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ESTATÍSTICA

Estatística Descritiva

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva

Sumário
Josimar Padilha

Noções de Estatística.. .................................................................................................................... 3


População X Amostra...................................................................................................................... 3
Censo X Estimação.. ......................................................................................................................... 4
Dados Estatísticos........................................................................................................................... 5
Média Aritmética. . ...........................................................................................................................12
Mediana.............................................................................................................................................16
Moda..................................................................................................................................................21
Medidas de Dispersão. . ................................................................................................................. 23
Desvio............................................................................................................................................... 23
Amplitude........................................................................................................................................ 23
Variância.......................................................................................................................................... 23
Desvio Padrão................................................................................................................................. 28
Coeficiente de Variação (Cv).........................................................................................................31
Estatística Descritiva – Valores Agrupados. . ........................................................................... 36
Média e Mediana em Dados Agrupados. . .................................................................................. 36
Moda em Dados Agrupados......................................................................................................... 45
Leitura e Interpretação de Tabelas e Gráficos........................................................................ 65
Probabilidade. . ................................................................................................................................ 92
Operações com Conjuntos........................................................................................................... 93
União ou Reunião........................................................................................................................... 93
Intersecção......................................................................................................................................94
Diferença.......................................................................................................................................... 95
Complementar de B em A............................................................................................................. 96
Probabilidade/Chance................................................................................................................. 115
Probabilidade com Eventos Condicionais. . .............................................................................. 131
Probabilidade Condicional.......................................................................................................... 131
Probabilidade com Eventos Independentes.. ......................................................................... 142
Definição........................................................................................................................................ 143

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ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva
Josimar Padilha

NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
(Estatística descritiva e análise exploratória de dados: gráficos, diagramas, tabelas, medi-
das descritivas (posição, dispersão, assimetria e curtose).
População e amostra; análise e interpretação de tabelas e gráficos; estatística descritiva
(média, mediana, variância, desvio padrão).
Propõe-se a desenvolver, gradualmente, o raciocínio criativo, com aplicação de conceitos
e propriedades, promovendo maior independência na busca de soluções de problemas, apren-
dendo a interpretar tais questões por meio da prática e aplicação de métodos que facilitarão
na conclusão das questões.
De uma maneira clara, simples e bem objetiva, iremos aprender como a banca examinado-
ra exige o assunto indicado nesta aula.
Primeiramente vamos entender o que é estatística?
É um conjunto de métodos e processos quantitativos que serve para estudar e medir os
fenômenos coletivos, por meio da obtenção de dados e consequente organização, resumo,
apresentação, análise e conclusões baseadas nos dados. É de suma importância para tomada
de decisões, sendo utilizada em diversas áreas do conhecimento.
Em estatística temos de definir o nosso campo de estudo, até mesmo porque alguns parâ-
metros que serão definidos dependem do lugar em que as informações (dados) são adquiridas.
Antes de começarmos, vamos de desafio, beleza?

DESAFIO 1:

Em uma faculdade, para avaliar o aprendizado dos alunos em determinada disciplina,


o professor aplica as provas A, B e C e a nota final do aluno é a média ponderada
das notas obtidas em cada prova. Na prova A, o peso é 1; na prova B, o peso é 10%
maior que o peso na prova A; na prova C, o peso é 20% maior que o peso na prova
B. Nesse caso, se PA, PB e PC forem as notas obtidas por um aluno nas provas A, B
e C, respectivamente, então a nota final desse aluno é expressa por?
Comentário no fim deste assunto.

População X Amostra
1. População: conjunto universo de todos os elementos (pessoas, objetos e outros), com
uma característica comum, objeto de estudo. Um parâmetro é uma medida numérica que des-
creve alguma característica de uma população.
2. Amostra: é qualquer subconjunto não vazio de uma população. Uma estatística (estima-
dor) é uma medida numérica que descreve alguma característica de uma amostra.

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Exemplo
No fenômeno coletivo “eleição para síndico”, a população é o conjunto de todos os moradores
do condomínio. Um parâmetro é quantidade de votos recebidos pelo candidato X. Uma amos-
tra poderia ser um grupo de 100 eleitores selecionados aleatoriamente no condomínio. Uma
estatística seria a proporção de votos recebidos pelo candidato X, na amostra.

Censo X Estimação
Processos estatísticos utilizados no estudo de fenômenos coletivos.
1. Censo: é uma avaliação direta de um parâmetro, por meio dos dados obtidos de todos
os componentes da população.

É caro, lento, quase sempre desatualizado, admite erro processual zero e confiabilidade 100%.

2. Estimação: é uma avaliação indireta de um parâmetro, com base em um estimador por


meio do cálculo de probabilidades.

É barato, rápido, atualizado, admite erro processual positivo e confiabilidade menor que 100%.

001. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ÁREA 4/2018) Em fevereiro de


2018, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) co-
meçou a segunda etapa do Censo Escolar 2017, o módulo “Situação do Aluno”. Nessa etapa,
serão coletadas informações sobre rendimento e movimento escolar dos alunos ao final do
ano letivo de 2017. Para isso, será importante que as escolas utilizem seus registros adminis-
trativos e acadêmicos, como ficha de matrícula, diário de classe, histórico escolar.
Internet:<www.inep.gov.br/notícias> (com adaptações).
A partir do texto antecedente, julgue o item que se segue, relativo a estatísticas educacionais.
O texto se refere a um estudo censitário de diferentes variáveis da realidade educacional do país.

No comando temos um censo escolar, em que todos os elementos da população (alunos) se-
rão avaliados. Dessa forma trata-se de um estudo censitário, em que serão analisadas diversas
variáveis da população, podendo ser caro, lento e quase sempre desatualizado. As variáveis
que retratam a realidade educacional podem ser dadas pela ficha de matrícula, diário de clas-
se, histórico escolar.
Certo.

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Dados Estatísticos
Para tomada de decisões, é de suma importância que os dados amostrais sejam coletados
de modo apropriado, por meio de um processo de seleção aleatória. O objetivo da estatística
é, em grande parte, o uso de dados amostrais para se fazerem inferências (ou generalizações)
sobre uma população inteira.
Dessa forma, se não forem coletados de modo apropriado, podem se tornar inúteis, ou
induzir a erro o processo decisório.
Quanto à organização dos dados, podemos ter:
1. dados brutos: dados obtidos diretamente da observação, os quais não estão numerica-
mente organizados;
2. rol: são dados brutos numericamente organizados, de forma crescente ou decrescente.
É importantíssimo sabermos quanto ao tipo dos dados, pois, dependendo da variável ou
atributo de estudo, aplicaremos o método adequado. Vejamos:
1. Dados quantitativos: possuem características numéricas, representando contagens ou
medidas. Os dados aqui serão chamados de variáveis. Podem ser classificados em:
1.1. Discretos: são dados que possuem variáveis que assumem determinados valores in-
teiros, 0 ou 1 ou 2 e assim por diante, em um intervalo de valores. Exemplos: quantidade de
alunos na sala, quantidade de aparelhos de TV em uma residência etc.;
1.2. Contínuos: são dados que possuem variáveis que podem assumir qualquer valor em
um intervalo de valores. Exemplos: altura, peso, salário, temperatura etc.
2. Dados qualitativos: são dados que possuem características não numéricas, podendo
ser separados em diferentes categorias. Os dados aqui serão chamados de atributos. Podem
ser classificados em:
2.1 Dados nominais: são dados categóricos, que consistem em nomes ou rótulos. Pos-
suem característica não numérica; logo, não podem ser ordenados (tal como do menor para o
maior). Exemplos: sexo (masculino ou feminino), cor dos olhos (pretos, castanhos, azuis etc.),
resposta de sondagem de sim, não e indeciso. Para serem processados estatisticamente, são
atribuídos valores numéricos a tais atributos;
2.2 Dados por postos: são dados estatísticos que dependem de uma avaliação subjetiva
quanto à preferência ou desempenho em um conjunto de observações. Por exemplo: concur-
sos de moda, canto etc.
Para que possamos fixar esses conceitos, vamos comentar uma questão de concurso, ok?

002. (CESGRANRIO) No questionário socioeconômico que faz parte integrante do ENADE há


questões que abordam as seguintes informações sobre o aluno:

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I – Unidade da Federação em que nasceu;


II – Número de irmãos;
III – Faixa de renda mensal da família;
IV – Estado civil;
V – Horas por semana de dedicação aos estudos.
São qualitativas APENAS as variáveis
a) I e III
b) I e IV
c) I, IV e V
d) II, III e V
e) I, II, IV e V

Vamos classificar cada uma das variáveis abaixo, conforme os conceitos vistos acima.
I – Unidade da Federação em que nasceu (qualitativa).
II – Número de irmãos (quantitativa).
III – Faixa de renda mensal da família (quantitativa).
IV – Estado civil (qualitativa).
V – Horas por semana de dedicação aos estudos (quantitativa).
Dessa forma, temos como dados qualitativos as afirmativas I e IV.
Letra b.

003. (CESPE/SEDUC-AM/ESTATÍSTICO/2011) A tabela acima contém um conjunto de dados


formado por quatro variáveis: RG; gênero (M = masculino; F = feminino); grau de instrução (1
= analfabeto; 2 = fundamental incompleto; 3 = fundamental completo; 4 = médio incompleto;
5 = médio completo ou superior); e hiperatividade (S = sim; N = não). Com base nessa tabela,
julgue o item.

As variáveis mostradas na tabela são qualitativas.

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Podemos observar que são dados que possuem características não-numéricas, podendo ser
separados em diferentes categorias. Os dados são denominados de atributos, e podem ser
vistos como nominais, ordinais e por postos. Na questão podemos citar:
• RG: qualitativo nominal – identifica a pessoa (é como se fosse um nome, só que forma-
do por números);
• Gênero: qualitativo nominal;
• Grau de instrução: qualitativo ordinal;
• Hiperatividade: qualitativo nominal.
Certo.

Vejamos outro conceito importantíssimo usado para construção de gráficos, na interpreta-


ção de situações, e na estatística descritiva.

Distribuição de Frequência

É uma representação tabular dos dados estatísticos, discretos ou contínuos, sendo uma
forma de resumir grandes conjuntos de dados. Dados representados em uma tabela de frequ-
ência facilitam a construção de gráficos (tais como histogramas), bem como a compreensão
sobre a natureza dos dados.
Como podem ser representados os dados discretos?

Representação dos Dados Discretos

Considere a seguinte amostra de valores, relativos às idades de um grupo de 20 adolescen-


tes: 4, 8, 8, 6, 6, 8, 5, 5, 6, 7, 7, 7, 6, 6, 7, 5, 5, 7, 5, 5.
Agora vamos representar os dados amostrais acima em tabelas de frequências:

Frequência Simples Absoluta (fi)

A frequência simples de um elemento é o número de vezes que o elemento figura no con-


junto de dados. Para os dados discretos da amostra acima, teremos a seguinte distribuição de
frequência:

Idade (x i) Frequência (f i)

4 1

5 6

6 5

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Idade (x i) Frequência (f i)

7 5

8 3

TOTAL

Frequência Relativa (Fr)

É a razão entre a frequência relativa da variável e o número total (n) de elementos da série.

Idade (x i) Frequência (f i) Frequência Relativa


4 1 1/20=0,05=5%

5 6 6/20= 0,3= 30%

6 5 5/20=0,25=25%

7 5 5/20=0,25= 25%

8 3 3/20=0,15=15%

TOTAL 20/20 = 1 = 100%

Frequência Acumulada (Fac)

É o somatório da frequência simples da variável com as frequências simples dos elemen-


tos que o antecedem.
Fac = f1 + f2 + f3+ f4 +...+ fi

Idade (x i) Frequência (f i) Frequência acumulada


4 1 1

5 6 7

6 5 12

7 5 17

8 3 20

TOTAL

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Vejamos uma questão de concurso em que é necessário o conhecimento de frequência


acumulada para sua resolução:

004. (CESGRANRIO) A tabela abaixo apresenta as frequências acumuladas das idades de 20


jovens entre 14 e 20 anos. Um desses jovens será escolhido ao acaso. Qual a probabilidade de
que o jovem escolhido tenha menos de 18 anos, sabendo que esse jovem terá 16 anos ou mais?
a) 8/14
b) 8/16
c) 8/20
d) 3/14
e) 3/16

Temos uma questão de probabilidade, porém, para que possamos determinar o espaço amos-
tral (casos possíveis) e os casos favoráveis, não podemos trabalhar com a frequência acumu-
lada, e sim com a frequência absoluta. Dessa forma, vamos construir mais uma coluna com
as frequências absolutas, em que teremos os dados discretos relativos à variável de estu-
do (idade).

Idade (anos) Frequência Relativa (fr) Frequência Absoluta (fi)

14 2 =2

15 4 (4-2) = 2

16 9 (9-4) = 5

17 12 (12-9) = 3

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Idade (anos) Frequência Relativa (fr) Frequência Absoluta (fi)

18 15 (15-12) = 3

19 18 (18-15) = 3

20 20 (20-18) = 2
A questão trata de probabilidade condicional, uma vez que temos a seguinte pergunta: “Qual a
probabilidade de que o jovem escolhido tenha menos de 18 anos, sabendo que esse jovem terá
16 anos ou mais?”. Isso significa que o espaço amostral (condição) são os jovens que têm 16
anos ou mais, ou seja, 16 jovens (5 + 3 + 3 + 3 + 2). Os casos favoráveis (aquilo que serve) são
os jovens que têm menos de 18 anos, isto é, aqueles que têm menos de 18 anos (5+3) dentro
dos 16 jovens selecionados.
Vamos agora aplicar a fórmula de probabilidade:
P (n) = casos favoráveis / casos possíveis.
P (n) = 8 / 16
Letra b.

Vejamos agora um outro conceito importante em nosso estudo por estatística:

Amplitude Amostral (A) – Range

É a diferença entre o maior e o menor valor da amostra.


Considere a seguinte amostra de valores, relativos às idades de um grupo de 20 adolescen-
tes: 4, 8, 8, 6, 6, 8, 5, 5, 6, 7, 7, 7, 6, 6, 7, 5, 5, 7, 5, 5.
Do exemplo dado acima, A = 8 – 4 = 4.

Representação de Dados em Classes

Na representação de grandes quantidades de dados, principalmente contínuos, utiliza-se a


forma de intervalos de classe. Pode ser aplicada a dados discretos, quando se tratar de gran-
des amostras.

Classe

É cada um dos intervalos ou grupos obtidos a partir do conjunto de dados. Há diversos


métodos para se determinar o número de classes. Vamos citar dois:
• Regra do quadrado: K = , em que n é o tamanho da amostra. Utiliza-se o valor mais
próximo do quadrado perfeito.
• Regra de Sturges: K =

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Amplitude da Classe (c)

Na forma moderna, é a diferença entre os limites superior e inferior da classe.


Ls: Limite superior
Li: Limite inferior
Classe: Ls- li

Ponto Médio da Classe (Pm)

É a média aritmética simples dos limites superior e inferior de cada classe.


Pm= (Ls + Li) / 2

Classes Frequência (f i) Pm (xi) xi. fi

2 |--- 4 3 3 9

4 |--- 6 5 5 25

6 |--- 8 10 7 70

8 |--- 10 5 9 45

10 |--- 12 3 11 33

26 182

Medidas de Tendência Central e Separatrizes

No estudo de uma série estatística, é conveniente o cálculo de algumas medidas que a


caracterizam. Essas medidas, quando bem interpretadas, podem fornecer-nos informações
muito valiosas com respeito à série estatística.
Em suma, podemos reduzi-la a alguns valores, cuja interpretação fornece-nos uma compre-
ensão bastante precisa da série. Um destes valores é a medida de tendência central.
É um valor intermediário da série, ou seja, um valor compreendido entre o menor e o maior
valor da série. É também um valor em torno do qual os elementos da série estão distribuídos e
a posiciona em relação ao eixo horizontal.
Em resumo, a medida de tendência central procura estabelecer um número no eixo horizon-
tal em torno do qual a série se concentra.
As principais medidas de tendência central são:
1. média;
2. mediana;
3. moda.
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Média Aritmética
A média aritmética é o somatório de todos os termos dividido pelo número total de termos.
Entre os parâmetros estatísticos mais usados, podemos destacar a média aritmética. Mui-
tas pessoas, de algum modo, já utilizaram ou utilizam constantemente os cálculos envolvendo
médias. Dessa forma, é considerada uma medida de tendência central, pois focaliza valores
médios entre os maiores e menores. A efetuação dos cálculos pode ser considerada de forma
fácil, pois consiste em dividir a soma total dos valores pelo número de valores. O resultado
dessa divisão será considerado a média aritmética dos termos.
Me: média
S: soma dos termos
n: número de termos
Me= S / n
Podemos representar a média aritmética pela seguinte expressão:

Acredito que não tenha dúvida quanto à média aritmética, porém é de suma importância
sabermos algumas propriedades. Vejamos:

DICA
1ª Propriedade
A soma algébrica dos desvios em relação à média é zero (nula).
∑di = ∑ (xi - x) = 0 Em que: di são as distâncias ou afastamentos
da média.
2ª Propriedade
Somando-se ou subtraindo-se uma constante (c) a todos os
valores de uma variável, a média do conjunto fica aumentada
ou diminuída dessa constante.
3ª Propriedade
Multiplicando-se ou dividindo-se todos os valores de uma va-
riável por uma constante (c), a média do conjunto fica multipli-
cada ou dividida por essa constante.
4ª Propriedade
A média das médias é a média global de 2 ou mais grupos.
5ª Propriedade
A soma dos quadrados dos afastamentos contados a partir da
média aritmética é um mínimo.

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6ª Propriedade
A média aritmética é atraída pelos valores extremos.
Considere os valores originais:
Xi: 2,4,6,8,10 → x=6
Se o primeiro valor xi for alterado para 0:
Xi: 0,4,6,8,10 → x = 5,6
Se o último valor xi for alterado para 12:
Xi: 2,4,6,8,12 → x = 6,4

005. (IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL/2016) A média das idades dos 45 empregados de


uma corporação é de 32 anos. Para os próximos meses, estão previstas as aposentadorias de
cinco empregados cuja média de idades é de 62 anos. Considerando essa situação hipotética,
é correto afirmar que, após a efetivação de todas as aposentadorias, a média das idades da
corporação passará a ser a seguinte:
a) 25,11 anos.
b) 26 anos.
c) 28,25 anos.
d) 30,75 anos.
e) 36 anos.

A questão afirma que a média era de 32 anos para 45 funcionários. Um detalhe importante
quanto à média aritmética é com relação ao somatório, isto é, a média aritmética por si só não
é uma boa medida para tomada de decisão, pois, segundo as propriedades vistas, podemos
afirmar que ela sofre influência dos valores extremos. Porém, com a média aritmética, pode-
mos calcular o somatório de todos os valores do conjunto.
Vejamos:
Me=X/quantidade de funcionários.
X – corresponde ao valor da soma das idades de todos os 45 funcionários: 32=X/45.
X=1440 (soma de todas as idades)
Se a média era de 62 anos para 5 funcionários, podemos calcular a soma das idades desses
funcionários:
Me=Y/quantidade de funcionários.
Y corresponde ao valor da soma das idades de todos os 5 funcionários: 62=Y/5.
Y=310 (soma da idade dos 5 funcionários)

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A diferença das somas das idades (diferença entre X e Y) será a soma das idades dos 40 fun-
cionários (45-5).
A soma das idades dos 40 funcionários denominada Z, que é X-Y=1440-310=1130 (novo soma-
tório dos funcionários da corporação).
Nova média:
Me=Z/40
Me=1130/40
Me= 28,25
Letra c.

006. (CESGRANRIO) Analise as afirmativas a seguir.


A média aritmética nem sempre é a melhor medida de tendência central.
PORQUE
A média aritmética é influenciada por valores extremos do conjunto de dados.
Considerando-se as relações entre as afirmações, conclui-se que
a) as duas asserções são verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
b) as duas asserções são verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
c) a primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda, uma proposição falsa.
d) a primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda, uma proposição verdadeira.
e) tanto a primeira como a segunda são proposições falsas.

Essa questão só ratifica o que já temos falado aqui em nosso material. Sendo assim, a respos-
ta será a letra a.
Letra a.

007. (CESGRANRIO/PETROBRAS/2008/ADMINISTRADOR JÚNIOR) A tabela abaixo apre-


senta os pesos de um grupo de pessoas e suas respectivas frequências.

Não há observações coincidentes com os extremos das classes.


O peso médio do conjunto de pessoas, em kgf, é
a) 60
b) 65
c) 67
d) 70
e) 75

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Para que possamos calcular a média aritmética em que os valores se encontram em valores
contínuos, ou seja, em intervalo de classes, temos de encontrar os pontos médios de cada in-
tervalo, para que possamos multiplicar pela frequência.
O ponto médio é a média aritmética dos extremos da classe. Por exemplo, o ponto médio da
primeira classe é (40+ 50) /2 = 45.

Para encontrar a média, iremos somar os valores da coluna xifi e dividir pela quantidade de
observações.

Letra c.

008. (MPE-RO/CESGRANRIO) A tabela apresenta uma distribuição de frequência dos salários


dos 200 empregados de certa empresa.

O salário médio, aproximadamente, vale:


a) R$ 600,00
b) R$ 780,00
c) R$ 890,50
d) R$ 1 040,00
e) R$ 1430,00

Para calcular a média aritmética de uma distribuição de frequências, convencionamos que


todos os valores incluídos em um determinado intervalo de classe coincidem com o seu
ponto médio.

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Na tabela que será construída, iremos inserir uma coluna para os pontos médios das classes
(xi) e, em seguida, multiplicaremos esses valores pelas suas respectivas frequências. Não se
esqueça de que, para calcular o ponto médio das classes, basta calcular a média aritmética
dos extremos das classes, por exemplo, o primeiro ponto médio é (260 + 520) / 2 = 390.

Letra c.

Mediana
A mediana é uma medida de posição do centro da distribuição dos dados, definida do se-
guinte modo.
Colocamos os elementos da amostra em rol, ou seja, ordem crescente ou decrescente, e
encontramos a mediana (pertencente ou não à amostra). Divide ao meio, isto é, 50% dos ele-
mentos da amostra são menores ou iguais à mediana e os outros 50% são maiores ou iguais
à mediana.
Para a determinação da mediana, utiliza-se a seguinte regra, depois de ordenada a amostra
de n elementos:
1. Se n é ímpar, a mediana é o elemento central.

2. Se n é par, a mediana é a semissoma dos dois elementos médios.

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Como n é par, devemos calcular a média aritmética entre o 3º e 4º elementos, veja:


Md = (3ª posição + 4ª posição) / 2
Md = (5 + 6)/ 2
Md= 5,5

Média X Mediana

Vamos realizar algumas ponderações a respeito de média e mediana.


