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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Discente: Gabriel Bernardes Brasileiro


Disciplina: Contabilidade Societária
Docente: Profª. Drª. Márcia Reis Machado

O conceito de disponibilidades na contabilidade é de extrema importância para as empresas,


pois representa os recursos financeiros de curto prazo que a organização tem em mãos e que podem
ser utilizados a qualquer momento. Segundo Gelbcke et al. (2018), as disponibilidades são compostas
por dinheiro em caixa, em bancos ou em aplicações financeiras de liquidez imediata. Em outras
palavras, trata-se dos recursos financeiros que a empresa tem para honrar seus compromissos de
curto prazo, tais como o pagamento de fornecedores, salários e tributos.

Embora a lei 6.404/1976 tenha definido que as Disponibilidades devam ser o primeiro item do
Balanço Patrimonial, esta não define o que estão englobadas como tal. Já com base no CPC 03 (R2),
fala-se de “Caixa e Equivalentes de Caixa” que são entendidos como:

Caixa: numerário imediatamente disponível;

Equivalentes de caixa: aplicação de curto prazo de baixíssimo risco de mudança de valor.

Deste modo, “Disponibilidades” e “Caixa e Equivalentes de Caixa” são conceitos iguais? Na visão
de GELBCKE et al. (2018) o conceito de Disponibilidades não englobaria rendimentos de curto prazo
tais como o CDB. Porém para Moura (2017) Disponibilidades incluem aplicações de liquidez imediata
e, portanto, equipararia os conceitos. Nenhum dos dois conceitos, porém, pode-se aplicar aos
criptoativos pois não representam nem numerário a disposição e, tampouco, tem baixo risco de
mudança de valor.

Seguidamente no Balanço Patrimonial, entram as Contas a Receber, sendo estes valores que a
empresa tem direito a receber em decorrência de vendas a prazo, prestação de serviços ou outras
transações comerciais, bem como a dedução de potenciais não recebimentos registrados nestas
contas. Para tal registro, recorre-se ao CPC 47 – Receita de Contrato com Cliente, onde constam as
etapas de reconhecimento das Receitas: Identificação do Contrato; Identificar as obrigações de
desempenho; Determinar Preço; Alocar Preço às obrigações e Reconhecer a Receita (CPC, 2016).

O próximo item do Balanço Patrimonial, normatizado pelo CPC 16 (R1) são os Estoques da
empresa, sendo classificados como “bens mantidos pela empresa para venda no curso normal dos
negócios ou para uso na produção de bens ou serviços”. Alguns dos métodos utilizados para sua
avaliação são PEPS, UEPS e Custo Médio Ponderado, sabendo que pelo CPC 16 (R1) deve-se
avaliar pelo menor valor entre o custo de aquisição ou produção e o valor realizável líquido.

A gestão adequada dos estoques é fundamental para garantir a rentabilidade da empresa, uma
vez que o excesso ou a falta de estoques podem representar riscos financeiros para a organização.
Por um lado, o excesso de estoques pode gerar custos de armazenagem e obsolescência, além de
representar um investimento desnecessário em ativos imobilizados. Por outro lado, a falta de
estoques pode prejudicar a capacidade da empresa de atender à demanda do mercado e gerar
perdas de oportunidades de venda.

Referências

BRASIL. Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm. Acesso em 16 abr.
2023.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS [CPC]. Pronunciamento n.º 47 – Receita
de Contrato com Clientes. Brasília, 2016.

GELBCKE, Ernesto Rubens et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as


sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São Paulo: Editora Atlas, 2018.

RIBEIRO, Osni M. Contabilidade geral. 10. ed. São Paulo. Editora Saraiva, 2017.

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