c) 306
d) 24

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38. O sistema abaixo está em equilíbrio.

T1
A razão entre as intensidades das trações nos fios ideais 1 e 2 vale
T2
2
a)
5
2
b)
3
3
c)
2
5
d)
2

39. Ao montar o experimento abaixo no laboratório de Física, observa-se que o bloco A, de


massa 3 kg, cai com aceleração de 2,4 m s2 , e que a mola ideal, de constante elástica
1240 N m, que suspende o bloco C, está distendida de 2 cm.

O coeficiente de atrito entre o bloco B e o plano inclinado é 0,4. Um aluno determina


acertadamente a massa do bloco B como sendo
Adote:
g = 10 m / s2 ,
cos 37 = sen 53 = 0,8
cos 53 = sen 37 = 0,6
a) 1,0 kg
b) 2,0 kg
c) 2,5 kg
d) 4,0 kg
e) 5,0 kg

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40. Observe a figura a seguir.

Na figura acima, o bloco de massa m = 2,0 kg que está encostado na parede é mantido em
r r
repouso devido à ação de duas forças, F1 e F2 , cujos módulos variam no tempo segundo as
respectivas equações F1 = F0 + 2,0t e F2 = F0 + 3,0t, onde a força é dada em newtons e o
tempo, em segundos. Em t = 0, o bloco está na iminência de entrar em movimento de descida,
sendo o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a parede igual a 0,6. Em t = 3,0 s, qual o
módulo, em newtons, a direção e o sentido da força de atrito?
Dado: g = 10m s2
a) 7,5 e vertical para cima.
b) 7,5 e vertical para baixo.
c) 4,5 e vertical para cima.
d) 1,5 e vertical para cima.
e) 1,5 e vertical para baixo.

41.

ur
Uma barra homogênea AB de peso PAB está apoiada no solo horizontal rugoso e mantida em
ur
equilíbrio através do corpo P de peso PP , como mostra a figura acima. Considere o fio e a
2 2
polia ideal, o trecho CD horizontal, BC =  AB e sen45 = cos 45 = . O coeficiente de
3 2
atrito estático entre o solo e a barra AB é
a) 0,35
b) 0,55
c) 0,75
d) 0,80
e) 0,90

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42. A figura a seguir representa a velocidade de uma partícula em movimento retilíneo, em


função do tempo.

Determine qual gráfico a seguir pode representar corretamente a correspondente posição da


partícula em função do tempo.

a) b)

c) d)

e)

43. Analise a figura a seguir.

A figura acima ilustra uma haste homogênea OA de comprimento L = 5,0 m. A extremidade O


da haste está presa a um ponto articulado. A extremidade A suspende um bloco de massa
m = 2,0 kg. Conforme a figura, o sistema é mantido em equilíbrio estático por meio de um fio
preso à parede no ponto B. Considerando os fios ideais e sabendo que a força que o fio faz na
haste tem módulo T = 15 2 N, assinale a opção que apresenta, respectivamente, a densidade

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linear de massa da haste, em kg m e o módulo da componente vertical da força, em newtons,


que a haste faz no ponto articulado.
Dado: g = 10 m s2
a) 0,6 e 26
b) 0,4 e 26
c) 0,4 e 25
d) 0,2 e 25
e) 0,2 e 24

44. Um helicóptero sobrevoa horizontalmente o solo com velocidade constante e, no ponto A,


abandona um objeto de dimensões desprezíveis que, a partir desse instante, cai sob ação
exclusiva da força peso e toca o solo plano e horizontal no ponto B. Na figura, o helicóptero e o
objeto são representados em quatro instantes diferentes.

Considerando as informações fornecidas, é correto afirmar que a altura h de sobrevoo desse


helicóptero é igual a
a) 200 m.
b) 220 m.
c) 240 m.
d) 160 m.
e) 180 m.