Como medida de posição, a mediana é mais robusta do que a média, pois não é tão sensí-
vel aos dados, ou seja, não sofre tanta influência dos extremos.
1. Em uma distribuição simétrica, a média e a mediana coincidem.
2. A mediana não é tão sensível, como a média, às observações que são muito maiores
ou muito menores do que as restantes (outliers). Porém, a média reflete o valor de todas as
observações, isto é, para encontrarmos mais à frente os valores de dispersão e até mesmo
realizarmos algumas inferências, a média será de suma importância.
Como já visto, a média, ao contrário da mediana, é uma medida muito influenciada por
valores “muito grandes” ou “muito pequenos”, mesmo que estes valores surjam em pequeno
número na amostra. Estes valores são os responsáveis pela má utilização da média em muitas
situações em que teria mais significado utilizar a mediana.
A partir do exposto, podemos deduzir que, se a distribuição dos dados:
1. for aproximadamente simétrica, a média aproxima-se da mediana;
2. for assimétrica à direita (alguns valores grandes, como outliers), a média tende a ser
maior que a mediana;
3. for assimétrica à esquerda (alguns valores pequenos, como outliers), a média tende a
ser inferior à mediana.
Vamos para mais uma questão comentada para que possamos entender a relação existen-
te entre média e mediana.

009. (FUNIVERSA/PCDF) A tabela abaixo mostra o resultado da renda per capta de duas cida-
des, X e Y, medido em reais.

X Y

MEDIANA 4.000 1.250

MÉDIA 3.750 4.750

Com bases nessas informações, pergunta-se:

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1) qual das duas cidades tem o melhor padrão de vida? (Considere que todos os outros fatores
são iguais)
2) considerando que as duas cidades têm populações de mesmo tamanho e que a taxa de
impostos é de 10% em ambas, qual a cidade tem maior arrecadação?
Assinale a alternativa que apresenta as repostas corretas às perguntas 1 e 2, respectivamente.
a) Cidade X e cidade X
b) Cidade Y e cidade Y
c) Cidade X e cidade Y
d) Cidade Y e cidade X
e) Não há informações suficientes para responder às perguntas

Essa questão é interessante, pois mostra uma interpretação quanto à diferença da média e
mediana e suas implicações.
O melhor padrão de vida deve refletir a real situação da população, sendo assim, precisamos
de um valor que mostre uma regularidade, independentemente dos valores extremos. O melhor
parâmetro para isso é a mediana, pois divide a população em duas partes iguais (50%) para
cada lado, logo a população X possui a renda per capita mediana de 4.000, dando a entender
que temos uma população com um valor alto bem distribuído no grupo quanto à renda. Partin-
do que as duas populações têm a mesma quantidade de pessoas, a média da população X é
inferior à população Y, significando que a arrecadação total é menor, uma vez que, para encon-
trar o somatório, basta multiplicarmos a média pela quantidade de pessoas. Dessa forma, a
população Y possui maior arrecadação, uma vez que possui maior média aritmética.
1) Para a primeira pergunta: qual das duas cidades tem o melhor padrão de vida? (Considere
que todos os outros fatores são iguais.)
Temos como resposta a cidade X.
2) Considerando que as duas cidades têm populações de mesmo tamanho e que a taxa de
impostos é de 10% em ambas, qual a cidade tem maior arrecadação?
Temos como resposta a cidade Y.
Letra c.

010. (FGV) A medida de um conjunto ordenado de dados, que divide este conjunto em duas
partes de igual número de observações, denomina-se:
a) média.
b) moda.
c) mediana.
d) desvio padrão.
e) variância.

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Essa questão trata do conceito de mediana, em que é uma medida de posição do centro da
distribuição dos dados apresentados em rol.
Letra c.

Para resolver as três questões abaixo, utilize as informações a seguir.


O número de ausentes, por sala, em um dos prédios de aplicação de certo exame de proficiên-
cia aplicado em certa região, segue a seguinte distribuição:

011. (CESGRANRIO) O número total de salas de aplicação neste prédio foi:


a) 5.
b) 10.
c) 11.
d) 25.
e) 47.

O número total de salas é dado pelo somatório da frequência absoluta.

Letra d.

012. (CESGRANRIO) Qual foi o número médio aproximado de ausentes por sala?
a) 10,7.
b) 5,0.
c) 4,7.
d) 4,3.
e) 2,5.

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Para encontrarmos a média aritmética, temos de multiplicar o valor de cada variável de estudo
pela frequência e depois dividirmos pelo somatório da frequência.
Vamos lá!

Me = 107 / 25 = 4,28 = 4,3.


Letra d.

013. (CESGRANRIO) A mediana do número de ausentes neste prédio é


a) 3,0.
b) 3,5.
c) 4,0.
d) 4,5.
e) 5,0.

Para encontrarmos a mediana, primeiramente temos de colocar os valores em rol, ordem cres-
cente, porém são 25 valores. Se você quiser, pode colocar em ordem e determinar a mediana,
mas quero aproveitar para mostrar outra maneira:
Vamos lançar mão do conhecimento de frequência acumulada e, ao calcularmos o elemento
central e com a frequência acumulada, tornar-se-á mais rápido encontrar a mediana. Veja:
Como n é ímpar, a mediana é o elemento central.
Elemento central (e) = (n+1) /2
e = (25+1)/2
e = 26/2
e = 13ª posição
Para encontrarmos o décimo terceiro termo, iremos utilizar a tabela e criarmos mais uma colu-
na com a frequência acumulada.

Ausência Frequência Frequência acumulada

0 1 1º

1 2 3º

2 3 6º

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Ausência Frequência Frequência acumulada

3 4 10 º

4 5 15 º

5 2 17 º

6 3 20 º

7 3 23 º

9 1 24 º

10 1 25 º
A linha da tabela indica que o valor de 4 ausências se repete da décima primeira posição até a
décima quinta posição.
Como a mediana está na 13ª posição, podemos inferir que a mediana são 4 ausências.
Letra c.

Moda
Podemos definir a moda como sendo o valor que possui maior frequência, se os dados
forem discretos, ou o intervalo de classe com maior frequência, se os dados forem contínuos.
Assim, da representação gráfica dos dados, obtém-se imediatamente o valor que represen-
ta a moda ou a classe modal.
Esse parâmetro é bastante útil para reduzir a informação de um conjunto de dados qualita-
tivos, apresentados sob a forma de nomes ou categorias, para os quais não se pode calcular a
média e por vezes a mediana.
Um exemplo bem simples é:
Os dados abaixo se referem à idade de 20 jovens de uma turma de atletas dos jogos esco-
lares das escolas públicas do DF.
Idade: {12, 11, 12, 13, 12, 11, 13, 12, 12, 11, 14, 13, 13, 12, 11, 12, 13, 14, 11, 14}
A moda desse conjunto de dados será a idade que mais aparece, ou seja:
Mo = 12 (pois é a idade que possui maior frequência).

 Obs.: Apesar de simples, a moda nem sempre é única. Se no conjunto existirem poucas
observações, muito frequentemente não há valores repetidos, com o que nenhum deles
satisfaz a condição de moda. Por exemplo, a idade de nove pessoas: 15; 25; 59; 45; 60;
12; 13 e 33. Estes nove dados não possuem uma moda, sendo um conjunto amodal.
Por outro lado, se a distribuição da idade de 15 idosos for 63; 67; 70; 69; 81; 57; 63; 73;

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68; 63; 71; 71; 71 e 83, possui duas modas (63 e 71 anos). Neste caso a distribuição
diz-se bimodal. Será unimodal no caso de apresentar uma só moda e multimodal se
apresentar várias modas.

Em dados discretos, percebemos que é bem tranquilo encontrarmos a moda; porém, se os


dados forem contínuos, ou seja, em intervalo de classes, como encontrar a moda?
Mostre que você aprendeu!

Um pequeno levantamento para melhorar a qualidade da produção de textos em um escritório


colheu dados sobre o número de erros de digitação por página. A tabela abaixo apresenta o
resultado desse levantamento.

014. (CESPE) A partir das informações apresentadas no texto, assinale a opção incorreta.
a) O número mediano de erros de digitação por página é igual a 1 erro por página.
b) A moda do número de erros de digitação é igual a 1 erro por página.
c) A amplitude total do número de erros de digitação é igual a 4 erros por página.
d) Em média, o número de erros por página é igual a 2.1

As medidas de tendência central, estudadas até agora, fornecem informações apenas so-
bre o tamanho do valor central de um conjunto de valores, sendo discretos ou contínuos, de
uma distribuição de frequência dessas observações. Não há informação, porém, a respeito
de como estão dispersas as observações em torno desse valor central (representativo desse
conjunto de observações). Para uma melhor interpretação no que diz respeito à tomada de
decisões, temos de calcular novas medidas chamadas de Dispersão, que vão nos indicar, com
algum detalhe, de que forma o conjunto das observações se comporta em função dos valores
de centralidade.

1
Letra d.

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Medidas de Dispersão
Desvio
Em um conjunto de valores numéricos, o desvio é a “distância” de cada uma dessas infor-
mações até a média aritmética delas.
O desvio é obtido subtraindo cada um dos valores de um conjunto de informações da mé-
dia aritmética desse conjunto.
Assim, os desvios devem ser calculados para cada elemento desse conjunto.
Vejamos um exemplo: quatro alunos de engenharia obtêm as seguintes notas na prova de
Cálculo 3.
N1 = 6,5, N2 = 6,5, N3 = 6,0 e N4 = 5,0.
Calculando a nota média dos alunos, temos: Me= 6,0.
Em relação à nota média, temos os seguintes desvios:
d1 = 6,5 – 6,0 = 0,5
d2 = 6,5 – 6,0 = 0,5
d3 = 6,0 – 6,0 = 0
d4 = 5,0 – 6,0 = – 1,0

 Obs.: 1. O sinal nos desvios é importante, pois determina se a nota tirada é maior ou menor
que a média.
 Obs.: 2. A soma dos desvios é igual a zero.

Amplitude
Em um conjunto de informações numéricas, a primeira medida de tendência central é cha-
mada amplitude e é obtida a partir da diferença entre a maior informação da lista e a menor.
Usando o mesmo exemplo utilizado acima, das notas dos dois alunos, observe a amplitude
das notas deles:
Primeiro: média 6,0; amplitude = 6,5 – 5,5 = 1,0.
Segundo: média 6,0; amplitude = 10,0 – 1,0 = 9,0.
Observando apenas esses números, é possível perceber que o primeiro aluno estabilizou
as notas de suas provas, e o segundo, não. Para concluir que o segundo aluno teve melhor de-
senvolvimento, ainda precisamos ver o restante de suas notas.

Variância
A variância é a soma dos quadrados dividida pelo número de observações do conjunto me-
nos uma, em caso de amostras. A variância é representada por S2, sendo calculada pela fórmula:

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∑ (xi – Média) / (n – 1)
2

Ou seja,
S2 = SQ / (n-1)

 Obs.: Em casos em que o conjunto de valores é uma população, teremos a variância calcu-
lada da seguinte forma:

∑ (xi – Média)2 / (n)


S2 = SQ / (n)
O denominador “n – 1” da variância é determinado graus de liberdade. O princípio dos
graus de liberdade é constantemente utilizado na estatística, uma vez que se é comum traba-
lhar com amostras.
Considerando um conjunto de “n” observações (dados) e fixando uma média para esse
grupo, existe a liberdade de escolher os valores numéricos de n-1 observações. O valor da úl-
tima observação estará fixado para atender ao requisito de ser a soma dos desvios da média
igual a zero.
Vejamos uma questão comentada:

015. (CESGRANRIO) A tabela abaixo, representa as frequências acumuladas das idades de 20


jovens entre 14 e 20 anos

Uma das medidas de dispersão é a variância populacional, que é calculada por

Sabendo-se que m é a média aritmética dessas idades, qual a variância das idades
na população formada pelos 20 jovens?
a) 0,15.
b) 0,20.
c) 1,78.
d) 3,20.
e) 3,35.

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Para que possamos calcular a variância, que é média do quadrado dos desvios, vamos encon-
trar primeiramente a média aritmética.
A tabela nos forneceu a frequência acumulada, logo é necessário que encontremos as frequ-
ências absolutas. Vamos lá:

Frequência
Idade (anos) Frequência Acumulada
absoluta

14 2 2

15 4 4-2=2

16 9 9-4=5

17 12 12-9=3

18 15 15-12=3

19 18 18-15=3

20 20 20-18=2

Letra d.

016. (FUNCAB) Em estatística, existe um conceito que é definido, para um conjunto de dados,
como “a média dos quadrados das diferenças dos valores em relação à sua média. “Essa de-
finição conceitua:

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a) amplitude.
b) desvio padrão.
c) coeficiente de variação.
d) variância.
e) estimador

Conforme o conceito já visto nesta aula, podemos inferir que se trata de variância.
Letra d.

017. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO PAULO-SP) Utilize o texto e as tabelas para responder


à questão.
Duas amostras de 8 pessoas foram escolhidas em duas escolas, A e B, para a realização de
um estudo sobre a obesidade entre adolescentes. As 16 pessoas foram pesadas, e o resultado
está expresso nas tabelas a seguir:

A soma das variâncias obtidas em cada um dos grupos é igual a


a) 7.
b) 9.
c) 8.
d) 6.
e) 10.

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A média aritmética de cada escola é dada por:


Me A = (62+63+65+60+64+63+66+61)/8 = 63
Me B = (73+66+70+71+72+71+72+73)/8=71
Após encontrarmos as médias aritméticas, vamos calcular os desvios em relação às médias:
Escola A:
d1: 62-63=-1;
d2:63-63=0;
d3: 65-63=2;
d4: 60-63=-3;
d5: 64-63=-1;
d6: 63-63=0;
d7: 66-63=3;
d8: 61-63=-3
Escola B:
d1: 73-71=2;
d2: 66-71=-5;
d3: 70-71=-1;
d4: 71-71=0;
d5: 72-71=1;
d6: 71-71=0;
d7: 72-71=1;
d8: 73-71=2
Escola A:
var(x)= -1²+0²+2²+...+-3²/8
var(x)=28/8=3,5
Escola B:
var(x)=2²+-5²+...+2²/8
var(x)=36/8=4,5
Resposta: 3,5+4,5=8
Letra c.

 Obs.: Nesta questão o examinador considerou 02 amostras formadas por uma só popula-
ção, assim não iremos utilizar o fator de correção”

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Desvio Padrão
O desvio padrão é uma das mais utilizadas medidas de variação de um grupo de dados. A
vantagem que apresenta sobre a variância é de permitir uma interpretação direta da variação
do conjunto de dados, pois o desvio padrão é expresso na mesma unidade que a variável (Kg,
cm, atm...). É representado por “s” e calculado por:
s = √∑ ( xi – Média)2/ (n – 1)
Podemos entender o desvio padrão como uma média dos valores absolutos dos desvios,
ou seja, dos desvios considerados todos com sinal positivo, média essa obtida. Porém, por
um processo bastante elaborado: calculamos o quadrado de cada desvio, obtemos a média
desses quadrados e, depois, obtemos a raiz quadrada da média dos quadrados dos desvios.
É a estatística utilizada quando se deseja comparar a variação de conjuntos de observa-
ções que diferem na média ou são medidos em grandezas diferentes (unidades de medição
diferentes). O coeficiente de variação (C.V.) é o desvio padrão expresso como uma porcen-
tagem média.
CV = 100. (s / Média) (%)

018. (CESGRANRIO) Um grupo é formado por 10 pessoas, cujas idades são: 17, 19, 19, 20, 20,
20, 20, 21, 22, 22.
Seja µ a média aritmética das idades e σ seu desvio padrão. O número de pessoas desse grupo
cujas idades pertencem ao intervalo [µ - σ, µ + σ] é (Considere √2 = 1,4):
a) 9.
b) 8.
c) 7.
d) 6.
e) 5.

Seja µ a média aritmética das idades:


µ= (17+ 19+ 19+ 20+ 20+ 20+ 20+ 21+ 22+ 22)/10
µ = 200/10= 20
σ2 = [(17-20)2 + 2(19-20)2 + 4(20-20)2+ 1(21-20)2+ 2(22-20)2]/10
σ2 = 20/10
σ2 = 2
σ = √2 = 1,4
Substituindo no intervalo, temos:
[µ - σ, µ + σ]

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[20 -1,4, 20 + σ]
[18,6; 21,4]
Quais as idades que se encontram entre 18, 6 e 21,4 das 10 pessoas:
Serão: {19,19, 20, 20,20, 20, 21}. Sete pessoas.
Letra c.

019. (VUNESP/DESENVOLVESP) Um casal tem 4 filhos com idades de 1, 6, 8 e 15 anos, res-


pectivamente. O desvio padrão das idades dos filhos é de, aproximadamente,
a) 625.
b) 15.
c) 14.
d) 7.
e) 5.

O desvio padrão é a raiz quadrada da variância, porém precisamos encontrar a média aritmé-
tica, que será:
Me = 30/4 = 7,5.
Calculando a variância:

Letra e.

Propriedades do Desvio Padrão e da Variância

1. Somando-se (ou subtraindo-se) a cada elemento uma constante qualquer, o desvio pa-
drão e a variância não se alteram.
2. Multiplicando-se (ou dividindo-se) cada elemento por uma constante qualquer, o desvio
padrão fica multiplicado (ou dividido) por essa constante; a variância fica multiplicada (ou divi-
dida) PELO QUADRADO dessa constante.
Vamos agora resolver duas questões aplicando as propriedades da média aritmética, vari-
ância e desvio padrão.

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020. (ESAF) Em certa empresa, o salário médio era de R$ 90.000,00 e o desvio padrão dos sa-
lários era de R$ 10.000,00. Todos os salários receberam um aumento de 10%. O desvio padrão
dos salários passou a ser de:
a) R$ 10.000,00.
b) R$ 10.100,00.
c) R$ 10.500,00.
d) R$ 10.900,00.
e) R$ 11.000,00.

Essa questão é uma aplicação das propriedades do desvio padrão, em que aumentar 10% sig-
nifica multiplicar por uma constante 1,1.
Segundo a propriedade, multiplicando-se (ou dividindo-se) cada elemento por uma constante
qualquer, o desvio padrão fica multiplicado (ou dividido) por essa constante.
Dessa forma, podemos inferir que o novo desvio padrão será:
10.000,00 x 1,1 = 11.000,00
Letra e.

021. (CESGRARNIO) Se Y = 2X+1 e a variância de X vale 2, a variância de Y é igual a:


a) 2.
b) 4.
c) 5.
d) 8.
e) 9.

De acordo com as propriedades da variância, temos que, se multiplicarmos cada elemento por
uma constante, a nova variância será multiplicada pelo quadrado da constante.
Quanto à soma, a variância fica inalterável.
Dessa forma, teremos:
VY = 2VX+1
VY = (2)2VX+1
VY = (2)2.(2) +1 ( a soma fica inalterável)
VY = (2)2.(2) = 8
Letra d.

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Coeficiente de Variação (Cv)


O coeficiente de variação é uma medida relativa de variabilidade.
Será calculada pelo coeficiente entre o desvio padrão e a média aritmética.
Na estatística descritiva, o desvio padrão por si apresenta algumas limitações. Assim, um
desvio padrão de 3 unidades pode ser considerado pequeno para uma série de valores cujo
valor médio é 300; no entanto, se a média for igual a 30, por exemplo, o desvio de 3 unidades
torna-se representativo.
Sabemos que o desvio padrão é expresso na mesma unidade dos dados. Dessa forma, não
é possível aplicá-lo na comparação de duas ou mais séries de valores expressas em unidades
diferentes.
Para atender essa limitação, podemos caracterizar a dispersão ou variabilidade dos dados
em termos relativos a seu valor médio, medida essa denominada de Coeficiente de Variação.

 Obs.: O coeficiente CV é expresso em percentual, pois o desvio padrão e a média possuem as


mesmas unidades de medidas.

Vejamos uma aplicação:


Considere a tabela abaixo, que contém as estaturas e os pesos de um mesmo grupo de
indivíduos:

Média aritmética Desvio padrão

Estaturas 175 cm 5 cm

Pesos 68 kg 2 Kg

Qual das medidas, estatura ou peso, possui maior variação, ou seja, mais heterogêneo?
Apenas com o desvio padrão não é possível responder essa pergunta, uma vez que esta-
mos realizando uma comparação entre 2 grandezas. O ideal é calcularmos o coeficiente de
variação da estatura e do peso e realizarmos uma análise. A série que apresentar a maior va-
riação, ou seja, o maior valor do coeficiente CV, será a série de maior heterogeneidade.
Vamos aplicar a fórmula em cada grandeza:
CV Estatura:
Cv= (5/175) x 100
Cv= 2,85%
CV Peso
Cv= (2/68) x 100
Cv= 2,94%

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Logo, nesse grupo de indivíduos, os pesos apresentam maior grau de dispersão que os
pesos, ou seja, maior heterogeneidade.

022. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Seja X uma variável com média 3 e coeficiente de varia-
ção igual a 0,5. Seja Y = -2X + 3. As variâncias de X e Y são dadas, respectivamente, por:
a) 1,5 e 6.
b) 2,25 e 9.
c) 1,5 e 3.
d) 2,25 e 5.
e) 2,5 e 6.

Para encontrarmos as variâncias de X e Y, vamos aplicar as propriedades e a fórmula do coefi-


ciente de variação. Vamos lá!
Cvx = coeficiente de variação de x
Sx = desvio padrão de x
Xx = média aritmética de x
CVx = Sx/Xx (coeficiente de variação de x)
0,5 = Sx / 3
Sx= 1,5
Sx2= (1,5)2
Sx2= 2,25 (variação de X)
Y= -2x + 3
Sy2=-2(Sx2) + 3 (a soma de três não altera a variância)
Sy2=-2(Sx2)
Sy2=(-2)2.(2,25) = 9
Letra b.

023. (ESAF) Um certo atributo W, medido em unidades apropriadas, tem média amostral 5 e
desvio padrão unitário. Assinale a opção que corresponde ao coeficiente de variação, para a
mesma amostra, do atributo Y = 5 + 5W.
a) 16,7%
b) 20,0%
c) 55,0%
d) 50,8%
e) 70,2%

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Outra questão com aplicação das propriedades. Vamos lá!


Xw = média de W.
Sw = desvio padrão de W.
Xw = 5.
Sw = 1.
Para que possamos encontrar o coeficiente de variação de Y, precisamos do desvio padrão e
da média aritmética.
XY = 5 + 5XW.
XY = 5 + 5(5).
XY = 30 (média de y).
Desvio padrão de y:
SY = 5 + 5SW.
SY = 5 + 5(1) (Somar no desvio padrão não influencia, inalterável).
SY = 0 + 5(1) = 5.
Agora, sim, temos a média e o desvio padrão Y. Podemos encontrar o coeficiente de variação.
Cv y= SY / XY
Cv y= 5 / 30
Cv y= 1,16666 = 16,7%
Letra a.

024. (ESAF) O atributo Z= (X-2)/3 tem média amostral 20 e variância amostral 2,56. Assinale a
opção que corresponde ao coeficiente de variação amostral de X.
a) 12,9%.
b) 50,1%.
c) 7,7%.
d) 31,2%.
e) 10,0%.

Temos que Z= (X-2)/3, então vamos melhorar um pouco essa expressão:


3Z = X – 2
X = 3Z + 2
XZ=20 (média de Z)
S2z= 2,56 (variância de Z)
Sz= √2,56 = 1,6 (desvio padrão de Z)
Para encontrarmos o coeficiente de variação X: Cvx= Sx/Xx.

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X = 3Z + 2
Xx = 3Xz + 2
Xx = 3(20) + 2
Xx = 62
X = 3Z + 2
Sx = 3. Sz + 2 (somar ou subtrair uma constante no desvio é inalterável)
Sx = 3. (1,6) + 0
Sx =4,8
Cvx= Sx/Xx
Cvx= 4,8/62
Cvx= 7,7%
Letra c.

