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ESCOLA ESTADUAL “JOÃO BATISTA DE CARVALHO”

HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO


PROFESSORA: Larissa Duarte 4° BIMESTRE

A América Espanhola

O descobrimento da América é como ficou conhecida a chegada dos espanhóis aqui, em 12 de outubro
de 1492, em uma ilha que pertence às Bahamas atualmente. A chegada dos europeus nesse contexto
aconteceu pela expedição de Cristóvão Colombo, navegante genovês que comandou três embarcações
financiadas pela Espanha.
A chegada dos europeus à América está inserida no cenário das grandes navegações e marcou o início
oficial da disputa por terras a serem colonizadas.
Contexto do descobrimento da América
A chegada dos europeus à América fez parte do processo das grandes navegações, o qual se estendeu por
todo o século XV e foi encabeçado pelos portugueses em grande parte. Uma série
de avanços tecnológicos permitiram melhorias na navegação marítima, e, além disso, existia toda
uma motivação econômica por trás dessa empreitada.
A conquista da Constantinopla pelos otomanos, em 1453, tinha criado grandes dificuldades para os
europeus acessaram o comércio oriental. As mercadorias obtidas no Oriente, sobretudo as especiarias,
eram muito valorizadas, e, portanto, a sua obtenção trazia consigo enormes chances de lucro. Sendo assim,
as grandes navegações foram realizadas de acordo com os interesses comerciais dos europeus.
Ao longo do século XV, os portugueses realizaram uma série de expedições de exploração no Oceano
Atlântico e descobriram vários locais, como Madeira e Açores, além de terem estabelecido feitorias no litoral
africano, estabelecendo relações comerciais na África. Na década de 1480, conseguiram contornar o sul
desse continente, abrindo o caminho para a Índia. O pioneirismo português explica-se porque o país
reunia condições ideais para tal empreendimento.
No caso espanhol, as iniciativas foram muito tímidas, e os reis católicos, Fernando de Aragão e Isabel de
Castela, só permitiram uma expedição do tipo depois que os mouros foram expulsos da Península Ibérica,
em 1492. Nesse momento, um genovês tinha uma proposta de expedição para alcançar a Índia: Cristóvão
Colombo.

Cristóvão Colombo
Cristóvão Colombo era um navegante genovês de grande experiência, e, no final do século XV, ele
procurava alguém para financiar sua expedição para a Índia. Ele advogava pela ideia da
esfericidade da Terra e, portanto, defendia que, navegando-se para o oeste, era possível alcançar-se o
Oriente. Ele passou a defender essa teoria após anos de estudos, mas, ainda assim, tinha algumas ideias
equivocadas.
Ele acreditava que a Terra fosse menor do que de fato o é e que uma viagem para a Índia pelo oeste seria
curta, pois pensava que o Oceano Atlântico fosse estreito. Assim, procurou interessados para financiar sua
expedição em Portugal, local onde ela foi negada duas vezes, na Inglaterra, e trocou cartas com a França,
mas não teve respostas positivas.
Expedição de Colombo
Colombo então foi à Espanha, e, depois de anos de audiências e negociações, os reis católicos (Fernando
de Aragão e Isabel de Castela) concederam o financiamento exigido por ele para que a expedição fosse
possível. Foram preparadas três embarcações chamadas Niña, Pinta e Santa María.
A expedição de Colombo partiu de Palos de la Frontera, na Espanha, em 3 de agosto de 1492, em direção
às Canárias. De lá, as embarcações passaram por reparos, foram reabastecidas e içaram velas na direção
oeste. A viagem foi complicada porque a demora em encontrar terras angustiou os marinheiros. Cogitou-se
até o retorno para a Europa.
Colombo enganou os marinheiros, registrando no diário de bordo distâncias menores do que de fato haviam
sido percorridas. De toda forma, no dia 12 de outubro de 1492, a expedição encontrou terra. Era a ilha de
Guanahani, que ele nomeou como San Salvador. Os historiadores especulam que talvez seja a Waitling’s
Island, nas Bahamas.
Além disso, nessa expedição, foram explorados outros locais. Colombo foi para a ilha em que fica o Haiti e
a República Dominicana, nomeando-a Hispaniola. Por fim, foi à ilha de Cuba, renomeando-a Juana. Nesses
locais, ele manteve contato razoavelmente pacífico com os nativos, embora tenha sequestrado alguns deles
para levar à Espanha.
Apesar do feito, Colombo não quis acreditar na possibilidade de que aquela terra fazia parte de um novo
continente. Ele defendeu durante toda a sua vida que tinha chegado à Ásia e, segundo os historiadores,
negou-se a observar elementos que demonstravam claramente, como a vegetação nas ilhas caribenhas, de
que ele não havia estado naquela região.
Assim que a notícia do achamento da nova terra chegou aos reis espanhóis (foi levada pelo próprio Colombo,
em 1493), eles trataram de conseguir a posse das terras por meio de um acordo com a Igreja Católica. O
papa Alexandre VI estabeleceu a bula Inter Coetera, que traçava uma linha imaginária a 100 léguas ao
oeste de Cabo Verde.
O que ficasse ao oeste dessa linha imaginária seria terra espanhola, e as terras ao leste seriam portuguesas.
No entanto, os portugueses não gostaram dessa divisão, e, após longas negociações com a Espanha,
assinaram o Tratado de Tordesilhas, que colocava a linha imaginária a 370 léguas. Esse acordo permitiu
que as bases da colonização da América fossem estabelecidas.
Colonização espanhola
Colombo realizou quatro viagens para a América. Já na primeira, ele deixou um assentamento espanhol na
ilha de Hispaniola que se chamava Navidad (ficava no território haitiano). Quando ele voltou, o
assentamento estava destruído e os habitantes dele estavam mortos. Os historiadores não sabem o que
matou os espanhóis, mas acredita-se em conflito com os indígenas.
Depois ele fundou outro assentamento chamado Isabela (ficava no território dominicano), mas esse também
fracassou. O local não foi bem escolhido, o trabalho era duro, as dificuldades eram muitas, e os contatos
com os indígenas ficaram mais hostis. Colombo foi acusado de negligência no comando desse
assentamento e perdeu o direito de governá-lo.
Pouco a pouco, os espanhóis foram estabelecendo as bases da colonização, e os povos nativos foram
sistematicamente violentados. Os conflitos, as doenças e a escravização fizeram com que milhões de
indígenas que habitavam o Caribe, no final do século XV, passassem a poucos milhares, em meados do
século XVI.

