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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS


FACULDADE DE GEOGRAFIA

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO DE JOSÉ DE SOUSA MARTINS


“O CATIVEIRO DA TERRA”

Palavras chaves: Colono. Café. Escravo. Imigração. Industria. Proprietários

Trabalho apresentado como avaliação parcial


Da disciplina; Geografia Agraria, ministrada
Pelo Prof. Dr. Rogério Rego Miranda. Turma:
LGF01029 Discente:
Dionni Freitas Furtado 202140206033
Natiane Mendes e Silva 202140206065

MARABÁ
2023
INTRODUÇÃO
O livro "O Cativeiro da Terra", escrito pelo sociólogo brasileiro José de Sousa Martins, é
uma obra fundamental para se compreender a problemática agrária no Brasil. Publicado
originalmente em 1981, o livro apresenta uma análise histórica, sociológica e antropológica da
relação entre a terra e o trabalho no país, desde o período colonial até a época contemporânea.
Martins parte da ideia de que a concentração de terras e a exploração do trabalho rural são
fundamentais para se entender a dinâmica social e econômica do país. Para isso, ele realiza uma
análise cuidadosa das estruturas agrárias no Brasil, desde a formação das grandes propriedades
rurais no período colonial até a modernização agrícola promovida pelo Estado na década de
1960. Ao longo do livro, o autor utiliza uma ampla base de dados e informações para sustentar
suas argumentações, incluindo estatísticas, documentos históricos e relatos de campo. Ele
apresenta uma série de casos concretos que ilustram a situação de exploração e opressão a que
são submetidos os trabalhadores rurais no país, evidenciando a violência e a injustiça que
marcam as relações de poder no campo. Martins faz uma crítica contundente ao modelo de
desenvolvimento adotado pelo Brasil, que privilegia o agronegócio em detrimento da agricultura
familiar e camponesa. Ele denuncia a concentração de terras, a expropriação dos camponeses e a
exploração do trabalho rural como elementos centrais dessa dinâmica, que gera uma série de
desigualdades sociais e econômicas no país. Além disso, Martins mostra que a luta pela terra e
pela reforma agrária é uma questão fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária no Brasil.
A seguir apoiando-se nas ideias de Jose de Souza Martins, abordarei no primeiro
momento como se dá, a produção capitalista de relações não capitalista de produção: o regime do
colonato nas fazendas de café, no segundo momento, abordarei como se deu a imigração
espanhola e italiana para o brasil e a formação da força de trabalho na economia cafeeira entre
1880 – 1930, já no terceiro e último momento, abordarei como se deu a gênese da
industrialização em São Paulo apoiado na economia do café.