025. (VUNESP/MPE-SP) Na estatística, são considerados medidas de dispersão:


a) média e moda.
b) percentil e coeficiente de variação.
c) amplitude total e percentil.
d) amplitude total e desvio padrão.
e) variância e média.

Na estatística descritiva, dispersão mostra o quão dispersa se encontra a distribuição os valo-


res em relação à média. Exemplos comuns de medidas de dispersão estatística são a variân-
cia, o desvio padrão e a amplitude interquartil.
Letra d.

026. (CESPE/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – CIÊNCIA DE


DADOS/2020) Considerando que R representa uma variável quantitativa cuja média, mediana
e variância são, respectivamente, iguais a 70, 80 e 100, e que U = R/10 – 7, julgue o próximo
item, acerca das variáveis U e R.
O desvio padrão da variável U é igual a 1.

Segundo as propriedades do desvio padrão, temos que:


A variância da R é dada por 100, logo seu desvio padrão será √100 = 10.
SR = 10
U = R/10 – 7, aplicando o desvio padrão nas variáveis U e R, que serão representadas por SU e
SR, temos:

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SU = SR / 10 – 7 (segundo a propriedade do desvio padrão, somar ou subtrair uma constante


à variável, o valor fica inalterável, assim, subtrair menos 7 não influencia no valor do desvio
padrão da variável U).
SU = 10/10 - 7 (desconsidera o-7)
SU = 10/10
Su = 1
Certo.

027. (CESPE/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – CIÊNCIA DE


DADOS/2020) Considerando que R representa uma variável quantitativa cuja média, mediana
e variância são, respectivamente, iguais a 70, 80 e 100, e que U = R/10 – 7, julgue o próximo
item, acerca das variáveis U e R.
A mediana de U é negativa.

Nesse item iremos considerar a propriedade da média aritmética para a mediana, uma vez que
as duas medidas são de centralidade, ok? Assim que a banca considerou.
Md U = 80 (Mediana de U igual a 80)
U = R/10 – 7 (aplicando a mediana em cada uma das variáveis, teremos:)
Md U = Md R / 10 – 7 (Segundo as propriedades da média aritmética, as quatro operações:
soma, subtração, multiplicação e divisão, de uma constante aplicadas a uma variável, alteram
os valores da variável. Assim, se dividirmos a mediana por 10 e em seguida subtrairmos sete
unidades, a nova variável U será alterada, vejamos:
Md U = 80 / 10 – 7
Md U = 8 – 7 = 1
A Md U será positiva e não negativa.
Errado.

028. (CESPE/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – CIÊNCIA DE


DADOS/2020) Considerando que R representa uma variável quantitativa cuja média, mediana
e variância são, respectivamente, iguais a 70, 80 e 100, e que U = R/10 – 7, julgue o próximo
item, acerca das variáveis U e R.
A variável U possui média nula.

Aplicar novamente as propriedades de média aritmética. Se somarmos ou multiplicarmos uma


constante a um conjunto de valores a nova média do conjunto deverá ser multiplicada ou so-
mada pela constante. A variável U faz exatamente isso, já que multiplica R por 1/10 e subtrai 7.
Dessa forma a média de U será:
U = R/10 – 7
M U = M R/10 - 7
M U = 70/10 - 7 = 0
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MU=7–7=0
Certo.

029. (CESPE/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – CIÊNCIA DE


DADOS/2020) Considerando que R representa uma variável quantitativa cuja média, mediana
e variância são, respectivamente, iguais a 70, 80 e 100, e que U = R/10 – 7, julgue o próximo
item, acerca das variáveis U e R.
O coeficiente de variação de R é superior a 15%.

O coeficiente de variação é dado por Cv = desvio padrão / média.


O desvio é igual a raiz quadrada da variância.
Desvio = √100 = 10
Cv = (10 / 70) = 0,142 x 100 = 14,2%
Logo, 15% > 14,2%.
Errado.

Estatística Descritiva – Valores Agrupados


Média e Mediana em Dados Agrupados
Vamos aprender de maneira prática, certo? Daí vamos resolver o exemplo abaixo juntos.
Os valores serão contínuos, assim iremos ter um intervalo que representa o valor da variá-
vel de estudo. Para realizar os cálculos com um intervalo de classe, devemos encontrar o valor
médio da classe, o que foi visto anteriormente neste PDF.
As classes possuem o limite inferior e o limite superior.
Limite inferior aberto e superior fechado.

Limites inferior e superior fechados.

Os limites podem ser abertos ou fechados, ou seja, se forem abertos, não pertencem ao
intervalo, mas se forem fechados, os limites pertencem ao intervalo.

Exemplo 1:
Considerando a tabela com a altura de integrantes de um time de futebol, organizada por inter-
valos de classe:

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1. Qual seria a altura média desse time de futebol americano?


Para encontrar a altura média, primeiramente iremos encontrar o ponto médio de cada classe:
Para encontrar o ponto médio (Pm), primeiramente vamos calcular a média aritmética entre os
limites, ok?

Classe 1: (1,5+ 1,6) / 2 = 1,55


Classe 2: (1,6+1,7) / 2 = 1,65
Classe 3: (1,7+1,8) /2 = 1,75
Classe 4: (1,8 + 1,9) /2 = 1,85
Classe 5: (1,9 + 2,0) / 2 = 1,95
Agora basta calcularmos a média aritmética dos pontos médios multiplicados pelas frequên-
cias absolutas.

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Média: [(1,55 x 3) + (1,65x 4) + (1,75 x 5) + (1,85 x 5) + (1,95x 3)] / 20


Média: [4,65 + 6,6 + 8,75 + 9,25 + 5,85]/20
Média: 35,1/ 20
Média: 1,755 metros
Exemplo 2:
Qual a mediana das alturas do time?
Quando se fala em mediana, o primeiro passo é pensar em frequência acumulada.
Outra coisa para se observar é: está ou não em rol? No caso, já está em rol.

Observe que, ao fazer a frequência acumulada, obrigatoriamente, deve resultar 20.


Há dois caminhos: Fórmula ou Interpolação linear.
1ª maneira de resolver: fórmula

Md = mediana.
Li = limite inferior da classe mediana.
∑fi = somatória da frequência absoluta.
Faa = frequência acumulada da classe anterior à classe mediana.
fi = frequência absoluta da classe mediana.
h = amplitude da classe mediana.
Obs.: Não confunda mediana em um conjunto de valores em classes com o ponto médio da
classe mediana. Ou seja, muitos acreditam que a mediana é o ponto médio da classe mediana,
o que não é verdade. A mediana estará na classe mediana, porém não é necessariamente o
ponto médio, ok?
Vamos aprender a calcular:
Primeiro passo: Encontrar a classe mediana.

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Daí você me pergunta: Como se encontra a classe mediada? Com a frequência acumulada, ok?
Observe que são 20 pessoas. A metade estará entre 10 e 11. Pensa-se no 10.

Perceba que a 10ª pessoa está na seguinte classe:

Portanto, essa é classe mediana. Concluindo: para encontrar a classe mediana, pega-se o
somatório de fi e busca-se o ponto médio.
A classe mediana é: 1,7 ⊢ 1,8
Agora, usa-se a fórmula.

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030. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ADMINISTRADOR JÚNIOR/2018) Para não comprometer


o sigilo das informações, um periódico técnico-científico divulgou os dados básicos que utili-
zou em um modelo estatístico, na seguinte distribuição de frequência por classes:

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A melhor estimativa para a mediana da distribuição de X é:


a) -0,75.
b) 0.
c) 0,25.
d) 0,50.
e) 1.

A frequência relativa pode ser dada em números decimais que somando resultam em 1, ou
porcentagem 100%. O somatório do Fr é 1.
Os limites inferiores {-3, -1, 1 e 3} pertencem as classes. Os limites superiores {-1, 1, 3 e 5} não
pertencem as classes.

Como queremos encontrar a mediana, vamos construir a coluna da frequência acumulada Fac,
o que nos auxiliará a determinar a classe mediana, e em seguida a mediana.
Vamos aplicar a interpolação linear, que na verdade é a aplicação de uma regra de três simples:
Neste método, faremos uma comparação da classe mediana com a frequência acumulada,
referente a classe mediana, vejamos:
Primeiro passo: Encontrar a classe mediana:

O elemento central se encontra em 0,5, ou seja, ele está na classe -1 ------1


Agora fazemos uma comparação (proporção entre a classe mediana e a Frequência acumula-
da referente a classe mediana).

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A amplitude da classe mediana está para amplitude da Fac referente à classe mediana, assim
como a amplitude dos limites inferiores até o valor médio dos dois intervalos:

Letra c.

031. (FCC/TRT – 14ª REGIÃO (RO E AC)/ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA/2018)


Seja a tabela de frequências relativas abaixo correspondendo à distribuição dos salários dos
funcionários sem nível superior, lotados em um órgão público. Para o segundo e terceiro inter-
valos de classes não foram fornecidas as respectivas frequências (na tabela, denotadas por x
e y, respectivamente).

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Utilizando o método da interpolação linear, obteve-se o valor de R$ 3.900,00 para a mediana


(Md) dos salários. O valor da média aritmética (Me) foi obtido considerando que todos os
valores incluídos em um certo intervalo de classe são coincidentes com o ponto médio deste
intervalo. A expressão (3 Mind − 2 Mine) apresenta, em R$, um valor igual a:
a) 3.600,00.
b) 3.500,00.
c) 3.200,00.
d) 4.000,00.
e) 3.700,00.

Pode resolver a questão simulando que são 100 funcionários (fi), que somados resultam em
45, de 45 para 100 faltam 55, logo: x + y = 55.

Se a mediana = 3900, logo a classe mediana é 3.500 - 4.500


Relacionar a classe mediana com a frequência acumulada.

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Letra e.

Moda em Dados Agrupados


Vejamos de forma prática como encontrar a moda em valores agrupados, ok?

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Exemplo:

Qual a moda da distribuição de frequência acima?


Tem-se a altura, que é uma variável quantitativa contínua, dada em metros e definida em inter-
valos.
Tem-se também a frequência absoluta.
No exemplo acima, considera-se que os intervalos são fechados no limite inferior, ok?
Da mesma forma como se estudou que a Mediana está na Classe Mediana, a Moda também
está na Classe Modal.
Então, apesar de a questão do exemplo solicitar a moda, vamos encontrar a Classe Modal.
Considerando que Moda é o que aparece em maior frequência, tem-se, no exemplo, que o inter-
valo de 1,6 a 1,7 possui frequência 10 – ou seja, é a Classe Modal, pois é um intervalo.

Em algum lugar no intervalo da Classe Modal, encontra-se a Moda por meio da Fórmula de
Czuber, representada pelo gráfico de colunas abaixo, formato que pode ser cobrado em prova
também. Assim, ao invés dos intervalos em uma tabela, poderá ser representado por barras
em um gráfico.

O gráfico apresentado traz os dados do exemplo, relacionando os intervalos de alturas das


pessoas com a quantidade de pessoas que possuem altura dentro desse intervalo.

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Perceba que a Classe Modal é a que tem a maior coluna, pois tem a maior Frequência Absoluta
(Fi). Para encontrar a Moda, utiliza-se a geometria, traçando uma reta do vértice superior direi-
to da coluna anterior à Classe Modal até o seu vértice superior direito, e outra reta do vértice
superior esquerdo da coluna posterior à Classe Modal até seu vértice superior esquerdo.
São formados dois triângulos, que serão utilizados na fórmula de Czuber por meio da seme-
lhança de triângulos, relacionando as bases e as alturas dos dois triângulos:

A partir da semelhança de triângulos, desenvolveu-se a equação acima, que resulta na equa-


ção de Czuber e permite conhecer a Moda. Estudou-se o desenvolvimento da fórmula apenas a
título de conhecimento – ou para o caso de uma questão teórica cobrar a origem da equação.
Porém, para a resolução das questões, basta utilizar a fórmula desenvolvida abaixo.

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032. (FGV/MPE-BA/ANALISTA TÉCNICO/ESTATÍSTICA) A distribuição de frequências do


número de apreensões de valores (em milhões R$) realizadas pela Polícia Federal, em determi-
nado período, é conforme a seguir:

Julgue o item: é correto afirmar que a moda exata da distribuição é superior a 7.

A moda estará na Classe Modal, que na questão é o intervalo de 0 a 10, pois possui 47 apreen-
sões realizadas.
Precisa-se da classe anterior e da posterior para aplicar a fórmula de Czuber, porém, como
nessa questão não existe classe anterior à Classe Modal, considera-se 0.
Aplicando a fórmula:

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Certo.

033. (FGV/TJ-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO/ESTATÍSTICA) Para fins de elaboração de um re-


latório gerencial à Presidência do TJ/AL, estão disponíveis as seguintes informações do anda-
mento de processos nas diversas varas daquele tribunal:

O tempo de tramitação está expresso em meses e os intervalos de classe incluem o limite in-
ferior e excluem o limite superior.
Tendo em conta a distribuição acima e as técnicas de cálculo para dados grupados. Julgue o
item: A moda agrupada está mais próxima de 30 do que de 40.

Certo.

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Ainda com relação à estatística descritiva, vejamos sobre assimetria e curtose.

Assimetria

As medidas de assimetria indicam o grau de assimetria de uma distribuição de frequências


unimodal em relação a uma linha vertical que passa por seu ponto mais elevado.

Distribuição Simétrica

Graficamente, uma distribuição simétrica tem associada a si uma curva de frequências


unimodal apresentando duas “caudas” simétricas em relação a uma linha vertical que passa
por seu ponto mais alto (eixo de simetria).

Distribuições Assimétricas

Uma distribuição assimétrica tem associada a si uma curva de frequências unimodal que
apresenta, a partir do seu ponto mais alto, uma “cauda” mais longa para a direita (assimetria
positiva) ou para a esquerda (assimetria negativa).
Nas distribuições assimétricas, os valores da moda, da mediana e da média divergem sen-
do que a média sempre estará do mesmo lado que a cauda mais longa.

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Fonte: https://www.grancursospresencial.com.br/novo/upload/a419092005194957.pdf

034. (CESPE/PCDF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Em uma amostra com assimetria positiva, ob-


serva-se que a média é igual à moda e que a mediana está deslocada à direita da média.

Se temos assimetria positiva, a média está à direita da mediana. Perceba que nem foi preciso
perder tempo com a moda. É a média que define a assimetria. Se a média está à esquerda, a
assimetria é negativa:

Errado.

035. (IFPA/2019) A variável aleatória Y apresenta as seguintes observações Y = {6; 14; 6; 14;
13; 8}. Assim, o coeficiente de variação e a assimetria seriam respectivamente:
a) 31,19% e assimetria negativa
b) 35,63% e assimetria negativa
c). 38,56% e assimetria positiva
d). 29,26% e assimetria positiva
e). 35,63% e assimetria positiva.

Primeiramente, vamos tratar de assimetria. Para definir a assimetria, precisamos dos seguin-
tes parâmetros: média e mediana.
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Perceba que a questão não traz uma moda.


Para encontrar a mediana, precisamos colocar os valores em rol:
Md = {6, 6, 8, 13, 14, 14}
Se temos uma quantidade par de elementos, devemos pegar os valores centrais e calcular a
média aritmética:
Md = 8 + 13 / 2 = 10,5
A média aritmética será:
6 + 14 + 6 + 14 + 13 + 8 / 6 = 61 / 6 = 10,166...
Aqui, a média é menor do que a mediana. Se ela é menor, ela está à esquerda; se ela é maior,
ela está à direita. Se está à esquerda, haverá assimetria negativa.
Calculando o coeficiente de variação:
Cv = S / X = S / 10,166...
Calculando a variância:
S² = 2.(6 – 10,166...)² + 2.(14 - 10,166...)² + (8 - 10,166...)² + (13 - 10,166...)² / 6
S² = 34,7 + 29,38 + 4,69 + 10,02 / 6
S² = 78,79 / 6
S² = 13,13
S = √13,13 = 3,6 aproximadamente.
Portanto:
CV = 3,6 / 10,166... = 0,356. 100% = 35,6
Essas últimas contas realizadas serviram apenas para concluir a questão. No entanto, o ponto
central era definir o tipo de assimetria (à direita ou à esquerda).
Letra b.

036. (CESGRANRIO) O quadro abaixo contém medidas estatísticas a respeito de uma variável
de interesse, a partir de uma amostra de N = 25 elementos, sendo Q1 e Q3 o primeiro e o tercei-
ro quartis da distribuição, respectivamente

Com base nos dados obtidos, considere as afirmações a seguir.


I – O coeficiente de variação é de 20% com os dados considerados homogêneos.
II – 25% da informação obtida se situa entre 545 e 620.
III – A distribuição é assimétrica positiva.
IV – O valor de 520 divide a distribuição ao meio.
É correto o que se afirma em:

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a) I e II, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

I – Calculando o coeficiente de variação:


CV = S / X = 104 / 520
CV = 1 / 5. 100% = 20% II.

De acordo com essa representação, entre Q2 e Q3, temos 25% da informação.


III – Quando falamos de assimetria, precisamos dos seguintes valores: mediana e moda.
Md = 545
X – = 520
A média é menor que a mediana. Assim, a média está apontando para a esquerda. Logo, tere-
mos assimetria à esquerda (negativa).
X – < Md
IV – O valor de 545 divide a distribuição ao meio.
Letra a.

037. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/ESTATÍSTICA) A figura abaixo representa o


gráfico relativo a uma distribuição de frequência F para uma amostra de dados. Seja Me o valor
da média, Md o valor da mediana e Mo o valor da moda, então:

a) Me < Md < Mo
b) Md < Mo < Me
c) Mo < Md < Me
d) Me < Mo < Md
e) Md < Me < Mo
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Independente se a distribuição é assimétrica à direita ou à esquerda, a maior frequência se


encontra no ápice do gráfico, ou seja, a moda. O gráfico da questão trata de uma distribuição
assimétrica à direita. A medida de tendência central que sofre influência dos extremos é a mé-
dia aritmética, logo fica a dica: ela sempre estará na cauda do gráfico. Sendo assim, sobra a
mediana que se encontrará entre a moda e a média aritmética.
A reta x cresce da esquerda para a direita:

Temos que a Mo < Md < Me.


Letra c.

038. (CESGRANRIO) Analise as afirmações a seguir.


Numa distribuição simétrica, a média e a mediana coincidem.
PORQUE
Numa distribuição simétrica a moda nem sempre existe.
Quanto às afirmações acima, pode-se concluir que
a) as duas asserções são verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
b) as duas asserções são verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
c) a primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda, uma proposição falsa.
d) a primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda, uma proposição verdadeira.
e) tanto a primeira como a segunda são proposições falsas.

Conforme os conceitos vistos nesta aula, podemos inferir que as duas asserções são verdadei-
ras e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
Letra b.

039. (VUNESP/TJ-SP) A distribuição de salários de uma empresa com 30 funcionários é dada


na tabela seguinte.

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De acordo com a tabela, assinale a afirmação verdadeira.


a) A distribuição é simétrica.
b) A distribuição tem assimetria positiva.
c) A moda é 10.
d) A mediana é 5.
e) O menor salário é 1.

MODA: analisando a tabela, podemos inferir que a moda é igual a 1,8, devido aparecer a maior
frequência absoluta.
MEDIANA: colocando os salários em rol, podemos encontrar a mediana igual a 2,5. Ordenando
os valores dos salários (n = 30), teremos que a posição 15º e 16º terá valores iguais a 2,5. Logo,
mediana será a média aritmética (2,5 + 2,5) /2 = 2,5.
MÉDIA = 15 + (8.2) + (5.4) + (3.5) + (2, 5.8) + (1, 8.10) / 30 = 104/30 = 3,5
Analisando os valores das medidas de centralidade, temos:
Mo < Md < Me
A distribuição é assimétrica positiva.
Letra b.

Coeficientes de Assimetria (AS)

Um coeficiente de assimetria quantifica o desvio de uma distribuição em relação a uma dis-


tribuição simétrica e o sinal resultante do seu cálculo nos dá o tipo de assimetria da distribuição.
Nesse caso, o desvio pode ser à direita ou à esquerda. Para isso, é preciso observar que o
sinal da fórmula é que irá identificar para qual lado ela está. Lembrando que, se observar ape-
nas a média e a mediana, é possível identificar se é assimétrica à direita ou à esquerda.
Ou seja, se for maior, ela estará à direita; porém, se for menor, estará à esquerda.
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Coeficientes de Pearson
• Primeiro Coeficiente de Assimetria de Pearson:

Nesse primeiro, temos a média e a moda sobre o desvio padrão.


• Segundo Coeficiente de Assimetria de Pearson:

O segundo tem a média e a mediana sobre o desvio padrão. Sendo assim, para saber se
é assimétrica à direita ou à esquerda, basta observar a mediana. Logo, se a média é maior do
que a mediana, assimetria positiva à direita. Já se a média é menor, será assimetria à esquerda
ou negativa.
Teoricamente, o segundo coeficiente de assimetria de Pearson pode variar entre -3 e +3.
Na prática, porém, raramente ultrapassará os limites de -1 e +1. Os valores dos dois coe-
ficientes de assimetria de Pearson serão iguais somente quando a distribuição for simétrica.
Quando a distribuição não tiver forte assimetria, o segundo coeficiente deverá ser usado
preferencialmente ao primeiro.
O coeficiente de assimetria permite distinguir as distribuições assimétricas. Um valor ne-
gativo indica que a cauda do lado esquerdo da função densidade de probabilidade é maior
que a do lado direito. Um valor positivo para a assimetria indica que a cauda do lado direito é
maior que a do lado esquerdo. Um valor nulo indica que os valores são distribuídos de maneira
relativamente igual em ambos os lados da média, mas não implica necessariamente uma dis-
tribuição simétrica.

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040. (CESPE/CEBRAPE) A tabela apresenta as estatísticas produzidas em um levantamento


acerca do número diário de acidentes que envolvem motocicletas em determinado local. Com
base nessas informações, julgue os próximos itens.

I – O coeficiente de variação da distribuição em questão é superior a 1 e inferior a 1,4.


II – Segundo o coeficiente de assimetria de Pearson, a distribuição desse número diário de
acidentes apresenta assimetria negativa.
III – A variância da distribuição do número diário de acidentes com motocicletas no referido
local é inferior a 100.

I – Coeficiente de Variação é o desvio padrão sobre a média aritmética.

Nesse caso, 1,2 está entre 1 e 1,4.


II – Para definir qual o tipo de assimetria negativa da distribuição, é preciso observar a média
e a mediana, 10 e 8, respectivamente. Sendo assim, a média é maior que a mediana, logo é as-
simétrica positiva. Se a banca solicitada o coeficiente, como não tem moda, o cálculo deveria
ser realizado utilizando o segundo modelo.

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Como o resultado foi positivo, será assimétrica à direita.


III – Lembrando que variância é S2.
S2 = (12)2 = 144.
Ou seja, é superior a 100.
Certo. Errado. Errado.

041. (CONSULPLAN/TSE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ESTATÍSTICA) A variável X apresenta as


seguintes observações X = {6; 4; 6; 4; 3; 8; 7; 9; 2; 6}. Assim, o desvio padrão dessas observa-
ções é 6,67. Pelo segundo coeficiente de assimetria de Pearson (o que compara média e me-
diana), o coeficiente de assimetria é:
a) 0,075.
b) – 0,075.
c) – 0,225.
d) – 1,245.

Letra c.

