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É PRECISO RECONSTRUIR OS MUROS

    A família está em crise na sua estrutura e sua natureza. Com a maneira pós-moderna de pensar, os
marcos de sustentação da família foram removidos ou mesmo diluídos, fazendo retornar ao caos em
muitos casos. Isaias viu os muros como a “salvação”, ao pensar nos habitantes de Jerusalém: “... aos
teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas, Louvor” (Isaías 60. 18b). Os muros constituem os
limites que dão garantia e proteção. Os muros dos preconceitos e de conhecimentos quase nulos têm sido
desfeitos. Isto é bom! Lamentável é que juntamente com estes, tem se permitido desmoronar também
muitos valores que estão na base da edificação da família, expondo-a às crises e desmoronamento. A
diluição do conceito de disciplina entre pais e filhos abriu caminho largo para uma liberdade que se
confunde com liberalidade. O compromisso conjugal responsável, já esvaziado, compromete a qualidade
de toda uma sociedade. A Palavra de Deus adverte: “Não useis da liberdade para dar ocasião à carne”
(Gálatas 5.13). Não dar importância a recomendações como esta, faz estrago na família e nas relações
sociais em geral. Prova-o a estatística da AIDS, somada à estatística das mães solteiras e tantos outros
problemas familiares conseqüentes do abuso da liberdade. Muitos lares já se desfizeram porque um ou
outro de seus membros, deu “ocasião à carne”, na satisfação de desejos impuros e inconseqüentes.
Reconstruir os valores é coisa urgente!

    Reconstruir os muros é muito importante. Quando se lê a experiência de Esdras e Neemias, líderes dos
judeus quando retornavam do cativeiro babilônico para a Palestina, cerca de 450 a. C, pode se avaliar a
alegria daquelas famílias ao verem os muros reconstruídos. Os pesados portões de madeira fechando as
entradas da cidade, impediam a invasão dos inimigos, restaurando, assim, o sentimento de segurança,
dando-lhes a certeza de proteção contra 0 que lhes era inconveniente. Todavia, essa alegria tornou-se
mais explosiva ao acharem em meio aos escombros o Livro da lei de Moisés, aguçando naquelas famílias
a sede de lê-lo para entenderem a dimensão vertical e espiritual da vida em família. A reconstrução
horizontal da cidade não era o bastante. A engenharia vertical é que possibilita a reestruturação completa
da vida e da família, à medida que se restauram os valores morais da verdade, liberdade e autoridade, os
valores éticos da empatia, tolerância e solidariedade, os sentimentos de afeto, acolhimento e amor.
Steuernagel referindo-se àquele tempo dos judeus, declara: “Quando a palavra foi lida, o povo chorou de
arrependimento. ...declarou-se nova festa... regada a carne gorda e bebidas doces, o povo reencontrou
com o seu Deus... com o outro, com a sua comunidade e consigo mesmo”. (Revista Ultimato, nº 279, p.
45). Nossa geração precisa disso igualmente!

     Estou certo de que a nossa presente geração precisa reencontrar a Palavra que nos leva ao encontro
com o Criador da vida, instituidor da família. Aquele que estabeleceu, em princípios e revelações, os
ingredientes necessários à edificação de uma existência prazerosa e que vale a pena. Quantos têm
reencontrado o Livro, adquirem o conhecimento de que a vida pertence a Deus e que só nele tem o
verdadeiro significado. Vamos pensar nisso no decorrer de maio?

Rev. Eldman Francklin Eler


Capelão Universitário

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