A PRODUÇÃO CAPITALISTA DE RELAÇÕES NÃO CAPITALISTA DE


PRODUÇÃO: O REGIME DO COLONATO NAS FAZENDAS DE CAFÉ.
Ao se tratar do campesinato no brasil, 2 (dois) pontos devem ser levados em
consideração; o primeiro A lei de Terras de 1850 “e sem nenhuma relação” (contém ironia) e o
fim do tráfico negreiro no brasil também em 1850. O primeiro que irei debater será o fim do
trafico negreiro, fato esse que trouxe prejuízo para os proprietários de escravo, fazendo seu preço
aumentar rapidamente, assim como pontuou MARTINS (2013) “Quando foi proibido o tráfico
negreiro, em 1850, houve uma acentuada e compreensível elevação no preço dos escravos Com a
cessação do tráfico, os preços se elevaram a quase o dobro” o quadro a seguir mostra a evolução
dos preços após e fim do tráfico dos escravos.
Como havia citado anteriormente, o outro fator que tem como ponto central da discursão,
é a criação da lei de terras de 1850, como intuito de compensar os latifundiários da época, que já
viam que a escravidão estava próxima do seu fim, devido o fim do tráfico de negros, e as
pressões principalmente do governo britânico, o governo criou a lei de terras de 1850 concebida
com o propósito de impedir com escravos e imigrantes conseguissem a posso de propriedades no
campo braseiro. Fazendo com que apenas pessoas de posse poderiam obter a titulação das
propriedades no brasil, foto esse que separou mais ainda as classes no brasil, empurrando os
escravos que eram libertos para os cortiços das grandes cidades, antes da criação da lei, o sistema
que funcionava no brasil eram o de sesmarias, onde as terras no brasil eram distribuídas pelo
Imperador, “A carta de sesmaria tinha precedência sobre a mera posse, razão porque em geral o
sesmeiro ou comprava a roça do ocupante, ou o expulsava ou, era a regra mais geral, em tempos
mais recuados, o incorporava como agregado de suas terras” MARTINS (2013).
Com o entendimento desses dois pontos agora podemos entra no ponto de destaque do
capítulo, que é o modo de produção camponesa, que tem algumas particularidades, entre elas o,
recusa do modo capitalista de produção, o trabalho familiar, a grande chagada de imigrantes,
vindos principalmente da Europa, e uma certa substituição do trabalho cativo, já que os grandes
proprietários por puro preconceito acreditavam que o ex escravo era incapaz de executar o
trabalho assalariado.
A produção capitalista de relações não capitalistas de produção expressa não apenas uma forma
de reprodução ampliada do capital, mas também a reprodução ampliada das contradições do
capitalismo - o movimento contraditório não só de subordinação de relações pré-capitalistas ao
capital, mas também de criação de relações antagônicas e subordinadas não capitalistas. Nesse
caso, o capitalismo cria a um só tempo as condições de sua expansão, pela incorporação de áreas e
populações às relações comerciais e os empecilhos à sua expansão, pela não mercantilização de
todos os fatores envolvidos, ausente o trabalho caracteristicamente assalariado. Um complemento
da hipótese é que tal produção capitalista de relações não capitalistas se dá onde e enquanto a
vanguarda da expansão capitalista está no comércio. Em suma, onde o capitalismo não se realiza
plenamente, como no caso do colonato, dissemina a dinâmica capitalista e até uma híbrida
mentalidade capitalista que fazem com que a economia funcione como economia capitalista,
mesmo não o sendo plenamente, a sociedade ainda organizada com base em relações sociais e
valores de orientação pré-modernos.
JOSE DE SOUSA MARTINS

O fato é que muitos latifundiários recusaram-se a aceitar o fato de que a escravidão


estaria chegando ao fim, começaram a perceber que o que gerava riqueza em suas fazendas era o
trabalho, e não só a posse da terra, como mostra Martins a seguir “Na própria década da abolição
da escravatura, já estava claro que o trabalho criava valor e que esse valor não se confundia com
a pessoa do escravo, mas era o que se materializava nas coisas produzidas pelo trabalho, fosse
ele escravo ou livre” MARTINS (2013).
Com o eminente fim da escravidão, o governo iniciou um extenso processo de imigração
para o brasil – principalmente para o estado de São Paulo nas fazendas de café – em momentos
o governo era o financiador da vinda desses imigrantes, e em outros momentos era o próprio
fazendeiro que responsabilizava-se por essa missão, quando o fazendeiro executava essa tarefa o
imigrante vinha direto para a fazenda, e lá ele se alojava e começava a trabalhar na fazenda na
limpeza e plantio do café, em troca de pagar aquela divida adquirida com a sua vinda para o
brasil, divida essa que era bastante alta, já que quando o colono chegava ele trazia todo sua
família, o que tornava bastante grande essa dívida, quase que o transformando em um escravo
livre.

Aos olhos de um dos colonos, tais fatos significavam que "o colono europeu só vale mais do
que os negros africanos pelo fato de proporcionar lucros maiores e de custar menos dinheiro".
O colono Thomas Davatz, em suas conhecidas memórias, infere daí toda a problemática
realização do trabalho livre nas condições da economia brasileira. O princípio da propriedade
tendia a dominar todos os fatores envolvidos no processo produtivo: "o solo é propriedade do
patrão e os moradores o são de certo modo". Isso se devia basicamente a que, tendo feito
despesas na importação da mão de obra, o fazendeiro sentia-se impelido a desenvolver
mecanismos de retenção dos trabalhadores em suas terras, como se fosse seus donos: "os
patrões [...] quase não dão dinheiro aos seus colonos, a fim de prendê-los ainda mais a si ou às
fazendas". Desse modo, o trabalhador não entrava no mercado de trabalho como proprietário
da sua força de trabalho, como homem verdadeiramente livre. Quando não estava satisfeito
com um patrão, querendo mudar de fazenda, só podia fazê-lo procurando "para si próprio um
novo comprador e proprietário", isto é, alguém que saldasse seus débitos com o fazendeiro
JOSE DE SOUSA MARTINS

