Você está na página 1de 5

Introdução objetos de desejo

● Por que e como o design surgiu? ➡️


relação com o lucro, transmissão de ideias,
criação da riqueza industrial
● O livro trabalha aspectos econômicos e ideológicos relacionados ao design

↪️
● Design também influencia no modo de pensar
Jamais será neutro

↪️
● Definição

↪️
estética - “eu gosto do design”

↪️
Instruções para produção de bens manufaturados - “trabalhando no design de um carro”
inseparáveis
aparência = consequência das condições de produção

TEMA DO LIVRO: causas da mudança no design de bens de fabricação industrial

escassez de explicação da história do design ➡️ design = arte


↪️ ➡️ autonomia na criação e fabricação
● Design é diferente da arte
artista com o “papel principal”

● Sociedades capitalistas> produção de artefatos para dar lucro ao fabricante, não


para dar expressão à criatividade

● O que difere um design de outro?


* pessoas diferentes?
* “processo evolutivo”? - estágios até a forma perfeita
Design determinado por pessoas e indústrias que o fazem e a relação desses com a
sociedade na qual os produtos serão vendidos

História do design = História das sociedades ➡️ como o design afeta e é afetado pelos
processos das economias modernas

↪️ ❇️
CONTRADIÇÃO crença x realidade cotidiana
Criação de mitos
Séc XX: mídias

↪️
Livro “mitologias”: como os mitos funcionam e o impacto na forma de pensar
Design modela os mitos de maneira mais concreta que as mídias, de modo que pareça a
própria realidade
ex: mito de que trabalhar em escritório é melhor do que antigamente - sustentação pela

↪️
criação de móveis e seu design (móveis mais “alegres”)
Ajuda a equiparar ao mito
MITOS ENCARNADOS NOS BENS MANUFATURADOS PARA GERAR SUCESSO
COMERCIAL

Design e mecanização
Design da era vitoriana visto como “desgraçado” pelas máquinas ➡ ️ por que prejudicou a
arte? Meros objetos inanimados mudam a capacidade do design?

➡️
Muitas opiniões concordavam que a maquinização arruinava a arte

↪️ ⬇️
Pevsner + Reformadores Máquina tirou o controle da forma do produto do artesão
Separação: responsabilidade pela aparência/ fabricação = qualidade

Grande Exposição (Henry Cole) ➡ Exibição manual x máquina para mostrar a diferença de
qualidade

➡ Nunca as máquinas tiveram alguma influência independente sobre o design

↪️
Indústrias britânicas mostram a relação produto final - máquinas utilizadas
estampagem de tecido de algodão, confecção de roupas e fabricação de móveis (temas
desenvolvidos no texto)
máquinas raramente utilizadas em todo o processo

Produtos que não eram necessariamente feitos do começo ao fim pelo mesmo artífice nas

↪️
indústrias que continuaram baseadas no trabalho manual
Corresponde aos três estágios de desenvolvimento da manufatura capitalista - Karl
Marx (O capital)

1- cooperação, compartilhamento
2- tarefas manuais divididas sob a supervisão de um mestre
3- intro. das máquinas e do sistema fabril

↪️
- Vantagens da ignorância para as manufaturas bem-sucedidas
Reflexão e imaginação sujeitas ao erro ➡ Homens como engrenagens da máquina
(oficina)
Mudanças nos tipos de mão de obra e como eram usadas

↪️ 👍
Separação intelecto x manual
Intelecto como poder ➡ industria de grande escala

- História da estampagem de tecido - dependia do apelo decorativo

blocos de madeira ➡ placas de cobre


↪ + detalhes e desenho maior
nenhuma mudança na organização do trabalho
desenho feito separado do processo de fabricação
Placas são substituídas pelos cilindros ➡ impressão contínua em toda peça em um

⬆️
único processo
substituição água ➡ vapor ritmo
↪ aumento das máquinas

⬆️ produção de desenhos (⬇ custo) do que a gravação e estampagem


lucro dos donos dependia das vendas e o sucesso ou fracasso comercial dependia da
popularidade do desenho

como teve o aumento da quantidade de tecido que podia ser impresso com um único
padrão, um desenho de sucesso tornou-se muito mais valioso do que jamais teria
sido com a estampagem manual

● Fabricantes interessados na proteção autoral para os desenhos a ser estampados


➡ direitos autorais como fonte de riqueza

Manifestação: design feito à mão melhor do que feito com o cilindro - Richard Redgrave -
falácias:
- artesão exercendo influência no design ou introduzindo variedade (se isso
aconteceu foi muito antes do século xx)
- antes o estilo era mais simples; o cilindro aumentou as possibilidades - questão
ornamental exagerada (a simplicidade da estampagem com os blocos foi substituída pelas
placas, não pelo cilindro - esta que era simples pois, por problemas de registo, a
estampagem tinha que ser com poucas cores)

