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PESQUISA E EDUCAÇÃO
Apoiado pela bolsa 2019/18178-7 da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo, Brasil.
a
Graduate student, Department of Prosthodontics, Presidente Prudente Dental School, University of Western São Paulo - UNOESTE, Presidente Prudente, Brazil. b
Associate Professor, Department of Dental Materials and Prosthodontics, Araçatuba Dental School (UNESP), Univ Estadual Paulista, Araçatuba, Brazil.
c
Adjunct Professor, Department of Dentistry (Division of Prosthodontics), Federal University of Juiz de Fora, Campus Avançado Governador Valadares (UFJF/GV), Gover nador Valadares, Minas Gerais, Brazil.
d
Associate professor, Department of Endodontics, Presidente Prudente Dental School, University of Western São Paulo - UNOESTE, Presidente Prudente, Brazil.
e
Full Professor, Department of Dental Materials and Prosthodontics, Araçatuba Dental School (UNESP), Univ Estadual Paulista, Araçatuba, Brazil.
f
Associate professor, Department of Prosthodontics, Presidente Prudente Dental School, University of Western São Paulo - UNOESTE, Presidente Prudente, Brazil.
Implicações clínicas Coroas Modelo Tipo de Prótese Dispositivo Oclusal Carregando elementos
Figura 1. A, Modelos tridimensionais de elementos finitos com todas as estruturas simuladas. B, Pontos de aplicação na superfície oclusal. C, Visualização dos mapas de tensão e
deformação no osso cortical. 1ºPM, primeiro pré-molar; 2ºPM, segundo pré-molar; 1ºM, primeiro molar.
implantes, pilares, coroas metalocerâmicas e parafusos Tabela 2. Propriedades mecânicas aplicadas na análise de elementos finitos
superfície oclusal plana de 2 mm de espessura, com as Osso cortical 13.7 0,30 Lemos et al, 201848
conjunto de modelos foi importado para o programa de GPa, gigapascal; Ni-Cr, níquel-cromo.
80
71.3
70
64
62.2
60
53,7
51.4
50.1 50.1 48,7 49,7 49,5
50 48.3
46
44,1 45,2
41,7 42,3
Estresse
(MPa)
40
30 27.2
22.7 22,1 22,7
19 18.9 19,116,7
19,215,8
18,5
20 17,7 16,5 13,7 17,3 16,9
10
0
13h 14h 1M Significar 13h 14h 1M Significar 13h 14h 1M Significar 13h 14h 1M Significar 13h 14h 1M Significar 13h 14h 1M Significar 13h 14h 1M Significar 13h 14h 1M Significar
Figura 2. Valores de tensão de von Mises em parafusos de pilares. 1ºPM, primeiro pré-molar; 2ºPM, segundo pré-molar; 1ºM, primeiro molar; M, modelo; OD, dispositivo oclusal.
15 10.4 12.2
pontos de carga foram os mesmos 11 pontos descritos 9.6 10.2
10
anteriormente. O posicionamento dos pontos foi transferido 5
por linhas de referência realizadas na etapa de modelagem. 0
Figura 4. Distribuição da tensão principal máxima (MPa) no osso cortical sob carga parafuncional na visão interna. O vermelho representa os maiores valores de tensão no osso peri-
implantar. 1ºPM, primeiro pré-molar; 2ºPM, segundo pré-molar; 1ºM, primeiro molar.
comparada com a das coroas unitárias (M4), particularmente na tanto coroas simples (M1eM4) quanto coroas ferulizadas (M5eM8).
região dos primeiros pré-molares. Por fim, o modelo com coroas Sob carga parafuncional, o uso do dispositivo oclusal reduziu a
unitárias sob carga parafuncional (M4) apresentou os maiores microtensão ao redor do implante do primeiro molar no tecido ósseo
valores de tensão no parafuso do pilar. cortical para ambas as coroas unitárias e esplintadas (Fig. 5). Nesse
A carga parafuncional aumentou a tensão de tração no tecido contexto, o modelo com coroas unitárias sob carga parafuncional
ósseo cortical em comparação com a carga funcional para ambas (M4) apresentou maior área de microdeformação no tecido ósseo
as coroas simples (M1eM4) e coroas ferulizadas (M5eM8) (Fig. 3). ao redor do primeiro molar (Fig. 5). Em modelos sem dispositivo
Sob carga parafuncional, o uso oclusal sob carga parafuncional (M4 e M8), a ferulização da coroa
do dispositivo oclusal reduziu o estresse na cortical (M8) reduziu a microtensão no tecido ósseo em comparação com
tecido ósseo, particularmente para coroas unitárias (Fig. 3). A coroas simples (M4), principalmente no primeiro molar. Por fim, o
associação da placa e do dispositivo oclusal (M7) gerou os menores modelo com coroas ferulizadas associado ao uso do dispositivo
valores de tensão no tecido ósseo (Fig. 3). O modelo com coroas oclusal sob carga parafuncional (M7) apresentou menor área de
unitárias sem o uso do dispositivo oclusal sob carga parafuncional microdeformação no tecido ósseo ao redor do primeiro molar.