Nessa relação o colono ficava responsável pela limpeza do terreno, o plantio do café, seus
cuidados até os 4 (quatro) anos de vida da planta, a primeira colheita dos pês de café
normalmente ficavam para o colono, durante esses 4 (quatro) anos, em meio as ruas entre os
cafezais, o colono era permitido cultivar alguns gêneros alimentícios como por exemplo; Arroz,
Mandioca, Milho, Legumes, Feijão e entre outros, após o final desses 4 (quatro) anos, o cafezal
era entregue ao proprietário da fazenda e ai sim ele começava a obter lucros exorbitantes daquela
plantação – já que o solo daquela região era extremamente fértil – em muitos casos o dono da
fazenda preferia que aquele colono permanecesse na propriedade para executar a colheita
daquele cafezal, que daí começou a prática do sistema salarial de (terça, ou quarta) e no caso da
Amazônia o sistema de Aviamento. “durante os 4 ou 5 anos do contrato, os colonos vivem
principalmente do produto do milho (além do feijão, o arroz e batata etc. em menor escala),
cultivados, conforme dissemos, entre os cafeeiros e que, graças à fertilidade do solo, oferece
abundantes colheitas, vendidas diretamente ou utilizadas na criação e engorda de suínos e aves
domésticas” MARTINS (2013).

A IMIGRAÇÃO ESPANHOLA E ITALIANA PARA O BRASIL E A


FORMAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO NA ECONOMIA CAFEEIRA
ENTRE 1880 – 1930
A ideia que grande parte da população tem dos imigrantes e em grande parte pautada do
que nos foi mostrado por programas de tv e telenovelas, porém como mostra Jose de Sousa
Martins, isso não era bem o caso, enquanto imigrantes italianos começavam a montar indústrias
na região de São Paulo, a imigração espanhola estava estratificada em classes sociais: havia
camponeses sem terra, operários, comerciantes, capitalistas, artesãos, além de intelectuais. A
imigração espanhola, ao contrário, foi predominantemente de camponeses . ou seja, como os
italianos chegaram primeiro, esse processo proporcionou com que eles acumulassem um capital
à mais ajudando eles a ingressarem em uma outra classe econômica, já no caso dos imigrantes
espanhóis como foi pontuado, eles tiveram que substituir esses italianos nas novas lavouras de
café que já estavam se espalhando para foram do estado de São Paulo, como mostra o trecho a
seguir;
Na sua maioria, os imigrantes espanhóis eram camponeses que chegaram ao Brasil com a
família, imigrando em definitivo, indo diretamente para o interior, para as fazendas, na maioria
realmente pobres, cuja viagem fora subvencionada pelo governo brasileiro. Além disso, em
maior proporção foram para as zonas novas, onde as terras eram de menor qualidade ou menos
férteis do que nas zonas mais antigas, as do chamado oeste velho. E eram menores as
oportunidades de ascensão social pelo trabalho nos cafezais. Em outros termos, o imigrante
espanhol chegou ao Brasil numa época de poucas oportunidades. Quando o imigrante italiano
chegara, o futuro do imigrante era definido por uma perspectiva camponesa e por uma relação
de trabalho que, em grande parte, era uma variação das condições de vida camponesas.
JOSE DE SOUSA MARTINS
Essas informações trazem um grande contrassenso, enquanto a população negra do brasil
estava há mais de 350 anos no brasil, e ainda continuavam miseráveis, esses imigrantes
Europeus, em poucos anos acabaram tornando-se donos de propriedades, o que já mostra-se a
grande desigualdade que ainda e sentida pela população negra nos dias atuais.
Em um parte do texto, MARTINS mostra que em 1920 o brasil possuía em torno de 1
milhão e 600 mil estrangeiros, entre eles; Italianos, Alemãs, Espanhóis e Japoneses, algo em
torno de 6.5% da população o brasil, já que estimativas do IBGE apontam, que em 1920 o brasil
possuía algo em torno de 25 a 30 milhões de habitantes, dados esses que mostram o grande fluxo
de imigrantes que chegaram no brasil nesse período, lembrando que estamos falando do início do
século XX, onde os meios de transporte eram extremamente precários.