042. (CESPE/CEBRASPE) A tabela precedente apresenta a distribuição de frequências rela-


tivas da variável X, que representa o número diário de denúncias registradas na ouvidoria de
determinada instituição pública.

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A partir das informações dessa tabela, julgue o item seguinte.


1) A amplitude total da amostra é igual ou superior a 5.
2) A variável X é do tipo qualitativo nominal.
3) A moda da variável X é igual a 2.
4) A variância de X é inferior a 2,5.
5) A distribuição da variável X é simétrica em torno da média.
6) A mediana do número diário de denúncias registradas é igual a 2.

Quanto à frequência relativa, se desejar, pode transformar em porcentagem. Porém, se desejar


deixar com a vírgula, não terá influência no resultado.
1. A amplitude é a diferença entre o maior e o menor valor da amostra. Nesse caso, o menor
valor da amostra é 0 denúncia e o maior é 4 denúncias registradas diariamente.
A=4-0=4
Portanto, a amplitude não é igual ou superior a 5.
2. O número diário de denúncias registradas é a variável, a qual dá quantidade a ele. Por isso,
não poderá ser qualitativa nominal. Nesse sentido, quanto às denúncias, não há valor entre,
por exemplo, 1 e 2, ou seja, cabe apenas números interiores. Portanto, é quantitativa discreta.
3. Ela não possui moda, porque é uma distribuição bimodal, em que há 0 denúncia e 4 denúncias.
4. Para encontrar a variação de X, antes precisa encontrar a média.
Nesse caso, em vez de trabalhar com números decimais, pode-se multiplicar por 10. Ou seja,

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Sendo assim, é possível observar que a média denúncia registrada na ouvidoria de determi-
nada instituição pública é de 4 por dia. Nessa hipótese, é preciso identificar se está se traba-
lhando com a população ou com a mostra. Se for população, são 10 dias, mas, se for uma
mostra, é 10 - 1.

Portanto, a variância é superior a 2,5.


5. Lembrando que, para ser simétrica, a média precisa ser igual à mediana. Se quiser fazer a
frequência acumulada, os elementos utilizados serão o quinto e o sexto. Porém, não há neces-
sidade. Observando a tabela da frequência relativa, é possível identificar que existem quatro
elementos antes, quatro depois e o 2 no meio. Logo, a mediana é 2.
6. A mediana, nesse caso, é 2.
Errado. Errado. Errado. Errado. Certo. Certo.

043. (CESPE/CEBRASPE/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/ÁREA 4)

Felipe M. Monteiro, Gabriela R. Cardoso e Rafael da Silva. A seletividade do sistema prisional


brasileiro e as políticas de segurança pública. In: XV Congresso Brasileiro de Sociologia, 26 a
29 de julho de 2011, Curitiba (PR). Grupo de Trabalho – Violência e Sociedade (com adapta-
ções). A tabela precedente apresenta a distribuição percentual de presos no Brasil por faixa
etária em 2010, segundo levantamento feito por Monteiro et al. (2011), indicando que a popula-
ção prisional brasileira nesse ano era predominantemente jovem. Com base nos dados dessa
tabela, julgue o item a seguir.

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A distribuição percentual de presos no Brasil em 2010 exibe assimetria à esquerda (ou assime-
tria negativa), o que permite sugerir que a população prisional brasileira nesse ano tenha sido
predominantemente jovem.

Lembre-se de que idade é uma variável quantitativa contínua, porque, entre 10 e 11 anos, posso
ter 10 anos e tantos meses. Para poder qualificar e especificar o tipo de assimetria com rela-
ção à distribuição, é preciso analisar duas estimativas, da média e da mediana. Além disso,
deve-se encontrar o ponto médio da classe.
Para isso, por exemplo, no caso de 18 a 25 anos, somam-se ambos e divide por dois, resultan-
do em 21,5.
Na segunda classe, de 25 a 30 anos, o resultado é 27,5.
Já na terceira classe, de 30 a 35 anos, é 32,5.
Na quarta classe, de 35 a 45 anos, é de 40.
Por fim, na quinta classe, de 45 a 60 anos, o ponto médio é 52,5.
Observe que as classes não possuem a mesma amplitude.

Com isso, é possível observar que a idade média da população prisional é 31,075.
Na sequência, para encontrar a classe mediana, será calculada a frequência acumulada.

A classe mediana está na frequência acumulada e já em rol. Logo, verifica-se que até o 30º pre-
so a idade é entre 18 e 25 anos. Do 31º ao 55º preso, se passou pelo meio. Se foram simulados
100 presos, o do meio estará entre 50 e 51, sendo que esse está na segunda classe, de 25 a 30
anos. Portanto, a mediana será de 25 a 30, isto é, não chega a 31,07. Conclui-se, então, que a
média é maior que a mediana. Sendo assim, ela está assimétrica à direita, é positiva.
Errado.

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Curtose

Denomina-se curtose o grau de “achatamento” de uma distribuição de frequências, geral-


mente unimodal, medido em relação ao de uma distribuição normal (de Gauss) que é tomada
como padrão.
De uma maneira mais simples, podemos dizer que curtose é o “grau de achatamento” de
uma distribuição de frequências, o que as medidas de curtose buscam indicar realmente é o
grau de concentração de valores da distribuição em torno do centro desta distribuição.
Numa distribuição unimodal, quanto maior for a concentração de valores em torno do cen-
tro dela, maior será o valor da sua curtose.
Graficamente isso será associado a uma curva com a parte central mais afilada, mostran-
do um pico de frequência simples mais destacado, mais pontiagudo, caracterizando a moda
da distribuição de forma mais nítida.
Dizemos que uma distribuição de frequências é:
• Mesocúrtica – quando apresenta uma medida de curtose igual à da distribuição normal;
• Platicúrtica – quando apresenta uma medida de curtose menor que a da distribuição
normal;
• Leptocúrtica – quando apresenta uma medida de curtose maior que a da distribuição
normal.

Coeficiente Percentílico de Curtose

Esse coeficiente é definido como o quociente entre a amplitude semi-interquartílica e a


amplitude entre o 10º e o 90º percentis.

O valor desse coeficiente para a curva normal é 0,26367...


Assim sendo, ao calcularmos o coeficiente percentílico de curtose de uma distribuição
qualquer, teremos:
Quando Cp ≅ 0,263 → diremos que a distribuição é mesocúrtica.
Quando Cp > 0,263 → diremos que a distribuição é platicúrtica.
Quando Cp < 0,263 → diremos que a distribuição é leptocúrtica.

Coeficiente Momento de Curtose

O Coeficiente Momento de Curtose é definido como o quociente entre o momento centrado


de quarta ordem (m4) e o quadrado do momento centrado de segunda ordem (variância).

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O valor deste coeficiente para a curva normal é 3,00.


Portanto:
Quando Cm ≅ 3,00 → diremos que a distribuição é mesocúrtica.
Quando Cm < 3,00 → diremos que a distribuição é platicúrtica.
Quando Cm > 3,00 → diremos que a distribuição é leptocúrtica.
Fonte: https://www.grancursospresencial.com.br/novo/upload/a419092005194957.pdf

044. (VUNESP/DESENVOLVESP) A medida do “achatamento” de uma distribuição de proba-


bilidade é denominada
a) assimetria.
b) variância.
c) desvio padrão.
d) curtose.
e) desvio absoluto médio.

Denomina-se curtose o grau de “achatamento” de uma distribuição de frequências, geralmen-


te unimodal, medido em relação ao de uma distribuição normal (de Gauss) que é tomada
como padrão.
Letra d.

Para fins de elaboração de um relatório referente ao andamento dos inquéritos realizados pela
Polícia Federal referente as “Fake News” a superintendência da PF no Distrito Federal, fez um
levantamento das ocorrências em apurações – tempo decorrido, conforme a natureza da ocor-
rência. Estão disponíveis as seguintes informações na tabela abaixo para análise.

Tempo
0 a10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50
decorrido

N. de 8 16 29 32 15
ocorrências
O tempo decorrido está expresso em dias e os intervalos de classes incluem o limite inferior e
excluem o limite superior. Tendo em conta a distribuição acima e as técnicas de cálculo para
dados grupados, julgue os itens abaixo:

045. Quanto às medidas de centralidade: média, mediana e moda, podemos afirmar que se
encontram no mesmo intervalo de classe.

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Sabendo que o total de processos é igual a 100, e que a mediana se encontra na posição 50,
isto é, na classe 20-30.
Fazendo a frequência acumulada:

Tempo
0 a10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50
decorrido

F. acumulada 8 24 53 85 100

A moda é a classe com maior frequência, ou seja, a classe 30-40.

Tempo
0 a10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50
decorrido

N. de 8 16 29 32 15
ocorrências

Não há necessidade de calcular a média, pois já sabemos que não estão no mesmo intervalo.
Errado.

046. Com relação a estatística descritiva é correto afirmar que o desvio-interquartílico é maior
do que 30.

O desvio interquartílico é a diferença entre o terceiro quartil (Q3) e o primeiro quartil (Q1).
Sabendo que temos 100 elementos, o Q1 estará na posição 25 e o Q3 na posição 75. Fazendo
a frequência acumulada:

Tempo
0 a10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50
decorrido

F. acumulada 8 24 53 85 100
Podemos inferir que o Q1 estará na classe 20-30 e o Q3 na classe 30-40.
Efetuando a diferença entre os quartis não teremos um desvio interquartílico maior que 30.
Errado.

047. A distribuição dos dados é assimétrica à direita.

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Para a distribuição ser assimétrica à direita, teríamos que ter Moda (Mo) < Mediana (Med) <
Média (X).
No primeiro item, já vimos que a moda é maior do que a mediana.
Errado.

048. A moda grupada está mais próxima de 30 do que de 40.

Lançando mão da fórmula de czuber, encontraremos o valor exato da moda.


Mo = Li + [d1/(d1+d2)] x h, onde temos:
Mo = Moda.
Li = limite inferior da classe modal (é o valor onde se inicia a classe).
d1 = diferença entre a frequência da classe modal e a frequência da classe anterior a ela.
d2 = diferença entre a frequência da classe modal e a frequência da classe posterior a ela.
h = amplitude da classe modal (maior valor - maior valor da classe)
Assim, teremos na questão:
Mo = 30 + [3/(3+17)] x 10
Mo = 30 + [3/20] x 10
Mo = 30 + 30/20 = 30 + 1,5 = 31,5 (mais próximo de 30 do que de 40)
Certo.

Leitura e Interpretação de Tabelas e Gráficos


Os gráficos são recursos utilizados para representar um fenômeno que possa ser mensura-
do, quantificado ou ilustrado de forma mais ou menos lógica. Assim como os mapas indicam
uma representação espacial de um determinado acontecimento ou lugar, os gráficos apontam
uma dimensão estatística sobre um determinado fato.
Por esse motivo, interpretar corretamente os gráficos disponibilizados em textos, notícias,
entre outras situações, é de suma importância para compreender determinados fenômenos.
Eles, geralmente, comparam informações qualitativas e quantitativas, podendo envolver tam-
bém o tempo e o espaço.
Existe uma grande variedade de tipos de gráficos, entre os quais podemos destacar os de
coluna, em barras, pizza, área, linha e rede.
É forma de apresentação dos dados estatísticos, cujo objetivo é o de produzir, no investiga-
dor ou no público em geral, uma impressão mais rápida e viva do fenômeno em estudo, já que
os gráficos falam mais rápido à compreensão que as séries.

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A representação gráfica de um fenômeno deve obedecer a certos requisitos fundamentais


para ser realmente útil:
1. simplicidade – o gráfico deve ser destituído de detalhes de importância secundária, as-
sim como de traços desnecessários que possam levar o observador a uma análise morosa ou
com erros;
2. clareza – o gráfico deve possibilitar uma correta interpretação dos valores representati-
vos do fenômeno em estudo;
3. veracidade – o gráfico deve expressar a verdade sobre o fenômeno em estudo.

Diagramas

Os diagramas são gráficos geométricos de, no máximo, duas dimensões; para sua constru-
ção, em geral, fazemos uso do sistema cartesiano.

Gráficos em Linhas

O gráfico de linha é utilizado para demonstrar uma sequência numérica de um certo dado
ao longo do tempo. É indicado para demonstrar evoluções (ou regressões) que ocorrem em
sequência para que o comportamento dos fenômenos e suas transformações seja observado.

Distribuição residencial da população brasileira em um exemplo de gráfico em linhas.

Obs.: a. São formados por linhas. No eixo horizontal, está a variável tempo.
 b. Permite vários tipos de comparações. Permite estudar a variação de uma variável
com o tempo.
 c. Não permite identificar, facilmente, a continuidade da variação.

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O gráfico em linhas constitui uma aplicação do processo de representação das funções


num sistema de coordenadas cartesianas.
Nesse sistema fazemos uso de duas retas perpendiculares: as retas são os eixos coorde-
nados e o ponto de interseção, a origem.

Gráficos em Colunas

Juntamente aos gráficos em barra, são os mais utilizados. Indicam, geralmente, um dado
quantitativo sobre diferentes variáveis, lugares ou setores e não dependem de proporções. Os
dados são indicados na posição vertical, enquanto as divisões qualitativas apresentam-se na
posição horizontal.

Gráfico em colunas apontando as maiores populações do mundo por país.

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 Obs.: a) A altura das barras mostra a frequência. As barras podem ser verticais ou horizon-
tais. Existe um espaço vazio entre as barras.
 b) Permite estabelecer facilmente comparações.
 c) Tem forte impacto visual. Só pode ser usado para transmitir informações simples.

É a representação de uma série por meio de retângulos, dispostos verticalmente


(em colunas).
Os retângulos têm a mesma base e as alturas são proporcionais aos respectivos dados.
Assim, estamos assegurando a proporcionalidade entre as áreas dos retângulos e os da-
dos estatísticos.

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE CARVÃO MINERAL BRUTO - 2010-13

ANOS QUANTIDADE PRODUZIDA (1.000 t)

2010 18.196

2011 11.168

2012 10.468

2013 9.241

Construir o gráfico:

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Gráficos em Barras

Possuem basicamente a mesma função dos gráficos em colunas, com os dados na posi-
ção horizontal e as informações e divisões na posição vertical.

Os retângulos têm a mesma altura e os comprimentos são proporcionais aos respec-


tivos dados.
Assim, estamos assegurando a proporcionalidade entre as áreas dos retângulos e os da-
dos estatísticos.

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS – MARÇO 2014

ESTADOS VALOR ( US$ milhões)

São Paulo 1.344

Minas Gerais 542

Rio Grande do Sul 332

Espírito Santo 285

Paraná 250

Santa Catarina 202

Sempre que os dizeres a serem inscritos são extensos, devemos dar preferência ao gráfico
em barras (séries geográficas e específicas). Porém, se ainda assim preferirmos o gráfico em
colunas, os dizeres deverão ser dispostos de baixo para cima, nunca ao contrário.

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A ordem a ser observada é a CRONOLÓGICA, se a série for histórica; e a DECRESCENTE, se for


geográfica ou categórica.
A distância entre as colunas (ou barras), por questões estéticas, não deverá ser menor que a
metade nem maior que dois terços da largura (ou altura) dos retângulos.

Gráficos em Setores

É um tipo de gráfico, também muito utilizado, indicado para expressar uma relação de
proporcionalidade, em que todos os dados somados compõem o todo de um dado aspecto da
realidade.

Gráfico em setores com a distribuição da água e da água doce no mundo.


Semelhantes aos gráficos de pizza, existem os gráficos circulares.
A lógica é a mesma, a divisão de uma esfera em várias partes para indicar as diferentes
partes de um todo em termos proporcionais.
Esse gráfico é construído com base em um círculo e é empregado sempre que desejamos
ressaltar a participação do dado no total.
O total é representado pelo círculo, que fica dividido em tantos setores quantas são
as partes.
Os setores são tais que suas áreas são respectivamente proporcionais aos dados da série.
Obtemos cada setor por meio de uma regra de três simples e direta, lembrando que o total
da série corresponde a 3600.
Um círculo está dividido em setores. A amplitude de cada setor é proporcional à frequência
correspondente.
É útil quando a análise das proporções é mais importante do que o valor real. Tem um forte
impacto visual.
Só deve ser usado quando a variável toma poucos valores. Um só gráfico não permite com-
parar dois grupos de dados.
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REBANHO SUÍNO DO SUDESTE DO BRASIL 2000

ESTADOS QUANTIDADE (mil cabeças)

Minas Gerais 3.363,7

Espírito Santo 430,4

Rio de Janeiro 308,5

São Paulo 2.035,9

TOTAL 6.035,9

Construindo o gráfico, teremos:

Gráficos em Pictograma

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Distribuição de alunos numa turma.


O pictograma constitui um dos processos gráficos que melhor fala ao público, pela sua
forma ao mesmo tempo atraente e sugestiva. A representação gráfica consta de FIGURAS.

Obs.: a. Os dados são representados por símbolos ligados ao objeto em estudo.


 b. O gráfico é muito atrativo e de grande impacto visual.
 c. Dá pouca informação e pouca precisão.

Polígono de Frequência – Histograma

Um polígono de frequência é um gráfico que se realiza por meio da união dos pontos mais
altos das colunas num histograma de frequência (que utiliza colunas verticais para mostrar as
frequências).
Os polígonos de frequência para dados agrupados, por sua vez, constroem-se a partir da
marca de classe que coincide com o ponto médio de cada coluna do histograma. Quando são
representadas as frequências acumuladas de uma tabela de dados agrupados, obtém-se um
histograma de frequências acumuladas, que permite dispor em diagrama o seu polígono cor-
respondente.
Vejamos abaixo:

049. (SERGIPE GÁS/FCC/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/RH) Acerca das Repre-


sentações Gráficas, considere:
I – Histograma é um gráfico que apresenta a distribuição de frequências de uma variável por
meio de retângulos justapostos, feitos sobre as classes dessa variável, sendo que a área de
cada retângulo é proporcional à frequência observada da correspondente classe.
II – O gráfico de setores não é adequado para representar variáveis quantitativas.

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III – O gráfico de colunas contrapostas (ou opostas) não é adequado para representar variáveis
quantitativas contínuas.
Está correto o que consta APENAS em:
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

I – Certo. Diagrama constituído por retângulos ou linhas desenhados a partir de uma linha de
base, em que a posição deles ao longo dessa linha representa o valor ou a amplitude de uma
das variáveis, e a sua altura, o valor correspondente de uma segunda variável. Geralmente não
apresenta escala vertical, somente o eixo horizontal que representa a variável analisada. A área
pode ser calculada em porcentagem. O gráfico é utilizado para amostras grandes e variáveis
numéricas.
II – Errado. São os representados por círculos divididos proporcionalmente de acordo com os
dados do fenômeno ou do processo a ser representado. Muito utilizado para comparar com os
gráficos em quantidades de colunas.
III – Errado. Os gráficos de colunas (ou de barras) também são muito usados para comparar
quantidades. As barras podem aparecer na vertical ou na horizontal oposta ou não, quando
também são chamadas de colunas.
Letra a.

050. (BANCO DO BRASIL/FCC/ESCRITURÁRIO/2013) O supervisor de uma agência bancária


obteve dois gráficos que mostravam o número de atendimentos realizados por funcionários.
O Gráfico I mostra o número de atendimentos realizados pelos funcionários A e B, durante 2
horas e meia.
O Gráfico II mostra o número de atendimentos realizados pelos funcionários C, D e E, durante
3 horas e meia.

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Observando os dois gráficos, o supervisor desses funcionários calculou o número de atendi-


mentos, por hora, que cada um deles executou. O número de atendimentos, por hora, que o
funcionário B realizou a mais que o funcionário C é
a) 3.
b) 10.
c) 5.
d) 6.
e) 4.

Letra e.

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051. (BANCO DO BRASIL/FCC/ESCRITURÁRIO/2013) Preocupado com o horário de maior


movimento, que se dá entre meio dia e uma e meia da tarde, o supervisor colocou esses cinco
funcionários trabalhando simultaneamente nesse período. A partir das informações dos gráfi-
cos referentes ao ritmo de trabalho por hora dos funcionários, o número de atendimentos total
que os cinco funcionários fariam nesse período é
a) 57.
b) 19.
c) 38.
d) 45.
e) 10.

Letra a.

052. (METRÔ-SP/FCC/ANALISTA DESENVOLVIMENTO GESTÃO JÚNIOR/MATEMÁTICA/


ESTATÍSTICA) A distribuição das medidas dos comprimentos, em metros (m), dos 400 cabos,
em estoque, de uma empresa, está representada pelo histograma abaixo. No eixo das ordena-
das constam as respectivas densidades de frequências, em m-1. Densidade de frequência de
um intervalo de classe é o resultado da divisão da respectiva frequência relativa pela corres-
pondente amplitude do intervalo.

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Considerando que os intervalos de classe são fechados à esquerda e abertos à direita, então
a) 240 cabos possuem um comprimento de, pelo menos, 3 m e inferior a 6 m.
b) 125 cabos possuem um comprimento inferior a 4 m.
c) 90% dos cabos possuem um comprimento inferior a 7 m.
d) a quantidade de cabos com comprimento de, pelo menos, 3 m e inferior a 7 m é igual a 300.
e) a quantidade de cabos com comprimento inferior a 3 m ou comprimento igual ou superior a
7 m é igual a 80.

Letra d.
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053. (CESGRANRIO/CAPES/ASSISTENTE EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA) As questões de nos


41 a 43 são referentes ao Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), aplicado
em 2006 a alunos ingressantes e concluintes de 5.701 cursos, de 1.600 instituições de ensino
superior do País.
Para responder às questões de nos 42 e 43, considere os gráficos apresentados a seguir, refe-
rentes às respostas dadas por 120.082 ingressantes e 71.508 concluintes de determinada área
à questão que perguntava sobre o meio mais utilizado para se manter atualizado acerca dos
acontecimentos do mundo contemporâneo

Qual o tipo de mídia MENOS utilizado pelos dois grupos de estudantes?


a) Jornais.
b) Revistas.
c) TV.
d) Rádio.
e) Internet.

Basta apenas analisarmos os gráficos. O rádio é o tipo de mídia menos utilizado pelos dois
grupos de estudantes.
Letra d.

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054. (CESGRANRIO/CAPES)

A amplitude do número de bolsas de doutorado oferecidas pela Capes nesse período foi:
a) 672.
b) 1.280.
c) 1.298.
d) 2.204.
e) 2.443.

Basta apenas realizarmos: 8.482 – 7.810 = 672.


Observe que os valores correspondem à parte da coluna que está em cinza claro.
Letra a.

055. (CESGRANRIO/CAPES/ASSISTENTE EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA) Utilize os dados do


gráfico a seguir, relativos à Avaliação Trienal dos cursos e programas de pós-graduação reali-
zada pela Capes em 2007.

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O percentual de programas que tiveram conceito mínimo igual a 4,0 é:


a) 15,0%.
b) 28,5%.
c) 32,0%.
d) 34,6%.
e) 65,3%.

Letra e.

056. (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) A partir de uma amostra aleatória simples


de tamanho n, sabe-se que a média aritmética de uma variável X foi igual a 3. Considerando
que os valores possíveis para a variável X sejam -1 e +4, julgue o item que se segue.
Nessa amostra aleatória, a quantidade de observações iguais a +4 foi igual a 0,8 n.