↪️
● Se a maquinização não é a culpada, então o que causou essa mudança no design?
pensar no sistema social que as máquinas estavam inseridas

Sistema de corte e confecção dividido nos segmentos elegante(empregados


oficiais e mais qualificados) e vulgar (trabalhadores informais e superexplorados)

Confecções passavam o trabalho para um sweater - oficial contratado para costurar


uma quantidade de peças -, e ele repassava para costureiras e alfaiates por uma

↪️
remuneração muito abaixo da prevista
sweaters: pequenos capitalistas que lucravam sobre a força de trabalho dos
alfaiates e costureiras

Introdução da máquina de costura não mudou nada estruturalmente ➡ as máquinas

⬆️
foram introduzidas nas oficinas dos sweaters porque os funcionários não tinham
dinheiro ➡ dependência dos informais aos sweaters pelo fornecimento da

⬇️
máquina
máquina não podia ser usada em todo o processo de confecção - preço
de algumas partes
aumento da quantidade de adornos

➡️ ❇️
donos se aproveitando das partes barateadas pela máquina e reduzindo o
trabalho elaborado e caro feito à mão baratear o preço da costura
● adornos excessivos: causa não era a máquina de costura em si, mas seu uso na
sociedade capitalista

Indústria de móveis também era segmentada em elegante (trabalhadores regulares com


remuneração acordada) e vulgar (autônomos, com baixa remuneração e preços negociados

↪️
com os varejistas por cada peça feita)
conhecidos como garretmasters - não tinham outro
capital senão suas ferramentas e a sua sobrevivência dependia da venda de cada peça, a

↪️
maioria era extremamente pobre
faziam os móveis sem encomenda e depois levavam
para west end para achar algum comprados nas lojas de móveis, estes que se
aproveitavam do desespero e ofereciam preços injustos ➡ apelidados de matadouros

declínio do emprego fixo para marceneiros, que se tornaram cada vez mais garretmasters

grandes varejistas ➡ não se preocupavam com a qualidade, utilizavam da estética para

⬇️
enganar os clientes
despesas ao não empregar diretamente os garretmasters

|“Faça um artigo inferior, para que seja barato: se se desmanchar em um mês, que

↪️
importa para você ou para mim?|
trabalho de má qualidade para o mercado

substituição serrote por profissionais ➡ serras circulares ⬇️preço ⬇️


qualidade
↪ folhados cortados à máquina foram uma dádiva para or garretmasters porque permitia a
criação de móveis superficialmente bons o mais barato possível
mudança na aparência da mobilida de baixa qualidade ➡ aparência de produtos
superiores

Ao invés das máquinas, o que deteriorou a qualidade do design foi o crescimento dos
“matadouros

Errado atribuir as mudanças no design às máquinas, ao invés disso, pensar no uso delas
em contextos sociais e econômicos específicos

Vantagem das máquinas para fabricar um único design sem-fim ➡ valorização do design

↪️
bem sucedido, porque gera lucro
contexto econômico grave: depressão comercial e preocupação se a indústria capitalista

↪️
sobreviveria
melhoria do design para sobrevivência comercial da Inglaterra

O design se torna uma questão suficientemente importante para que abrissem mão de seus
princípios em busca de um design melhor

↪️
Debates: causa da aparentemente inferioridade do design britânico
mecanização e ignorância e falta de habilidade artística do trabalhador
↪️ mal compreendimento da indústria - desnecessário que os trabalhadores tivessem
talento, porque tudo que a produção fabril exigia era a capacidade de executar os designs
que recebiam
as habilidades dos artesãos eram colocadas em segundo plano para valorizar o
lucro; o foco era fazer a maior quantidade de produção possível
● Atribuição do mau design ao sistema de produção capitalista, que prioriza a
quantidade e lucro à qualidade

Críticos: era mais fácil criticar as máquinas (que poderiam ser reprogramadas) do que o

↪️
sistema que fornecia a fonte de prosperidade
socialista William Morris: colocava a culpa da má qualidade do design na cobiça
do capitalismo, fazendo o que os outros hesitavam ou não eram capazes de fazer

| “Não é desta ou daquela máquina tangível de aço e metal que queremos nos desfazer,
mas da grande máquina intangível da tirania comercial, que oprime a vida de todos nós.”|

Você também pode gostar