A GÊNESE DA INDUSTRIALIZAÇÃO EM SÃO PAULO APOIADO NA


ECONOMIA DO CAFÉ.
O autor começa fazendo uma descrição de como o café foi introduzido no Brasil e como
aceleradamente se tornou uma das principais commodities de exportação do Brasil. O país se
tornou o principal produtor e exportador de café do mundo, o que acarretou grande lucro para os
fazendeiros e para o país como um todo.

contudo, o livro relata que para os trabalhadores rurais e para o meio ambiente essa
riqueza veio a um custo muito alto. A exploração dos trabalhadores nas fazendas de café, muitos
dos quais eram escravos até a abolição da escravatura em 1888, foi brutal e muitas vezes resultou
em mortes e doenças. Também houve um enorme impacto ambiental causado pelo
desmatamento e pela monocultura do café. O autor verifica o papel dos intermediários no
comércio de café, como os comissários e negociantes, que controlavam os preços e tiravam
proveito da produção das fazendas. Ele relata também a importância do café para a construção de
grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, que se tornaram centros urbanos e comerciais
valorosos. Além do mais, Martins acentua que o café era considerado um produto de luxo, que
era consumido por pessoas de elite em todo o mundo. Ele argumenta como o comércio do café
ajudou a consolidar as relações de poder globais, e lastima que a maior parte do lucro tenha ido
para outros países e para as mãos de uma minoria.

Em simetria as relações de classe e a produção ideológica da noção de trabalho, o autor


faz uma investigação profunda do papel do trabalho na sociedade brasileira e como essa noção
foi construída e utilizada ao longo dos anos para controlar a população trabalhadora. O autor faz
uma descrição das várias formas de trabalho existentes no país, desde o trabalho escravo até o
trabalho assalariado, apontando as diferentes relações de poder presentes em cada uma dessas
formas. Ele fala que o trabalho não é apenas uma questão econômica, mas também uma questão
política e social, que deve ser entendida dentro de um cenário mais amplo de relações de classe.

No decorrer do texto ele questiona a ideologia do trabalho no contexto nacional,


atestando como essa ideia foi construída para justificar a exploração dos trabalhadores e para
controlar seus anseios políticos. Ele enuncia como a ideologia do trabalho foi usada para criar a
utopia de que o trabalho livre e assalariado seria uma forma de elevação social, quando na
verdade a maioria dos trabalhadores permanecia na mesma posição social de seus pais. Também
é feito uma verificação interessante das greves e dos movimentos trabalhistas no Brasil, expondo
como esses movimentos foram controlados e reprimidos pelas elites políticas e empresariais. O
autor explica que essas elites manipularam a ideologia do trabalho para fazer com que os
trabalhadores aceitassem condições de trabalho precários e salários baixos, enquanto ao mesmo
tempo preservavam o controle do poder político-cultural no país.

Com relação ao café e a gênese da industrialização em São Paulo o autor faz uma análise
minuciosa em relação ao papel do café na formação econômica, social e cultural da cidade de
São Paulo. O autor fala a respeito do processo de expansão do café no país, demonstrando como
essa cultura foi responsável pela transformação do Brasil em um grande produtor de café
durante o século XIX. Ele enfatiza que o café foi um dos principais agentes da economia
brasileira durante esse período, gerando capital para as elites agrárias no país.