(M4) apresentou o maior valor de tensão no tecido ósseo (Fig. 3).
Na análise qualitativa, o uso do dispositivo oclusal modificou o
padrão de distribuição das tensões de tração no tecido ósseo. Além
disso, o uso do dispositivo oclusal não reduziu a área de tensão ao DISCUSSÃO
redor do implante do primeiro molar para coroas ferulizadas (Fig. 4).
Por outro lado, o uso do dispositivo oclusal reduziu a área de tensão Os resultados obtidos neste estudo mostraram que um dispositivo
de tração ao redor do implante do primeiro molar para coroas oclusal melhorou a biomecânica das restaurações fixas suportadas
unitárias (M3 e M4), compartilhando os maiores valores com o por implantes, reduzindo o estresse no parafuso do pilar e o estresse
segundo pré-molar. e a tensão no tecido ósseo.
Assim, a primeira hipótese de pesquisa do estudo foi aceita. No
entanto, o uso do dispositivo oclusal não foi suficientemente eficaz
A carga parafuncional aumentou a microtensão no tecido ósseo para recomendar a não ferulização dos implantes.
cortical em comparação com a carga funcional para
Figura 5. Distribuição do microstrain (mÿ) no osso cortical sob carga parafuncional na visão interna. 1ºPM, primeiro pré-molar; 2ºPM, segundo pré-molar; 1ºM, primeiro molar.
A carga parafuncional aumentou a tensão dos parafusos ocorrem entre os implantes dentários, diminuindo assim o
do pilar em comparação com a carga funcional de coroas estresse gerado nos componentes quando submetidos a
unitárias e ferulizadas, consistente com os resultados de forças oclusais.36,48 O maior estresse localizado no molar
estudos anteriores.12,13,39 Este aumento de tensão no pode ser explicado por sua maior área e 2 cúspides de
parafuso do pilar pode gerar complicações biomecânicas, contenção cêntricas e, consequentemente, maior aplicação
como soltura ou fratura dos parafusos do pilar, com de forças.48 Quando a ferulização da coroa foi associada ao
afrouxamento do parafuso ocorrendo com relativa frequência uso de um dispositivo oclusal em uma situação
com implantes de hexágono externo.12,14 A carga parafuncional, houve uma redução significativa nos valores
parafuncional também aumentou a tensão no tecido de tensão dos parafusos do pilar e tensão e tensão do osso
ósseo cortical, consistente com os resultados de estudos cortical.
anteriores.10,12,14,39 A parafunção aumenta a força gerada O dispositivo oclusal de resina acrílica também pode ferulizar
para o implante dentário e a transferência de estresse para o as restaurações e possibilitar o compartilhamento de
tecido ósseo de suporte, o que pode aumentar o risco de tensões.39 Assim, um duplo efeito de compartilhamento de
perda óssea marginal.39 O presente estudo sugere que usar carga na coroa e outro na estrutura metálica existente na
um dispositivo oclusal para reduzir o estresse no parafuso do coroa possivelmente ocorreu no modelo de coroa ferulizada
pilar e o estresse e a tensão no tecido ósseo é benéfica. com o uso do aparelho oclusal. Esses achados sugerem que,
se implantes de hexágono externo forem usados para
Verificou-se que a ferulização da coroa sem o uso do pacientes com um cantilever extenso e parafunção, as coroas
dispositivo oclusal é eficaz na redução do estresse no devem ser ferulizadas e um dispositivo oclusal fornecido.
parafuso do pilar e no estresse e tensão no tecido ósseo em
comparação com coroas simples, apoiando a segunda Os modelos com coroas unitárias sob parafunção levaram
hipótese de pesquisa. Este resultado foi consistente com os aos maiores valores de tensão no parafuso do pilar e tensão
de estudos anteriores.3,6,19-21,36,48 Pellizzer et al20 e tensão no tecido ósseo, o que enfatiza a importância do
relataram a partir da análise fotoelástica que a ferulização uso de coroas ferulizadas e um dispositivo oclusal. Coroas
forneceu melhor distribuição de estresse do que coroas únicas não fornecem compartilhamento de carga.20,21 Além
disso, Mendonça
suportadas por implante único. A conexão rígida permite o compartilhamento et al5
de carga relataram que
para
5. Mendonça JA, Francischone CE, Senna PM, Matos de Oliveira AE, Sotto Maior BS. Uma
coroas posteriores únicas podem ser mais suscetíveis a avaliação retrospectiva das taxas de sobrevivência de implantes dentários curtos
micromovimentos acima do limite fisiológico sob a função mastigatória. ferulizados e não ferulizados em maxilares parcialmente edêntulos posteriores.
J Periodontol 2014;85:787-94.
6. Hauchard E, Fournier BP, Jacq R, Bouton A, Pierrisnard L, Naveau A.
As limitações do presente estudo incluíram que os materiais Efeito de esplintagem em implantes posteriores sob vários modos de carregamento:
uma análise de elementos finitos 3D. Eur J Prosthodont Restor Dent 2011;19:117-22.
simulados foram considerados como isotrópicos, homogêneos e 7. Himmlová L, Dostalova T, Kacovsky A, Konvickova S. Influência do comprimento e diâmetro
linearmente elásticos como em estudos anteriores.8,13,39 Embora a do implante na distribuição de tensões: uma análise de elementos finitos.
J Prosthet Dent 2004;91:20-5.
FEA tenha sido considerada um excelente método para determinar 8. de Souza Batista VE, Verri FR, Almeida DAF, Santiago Junior JF, Lemos CAA, Pellizzer EP.
resultados protéticos,40 ensaios clínicos controlados e randomizados Avaliação do efeito de uma configuração de implante offset na maxila posterior com
plataforma de implante de hexágono externo: uma análise tridimensional de elementos
forneceria dados mais precisos. finitos. J Prosthet Dent 2017;118:363-71. 9. de Souza Batista VE, Verri FR, Almeida DA,
Santiago Junior JF, Lemos CA, Pellizzer EP. Análise de elementos finitos de prótese
Estudos FEA anteriores avaliaram o efeito de dispositivos oclusais implantossuportada com pôntico e cantilever na maxila posterior. Métodos de computação
Biomech Biomed Engin 2017;20:663-70.
em próteses implanto-suportadas,38,39 mas os autores desconhecem
10. Misch CE, Suzuki JB, Misch-Dietsh FM, Bidez MW. Uma correlação positiva entre trauma
estudos FEA anteriores que investigaram a influência de um oclusal e perda óssea peri-implantar: suporte da literatura.
dispositivo oclusal em coroas maxilares posteriores unitárias e Implant Dent 2005;14:108-16.
11. Sevimay M, Turhan F, Kiliçarslan MA, Eskitascioglu G. Análise tridimensional de elementos
ferulizadas. Dos Santos Marsico et al38 relataram, em um estudo finitos do efeito de diferentes qualidades ósseas na distribuição de tensão em uma coroa
utilizando FEA, que os implantes de conexão interna apresentam um implanto-suportada. J Prosthet Dent 2005;93:227-34.
12. Torcato LB, Pellizzer EP, Verri FR, Falcón-Antenucci RM, Batista VE,
padrão de distribuição de tensão diferente dos implantes de conexão Lopes LF. Efeito da carga oclusal parafuncional e altura da coroa na distribuição de
externa. Portanto, futuros estudos de FEA considerando as mesmas tensões. Braz Dent J 2014;25:554-60.
13. Torcato LB, Pellizzer EP, Verri FR, Falcón-Antenucci RM, Santiago Júnior JF, de Faria
variáveis do presente estudo, mas usando implantes de conexão Almeida DA. Influência da carga parafuncional e conexão protética na distribuição de
interna (como cone Morse) gerariam novos dados biomecânicos para tensão: uma análise de elementos finitos 3D. J Prosthet Dent 2015;114:644-51.
orientar o clínico.
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1. A carga parafuncional aumentou a tensão dos parafusos do
20. Pellizzer EP, Santiago Junior JF, Ribeiro Villa LM, de Souza Batista VE,
pilar e a tensão e tensão no osso cortical em comparação com Mello CC, de Faria Almeida DA, et al. Análise de tensão fotoelástica de próteses
implantossuportadas esplintadas e unitárias. Appl Phys B 2014;117:235-44.
a carga funcional.
21. Pellizzer EP, de Mello CC, Santiago Junior JF, de Souza Batista VE, de Faria Almeida DA,
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comprimentos de implantes na maxila posterior por análise tridimensional de elementos
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Corresponding author: Dr
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Victor Eduardo de Souza Batista
Influência das conexões cônicas e hexagonais externas nas tensões ósseas ao
redor de implantes dentários inclinados: Método de elementos finitos tridimensionais Department of Dental Materials and Prosthodontics UNESP
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