REDAÇÃO

Texto 1:

Em entrevista ao jornalista Thomas Traumann da Revista Veja, em setembro de 2020,


Fernando Henrique Cardoso diz que a “reeleição foi um erro que precisa ser corrigido”.
Conforme afirma o jornalista, FHC reconheceu que recandidatura distorce a democracia. É
hora de o Congresso mudar a lei.
Demorou 23 anos, mas Fernando Henrique Cardoso apresentou um mea culpa por ter
jogado o peso de seu governo para aprovar a emenda da reeleição. A mudança constitucional
foi aprovada em janeiro de 1997 (...).
A democracia brasileira é jovem e falha. Os políticos não são cobrados o suficiente e
as pesquisas mostram que os eleitores não se sentem plenamente representados. O nome
para resolver isso se chama reforma política, que precisa começar pelo fim da reeleição. O que
acontece hoje na cidade do Rio, com o prefeito usando dinheiro público para contratar
“guardiões” para defendê-lo das reclamações nas portas dos hospitais, é apenas a ponta de
um iceberg dos abusos cometidos em boa parte das cidades.
Prefeitos, governador e o presidente se sentem donos da máquina pública e a usam
para alimentar sua classe de apoiadores.
(...)

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(Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/thomas-traumann/a-reeleicao-foi-erro-que-precisa-


ser-corrigido/. TRAUMANN, Thomas:Jornalista e consultor de comunicação. Escreve sobre
política e economia.) Acesso em agosto de 2021. Texto adaptado para esta prova.

Texto 2:

Em 24 de setembro de 2020, Lucas Gelape faz referência à entrevista de Fernando


Henrique Cardoso que aceitou o que a seus olhos seria uma culpa sobre a instituição da
reeleição no Brasil. Hoje, FHC vê a reeleição como algo negativo, uma vez que “imaginar que
os presidentes não farão o impossível para ganhar a reeleição é ingenuidade”.
O texto de Lucas “As vantagens da reeleição”, publicado na Folha de São Paulo, traz
considerações que explicitam outro ponto de vista acerca do tema.
(...)
O argumento fez eco pelo país. Uma PEC proibindo a reeleição de chefes do Executivo
nos três níveis foi apresentada e há relatos de líderes partidários apoiando essa proposta no
Congresso.
A teoria e as evidências, porém, pedem cautela. Os argumentos mobilizados parecem
se guiar pelos chamados “estelionatos eleitorais” (...). Contudo, não é evidente que essas
experiências possam ser usadas unicamente como argumentos contra a reeleição.
O mea-culpa de FHC seria mais pertinente caso tivesse como alvo a entrada em vigor
da regra imediatamente após a sua promulgação. Ao deslocar-se o início da vigência para o
futuro, diminuem-se os incentivos para que agentes usem alterações de regras em benefício
próprio ou com fins imediatos. Podemos também ser mais criativos nas propostas de mudança:
é necessário vincular a proibição de reeleição a todos os cargos eletivos no Executivo? Quais
as vantagens e desvantagens de limites no Legislativo?
É preciso cautela para analisar esse fenômeno. Afinal, não se pode ignorar os bons
argumentos e as evidências robustas que revelam aspectos positivos da reeleição.

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/09/as-vantagens-da-


reeleicao.shtml. Acesso em agosto de 2020. GELAPE, Lucas:Mestre em ciência política pela
UFMG e doutorando na USP, foi pesquisador visitante na Universidade Harvard. Texto
adaptado para esta prova.)

Texto 3:

Conforme Dicionário Aurélio (online), o verbete “reeleição” significa:

- Substantivo feminino: Oportunidade de uma nova eleição para quem pretende ocupar
novamente o mesmo cargo, exercendo um novo mandato.

Ação ou efeito de reeleger, de escolher mais uma vez

Etimologia (origem da palavra reeleição). Re + eleição.

(Disponível em: https://www.dicio.com.br/reeleicao/. Acesso em ago. de 2021)

Com base nos textos apresentados e nas suas leituras sobre as diferentes abordagens do
tema, escreva um texto dissertativo-argumentativo, enumerando e discutindo argumentos
favoráveis e contrários ao processo de reeleição para cargos públicos, considerando um
regime democrático.

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