Martins também fala do processo de industrialização em São Paulo, expressando como o


café foi a principal matéria-prima utilizada pelos industriais na produção de tecidos, alimentos e
outros produtos manufaturados. Ele diz que a industrialização em São Paulo só foi possível
graças à enorme quantidade de capital acumulado pelos cafeicultores, que investiram na
construção de fábricas e na compra de maquinário. Nessa conjunção faz–se também um relato
detalhado da formação da classe trabalhadora em São Paulo, mostrando como os trabalhadores
migrantes do campo foram atraídos pelas oportunidades de trabalho nas fábricas da cidade. Ele
menciona que a industrialização em São Paulo esteve marcada pela exploração desses
trabalhadores migrantes, que viviam em condições precárias e recebiam salários baixos. É
explanado sobre o papel do Estado na formação da economia paulista, ele mostra como o Estado
atuou em prol das elites agrárias e industriais. Ele menciona que o Estado garantiu o controle
político e econômico das elites e criou leis que beneficiavam a exploração dos trabalhadores.

Quando é referido sobre os Empresários e trabalhadores de origem italiana no


desenvolvimento industrial brasileiro, o autor analisa a imigração italiana no Brasil e seu papel
no desenvolvimento da indústria paulista durante o período entre 1880 e 1914. O autor discorre
sobre o cenário na Itália na época, mostrando como a pobreza e a falta de oportunidades levaram
muitos italianos a migrar para o Brasil em busca de uma vida mais favorável. Ele argumenta que
os imigrantes italianos foram atraídos pelas oportunidades de trabalho nas lavouras de café e nas
fábricas de São Paulo.

Em sequência, Martins fala sobre o papel dos imigrantes italianos na formação da classe
trabalhadora em São Paulo, expondo como eles eram incumbidos por grande parte da mão-de-
obra nas fábricas de São Paulo. Ele argumenta que esses trabalhadores eram explorados pelos
empresários brasileiros, que ofereciam salários muitos baixos e situações precárias de trabalho. O
autor então avalia o vínculo entre os empresários brasileiros e os imigrantes italianos,
demostrando como esses últimos foram hábeis em fazer suas próprias empresas e concorrer com
os empresários nativos. Ele argumenta que muitos imigrantes italianos se encontravam propensos
a trabalhar duro e arriscar tudo para fundar um negócio próprio, o que levou a uma fortificação
da concorrência no mercado. Por fim, o Martins discute a herança dos imigrantes italianos na
indústria paulista, destacando como eles foram responsáveis por muitas inovações na produção
de tecidos, alimentos e outros produtos manufaturados. Ele argumenta que a herança desses
imigrantes continua viva em São Paulo até hoje, e que eles são uma parte fundamental da história
da cidade.

No geral, a segunda parte do livro é uma leitura fascinante e detalhada sobre o comércio
de café no Brasil e suas consequências sociais, econômicas e ambientais. É uma leitura essencial
para quem deseja entender a história econômica do Brasil e as lutas sociais que surgiram como
resultado do desenvolvimento desigual do país e também para quem deseja compreender as
relações de poder no Brasil e a forma como a ideologia do trabalho foi usada para controlar a
população trabalhadora. O autor faz uma síntese crítica sobre a história do trabalho no Brasil e
como essa história é usada para justificar a desigualdade social e as relações de exploração
presente no país. É de suma importância para quem quer compreender a formação da economia
brasileira e o processo de industrialização em São Paulo. O autor faz um diagnóstico sobre a
relação entre a produção de café, a industrialização e as relações de classe no Brasil. Por fim, o
livro é um estudo detalhado e bem escrito sobre a imigração italiana no país e seu papel no
desenvolvimento da indústria paulista. O autor oferece uma perspectiva crítica e bem
fundamentada sobre a relação complexa entre empresários e trabalhadores na economia
brasileira.

REFERENCIAS E BIBLIOGRAFIA;

MARTINS, José de Souza. O cativeiro da terra. 9ª ed. São Paulo: Hucitec, 2013.

https://brasil500anos.ibge.gov.br/estatisticas-do-povoamento/evolucao-da-populacao-
brasileira.

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