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Nessa questão acredito ser mais simples simularmos uma amostra, com 10 elementos forma-
dos apenas + 4 e -1, segundo o comando, e também não se esquecendo que a média aritméti-
ca deve ser igual a 3.
Assim, testando o item que diz que a quantidade de elementos da amostra corresponde a 0,8n,
ou seja, que 80% dos elementos (n) são iguais a +4, vamos verificar se realmente a média con-
tinua igual a 3. Ok?
Se 80% é igual a 4, então temos 8 elementos iguais a 4 e consequentemente 2 elementos
iguais a -1.
X: {4,4,4,4,4,4,4, -1, -1}, agora vamos calcular a média aritmética:

Podemos verificar que a média continua sendo igual a 3, logo podemos inferir que o item
está certo.
Certo.

057. (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) A partir de uma amostra aleatória simples


de tamanho n, sabe-se que a média aritmética de uma variável X foi igual a 3. Considerando
que os valores possíveis para a variável X sejam -1 e +4, julgue o item que se segue.
O desvio padrão amostral da variável X foi igual ou superior a 2.

Usando uma amostra hipotética de 10 elementos, conforme o item anterior, temos:


Desvio 1 ao quadrado:4-3 = 1² = 1
Desvio 2 ao quadrado: -1-3 = -4² = 16
A variância é a média do quadrado dos desvios.
Temos que dividir por 9, uma vez que se trata de uma amostra, ou seja, n-1, o fator de correção.
Variância: (8*1) + (2*16) = 40 /9 = 4,44
Raiz de 4,44 > 2
Certo.

058. (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) A partir de uma amostra aleatória simples


de tamanho n, sabe-se que a média aritmética de uma variável X foi igual a 3. Considerando
que os valores possíveis para a variável X sejam -1 e +4, julgue o item que se segue.
A mediana amostral da variável X foi igual a 2,5.

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Vamos colocar os valores em Rol e em seguida verificar o elemento central, que será a me-
diana. Podemos mais uma vez considerar a nossa simulação, uma vez que já sabemos que a
amostra pode ser representada dessa forma.
X: {4,4,4,4,4,4,4, -1, -1}, agora vamos calcular a mediana:
X: {4,4,4,4,(4,4),4, -1, -1}.
Como a amostra possui uma quantidade par de elementos, vamos calcular a média aritmética
dos dois elementos centrais, (4+4)/ 2 = 4. A mediana será igual a 4.
Errado.

059. (INSTITUTO AOCP/MJSP/CIENTISTA DE DADOS/BIG DATA/2020) Na estatística, há


diferentes tipos de medidas. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta corretamente
somente as medidas estatísticas de tendência central.
a) Média, mediana e moda.
b) Amplitude, mediana e desvio padrão.
c) Coeficiente de variação, curtose e simetria.
d) Dispersão, desvio médio e escore padrão.
e) interquartil, quartil e amplitude interquartil.

Essa questão é simples, apenas teórica, em que sabemos que as medidas de tendência cen-
tral, conforme visto neste PDF, são média, mediana e moda.
Letra a.

060. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO-RS/ENGENHEIRO QUÍMI-


CO/2020) O controle de qualidade é adotado nas empresas para melhoria e padronização de
seus processos, garantindo, consequentemente, a qualidade de seus produtos por meio de
parâmetros estatísticos para tomadas de decisões. Nesse contexto, assinale a alternativa que
apresenta apenas medidas de posição.
a) Média, variância, mediana.
b) Média, moda e mediana.
c) Desvio padrão, assimetria, mediana.
d) Amplitude, desvio padrão, variância.
e) Variância, desvio padrão, coeficiente de variação.

As medidas de posição são valores que representam a tendência de concentração dos dados
observados.

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As mais importantes são as medidas de tendência central. As três medidas de tendência cen-
tral mais utilizadas são: média aritmética, moda e mediana.
Letra b.

061. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO-RS/ENGENHEIRO QUÍMI-


CO/2020) Para adiantar sua produção, uma fábrica brasileira de calças jeans fez uma pesqui-
sa sobre o tamanho das calças vendidas no mês de janeiro para lojas de todo o mundo. Nesse
levantamento, verificou-se que foram vendidas 30.000 calças do tamanho 36, 35.000 calças
do tamanho 38, 40.000 calças do tamanho 40, 36.000 calças do tamanho 42 e 31.000 calças
dos tamanhos maiores. Caso quiséssemos apresentar esses dados em uma Tabela de Distri-
buição de Frequências, a quantidade de calças vendidas de cada tamanho corresponderia à
a) frequência simples.
b) frequência acumulada.
c) frequência binomial.
d) frequência percentual.
e) frequência relativa.

A Frequência Absoluta (simples) (fi) é o número de vezes que o valor de determinada variável
é observado.
A Frequência Absoluta Acumulada (Fc) é a soma das frequências absolutas anteriores com a
frequência absoluta deste valor.
A Frequência Relativa (Fr) é o quociente entre a frequência absoluta do valor da variável e o
número total de observações.
A Frequência Relativa Acumulada (FCr) é a soma das frequências relativas anteriores com a
frequência relativa desse valor.
Letra a.

062. (INSTITUTO AOCP/IBGE/ANALISTA CENSITÁRIO/MÉTODOS QUANTITATIVOS/2019)


Em uma escola que atende alunos de primeira a quinta série, existem duas turmas de cada
série. A diretora dessa escola pretende fazer um estudo quanto à aprendizagem comparando
as turmas dentro de cada série. Quais medidas estatísticas descritivas ela pode utilizar para
avaliar a homogeneidade das turmas e a diferença de aprendizagem entre as turmas?
a) Mediana e moda.
b) Média e variância.
c) Variância e desvio padrão.
d) Variância e coeficiente de variação.
e) Média e coeficiente de variação.

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Homogeneidade de uma amostra está relacionada a uma medida de dispersão dos dados.
Quando menor a dispersão dos dados, maior será a homogeneidade. Para medir a dispersão,
duas medidas são usadas mais frequentemente: a amplitude e o desvio padrão. Em especial,
a variância também é uma medida associada à dispersão, pois a variância é o desvio padrão
elevado ao quadrado.
Como o desvio padrão é expresso na mesma unidade dos dados observados em estudo, com-
parar duas ou mais séries de valores que estão em unidades de medida diferentes torna-se
impossível. Para sanar essas dificuldades, podemos analisar a dispersão em termos relativos
a seu valor médio, utilizando o coeficiente de variação de Pearson. O coeficiente de variação é
dado pela fórmula:

O coeficiente de variação fornece a variação dos dados obtidos em relação à média. Quanto
menor for o seu valor, mais homogêneos serão os dados. O coeficiente de variação é con-
siderado baixo (apontando um conjunto de dados bem homogêneos) quando for menor ou
igual a 25%.
Letra d.

063. (INSTITUTO AOCP/IBGE/ANALISTA CENSITÁRIO/MÉTODOS QUANTITATIVOS/2019)


Para um conjunto de dados, uma medida de dispersão alternativa ao desvio padrão é o interva-
lo interquartil, ou amplitude interquartílica, definida por: dq = q3 − q1 em que q1 e q3 denotam
o primeiro e o terceiro quartil, respectivamente. Um possível outilier será qualquer ponto do
conjunto localizado:
a) abaixo de q1 − q3 e acima de q3 − q1.
b) abaixo de q1 −1,5× dq e acima de q3 + 1,5 x dq.
c) abaixo de q1 −1,5× Md e acima de q3 + 1,5 x Mq.
d) abaixo de q1 −1,5× Md e acima de q3 - 1,5 x Mq.
e) abaixo de q1 −1,5× Mo e acima de q3 - 1,5 x Mo.

Subtraindo 1,5 x dq (intervalo interquartil) do 1º Quartil, quaisquer valores abaixo desse resul-
tado serão considerados discrepantes e, da mesma forma, valores maiores que o resultado da
soma do 3º quartil ao valor 1,5 x dq serão considerados discrepantes.
Letra b.

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064. (INSTITUTO AOCP/IBGE/ANALISTA CENSITÁRIO/MÉTODOS QUANTITATIVOS/2019)


O gerente de um supermercado da periferia de uma cidade fez um levantamento das vendas de
pés de alface durante 30 dias com o objetivo de prever a compra diária do produto. O resultado
se encontra na seguinte tabela.

Nesse caso, quais são o número médio, a mediana e a moda de pés de alface vendidos por dia?
a) 9; 1; 1, respectivamente.
b) 4; 3; 1, respectivamente.
c) 5; 3; 3, respectivamente.
d) 6; 10; 10, respectivamente.
e) 1,2; 1; 1, respectivamente.

Média: Variável (Xi) x Frequência (Fi) / Total de Frequência (Fi).


(0x9) + (1x10) + (2x8) + (3x2) + (4x1) / (9 + 10 + 8 + 2 + 1)
36/30 = 1,2
Mediana: observação do “meio”. Posição dela. (Total de Frequências (Fi) + 1) / 2.
(30 + 1) / 2 = 15,5º. Dentro da Variável (Xi) = 1.
Moda: variável (Xi) com maior número de frequências (Fi). Variável (Xi) 1].
Letra e.

065. (INSTITUTO AOCP/ADAF-AM/ESTATÍSTICO/2018) Uma pesquisa para estudar os sa-


lários semanais foi realizada. Uma amostra de 100 observações resultou em: salário médio R$
430,00; mediana R$ 435,00 e desvio padrão R$ 25,45. Para análise, o coeficiente de assimetria
de Pearson foi calculado. Assinale a alternativa correta.
a) Assimetria = 0 e a distribuição dos salários é simétrica.
b) Assimetria ≅ -0,5894 e a distribuição dos salários é simétrica.
c) Assimetria ≅ 0,5894 e a distribuição dos salários é assimétrica.
d) Assimetria ≅ -0,5894 e a distribuição dos salários é assimétrica negativa.
e) Assimetria ≅ 0,5894 e a distribuição dos salários é assimétrica positiva.

Assimetria de PEARSON.

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A = 3*(x – md)/s
A = Coeficiente de assimetria de Pearson
X – = média de x (430)
Md = mediana (435)
s = desvio padrão ( 25,45)
A = 3* (430-435) / 25,45
A = -0,589390
Resumindo, temos:
Simétrica A = 0
Assimetria negativa significa valores concentrados à esquerda. Em geral, a média é menor que
a mediana.
Assimetria positiva significa valores concentrados à direita. Em geral, a média é maior que
a mediana.
Letra d.

066. (INSTITUTO AOCP/ADAF-AM/ESTATÍSTICO/2018) Dois grupos de animais são subme-


tidos à mesma dieta para ganho de peso. Embora a média dos dois grupos tenha sido a mes-
ma, os resultados foram bastante diferentes, mostrando-se um deles mais homogêneo que o
outro. É possível verificar essa diferença por meio:
a) da mediana e da moda.
b) da moda e da variância.
c) da proporção de animais com pesos abaixo da média.
d) do tamanho da amostra.
e) da variância e do coeficiente de variação.

Homogeneidade de uma amostra está relacionada a uma medida de dispersão dos dados.
Quando menor a dispersão dos dados, maior será a homogeneidade. Para medir a dispersão,
duas medidas são usadas mais frequentemente: a amplitude e o desvio padrão. Em especial,
a variância também é uma medida associada à dispersão, pois a variância é o desvio padrão
elevado ao quadrado.
Como o desvio padrão é expresso na mesma unidade dos dados observados em estudo, com-
parar duas ou mais séries de valores que estão em unidades de medida diferentes torna-se
impossível. Para sanar essas dificuldades, podemos analisar a dispersão em termos relativos
a seu valor médio, utilizando o coeficiente de variação de Pearson. O coeficiente de variação é
dado pela fórmula:

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Estatística Descritiva
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O coeficiente de variação fornece a variação dos dados obtidos em relação à média. Quanto
menor for o seu valor, mais homogêneos serão os dados. O coeficiente de variação é con-
siderado baixo (apontando um conjunto de dados bem homogêneos) quando for menor ou
igual a 25%.
Letra e.

067. (INSTITUTO AOCP/ADAF-AM/ESTATÍSTICO/2018) Na análise exploratória de um con-


junto de dados, sugere-se a construção de gráficos e diagramas. Dado o seguinte histograma,
calcule a média da variável em estudo.

a) = 49,08.
b) = 51,08.
c) = 50,08.
d) = 50.
e) = 16,67.

Classe 1: 44 |----- 46 = (44+46) /2 = 45


Classe 2: 46 |----- 48 = (46+48) /2 = 47
Classe 3: 48 |----- 50 = (48+50) /2 = 49
Classe 4: 50 |----- 52 = (50+52) /2 = 51
Classe 5: 52 |----- 54 = (52+54) /2 = 53
Classe 6: 54 |----- 56 = (54+56) /2 = 55
Valor do x * frequência
10* 45 = 450
14* 47 = 658
22 * 49 = 1078

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33 * 51 = 1683
8 * 53 = 424
13 * 55 = 715
Média = (450 + 658 + 1078 + 1683 + 424 + 715) / (10 + 14 + 22 + 33 + 8 + 13)
Média = 5008/100
Média = 50,08

Obs.: Quando o exercício apresentar intervalos de classe, faça a média.


Classe 1: 44 |----- 46 = (44+46) /2 = 45. Dividiu por 2 porque é a média de 44 e 46.
Letra c.

068. (INSTITUTO AOCP/ADAF-AM/ESTATÍSTICO/2018) Uma distribuição apresentou as se-


guintes medidas:
Q1 = 24,4 cm Q3 = 41,2 cm
P10 = 20,2cm P90 = 49,5 cm
Com tais medidas, a curtose é r1 = 0,286689 e a curva é:
a) leptocúrtica.
b) platicúrtica.
c) mesocúrtica.
d) assimétrica.
e) simétrica.

Cp = 0,263 Mesocúrtica.
Cp > 0,263 Leptocúrtica.
Cp < 0,263 Platicúrtica (lembre-se de que, para existir um platô, o terreno deve ter eleva-
ções menores).
Letra a.

069. (FUNDATEC/PREFEITURA DE PORTO ALEGRE-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA MU-


NICIPAL/2019/ADAPTADA) Julgue o item a seguir.
Considere W um conjunto de 20 números com valores entre [2;10], cuja média aritmética é
igual a 5 e cuja mediana é igual a 5. Se um 21º valor (x21) = 31 e um 22º valor (x22) =1 forem
adicionados a W, podemos afirmar que a média aritmética aumentará para 6, e a mediana per-
manecerá constante.

Sabemos que os elementos do conjunto W são dados por {2,..., 10}, em que temos n = 20, ou
seja, 20 elementos.

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A média aritmética:

Logo, podemos inferir que:


2 +...+10 = 20 x 5
2 +...+ 10 (somatório dos elementos) = 100, ou seja:
O somatório dos valores S = 100.
Dois valores foram acrescentados, “31” e “1”. Logo, iremos calcular uma nova média:
(Está de acordo com o item.)

Quanto à mediana, temos que colocar os valores em rol, ou seja, em ordem. Assim, o intervalo
é dado por [2;10]. Se foram acrescentados dois valores, “1” e “31”, eles devem ficar em ordem
também; logo, teremos um número antes do “2”, que é o número “1” e o outro depois do núme-
ro “10”, que é o número “31”. Dessa forma, podemos inferir que o elemento central continuará
o mesmo, isto é, a mediana permanecerá constante.
Certo.

070. (VUNESP/SEMAE DE PIRACICABA-SP/MÉDICO DO TRABALHO/2019/ADAPTADA) As


medidas de tendência central, utilizando variáveis quantitativas, dão o valor do ponto em torno
do qual os dados se distribuem. Contudo, para o estudo de variáveis qualitativas, utiliza-se,
como medida de tendência central, a moda.

Essa questão é interessante, pois se tratando de variáveis quantitativas, a média será a moda,
uma vez que não há como realizar cálculos, ok?
Certo.

071. (INCAB/AUDITOR-FISCAL/PREF SALVADOR/ÁREA 2/TECNOLOGIA DA INFORMA-


ÇÃO/2014) Inicialmente, a média aritmética dos faturamentos dos últimos cinco meses de
uma Empresa chamada Alfa foi de R$ 126.000,00. Porém, após uma auditoria, verificou-se que
o faturamento do último mês, no valor de R$ 134.000,00, estava errado. Após a devida retifica-
ção, a nova média dos faturamentos dos últimos cinco meses foi de R$ 125.000,00. Determine
o valor correto do faturamento do último mês.
a) R$129.000,00.
b) R$125.000,00.
c) R$133.000,00.
d) R$133.800,00.
e) R$128.000,00.

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Temos uma questão interessante, em que iremos substituir dois valores do nosso conjunto de
valores. Vejamos:

Temos o somatório dos faturamentos dos últimos cinco meses. Agora iremos substituir o
faturamento do último mês por “Y” e, com a nova média do faturamento, encontraremos o
valor de y, ok?

630.000 + Y – 134.000 = 625.000


Y = 625.000 – 630.000 + 134.000
Y = 129.000,00
Letra a.

072. Tabela de frequências do número X diário de falhas registradas no sistema de ocorrên-


cias em um posto da Receita Federal. Com base nessa tabela, marque a alternativa correta.

a) O número médio diário de falhas registradas foi superior a 1,4 falha por dia.
b) A mediana e a moda de X não são iguais.
c) Em 2% dos dias de observação, não foram registradas falhas no sistema de ocorrências.
d) Em mais da metade dos dias foram registradas mais de 2 falhas no sistema de ocorrências.
e) A variável de estudo é qualitativa nominal.

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Vamos analisar cada uma das alternativas, ok?


a) Certa. Para calcular o número médio de falhas registradas, temos que:

b) Errada. Para encontrarmos a mediana, temos que colocar os valores em rol e, em seguida,
encontrar o elemento central. Para facilitar, iremos construir na tabela uma coluna para frequ-
ência acumulada dos somatórios das (fi).

Frequência Frequência
X
absoluta (fi) relativa (fac)

0 60 60

1 100 160

2 80 240

3 50 290

4 ou mais 10 300

300
Como temos 300 elementos, o elemento central corresponde à posição em que a mediana
se encontra, estará entre a posição 150ª e 151ª. Logo, basta observar que o elemento central
estará na segunda linha, ou seja, entre os elementos da posição 61ª até 160ª. Assim, podemos
inferir que o elemento central corresponde a x =1.
Quanto à moda, temos que é a variável de maior frequência, logo teremos que a moda será
igual a 1, uma vez que a sua frequência absoluta corresponde a 100.
A moda e a mediana são iguais.
c) Errada. A porcentagem de dias em que não foram registradas falhas no sistema de ocorrên-
cias pode ser calculada por uma regra de três simples:

300 x = 6000
X – = 20%

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d) Errada. De acordo com a tabela criada no item “b”, tivemos 160 dias com até 1 (uma) falha
no sistema de ocorrências e 140 com mais de uma falha no sistema. Assim, não tivemos mais
da metade dos dias com registros de mais de 2 falhas no sistema de ocorrências.
e) Errada. A variável de estudo é uma variável quantitativa discreta.
Letra a.

COMENTÁRIO DO DESAFIO 1:

Temos uma questão de média ponderada, em que iremos multiplicar as notas pelos
pesos e, logo após, dividir pelo somatório dos pesos.
Peso da prova A = 1.
Peso da prova B = 1 x (1,1) = 1,1.
Peso da prova C = 1,1 x (1,2) = 1,32.
Calculando a média, teremos:

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PROBABILIDADE
Definições básicas e axiomas. Probabilidade condicional e independência.

No início deste módulo iremos aprender um pouco sobre operações com conjuntos, que será
importante no entendimento das propriedades em probabilidade. A banca Cespe-Cebraspe
gosta de questões envolvendo conjuntos. Daí acho necessário estudarmos. Vamos lá!

Probabilidade: o conceito de probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência


de um número em um experimento aleatório, ou seja, é a chance de ocorrer um evento favorá-
vel (desejado) em um determinado universo de eventos.
Veremos que é um assunto muito comum nas provas de concursos públicos, independente
da banca. Logo, vamos detalhar o máximo possível para que você consiga assimilar todo o
conteúdo e ao mesmo tempo aplicar métodos, técnicas e estratégicas eficazes, que facilitarão
nas resoluções das questões.
Verificar a chance de um evento ocorrer em diversas situações. “A palavra probabilidade de-
riva do latim probare (provar ou testar)”. Temos que a teoria da probabilidade é muito utilizada
em outros ramos da Matemática (como o Cálculo e a Estatística), da Biologia (especialmente
nos estudos da Genética), da Física (como na Física Nuclear), da Economia, da Sociologia etc.”
Neste módulo, utilizaremos alguns conceitos da “Teoria de conjuntos” para resolver ques-
tões com facilidade e rapidez.
Assuntos Abordados: definições básicas e axiomas. Probabilidade condicional e in-
dependência.
Probabilidade: construção e aplicações dos conceitos e propriedades. Resoluções de
questões de concursos públicos por métodos práticos e eficientes.

DESAFIO 2:

De um baralho de 40 cartas, foram extraídas simultaneamente 2 cartas. Qual é a


probabilidade de ter somente um Ás entre as duas cartas?
a) 6/65.
b) 1/130.
c) 2/195.
d) 12/130.
e) 12/65.
Comentário final do módulo.

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Operações com Conjuntos


União ou Reunião
DICA:
Identificaremos uma união entre dois conjuntos quando tiver-
mos o termo “OU”.

Consideremos os dois conjuntos:


A = {1,2,3,4,5} e B = {4,5,6,7,8}
Podemos pensar em um novo conjunto C, constituído por aqueles elementos que perten-
cem a A ou que pertencem a B. No exemplo em questão, esse novo conjunto é:
C = {1,2,3,4,5,6,7,8}
O conjunto C foi formado a partir dos conjuntos A e B, em que os elementos repetidos (os
que estão em A e em B) foram escritos apenas uma vez, e dizemos que se trata da reunião
(ou união) do conjunto A com o conjunto B. A reunião (ou união) de A e de B (ou de A com B) é
usualmente representada por A È B. Com esta notação tem-se:
C: A È B = {1,2,3,4,5,6,7,8}
Podemos desta forma expressar o seguinte conceito: dados dois conjuntos quaisquer, A e
B, chama-se união ou reunião de A e B o conjunto formado pelos elementos que pertencem a
pelo menos um desses conjuntos (podendo, evidentemente, pertencer aos dois), isto é, o con-
junto formado pelos elementos que pertencem a A ou a B. Em muitas provas de concursos, os
conceitos são expressos em símbolos, logo é importante interpretá-los.
A È B = {X Î U | X Î A ou X Î B}
A definição acima nos diz que se um elemento x pertencer a A È B, é equivalente dizer que
uma das proposições “x pertence A” ou “x pertence a B” é verdadeira. Desse fato decorre que:
A Ì A È B (o conjunto A está contido na união de A com B)
e
B Ì A È B (o conjunto B está contido na união de A com B)

Exemplo:
{x; y} È {z; w} = {x; y; z; w}
{n, e, w, t, o, n} È {h, o, r, t, a} = {a, e, h, n, o, r, t, w}

001. (CESPE) Com relação às operações com conjuntos, julgue o item abaixo.
Considere que os candidatos ao cargo de programador tenham as seguintes especialidades:
27 são especialistas no sistema operacional Linux, 32 são especialistas no sistema operacio-
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nal Windows e 11 desses candidatos são especialistas nos dois sistemas. Nessa situação, é
correto inferir que o número total de candidatos ao cargo de programador é inferior a 50.

