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Esta obra, escrita pelo sociólogo José de Souza Martins, trabalha a questão do processo de transição do
trabalho escravo para o trabalho livre. O propósito do autor, com isso, é desvendar o ritmo das formas de
disseminação do capitalismo no Brasil, refutando a afirmação que a crise do trabalho escravo resultou na
utilização do trabalho assalariado. Como este livro está dividido em duas partes, que representam uma
continuidade e consequência, o dividimos em tópicos.
Traduzindo….Martins afirma, que a passagem da substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre
não foi um processo fácil e rápido. O trabalhador entrou no processo produtivo como renda capitalizada,
pois o fazendeiro tinha que pagar o transporte, alimentação e instalação do colono e sua família. Chegou
um momento em que os colonos tomaram conhecimento de que estavam sendo explorados e se
revoltaram. Como resultado dessa revolta, os cafeicultores modificaram os critérios de absorção do
trabalho dos colonos. Resultando destas, surgiram diversas modalidades de relacionamento entre colonos
e fazendeiros, mantendo-se a exploração do colono, porém de maneira mais discreta.
As mudanças na mentalidade da sociedade burguesa brasileira e
industrialização de São Paulo
Plantação de arroz no Oeste paranaense. Foto: SANTOS,Manoel, 2009.
O desenvolvimento da indústria de São Paulo no período de 1870 a 1905, se deu aos poucos, com os
fazendeiros se dedicando a vários negócios como comércio, bancos, ferrovias, indústrias, comércio
imobiliário, entre outros. Martins então começa a abordar o que ele chama de morte do burguês mítico,
demonstrando os três mecanismos ideológicos de sustentação da dominação de classe: