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Resumo:
Este ensaio, surge como atividade de avaliação da disciplina (xxxx) pretende
problematizar os mecanismos de transformação de familias camponesas em famílias
aptas a agricultura familiar, conceito anexo aos ditâmes do agronegócio, a
conformação das políticas públicas de assentamentos fundiários, Esta determinação
nas relações de trabalho no campo evidencia a “Modernização pelo alto” que
caracteriza a Revolução Burguesa no Brasil". Com intenção de compreensão acerca
desta particularidade da formação brasileira pretendendo flexionar altenativas de
comprensãao que medie o universal com o singular criando canais em rumo a
totalidade da compreensão das relações sociais no Brasil.
Palavras Chaves:
INTRODUÇÃO
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O Capitalismo “á brasileira” se moldou desde a passagem do sistema Escravista
Colonial para o trabalho livre, tem na família camponesa, centralidade, das relações
sociais, como espaço de reprodução material e social, da lenta e gradual modernazição
denomina de revolução pelo alto. pelo alto que caracteriza a “Revolução Burguesa no
Brasil” (FERNANDES, 2005).
“Ao invés das velhas forças e relações sociais serem extirpadas através de amplos
movimentos populares de massa, como é característico da ‘via francesa’ ou da ‘via
russa’, a alteração social se faz mediante conciliações entre o novo e o velho, ou seja,
tendo-se em conta o plano imediatamente político, mediante um reformismo ‘pelo alto’
que exclui inteiramente a participação popular (…) De sorte que o “verdadeiro
capitalismo” alemão é tardio, enquanto o brasileiro é híper-tardio. A no Brasil a
industrialização principia a se realizar efetivamente muito mais tarde” (CHASIN)
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Ocorreu uma cisão conceitual de família camponesa e família de pequeno agricultor, enquanto a primeira
mantêm aspectos nato ao seu modo campesino de relação com a terra, as famílias inseridas no conceito de
agricultura familiar já cumprem os ditames do agronegócio.
O camponês corresponde a outro grupo, que pratica relações não-capitalistas e
busca reproduzir sua família e seu modo de vida e tem resistido ao longo do tempo
aos ditames do capital, produzindo praticamente uma agricultura de subsistência.
Ainda é preciso apontar que esta pesquisa possui um caráter exploratório, por
“[...] proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito ou a construir hipóteses” (GIL, 2002, p. 41) a partir das bases do Serviço
Social, uma vez que ainda é abordado de forma insipiente pela profissão, seja no
plano teórico, seja naquele técnico profissional.
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1 DETERMINAÇÕES COLONIAIS DA FAMÍLIA CAMPONESA
Mesmo nas famílias escravas, quando a relação com seu donos permitiam, ja
vigorava o modelo patriarcal, com afigura masculina sendo o “coronel” da família.
Logo conceitos como “patriarcalismo” (FAORO< ano?pg?) e coronelismo (LEAL ,
ano, p) fazem parte da dialética radical necessária para delinear o uso das famílias ao
capitalismo tupiniquim.
Na transição para o capitalismo teve seu próprio percurso e seu próprio ritmo.
Tem sido transição vagarosa, extraviada nos atalhos de inovações sociais e
econômicas tópicas, que nos permitem ser o que não somos e chegar aonde não
podemos. Saltos sobre o bloqueio do atraso. O fato singular de que a economia do
café, no Brasil, tenha florescido com base no trabalho escravo e tenha tido um
segundo desenvolvimento espetacular com base no trabalho livre constitui
referência sociológica de fundamental relevância para o estudo crítico de um dos
complicados temas das ciências sociais nesse cenário peculiar: o da transição de
um modo de produção a outro. MARTINS p.4
A família colonial hegemônica era caracterizada por uma relação não intimista,
de isolamento da figura feminina e escasso desenvolvimento econômico e social,
(PINHEIRO, 2018). Esta condicionante é a raiz cultural do posicionamento
oligárquico, e, concentra na figura masculina o poder sobre a entidade familiar, seus
membros e organizações.
Este salto para trás, em busca de formas pré-capitalistas de entificação social para
desenvolvimento do capitalism, o fator escravidão representa o esteio da sociedade
brasileira, pois ela é a semente da acumulação capitalista e articula visceralmente duas
regressividades: o atraso nas relações sociais e regressividade econômica. O
“patriarcalismo conceito deste governante familiar ou politico local, cuja figura
confundia-se com o próprio Estado, exercia um poder autoritário e centralizado”
(FAORO, 1958. p 124). Enquanto o coronelismo ratifica o poder privado;
determinantes históricos objetivos que condicionam a vida dos indivíduos sociais, quanto
dimensões subjetivas, fruto da ação dos sujeitos na construção da história. Ela expressa,
portanto, uma arena de lutas políticas e culturais na disputa entre projetos societários,
informados por distintos interesses de classe na condução das políticas econômicas e sociais
(IAMAMOTO, 2011, p. 156)
De acordo com Oliveira (2002), há uma barbárie das elites brasileiras em relação à
luta dos camponeses pela terra, o autor chama atenção para o fato de que a
modernização conservadora é a própria lógica destrutiva do capital que pode ser
entendida a partir das lutas dos movimentos sociais. Dentre os quais destaca se em
nível mundial a “Via Campesina5” e nacional o “MST6”
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pequenos sítios, ou eventualmente trabalhando como parceiros ou rendeiros em várias
regiões do país, e também em situações específicas de trabalho na cidade (SIMONETTI,
1999, p. 115-116).
plenitude. Distribuir terras e assentar famílias tem sido a prática da reforma agrária
no Brasil. A Reforma Agrária ainda é uma política pública não realizada para o
desenvolvimento da agricultura no Brasil. Há efetivamente a necessidade de uma
Reforma Agrária no Brasil, que respeita as particularidades regionais, sociais e culturais,
com uma política pública de acesso a terra, e liberdade ao agricultor de integração ou
não ao mercado, que lhe permita dignas condições de produção e de vida.
Ainda é preciso apontar que esta pesquisa possui um caráter exploratório, por “[...]
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a construir hipóteses” (GIL, 2002, p. 41) a partir das bases do Serviço Social, uma vez
que ainda é abordado de forma insipiente pela profissão, seja no plano teórico, seja
naquele técnico profissional
cerne elementar que vai de encontro com diversas lutas de superação de desigualdades
e modelos que permitem ofuscar outras formas de relações e acabam por se estabelecer
como um elemento padrão que orbitou a forma como se tratou a questão social no
Brasil. (PINHEIRO,2018, P.10)
Tanto a agricultura familiar quanto a camponesa recorre comumente a produção
Agrícola baseadas no trabalho familiar como principal fonte de mão-de-obra, porém
na primeira situação pode ocorrer a contratação de terceiros, a depender dos estímulos
BIBLIOGRAFIA
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