É importante observar que ao inferir sobre o número total de candidatos, significa dizer: os
candidatos que são especialistas no sistema operacional Linux ou os candidatos que são es-
pecialistas no sistema operacional Windows.
Temos neste caso uma operação de união, porém percebemos que existem especialistas nos
dois sistemas operacionais. Sendo assim, vem uma excelente dica para você, que é a seguinte:
se há elementos em comum, construímos diagramas com interseção, vejamos abaixo:

Errado.

Intersecção
Identificaremos uma intersecção entre dois conjuntos quando tivermos os termos “e”,
“simultaneamente” e “ao mesmo tempo”.
Seja A o conjunto dos eleitores que votaram em Josimar para Presidente e B o conjunto
dos eleitores que votaram em Enny Giuliana para Governadora do DF, no primeiro turno das
eleições de 2018. É certo supor que houve eleitores que votaram simultaneamente nos dois
candidatos no primeiro turno. Assim, somos levados a definir um novo conjunto, cujos elemen-
tos são aqueles que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. Esse novo conjunto nos leva à
seguinte definição geral:

Conceito: sejam A e B dois conjuntos quaisquer, chamaremos intersecção de A e de


B (ou de A com B) a um novo conjunto, assim definido:
A Ç B = {X Î U| X Î A e X Î B}

Exemplos:
{1, 2} Ç {3, 4} = Ø
{n, e, w, t, o, n} Ç {h, o, r, t, a} = {o, t}
Da definição de intersecção resulta que:
(∀X Î U) X Î A Ç B Þ X Î A
(∀X Î U) X Î A Ç B Þ X Î B

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Os fatos nos dizem que A intersecção B é um subconjunto de A e de B, ou seja:


AÇBÌA
AÇBÌB

Propriedades da Intersecção

Sejam A, B e C três conjuntos quaisquer. Então são verdadeiras as seguintes propriedades:


• Idempotência: A Ç A = A.
• Comutativa: A Ç B = B Ç A.
• Elemento Neutro: o conjunto universo U é o elemento neutro da intersecção de conjun-
tos: A Ç U = A.
• Associativa: A Ç (B Ç C) = (A Ç B) Ç C.

Quando dois conjuntos quaisquer A e B não têm elemento comum, dizemos que
A e B são conjuntos disjuntos. Em outras palavras, dois conjuntos são disjuntos
quando a intersecção entre eles é igual ao conjunto vazio.

Propriedades da União e Intersecção

Sejam A, B e C três conjuntos quaisquer, então valem as seguintes propriedades que inter-
-relacionam a união e intersecção de conjuntos:
• A È (A Ç B) = A.
• A Ç (A È B) = A.
• A È (B Ç C) = (A È B) Ç (A È C).
• A Ç (B U C) = (A Ç B) È (A Ç C).

Diferença

Identificaremos uma diferença entre dois conjuntos quando tivermos os termos


“apenas”, “somente” e “exclusivamente”, ligados ao conjunto.

Seja A o conjunto dos eleitores que votaram em Josimar para Presidente, e B o conjunto
dos eleitores que votaram em Enny Giuliana para Governadora do DF, no primeiro turno das
eleições de 2018. É certo pensar que teve eleitores que votaram em Josimar, mas não votaram
em Enny Giuliana.

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Isto nos leva ao conjunto dos elementos que pertencem a A que não são elementos que
pertencem a B.

Conceito: sejam A e B dois conjuntos quaisquer, chamaremos a diferença entre A e


B o conjunto dos elementos de A que não pertencem a B.
A – B = {X Î U | X Î A e X Ï B}

Exemplos:
{a, b, c} – {a, c, d, e, f} = {b}
{a, b} – {e, f, g, h, i} = {a, b}
{a, b} – {a, b, c, d, e} = Ø

Temos, a seguir, uma interpretação concreta por meio do diagrama de Euler-Venn em que
a diferença corresponde à parte branca de A.

Complementar de B em A
Dados os conjuntos A e B quaisquer, com B contido em A, chama-se complementar de B
em relação a A o conjunto A – B, e indicamos como:

C BA= A= A − B

Exemplo 1:
A = {a, b, c, d, e, f} e B = {a, b}. Complementar: A – B = {c, d, e, f}
Exemplo 2:
A = B = {1}. Complementar: A – B = Ø

Verificamos que no diagrama exposto temos o conjunto B em relação a A definido como:


(B está contido em A).

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Exemplo 3:
Dados os conjuntos A e B quaisquer, em que B não está contido em A:

O complementar pode ser interpretado como sendo os elementos que faltam para completar
o universo, assim o Complementar de A, significa o que não está em A, negação de A. Dessa
forma podemos ter as seguintes interpretações:
I – Complementar de Ac: {6,7,8,9}

II – Complementar de Bc: {2,3,8,9}

002. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO-RS/ASSISTENTE SO-


CIAL/2020) A é o conjunto de todas as pessoas que dominam o idioma espanhol e B é o
conjunto de todas as pessoas que dominam o idioma inglês, conforme representado no dia-
grama a seguir:

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Com base nessas informações, é correto afirmar que:


a) a região I representa o conjunto de todas as pessoas que dominam o idioma inglês, mas não
dominam o idioma espanhol.
b) a região II representa o conjunto de todas as pessoas que dominam os dois idiomas.
c) a região III representa o conjunto de todas as pessoas que dominam o idioma espanhol, mas
não dominam o idioma inglês.
d) a região IV representa o conjunto de todas as pessoas que dominam os dois idiomas.
e) U representa o conjunto de todas as pessoas que não dominam nenhum desses dois idiomas.

Sabendo que o conjunto A representa as pessoas dominam o idioma espanhol e B é o conjunto


de todas as pessoas que dominam o idioma inglês, vamos analisar cada um dos itens e verifi-
car qual é o correto.

a) Errado. A região I representa o conjunto de todas as pessoas que dominam espanhol, mas
não dominam o idioma inglês.
b) Certo. A região II representa a intersecção, ou seja, o conjunto de pessoas que dominam
tanto o espanhol, quanto o inglês.
c) Errado. A região II representa o conjunto de todas as pessoas que dominam o idioma inglês,
mas não dominam o idioma espanhol.
d) Errado. A região IV representa o conjunto de pessoas que não dominam nenhum dos
dois idiomas.
e) Errado. A região U representa o conjunto Universo, ou seja, todas as pessoas.
Letra b.

003. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO-RS/ARQUITETO/2020) Consi-


dere os conjuntos A, B e C no seguinte diagrama:

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Assinale a alternativa que indica a região destacada desse diagrama que representa (B ∩ A) − C.
a)

b)

c)

d)

e)

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De acordo com a operação (B ∩ A) – C, temos uma interseção entre os conjuntos B e A e em


seguida faremos uma diferença.
Primeiramente a interseção (B ∩ A):

Agora, vamos fazer a diferença (B ∩ A) – C, que significa, o que temos na interseção (B ∩ A),
tem não temos no conjunto C.

Letra c.

004. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE CARIACICA-ES/CONTADOR/2020) Em uma esco-


la, foi realizada uma pesquisa com 200 alunos sobre o consumo de dois tipos de refeições no
horário de intervalo: salada de frutas e sanduíche natural. Após o término da pesquisa, cons-
tatou-se que:
75 alunos consomem somente a salada de frutas no horário de intervalo;
120 alunos consomem sanduíche natural no horário de intervalo;
30 alunos consomem os dois tipos de refeições no horário de intervalo.
Assim, o total de alunos que não consome nenhum dos dois tipos de refeições citados no ho-
rário de intervalo é igual a:
a) 30.
b) 15.
c) 10.
d) 5.

Como verificamos que existem alunos que consomem os dois tipos de refeições, iremos cons-
truir diagramas com interseção.

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É importante observar que os números 75 e 90 referem-se aos alunos que consomem apenas
um tipo de refeição, assim eles se encontram nas exclusividades, ok?
Como o total de alunos é igual a 200, temos a seguinte distribuição:
• 75 que consomem apenas salada de frutas;
• 30 que consomem as duas refeições;
• 90 que consomem apenas sanduiche natural;
• 5 que não consomem sanduiche nem salada de frutas.

Assim, o total de alunos que não consome nenhum dos dois tipos de refeições citados no ho-
rário de intervalo é igual a 5 alunos.
Letra d.

005. (INSTITUTO AOCP/EMPREL/ANALISTA DE SISTEMAS/2019) Uma loja de informática


fez uma pesquisa para saber com qual tipo de computador seus clientes tinham preferência
para trabalhar. 400 clientes falaram que preferem o computador de mesa, 600 disseram que
preferem o computador portátil e 150 clientes responderam que tanto faz o tipo de computa-
dor. Sabendo que todos os clientes optaram por pelo menos um dos dois tipos de computado-
res citados, qual foi o número de clientes que respondeu a pesquisa?
a) 700.
b) 850.
c) 950.
d) 1.100.
e) 1.150.

Temos mais uma questão de operações com conjuntos. Existem clientes que preferem o com-
putador de mesa e outros preferem o computador portátil, dessa forma temos algo em co-
mum. A partir daí iremos construir diagramas com interseção.

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Josimar Padilha

Sabendo que todos os clientes optaram por pelo menos um dos dois tipos de computadores
citados, podemos inferir que não temos elementos do lado de fora, ou seja, será igual a zero.
Para encontrarmos a quantidade de clientes, temos que somar os seguintes valores:
250 + 150 + 450 + 0 = 850.
Letra b.

006. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE SÃO BENTO DO SUL-SC/FISCAL DE TRIBU-


TOS/2019) Em uma pesquisa que foi realizada com 320 pessoas para saber em qual de três
candidatos à presidência da associação dos servidores municipais elas votariam, foram feitas
as seguintes perguntas: Você votaria no candidato A? Você votaria no candidato B? Você vota-
ria no candidato C? O resultado foi o seguinte:
150 pessoas votariam em A;
160 pessoas votariam em B;
155 pessoas votariam em C;
70 pessoas votariam em A e B;
68 pessoas votariam em A e C;
59 pessoas votariam em B e C;
20 pessoas votariam em qualquer um dos três.
Das 320 pessoas entrevistadas, quantas não votariam em nenhum dos três candidatos?
a) 32.
b) 42.
c) 12.
d) 22.

De acordo com as informações:


• 150 pessoas votariam em A;
• 160 pessoas votariam em B;

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ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva
Josimar Padilha

• 155 pessoas votariam em C;


• 70 pessoas votariam em A e B;
• 68 pessoas votariam em A e C;
• 59 pessoas votariam em B e C;
• 20 pessoas votariam em qualquer um dos três.
Podemos construir o diagrama abaixo:

Para que possamos encontrar quantas pessoas entrevistadas não votaram em nenhum dos
candidatos(X), temos que somar os valores que se encontram nas regiões sombreadas e veri-
ficar o valor de X, sabendo que o total da soma dever ser igual a 320.

32 + 50 + 20 + 48 + 51 + 39 + 48 + X = 320
288 +X = 320
X – = 320 -288
X – = 32
Letra a.

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007. (MPE-GO/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2019) Uma pesquisa realizada entre os 80 for-


mandos de uma turma de Direito, constatou que 20 deles cursaram a matéria optativa de Cri-
minalística; 30 frequentaram a de Medicina Legal e 15 estudaram tanto Criminalística quanto
Medicina Legal. Quantos alunos não fizeram nenhuma das duas matérias?
a) 30.
b) 40.
c) 45.
d) 50.
e) 60.

Teoria de conjuntos tem sido um assunto muito cobrado nos processos seletivos, além de
ser um dos principais fundamentos da matemática e do desenvolvimento do raciocínio, logo
sugiro ao leitor uma atenção especial a este capítulo. Uma dica é que, quando tivermos ele-
mentos que pertencem a mais de um conjunto, iremos construir diagramas de Venn com inter-
seção. Vejamos:
Nessa questão iremos construir os diagramas de Euller Venn, vejamos:

Vamos verificar a linguagem das quantidades em cada conjunto:


• Criminalística = 20
• Apenas Criminalística = 5
• Criminalística e Medicina legal = 15
• Medicina legal = 30
• Apenas Medicina Legal = 15
• Nenhum dos dois 45.
• Medicina Legal ou Criminalística: 5 + 15 + 15 = 35
Letra c.

008. (IF-ES/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/2019) Um shopping realizou uma pesquisa


sobre a preferência do público quanto à premiação para quem realizar compras de final de ano

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nas lojas parceiras. Nessa pesquisa, foram entrevistadas 250 pessoas, entre homens e mulhe-
res, escolhidas aleatoriamente. Desse grupo, 100 eram mulheres e dessas, 40 não preferem
carro como premiação. Se o total de pessoas pesquisadas que têm preferência por carro foi
de 170 pessoas, o número de homens que não têm preferência por carro como premiação de
final de ano é igual a:
a) 150.
b) 110.
c) 60.
d) 40.
e) 20.

Nesta questão, iremos construir uma tabela para melhor interpretarmos a situação dada, uma
vez que temos conjuntos disjuntos, ou seja, homens e mulheres, bem como pessoas que prefe-
rem carro como premiação e pessoas que não preferem carro como premiação. Os conjuntos
são ditos disjuntos quando não possuem interseção, ou seja, A∩B = ø.
Segundo as informações dadas pela questão, iremos preencher as células:

HOMENS MULHERES

Têm preferência por 170


carro
Não têm preferência ? 40
por carro
100 Total= 250
Segundo as informações acima podemos inferir os dados abaixo que estão nas células
hachuradas:

HOMENS MULHERES

Têm preferência por 110 60 170


carro
Não têm preferência ?=40 40 80
por carro
150 100 Total=250
Desta forma podemos inferir que a quantidade de homens que não têm preferência por carro
é igual a 40.
Letra d.

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009. (IDECAN/AGU/ADMINISTRADOR/2019) Luna é uma menina muito esperta e possui 27


colegas meninos e 34 colegas meninas. Todas essas crianças juntas formam uma turma de
alunos muito diferente, pois cada aluno ou adora matemática ou adora português. Sabendo
que, nessa turma, 21 meninas adoram matemática e um total de 38 alunos adoram português,
o número de meninos que adoram matemática é:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

Nesta questão, também iremos construir uma tabela para melhor interpretarmos a situação
dada, uma vez que temos conjuntos disjuntos. Ou seja, meninos e meninas, bem como pes-
soas que ou adoram matemática, ou adoram português, ou seja, não temos elementos em
comum devido o conectivo de disjunção exclusiva. Os conjuntos são ditos disjuntos quando
não possuem interseção, ou seja, A ∩ B = ø.
Segundo as informações dadas pela questão, iremos preencher as células:

MENINOS MENINAS

Adoram matemática ? 21

Adoram português 38

Total =
27 35 27 +34 +1
= 62

 Obs.: Não esquecer de incluir Luna na turma de alunos, assim o total é de 62 alunos. Segun-
do as informações acima podemos inferir os dados abaixo que estão nas células
hachuradas:

MENINOS MENINAS

Adoram matemática ?=3 21 24

Adoram português 24 14 38

27 35 Total = 27 +34 +1 = 62
Letra c.

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010. (AOCP/SOLDADO COMBATENTE BM/2018) 70 soldados se inscreveram em três cur-


sos, em que cada curso é direcionado para uma área de atuação de suas funções: Combate a
Incêndio, Busca e Salvamento ou Atendimento Pré-hospitalar. Cada soldado podia optar por se
inscrever em um, em dois ou nos três cursos disponibilizados e todos os soldados se inscreve-
ram em pelo menos um dos três cursos oferecidos, da seguinte maneira:
59 soldados optaram por cursar Combate a Incêndio;
56 soldados optaram por cursar Busca e Salvamento;
33 soldados optaram por cursar Atendimento Pré-hospitalar;
50 soldados optaram por cursar Combate a Incêndio e Busca e Salvamento;
23 soldados optaram por cursar Busca e Salvamento e Atendimento Pré-hospitalar;
25 soldados optaram por cursar Atendimento Pré-hospitalar e Combate a Incêndio;
20 soldados optaram por cursar as três áreas oferecidas.
Dessa forma, o número de soldados que optaram por cursar somente uma das três áreas de
atuação é igual a:
a) 7.
b) 8.
c) 9.
d) 10.
e) 12.

Temos uma questão de aplicação de conjuntos (diagramas de Venn):

A questão solicita o número de soldados que optaram por cursar somente uma das três áreas de
atuação, ou seja, a soma das exclusividades dos conjuntos, região destacada na figura abaixo:

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Somente um dos cursos: 4 + 3 + 5 = 12


Letra e.

011. (IAUPE-UPENET/PM-PE/SOLDADO/2018) Dos 500 aprovados em um concurso, 205 fa-


lam inglês, 210, espanhol, e 65, ambos os idiomas. Escolhendo ao acaso um dos aprovados,
qual a probabilidade de ele não falar nenhum desses idiomas?
a) 40%.
b) 25%.
c) 30%.
d) 45%.
e) 35%.

Vamos construir os diagramas para melhor interpretar a questão:

Falam ambos idiomas = 65.


Falam apenas Inglês = 205 - 65 = 140.
Falam apenas Espanhol = 210 - 65 = 145.
Não falam nenhum dos dois: 500 - 145 - 140 - 65 = 150.

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Essa questão é de probabilidade, porém a sua resolução fica mais fácil quando aplicamos co-
nhecimentos de teoria de conjuntos.
Agora é só aplicar a definição de probabilidade:

Letra c.

012. (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL/2018) Uma enquete foi realizada com


427 pessoas, que haviam lido pelo menos um dentre os livros J, K e L. Dentre as pessoas que
leram apenas um desses livros, sabe-se que 116 leram o livro K ou o livro L e que 55 pessoas
leram o livro J. Dentre as pessoas que leram dois desses livros e apenas dois, sabe-se que 124
leram os livros J e L ou os livros J e K e que 65 pessoas leram os livros K e L.
A diferença entre o número de pessoas que leram o livro J e o número de pessoas que não
leram esse livro é:
a) 71.
b) 65.
c) 68.
d) 82.
e) 77.

Observe como os diagramas de Euler oferecem uma interpretação concreta da situação, mes-
mo não possuindo todos os valores.
Faremos de maneira bem prática esta questão, apenas com os diagramas, vejamos:

Letra b.

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013. (VUNESP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2018) Pertencer ao conjunto A, pode ser ape-


nas A ou pode ser apenas A e B ou pode ser A e B e C, mas não pode ser apenas A e C. Perten-
cer ao conjunto B, pode ser apenas B ou pode ser B e A ou pode ser B e C ou pode ser B e A e
C. Pertencer ao conjunto C, pode ser C e B ou pode ser C e B e A, mas não pode ser C e A e não
pode ser apenas C. Quanto às quantidades, e obedecendo às condições apresentadas, perten-
cer a apenas um conjunto, 5 elementos em cada caso; pertencer a apenas dois conjuntos, 10
elementos em cada caso; pertencer aos três conjuntos, 15 elementos. O número de elementos
que pertencem aos conjuntos B ou C supera o número de elementos que pertencem ao conjun-
to A em um número igual a:
a) 20.
b) 15.
c) 10.
d) 25.
e) 5.

Observe que a questão introduz algumas condições, pertinência dos elementos aos seus res-
pectivos conjuntos, sendo assim, para melhor compreensão, definiremos os elementos para
os conjuntos A, B e C.
Vamos construir os conjuntos com seus elementos, conforme condições de pertinência cita-
das no comando:

Observar que B ∪ C é igual à soma das letras {z+ y+ w+ k}, ou seja, 40. O conjunto A é igual à
soma das letras {x +y + w}, ou seja, 30.
O número de elementos que pertencem aos conjuntos B ou C supera o número de elementos
que pertencem ao conjunto A em um número igual a 10.
Letra c.

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014. (CESPE/EBSERH/2018) Uma pesquisa revelou características da população de uma pe-


quena comunidade composta apenas por casais e seus filhos. Todos os casais dessa comuni-
dade são elementos do conjunto A∪B∪C, em que:
A = {casais com pelo menos um filho com mais de 20 anos de idade};
B = {casais com pelo menos um filho com menos de 10 anos de idade};
C = {casais com pelo menos 4 filhos}.
Considerando que n (P) indique a quantidade de elementos de um conjunto P, suponha que
n(A) = 18; n(B) = 20; n(C) = 25; n(A∩B) = 13; n(A∩C) = 11; n(B∩C) = 12 e n(A∩B∩C) = 8. O diagra-
ma a seguir mostra essas quantidades de elementos.

Com base nas informações e no diagrama precedentes, julgue o item a seguir.


A referida comunidade é formada por menos de 180 pessoas.

Para que possamos encontrar a quantidade de pessoas temos que calcular os números de
casais A, B e C e seus respectivos filhos:
Pelo diagrama temos:
Vamos iniciar pelo diagrama com a possibilidade da maior quantidade de filhos:
Conjunto C:
25(casais) x 2 = 50 (pais e mães)
10 x 4 + 4 x 4 + 8 x 4 + 3 x 4 = 100 (filhos)
Exclusivo do A:
2 x 1 = 2 (filhos)
Exclusivo do B:
3 x 1 = 3 (filhos)
Intersecção exclusiva do A e B:
5 x 2 = 10 (5 com + 20 anos e 5 com – 20 anos) = 10 (filhos)
Casais restantes:
2+ 5 + 3 = 10 casais – 20 (pais e mães)
Soma total: 185 pessoas.
Errado.

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015. (CESPE/EBSERH/2018) Uma pesquisa revelou características da população de uma pe-


quena comunidade composta apenas por casais e seus filhos. Todos os casais dessa comuni-
dade são elementos do conjunto A∪B∪C, em que:
A = {casais com pelo menos um filho com mais de 20 anos de idade};
B = {casais com pelo menos um filho com menos de 10 anos de idade};
C = {casais com pelo menos 4 filhos}.
Considerando que n (P) indique a quantidade de elementos de um conjunto P, suponha que
n(A) = 18; n(B) = 20; n(C) = 25; n(A∩B) = 13; n(A∩C) = 11; n(B∩C) = 12 e n(A∩B∩C) = 8. O diagra-
ma a seguir mostra essas quantidades de elementos.

Com base nas informações e no diagrama precedentes, julgue o item a seguir.


Pelo menos 30 casais dessa comunidade têm 2 ou mais filhos.

No conjunto C temos 25 casais que têm pelo menos 4 filhos, logo, têm 2 ou mais. Na exclusi-
vidade da interseção do A e B temos 5 casais que têm filhos com mais de 20 anos e menos de
10 anos, ou seja, pelo menos 02 filhos. Total de casais igual a 30.
Certo.

016. (FUNDEP/CODEMIG/2018) Observe a tabela que mostra o resultado de uma pesquisa


de mercado feita por um sacolão para identificar a preferência de seus fregueses na compra
de legumes, verduras e frutas.

O número de entrevistados foi:


a) 128.
b) 151.

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c) 284.
d) 385.

Nessa questão temos três conjuntos e elementos que podem pertencer a mais de um deles
simultaneamente, logo temos que construir diagramas para melhor interpretação. Vejamos a
figura abaixo:

Passos a serem realizados para preencher o diagrama acima:


• 1º - Começa com verduras, legumes e frutas = 25.
• 2º - Legumes e frutas = 39 - 25 = 14.
• 3º - Verduras e frutas = 36 - 25 = 11.
• 4º - Legumes e verduras = 42 - 25 = 17.
• 5º - Somente frutas = 85 - 25 - 14 - 11 = 35.
• 6º - Somente verduras = 78 - 25 - 17 - 11 = 25.
• 7º - Somente legumes = 80 - 25 - 17 - 14 = 24.
Para encontrarmos o total de entrevistados temos que somar os valores que se encontram
dentro dos diagramas. Realidade = 25 + 14 + 11 + 17 + 35 + 25 + 24 = 151.
Letra b.

017. DESAFIO! Em um grupo de 2.000 empresas, 1/9 das que encerraram as atividades este
ano foram abertas em anos anteriores, 1/10 das que foram abertas em anos anteriores encer-
raram as atividades este ano e 200 empresas não encerraram as atividades este ano e não
foram abertas em anos anteriores.
Com base nessas informações, julgue os próximos itens.
a) O número de empresas que foram abertas em anos anteriores é superior ao número de em-
presas que encerraram as atividades este ano.
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b) O número de empresas que encerraram as atividades este ano e que foram abertas em anos
anteriores é superior a 110.
c) Do grupo de 2.000 empresas, metade foi aberta em anos anteriores.

Temos uma questão de conjuntos devido à presença de elementos que pertencem aos dois
conjuntos: empresas que encerraram as atividades este ano (E) e empresas que foram abertas
em anos anteriores (A).
A questão é de alta complexidade, pois temos um universo de 2000 empresas em que 200 não
fazem parte dos conjuntos citados. Sabe-se que 1/9 das que encerraram as atividades este
ano e foram abertas em anos anteriores é igual a 1/10 das que foram abertas em anos anterio-
res e encerraram as atividades este ano. Desta forma podemos escrever a seguinte equação:
1
E=X
9

1
10 A = X, em que X são as empresas em comum.
Logo, podemos inferir que:
1
E = X, isto significa que E = 9X
9

1
10 A = X, isto significa que a = 10X

Construindo o diagrama teremos:

E= empresas que encerraram as suas atividades este ano;


A= empresas que foram abertas em anos anteriores.
8X + X + 9X + 200 = 2000
18X = 2000 – 200
18X = 1800
X – = 100
X – é a quantidade de empresas em comum em A e B.
Substituindo os valores no diagrama teremos:

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Julgando os itens:
a) O número de empresas que foram abertas em anos anteriores é superior ao número de
empresas que encerraram as atividades este ano.
A > E, ou seja, 1000> 900.
b) O número de empresas que encerraram as atividades este ano e que foram abertas em
anos anteriores é superior a 110.
X – é igual a 100.
c) Do grupo de 2.000 empresas, metade foi aberta em anos anteriores.
A = 1000, ou seja, A = 1/2 de 2000 (total de empresas).
Certo. Errado. Certo.

Probabilidade/Chance
É importante antes de qualquer coisa, entendermos os termos, as ferramentas que utiliza-
remos no cálculo de probabilidade.
Vamos lá então:
• Evento aleatório: é aquele que quando executado repetidas vezes em iguais condições,
fornecem resultados diferentes, ou seja, são resultados que estão previstos dentro das
possíveis respostas para este experimento. Isso ocorre devido ao acaso, pois não po-
demos ter certeza do resultado de cada um desses eventos. Fica fácil perceber se pen-
sarmos assim: Lançar um dado de seis faces não viciado para cima e observar a face
que ficará virada para cima, ou até mesmo, escolher um aluno dentre 50 em uma sala
de aula.

Dessa forma é importante perceber que é algo aleatório.


Vamos para o conceito importantíssimo, digo até que é o primeiro passo quando nos
deparamos com uma questão de probabilidade, que é, definirmos o nosso espaço amostral
ou universo.
• Espaço amostral ou universo: é o conjunto de todos os resultados possíveis de um ex-
perimento aleatório. É comum que a letra que representa o espaço amostral seja S ou U.
Vejamos alguns exemplos para que você possa compreender melhor.

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− lançar uma moeda para cima e observar a face que ficará virada para cima após a
queda. O espaço amostral é {Cara ou Coroa}.
− de uma urna com 8 bolas vermelhas (v) e 3 bolas brancas (b), retirarmos 2 bolas. O
espaço amostral é {v, v; v. b ou b. v; b.b}.

Probabilidade:
Agora podemos falar o que é probabilidade. Qual seria o seu conceito?
Vamos lá!
Probabilidade será o quociente entre duas situações, isto é:
número de casos favoráveis
P(A) =
número de casos possíveis

A probabilidade de um evento A, ou seja, aquilo que você deseja (sendo que A está contido no
Espaço amostral) é o número real P (A), tal que:
(Número de casos favoráveis de A (o que serve)
Número total de casos (tudo o que temos)).

 Obs.: Se todos os elementos do Universo têm a mesma chance de acontecer, o espaço


amostral é chamado de conjunto equiprovável.

Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a proba-


bilidade de ocorrer um evento A é:

Exemplo:
Em um lançamento de dado (não viciado), a chance de um número par ocorrer é:
P (número par) =

3 – maneiras – diferentes – número – par 3


= = 0,5= 50%
6 – maneiras – prováveis – número – par 6

Em um espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um evento


A é sempre:
número de elementos de A n(A)
=P(A) =
número de elementos de S n(S)
Uma medida de Probabilidade P é uma função de conjunto, isto é, definida em A, que a cada
elemento A pertencente a “A” associa um número real que se chama Probabilidade de A e se
representa por P (A), satisfazendo as seguintes condições ou axiomas de Andrei Kolmogorov:
1º AXIOMA – A probabilidade de qualquer acontecimento é maior ou igual a zero: P (A) ≥ 0

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2º AXIOMA – A probabilidade do acontecimento certo S é 1: P (S) = 1 Ex.: deseja-se sortear


entre os jogadores da seleção brasileira de futebol um que seja brasileiro.
3º AXIOMA – Dados dois acontecimentos disjuntos, a probabilidade da sua união é igual à
soma das probabilidades de cada um:

 Obs.: Pode-se dizer que dois acontecimentos são disjuntos quando a interseção entre os
dois é vazia, ou seja, não há nenhum elemento em comum.

Exemplo:
Os números das faces de um dado não podem ser pares e ímpares ao mesmo tempo.

Curiosidade:
Os axiomas anteriores são conhecidos como a axiomática de Kolmogorov.
As probabilidades frequencista, laplaciana e subjetiva verificam a axiomática de Kolmo-
gorov. Como consequência da axiomática anterior, resultam as seguintes propriedades para
a Probabilidade, que facilmente se ilustram com a ajuda de diagramas de Venn e se demons-
tram a seguir.

 Obs.: É importante conhecer a teoria antes de partir para a resolução de questões de concur-
sos públicos, pois para quem não detém esse conhecimento a resolução de questões
envolvendo os axiomas pode ser bastante complexa.

Propriedades:
PROPRIEDADE 1. A probabilidade do evento impossível é nula
Sendo o evento impossível o conjunto vazio (Ø), teremos:
p(Ø) = n(Ø)/n(U) = 0/n(U) = 0
Exemplo, se em uma urna só existem bolas vermelhas, a probabilidade de se retirar uma
bola azul (evento impossível, neste caso) é nula.

PROPRIEDADE 2. A probabilidade do evento certo é igual a unidade


Com efeito, p(A) = n(U)/n(U) = 1

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Estatística Descritiva
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Exemplo, se em uma urna só existem bolas azuis, a probabilidade de se retirar uma bola
azul (evento certo, neste caso) é igual a 1.
PROPRIEDADE 3. A probabilidade de um evento qualquer é um número real situado no
intervalo real [0, 1]
0 ≤ P (A) ≤ 1
P (A) está entre 0 (zero), um evento que não pode acontecer, e 1(um), um evento certo de
acontecer.
(1º axioma) A probabilidade de um evento qualquer estar no intervalo real entre zero e um.
PROPRIEDADE 4. A soma das probabilidades de um evento e do seu evento complementar
é igual a unidade
Seja o evento A e o seu complementar A’. Sabemos que A U A’ = U.
n (A U A’) = n (U) e, portanto, n(A) + n(A’) = n(U).
Dividindo ambos os membros por n(U), vem:
n (A)/n(U) + n(A’)/n(U) = n(U)/n(U), quando conclui-se:
p (A) + p(A’) = 1.

P (A) = 1 – P (A)

 Obs.: Esta propriedade simples é muito importante, pois facilita a solução de muitos pro-
blemas aparentemente complicados. Em muitos casos, é mais fácil calcular a pro-
babilidade do evento complementar e, pela propriedade acima, fica fácil determinar a
probabilidade do evento. E vale lembrar que “complementar” não é o mesmo que “dife-
rença”. Ex.: a diferença entre A e B é o que existe em A, mas que não existe em B. Já o
complementar de A é tudo aquilo que não existe em A, mas existe em todo o universo.

Dados dois acontecimentos A e B quaisquer, tem-se P (A−B) = P (A) − P (A∩B). Nesse sentido,
independentemente da maneira que os conjuntos se comportem, a propriedade P (A−B) = P
(A) − P (A∩B) é considerada verdadeira.

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Exemplo:
a)

Exemplo:
b)

 Obs.: É importante memorizar a propriedade P (A−B) = P (A) − P (A∩B), pois há questões de


concursos públicos em que ela é cobrada.

018. (VUNESP/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICI-


PAL – CONHECIMENTOS GERAIS E ESPECÍFICOS 1/2019) Ao operar em um turno de traba-
lho, uma linha de produção se interrompe totalmente se uma máquina M1 falhar. Para diminuir
o risco de interrupção, ligou-se ao sistema uma máquina M2 programada para entrar imediata-
mente em funcionamento caso M1 falhe, fazendo com que o sistema prossiga. A probabilida-
de de M1 falhar é de 1/20 e a probabilidade de M2 falhar é também de 1/20. A probabilidade
de que o sistema não se interrompa durante um turno de trabalho após a inclusão de M2 é de:
a) 97,5%.
b) 99%.
c) 90,25%.
d) 95%.
e) 99,75%.

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Vamos responder essa questão de duas maneiras para que você possa entender melhor, beleza?
1ª MANEIRA: “PELA EXCLUSÃO”
Nessa questão vamos aplicar a propriedade 4, ou seja, referente ao complementar, vejamos:
Sabemos que o total em probabilidade é igual a 100% ou 1. Sendo assim, queremos a probabili-
dade de que o sistema não se interrompa durante um turno de trabalho após a inclusão de M2.
Logo, uma saída é calcular o que não serve (a probabilidade de tanto M1 como M2 falharem), e
em seguida subtrairmos do total, onde teremos a probabilidade do sistema não se interromper
após a inclusão de M2.
Vamos para os cálculos:
Total em probabilidade: 100 % = 1
Não serve (o sistema de tanto M1 como M2 falharem) = sistema parar de funcionar:
M1 falhar = 1 /20
M2 falhar= 1/20
M1 e M2 falharem = 1/20 x 1/20 = 1 /400
Logo para que o sistema continue funcionando temos o seguinte:
Total – não serve
1 – ( 1/400) = 399/400 = 0,9975 = 99,75%
2ª MANEIRA: “CALCULANDO O QUE SERVE”
Para que o sistema não se interrompa, temos três casos possíveis:
1. A máquina M1 não falha.
2. A máquina M2 não falha após a falha de M1.
A probabilidade do caso 1 ocorrer é
Sabendo que M1 falha com probabilidade 1/20. Por outro lado, a probabilidade do caso 2 ocor-
rer será dado por
Onde usamos o fato de M1 tem que falhar e M2 não, além dos fatos das máquinas serem in-
dependentes uma da outra.
Como os dois casos apresentados são disjuntos, isto é, não podem ocorrer simultaneamente,
então a probabilidade de o sistema entrar em colapso será dada por

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Letra a.

PROPRIEDADE 5. Sendo A e B dois eventos, podemos escrever sua união:


p (A U B) = p(A) + p(B) – p(A  B)
Quando A e B são eventos excludentes, isto é, A ∪ B = Ø (ou seja, a interseção entre os
conjuntos A e B é o conjunto vazio), então, p (A U B) = p (A) + p (B).
Fórmula de probabilidade de ocorrer a união de eventos mutuamente exclusivos:
P (E1 ou E2 ou E3 ou... ou En) = P (E1) + P(E2) +... + P(En)

Exemplo.
Um baralho é composto de 52 cartas, distribuídas em quatro naipes: ouros, copas, espadas
e paus. De cada naipe, existem treze cartas:
A (ás), 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, J (valete), Q (dama) e K (rei). Se retirarmos aleatoriamente uma
carta de baralho com 52 cartas, qual a probabilidade de ser um 9 ou um Valete?
Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, temos: n(S) = 52 cartas. Con-
sidere os eventos:
4
A: sair uma carta 9 é P(A) = 52
4
B: sair uma carta valete é P(B) = 52

4 4 8 2
Assim, P (A ou B) = + − 0= =
52 52 52 13
Note que P (A e B) = 0, pois uma carta não pode ser 9 e valete ao mesmo tempo. Quando
isso ocorre, dizemos que os eventos A e B são mutuamente exclusivos.

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019. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/ANALISTA ADMINISTRATIVO – ESTATÍSTICA/2015) Em


um Serviço de Enfermagem, durante determinada hora, podem acontecer três eventos A, B e C
relacionados com as atividades. Estes eventos são aleatórios, mutuamente exclusivos e têm
probabilidade de ocorrência de P (A) = 0,25; P (B) = 0,50 e P (C) = 0,25. Em determinada hora, a
enfermeira M preferiria a ocorrência dos eventos A ou C. Então, a chance da enfermeira M ficar
satisfeita é:
a) 0,25.
b) 0,50.
c) 0,75.
d) 1,00.
e) 0,125.

Como a questão cita que os eventos são mutuamente excludentes, não temos interseção entre
eles, ou seja, é vazia.
Assim podemos afirmar que P (A ∪ C) = P(A) + P(C).
P (A ∪ C) = P(A) + P(C).
P (A ∪ C) = 0,25 + 0,25 = 0,50.
Letra b.

PROPRIEDADE 6. Quando há interseção entre os conjuntos A e B:


Conforme a Teoria dos Conjuntos, n (A ∪ B) = n (A) + n (B) – n (A ∩ B).

Exemplo:
Um baralho é composto de 52 cartas, distribuídas em quatro naipes: ouros, copas, espadas
e paus. De cada naipe, existem treze cartas: A (ás), 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, J (valete), Q (dama)
e K (rei). Sorteando ao acaso uma carta desse baralho, qual a probabilidade de se obter um rei
ou uma carta de paus?
Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, temos: n(S) = 52 cartas.

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Estatística Descritiva
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Considere os eventos:
4
R: sair uma carta rei é P(R) =
52
13
P: sair uma carta paus é P(P) =
52
1
Note que P(R e P) = 52 , pois uma carta pode ser paus e rei ao mesmo tempo, em que deve-
mos subtrair para que não some a mesma carta duas vezes.
P(R∪P) = P(R) + P(P) – P(R∩P)
4 13 1
P(R∪P)= + - 52 = 16/52
52 52

020. (FUNCAB/PC-PA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL/2016) Uma investigadora e um


escrivão às vezes viajam durante suas férias. Estando de férias, a probabilidade de ela viajar
para o Rio de Janeiro é de 0,54; de viajar para a Bahia é de 0,32; a probabilidade viajar para o Rio
de Janeiro e para a Bahia é 0,18. Estando ele de férias, a probabilidade de ele viajar para São
Paulo é de 0,51; de viajar para Minas Gerais é de 0,38; a probabilidade de viajar para São Paulo
e para Minas Gerais é de 0,16. Portanto, a probabilidade de, durante as férias deles, a investiga-
dora não viajar (nem para o Rio de Janeiro e nem para a Bahia) e do escrivão viajar (para São
Paulo ou viajar para Minas Gerais), é igual a:
a) 85.32%.
b) 49.64%.
c) 34,68%.
d) 23.36%.
e) 80.85%.

Questão interessante, pois temos a aplicação de teoria de conjuntos juntamente com probabi-
lidade. Vamos interpretar as situações para os dois personagens da questão:

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A probabilidade de, durante as férias deles, a investigadora não viajar (nem para o Rio de Ja-
neiro e nem para a Bahia) será igual a 0,32 e do escrivão viajar (para São Paulo ou viajar para
Minas Gerais) é igual a 0,73. Porém a questão solicita os dois eventos “e”, princípio multiplica-
tivo, sendo assim teremos:
0,32 x 0,73 = 0,2336 x 100(%) = 23,36%.
Letra d.

Em uma repartição com 40 funcionários, trabalham analistas de recursos humanos, analistas


de sistemas e outros profissionais que exercem vários tipos de atividades. Sabe-se que desses
funcionários 20 são analistas de recursos humanos, 18 são analistas de sistemas e 5 exercem
as duas atividades: analista de recursos humanos e analista de sistemas.
Com base nas informações acima, julgue os itens que se seguem.

021. (CESPE) Escolhendo-se ao acaso um dos funcionários da repartição, a probabilidade de


ele ser apenas analista de recursos humanos é superior a 40%.

Nessa questão, vimos que interseção não é vazia, ou seja, iremos construir o diagrama para
evitar contar funcionários mais de uma vez e para melhor visualização.
Tomando: RH: analistas de recursos humanos.
SIST: analistas de sistemas.

Escolhendo-se ao acaso um dos funcionários da repartição, a probabilidade de ele ser apenas


analista de recursos humanos é superior a 40%.

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A probabilidade de ser apenas analista de recursos humanos (15 funcionários):


15
P = 40 = 0,375 = 37,5%.
Errado.

022. (CESPE) A probabilidade de um funcionário escolhido ao acaso exercer outra ativida-


de que não seja a de analista de recursos humanos nem a de analista de sistemas é supe-
rior a 20%.

A probabilidade de um funcionário escolhido ao acaso exercer outra atividade que não seja a
de analista de recursos humanos nem a de analista de sistemas é superior a 20%.
A probabilidade de exercer outra função, ou seja, o que está fora dos diagramas (7 funcionários):
7
P= = 0,175 = 17,5%.
40
Errado.

Vejamos uma questão bem interessante, ok?


Antes de começarmos probabilidade condicional, vamos comentar a questão abaixo para que
você possa começar a entender o que é uma condição em probabilidade.
Considere que a tabela abaixo mostra o número de vítimas fatais em acidentes de trânsito
ocorridos em quatro Estados Brasileiros, de janeiro a junho de 2003.

Total de vítimas fatais


Estado em que ocorreu
o acidente Sexo masculino Sexo feminino

Maranhão 225 81

Paraíba 153 42

Paraná 532 142

Santa Catarina 188 42


A fim de fazer um estudo de causas, a PRF elaborou 1.405 relatórios, um para cada uma das
vítimas fatais mencionadas na tabela acima, contendo o perfil da vítima e as condições em que
ocorreu o acidente. Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem, acerca de
um relatório escolhido aleatoriamente entre os citados.

023. A probabilidade de que esse relatório corresponda a uma vítima de um acidente ocorrido
no Estado do Maranhão é superior a 0,2.

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Determinar o espaço amostral: 1.405 relatórios é o número de casos possíveis.


Determinar o evento: “225 + 81=306” número de casos favoráveis.
P(M) = número de casos favoráveis = 306 = 0,2177...
número de casos possíveis 1405
Certo.

024. A chance de que esse relatório escolhido corresponda a uma vítima do sexo feminino é
superior a 23%.

Determinar o espaço amostral: 1.405 relatórios é o número de casos possíveis.


Determinar o evento: “81 + 42 + 142 + 42 = 307” número de casos favoráveis.
P(F) = número de casos favoráveis = 307 = 0,218...= 21,8%
número de casos possíveis 1405
Errado.

025. Considerando que o relatório escolhido corresponda a uma vítima do sexo masculino, a
probabilidade de que o acidente nele mencionado tenha ocorrido no Estado do Paraná é supe-
rior a 0,5.

Observe que o termo “Considerando” introduz uma “condição”, logo temos que o espaço amos-
tral fica restringido, isto é, fica reduzido à própria condição.
Determinar o espaço amostral condicional “os relatórios que correspondam a uma vítima do
sexo masculino”: 225 +153 + 532 + 188 = 1.098 é o número de casos possíveis.
Determinar o evento Estado do Paraná (relatórios masculinos): 532 é o número de casos
favoráveis.
P(M) = número de casos favoráveis = 532 = 0,484...
número de casos possíveis 1098
Errado.

026. Considerando que o relatório escolhido corresponda a uma vítima de acidente que não
ocorreu no Paraná, a probabilidade de que ela seja do sexo masculino e de que o acidente te-
nha ocorrido no Estado do Maranhão é superior a 0,27.

Determinar o espaço amostral condicional “uma vítima de acidente que não ocorreu no Para-
ná”: 1.405 – 674 = 731 casos possíveis.

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Observe que o termo “Considerando” introduz uma “condição”, logo temos que o espaço amos-
tral fica restringido, isto é, fica reduzido à própria condição.
Determinar o evento: “do sexo masculino” e de que “o acidente tenha ocorrido no Estado do
Maranhão”: 225 é o número de casos favoráveis.
P(P) = Número de casos favoráveis = 225 = 0,307...
Número de casos possíveis 731
Dica: termos que indicam uma condição: “dado que”, “supondo”, “considerando”, “sabendo”, etc.
Certo.

027. A chance de que o relatório escolhido corresponda a uma vítima do sexo feminino ou
a um acidente ocorrido em um dos Estados da região Sul do Brasil listados na tabela é infe-
rior a 70%.

Determinar o espaço amostral: 1.405 relatórios é o número de casos possíveis.


Determinar o evento “uma vítima do sexo feminino (SF)” ou “a um acidente ocorrido em um dos
Estados da região Sul do Brasil (RS)” listados na tabela:

P (SF ∪ RS )= P (SF ) + P ( RS ) − P (SF ∩ RS )


307 904 184 1027
P (SF ∪ RS ) = + + = = 0,730... ≅ 73%
1405 1405 1405 1405
Ou por diagrama:

P(P) = número de casos favoráveis = 1027 = 0,73... (aproximadamente 73%)


número de casos possíveis 1405
Errado.

028. (CESPE/INSS/ANALISTA) Uma população de 1.000 pessoas acima de 60 anos de idade


foi dividida nos seguintes dois grupos:
A: aqueles que já sofreram infarto (totalizando 400 pessoas); e
B: aqueles que nunca sofreram infarto (totalizando 600 pessoas).

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Cada uma das 400 pessoas do grupo A é ou diabética ou fumante ou ambos (diabética
e fumante).
A população do grupo B é constituída por três conjuntos de indivíduos: fumantes, ex-fumantes
e pessoas que nunca fumaram (não fumantes).
Com base nessas informações, julgue o item subsecutivo.
( ) Se, no grupo B, a quantidade de fumantes for igual a 20% do total de pes­soas do grupo e a
quantidade de ex-fumantes for igual a 30% da quanti­dade de pessoas fumantes desse grupo,
então, escolhendo-se aleatoria­mente um indivíduo desse grupo, a probabilidade de ele não
pertencer ao conjunto de fumantes nem ao de ex-fumantes será inferior a 70%.

Neste item temos 03(três) conjuntos disjuntos, ou seja, não temos ele­mentos que pertencem
a mais de um conjunto simultaneamente, logo os conjuntos podem ser representados da se-
guinte forma:
(120) Fumantes + (36) Ex fumantes (444) + Não fumantes = 600

P (n) =444/600 (X100) = 74%


Errado.

029. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO PAULO) Considere a seguinte informa­ção: a Prefeitura


do Município de São Paulo (PMSP) é subdividida em 32 subprefeituras e cada uma dessas
subprefeituras administra vários distritos.
A tabela a seguir, relativa ao ano de 2010, mostra as populações dos quatro distritos que for-
mam certa região administrativa do município de São Paulo.

Distrito População (em 2010)

Alto de Pinheiros 43.000

Itaim Bibi 92.500

Jardim Paulista 89.000

Pinheiros 65.500

Total 290.000

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Considerando-se a tabela apresentada, é correto afirmar que, se, em 2010, um habitante dessa
região administrativa tivesse sido selecionado ao acaso, a chance de esse habitante ser mora-
dor do distrito Jardim Paulista seria:
a) inferior a 21%.
b) superior a 21% e inferior a 25%.
c) superior a 25% e inferior a 29%.
d) superior a 29% e inferior a 33%.
e) superior a 33%.

Temos uma questão simples de probabilidade, em que podemos res­ponder da seguinte forma:
N(u): TOTAL DE PESSOAS NOS QUATRO DISTRITOS
N(a): TOTAL DE PESSOAS NO DISTRITO DE Jardim Paulista.
Sabemos que probabilidade P(n) é o quociente entre os casos favorá­veis e casos possíveis,
logo temos que:
P(n) = N(a)/N(u)
P(n) = 89000/ 290.000
P(n) = 0,3068 (x100)
P(n) = 30,68%
Letra d.

Determinada faculdade oferta, em todo semestre, três disciplinas opta­tivas para alunos do
quinto semestre:
Inovação e Tecnologia (INT); Matemática Aplicada (MAP); Economia do Mercado Empresa-
rial (EME).
Neste semestre, dos 150 alunos que possuíam os requisitos necessários para cursar essas
disciplinas, foram registradas matrículas de alunos nas seguintes quantidades:
– 70 em INT;
– 45 em MAP;
– 60 em EME;
– 25 em INT e MAP;
– 35 em INT e EME;
– 30 em MAP e EME;
– 15 nas três disciplinas.
Com base nessas informações, julgue o item que se segue.

030. (CESPE/STJ) Ao se escolher um aluno ao acaso, a probabilidade de ele estar matriculado


em apenas duas das três disciplinas será maior que a probabilidade de ele estar matriculado
apenas em INT.
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Vamos construir os diagramas abaixo conforme as informações do comando, sabendo que


temos interseção dos conjuntos (disciplinas).

A probabilidade de ele estar matriculado em apenas duas das três dis­ciplinas:


P(n) = 45/150 
P(n) = 0,3
A probabilidade de ele estar matriculado apenas em INT:

P(n’)=25/150
P(n’) = 0,1666...
P(n) > P(n’).
Certo.

031. (FUNIVERSA/AGEPEN-GO) Em um presídio com 750 detentos, sabe-se que 130 deles
foram condenados por latrocínio, 180 por estupro e 30 por latrocínio e estupro. Nesse caso,
escolhendo-se aleatoriamente um detento desse presídio, a probabilidade de ele ter cometido
estupro, mas não latrocínio é:
a) inferior a 0,25.
b) superior a 0,25 e inferior a 0,30
c) superior a 0,30 e inferior a 0,35.
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d) superior a 0,35 e inferior a 0,40.


e) superior a 0,40.

Temos uma questão que envolve teoria de conjuntos pois temos detentos que cometeram la-
trocínio e estupro, sendo assim vamos construir diagrama que nos fornece uma interpretação
concreta da situação.

P(n) = Número de casos favoráveis (somente detentos que cometeram estupro)


Número de casos possíveis (todos os detentos)
P(n) = 150 = 0,2
750
Letra a.

Probabilidade com Eventos Condicionais


Probabilidade Condicional
Consideremos o lançamento de um dado equilibrado. Já vimos que o espaço amostral
desse experimento é Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Considere o evento A = “sair face 2”. Se não temos
qualquer informação além de o dado ser equilibrado, vimos que P(A) = 1/6.
Suponhamos, agora, que o dado tenha sido lançado e a seguinte informação fornecida:
“saiu face par”. Qual ´e a probabilidade de ter saído face 2? Note a diferença: agora nós temos
uma informação parcial sobre o experimento e devemos usá-la para reavaliar a nossa estima-
tiva. Mais precisamente, sabemos que ocorreu o evento B = “face par”. Com essa informação,
podemos nos concentrar no evento B = {2, 4, 6}, uma vez que as faces 1, 3, 5 ficam descartadas
em função da informação dada. Dentro dessas três possibilidades, a probabilidade do evento
A passa a ser 1/3. Calculamos, assim, a probabilidade do evento A, sabendo que ocorreu o
evento B. Essa probabilidade será denotada P(A | B) (lê-se probabilidade de A dado B)

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ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva
Josimar Padilha

Considerando o lançamento de dois dados equilibrados e os eventos A = “soma das faces


é par” e B = “soma das faces é maior ou igual a 9”. Como sabe-se que ocorreu B, qual é a pro-
babilidade de ter ocorrido A? Deseja-se calcular P (A | B). Logo:

Se ocorreu B, a única chance de ter ocorrido A é que tenha ocorrido o evento:

Esses dois exemplos ilustram o fato geral que está exibido na figura abaixo: como sabe-se
que aconteceu o evento B, esse evento passa a ser o “novo espaço amostral” e nesse novo
espaço amostral, a única parte de A presente é A∩B – parte sombreada mais clara.

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ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva
Josimar Padilha

A probabilidade condicional do evento A dada a ocorrência do evento B é:

É importante perceber que nessa definição é preciso supor que o evento B é um evento
possível uma vez que ele ocorreu. Portanto:

032. (MPU) Maria ganhou de João nove pulseiras, quatro delas de prata e cinco delas de ouro.
Maria ganhou de Pedro onze pulseiras, oito delas de prata e três de ouro. Maria guarda todas
essas pulseiras – e apenas essas – em sua pequena caixa de joias. Uma noite arrumando-se
apressadamente para ir ao cinema com João, Maria retira, ao acaso, uma pulseira de sua pe-
quena caixa de joias. Ela vê, então, que retirou uma pulseira de prata. Levando em conta tais
informações, a probabilidade de que a pulseira de prata que Maria retirou seja uma das pulsei-
ras que ganhou de João é igual a:
a) 1/3.
b) 1/5.
c) 9/20.
d) 4/5.
e) 3/5.

Determinar o espaço amostral: o espaço amostral é condicional, pois no texto temos que “...
Maria retira, ao acaso, uma pulseira de sua pequena caixa de joias. Ela vê, então, que retirou
uma pulseira de prata...”

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ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva
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P(A) = pulseiras de prata.


P(B) = pulseira de ganhou de João.
P(A ∩ B) = pulseiras de prata que ganhou de João.

O espaço amostral é igual a pulseiras de prata.


Número de casos possíveis = 12 pulseiras.
Determinar o evento:
Número de casos favoráveis, ou seja, pulseiras que ganhou de João sendo elas de prata.
Número de casos favoráveis = pulseiras de prata que ganhou de João = 4 pulseiras.
Letra a.

Exemplo:
Um grupo de 100 alunos foi classificado quanto ao sexo e à atividade de lazer preferida, obten-
do-se a distribuição dada na tabela abaixo:

a) Qual é a probabilidade de uma pessoa escolhida ao acaso neste grupo ser do sexo mascu-
lino?
Como no questionamento não há nenhuma condição, então:

b) Se a pessoa escolhida prefere a praia como atividade de lazer, qual é a probabilidade de que
seja um homem?
Nesse caso há uma condição: a praia como atividade de lazer, logo:

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ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva
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033. (FUNDATEC/PREFEITURA DE PORTO ALEGRE-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA MU-


NICIPAL/2019) Considere que seja, para um determinado ano, o evento A “a ocorrência de
uma crise econômica”, e o evento B “a ocorrência de queda na arrecadação da prefeitura”,
cujas probabilidades P (A) e P (B) são dadas, respectivamente, por 0,2 e 0,1, e que seja a pro-
babilidade de ocorrência dos dois eventos no mesmo ano, P (A∩B), igual a 0,08. Assim, dado
que, em um ano qualquer, há a ocorrência de uma crise econômica, a probabilidade de a arre-
cadação NÃO cair é igual a:
a) 0,16.
b) 0,4.
c) 0,6.
d) 0,8.
e) 0,9.

Temos as seguintes probabilidades:


P (A): “a probabilidade de ocorrência de uma crise econômica”
P (B): “a probabilidade de ocorrência de queda na arrecadação da prefeitura”
P (A) = 0,2; P (B) = 0,1
P (A∩B) = “A probabilidade de ocorrência dos dois eventos no mesmo ano, P (A∩B), igual a 0,08”
Como temos algo em comum, iremos construir diagramas com intersecção, ok?
Sabendo que temos a seguinte axioma: 0≤ P (n) ≤ 1.

A pergunta realizada pela banca foi: assim, dado que, em um ano qualquer, há a ocorrência de
uma crise econômica, a probabilidade de a arrecadação NÃO cair é igual a?
É preciso observar que a questão trata de uma condicional, o que perceptível pelo seguinte
termo condicional “dado que”, que tem o significado de “sabendo, supondo, considerando etc.”
Todas as vezes que temos um condicional é importante ressaltar que a condição será o pró-
prio universo, ok?
A condição “há a ocorrência de uma crise econômica”, será o nosso universo.

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Universo = condição = 0,2


A questão solicita a probabilidade de a arrecadação NÃO cair, porém iremos calcular a proba-
bilidade de a arrecadação CAIR, sabendo que teve uma crise econômica. Em seguida faremos
o complementar, onde encontraremos a arrecadação NÃO cair, uma vez que se torna mais
simples, vejamos:
P (A∩B) = 0,08

P (B/A) = (Probabilidade de arrecadação CAIR, sabendo que houve crise


econômica).
Agora como a questão solicita que a arrecadação NÃO cair, temos apenas que calcular o com-
plementar, ou seja, 1 – 0,4 = 0,6. Uma vez que, se para a arrecadação cair é de 0,4, o que falta
para 1, é 0,6(NÃO CAIR).
Letra c.

034. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA/2019) Se Carlos estiver pre-


sente na aula ministrada pela professora Paula, a probabilidade de ele aprender o conteúdo
abordado é de 80%; se ele estiver ausente, essa probabilidade cai para 0%. Em 25% das aulas
da professora Paula, Carlos está ausente.
Com relação a essa situação hipotética, julgue item seguinte.
A probabilidade de Carlos não aprender o conteúdo ministrado pela professora Paula, mesmo
estando presente na aula, é igual a 0,2.

Esse item é simples, uma vez que a probabilidade de ele aprender o conteúdo abordado é
de 80%, logo o complementar, ou seja, a probabilidade de não aprender o conteúdo ministra-
do pela professora Paula é de 20% (0,2). Não podemos esquecer que a probabilidade vai de
0% até 100%.
Certo.

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035. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA/2019) Se Carlos estiver pre-


sente na aula ministrada pela professora Paula, a probabilidade de ele aprender o conteúdo
abordado é de 80%; se ele estiver ausente, essa probabilidade cai para 0%. Em 25% das aulas
da professora Paula, Carlos está ausente.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A probabilidade de Carlos não aprender o conteúdo ministrado pela professora Paula é infe-
rior a 25%.

Para resolver esse item, iremos construir uma tabela que facilitará a nossa interpreta-
ção, vejamos:

PRESENTE NÃO PRESENTE

APRENDE 80% de 75%= 60% 0% 60%

NÃO APRENDE 15% 25% 40%

75% 25% 100%


A probabilidade de Carlos não aprender o conteúdo ministrado pela professora Paula é dada
pela soma 15% + 25% = 40%.
Errado.

036. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA/2019) Se Carlos estiver pre-


sente na aula ministrada pela professora Paula, a probabilidade de ele aprender o conteúdo
abordado é de 80%; se ele estiver ausente, essa probabilidade cai para 0%. Em 25% das aulas
da professora Paula, Carlos está ausente.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
O evento “Carlos não aprendeu o conteúdo ministrado pela professora Paula, dado que estava
ausente na aula.” É evento certo, isto é, a probabilidade de esse evento ocorrer é igual a 1.

Para resolver esse item, iremos construir uma tabela que facilitará a nossa interpreta-
ção, vejamos:

PRESENTE NÃO PRESENTE

APRENDE 80% de 75%= 60% 0% 60%

NÃO APRENDE 15% 25% 40%

75% 25% 100%

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Estatística Descritiva
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Para o evento não presente, temos duas situações, 0% e 25%, ou seja, podemos inferir que
temos um evento nulo (0%) “aprende o conteúdo” e um evento certo (25%) “não aprende o con-
teúdo”. O evento nulo é interpretado como zero, já o evento certo é interpretado como 1.
Certo.

037. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA/2019) Se Carlos estiver pre-


sente na aula ministrada pela professora Paula, a probabilidade de ele aprender o conteúdo
abordado é de 80%; se ele estiver ausente, essa probabilidade cai para 0%. Em 25% das aulas
da professora Paula, Carlos está ausente.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Se Carlos não aprendeu o conteúdo ministrado na aula da professora Paula, então a probabili-
dade de ele ter estado presente na aula é inferior a 50%.

Para resolver esse item, iremos construir uma tabela que facilitará a nossa interpreta-
ção, vejamos:

PRESENTE NÃO PRESENTE

APRENDE 80% de 75%= 60% 0% 60%

NÃO APRENDE 15% 25% 40%

75% 25% 100%


Se Carlos não aprendeu o conteúdo ministrado na aula da professora Paula, então a probabili-
dade de ele ter estado presente na aula é inferior a 50%.
Temos uma condicional “Se Carlos não aprendeu o conteúdo ministrado na aula da professora
Paula”, onde será o nosso universo.
A probabilidade de ele ter estado presente na aula igual a 15%.
P (presente/ não aprendeu) =
Certo.

Exemplo:
De um total de 500 empregados, 200 possuem plano pessoal de aposentadoria complementar,
400 contam com o plano de aposentadoria complementar oferecido pela empresa e 200 empre-
gados possuem ambos os planos. Sorteia-se aleatoriamente um empregado dessa empresa.

 Obs.: Como há uma característica em comum entre os personagens do problema, recomen-


da-se a montagem de um diagrama:

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Estatística Descritiva
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Responda:
a. Qual é a probabilidade de que ele tenha algum plano de aposentadoria complementar?

b. Qual é a probabilidade de que ele não possua qualquer plano de aposentadoria


complementar?

 Obs.: fique ligado na propriedade utilizada nesse item, onde temos a probabilidade de termos
um elemento fora da união, vejamos:

c. Se o empregado conta com o plano de aposentadoria complementar oferecido pela em-


presa, qual é a probabilidade de que ele tenha plano pessoal de aposentadoria complementar?

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d. Se o empregado tem plano pessoal de aposentadoria complementar, qual é a probabili-


dade de que ele conte com o plano de aposentadoria complementar da empresa?

038. (INSTITUTO AOCP/IBGE/ANALISTA CENSITÁRIO – MÉTODOS QUANTITATI-


VOS/2019) Em uma pesquisa cujo objetivo foi investigar as condições do saneamento bási-
co do País junto às prefeituras municipais e empresas contratadas para a prestação desses
serviços, foram incluídas questões como captação, adequação da qualidade e fornecimento
de água através de rede geral de distribuição, entre outras. Os resultados obtidos para um pe-
queno município de 10000 habitantes, quanto à satisfação com as medidas de prevenção de
alagamentos e erosões nos municípios, estão sumarizados na Tabela a seguir, sendo que os
sujeitos participantes da pesquisa foram classificados em: morador da cidade (C), subúrbio (S)
e morador da área rural (R).

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Tabela – Resultados da pesquisa quanto à prevenção de alagamentos e erosões


Satisfeitos (com as medidas). Insatisfeitos (com as medidas)
C 1500 2500
S 2500 1500
R 500 1500
Definindo os eventos:
A: a pessoa escolhida vive na cidade
B: a pessoa não aprova as medidas de prevenção de alagamentos e erosões do município.
Diante do exposto, a probabilidade do evento é:
a) P (D) =0, 55.
b) P (D) = 0, 7.
c) P (D) = 0, 33.
d) P (D) = 0,30.
e) P (D) = 0,82.

Temos uma questão bastante interessante, onde é necessário entendermos sobre teoria de
conjuntos, como visto no início deste módulo.
Vamos primeiramente encontrar os seguintes conjuntos:
Complementar do conjunto A: AC
Sabendo que o conjunto A são as pessoas escolhidas vivem na cidade, o seu complementar
serão as pessoas que não vivem na cidade, vejamos na tabela abaixo os números sombreados:
Satisfeitos (com as medidas). Insatisfeitos (com as medidas)
C 1500 2500
S 2500 1500
R 500 1500
Conjunto B: a pessoa não aprova as medidas de prevenção de alagamentos e erosões do muni-
cípio, ou seja, são as pessoas insatisfeitas. Vejamos na tabela abaixo os números sombreados:
Satisfeitos (com as medidas). Insatisfeitos (com as medidas)
C 1500 2500
S 2500 1500
R 500 1500
O conjunto referente a seguinte operação:
A interseção dos números sombreados simultaneamente nas tabelas anteriores:

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Agora basta determinarmos que , é igual a 1500 + 1500 = 3000.


A probabilidade do evento é dado por
Letra d.

Probabilidade com Eventos Independentes


Considere um baralho usual, com 52 cartas, 13 de cada naipe, do qual será retirada uma
carta. Vamos definir os seguintes eventos:
C = “carta é de copas” R = “carta é um rei” V = “carta é vermelha”
Sabemos que P (C) = 13/52 = 1/4; P(R) = 4/52 = 1/13 e P(V ) = 26/ 52 = 1/ 2. Vamos agora
calcular as seguintes probabilidades condicionais: P(R|C) e P(V|C).
No primeiro caso, estamos calculando a probabilidade de sair um rei, dado que a carta é
de copas e no segundo caso, estamos calculando a probabilidade de sair uma carta vermelha,
dado que saiu uma carta de copas.

No primeiro caso, saber que a carta é de copas não acrescentou informação útil para ava-
liarmos a probabilidade de sair rei, ou seja, saber ou não que saiu copas não altera a probabili-
dade de sair rei. Já no segundo caso, saber que saiu carta de copas faz com que mudemos a
probabilidade de sair carta vermelha. Como podemos ver, se sabemos que saiu carta de copas,
então a carta tem que ser vermelha. Esses exemplos ilustram um conceito importante. No pri-
meiro caso, dizemos que os eventos R e C são independentes e no segundo caso, os eventos
V e C são dependentes. No primeiro caso, o conhecimento da ocorrência de C não ajuda para
reavaliarmos a probabilidade de C; no segundo caso, o conhecimento da ocorrência de C faz
com que mudemos nossa estimativa da probabilidade de V.

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ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva
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Definição
Sejam A e B eventos de um espaço amostral Ω, então, A e B são independentes se:

Exemplo 1:
Os dados apresentados na tabela a seguir, referentes à participação de funcionários de uma
empresa em planos de aposentadoria complementar:

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ESTATÍSTICA
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Sendo eventos E = “empregado tem o plano de aposentadoria complementar da empresa” e P


= “empregado possui plano pessoal de aposentadoria complementar”. Avalie se esses eventos
são independentes.

Como P (P) = 2/5 e o resultado de P(P|E) = 1, então esses eventos não são independentes.
Exemplo 2:
Sejam A e B eventos de um espaço amostral Ω tais que P(A) = 1 /5, P(B) = p e P(A∪B) = 1/2.
Determine o valor de p para que A e B sejam independentes.

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039. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA/2019) Em um espaço de pro-


babilidades, as probabilidades de ocorrerem os eventos independentes A e B são, respectiva-
mente, P (A) = 0,3 e P (B) = 0,5. Nesse caso, P (A∩B) = 0,15.

Essa questão é uma aplicação da definição de eventos independentes:

Sendo P (A) = 0,3 e P (B) = 0,5, temos que P (A ∩ B) = P(A) x P(B) = 0,3 x 0,5= 0,15.
Certo.

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040. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA/2019) Em um espaço de pro-


babilidades, as probabilidades de ocorrerem os eventos independentes A e B são, respectiva-
mente, P (A) = 0,3 e P (B) = 0,5. Nesse caso, P (A∪B) é superior a 0,7.

Dado que P (A∪ B) = P (A) + P (B) – P (A∩B), e sabendo que P (A∩B) = 0,15, uma vez que os
eventos são independentes, como visto no item anterior, temos:
P (A∪ B) = 0,3 +0,5 – 0,15
P (A∪ B) = 0,8 – 0,15= 0,65
Errado.

041. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA/2019) Em um espaço de pro-


babilidades, as probabilidades de ocorrerem os eventos independentes A e B são, respectiva-
mente, P (A) = 0,3 e P (B) = 0,5. Nesse caso, P (B/A) = 0,2.

Sabendo que os eventos são independentes, temos:

Assim, pela definição, temos:


P (B/A) = P (B) = 0,3.
Errado.

DICA:
Vamos listar algumas propriedades importantes, para em se-
guida responder algumas de questões de concursos, ok?

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ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva
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Exemplo:
As probabilidades dos eventos aleatórios A = “o infrator é submetido a uma pena alternativa” e
B = “o infrator reincide na delinquência” são representadas, respectivamente, por P (A) e P (B).
Os eventos complementares de A e B são denominados, respectivamente, por e A e B. Conside-
rando que P (A) = 0,4, e que as probabilidades condicionais P (B| A) = 0,3 e P (B|A) = 0,1, julgue
os itens a seguir.

01. 0,01 < P (A∩B) < 0,05.

Certo.

02. P (A∪B) > 0,6.

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ESTATÍSTICA
Estatística Descritiva
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Errado.

03. P(B) ≤ 0,2

Errado.

04. A e B são eventos dependentes.

Certo.

05. 0,15 < P(A|B) < 0,20.

Certo.

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Estatística Descritiva
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COMENTÁRIO DO DESAFIO 02:

De um baralho de 40 cartas, foram extraídas simultaneamente 2 cartas. Qual é a


probabilidade de ter somente um Ás entre as duas cartas?
a) 6/65.
b) 1/130.
c) 2/195.
d) 12/130.
e) 12/65.

Sabemos que o nosso universo S= 40 (tudo o que temos).


Quando uma questão citar que os eventos são realizados simultaneamente,
podemos interpretar que acontecem sem reposição.
Sabemos que um baralho temos 4 cartas de Ás. Ok?
É importante observarmos que queremos ter apenas uma carta de Ás, logo temos
as seguintes possibilidades:
1ª POSSIBILIDADE: Ter uma carta de Ás na primeira retirada e não ter na
segunda retirada.
1ª carta (Ás) e 2ª carta (não Ás)

2ª POSSIBILIDADE: Ter uma carta de Ás na segunda retirada e não ter na


primeira retirada.
1ª carta (Ás) e 2ª carta (não Ás)

Agora somamos as duas possibilidades e em seguida simplificando:

Letra e.

Sucesso e mande notícias de sua aprovação.

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Josimar Padilha
Professor do Gran Cursos Online. Ministra aulas presenciais, telepresenciais e online de Matemática Básica,
Raciocínio Lógico, Matemática Financeira e Estatística para processos seletivos em concursos públicos
estaduais e federais. Além disso, é professor de Matemática e Raciocínio Lógico em várias faculdades do
Distrito Federal. É servidor público há mais de 20 anos. Autor de diversas obras e palestrante.

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