A ação dos espanhóis sobre a população indígena.


Os espanhóis, logo após empreenderem um sangrento processo de dominação das populações indígenas
da América, efetivaram o seu projeto colonial nas terras a oeste do Tratado de Tordesilhas.
Para isso montaram um complexo sistema administrativo responsável por gerir os interesses da Coroa
espanhola em terras americanas.
Todo esse esforço deu-se em um curto período de tempo. Isso porque a ganância pelos metais preciosos
motivava os espanhóis. As regiões exploradas foram divididas em quatro grandes vice-reinados: Rio da
Prata, Peru, Nova Granada e Nova Espanha. Além dessas grandes regiões, havia outras quatro
capitanias: Chile, Cuba, Guatemala e Venezuela. Dentro de cada uma delas, havia um corpo
administrativo comandado por um vice-rei e um capitão-geral designados pela Coroa. No topo da
administração colonial havia um órgão dedicado somente às questões coloniais: o Conselho Real e
Supremo das Índias.
Todos os colonos que transitavam entre a colônia e a metrópole deviam prestar contas à Casa de
Contratação, que recolhia os impostos sob toda riqueza produzida. Além disso, o sistema de porto único
também garantia maior controle sobre as embarcações que saiam e chegavam à Espanha e nas
Américas. Os únicos portos comerciais encontravam-se em Veracruz (México), Porto Belo (Panamá) e
Cartagena (Colômbia). Todas as embarcações que saíam dessas regiões colônias só podiam
desembarcar no porto de Cádiz, na região da Andaluzia.
Responsáveis pelo cumprimento dos interesses da Espanha no ambiente colonial, os chapetones eram
todos os espanhóis que compunham a elite colonial.
Logo em seguida, estavam os criollos. Eles eram os filhos de espanhóis nascidos na América e
dedicavam-se a grande agricultura e o comércio colonial. Sua esfera de poder político era limitada à
atuação junto às câmaras municipais, mais conhecidas como cabildos.
Na base da sociedade colonial espanhola, estavam os mestiços, índios e escravos. Os primeiros
realizavam atividades auxiliares na exploração colonial e, dependendo de sua condição social, exerciam
as mesmas tarefas que índios e escravos. Os escravos africanos eram minoria, concentrando-se nas
regiões centro-americanas.
A população indígena foi responsável por grande parte da mão de obra empregada nas colônias
espanholas. Muito se diverge sobre a relação de trabalho estabelecida entre os colonizadores e os índios.
Alguns pesquisadores apontam que a relação de trabalho na América Espanhola era escravista. Para
burlar a proibição eclesiástica a respeito da escravização do índio, os espanhóis adotavam a mita e a
encomienda. A mita consistia em um trabalho compulsório onde parcelas das populações indígenas eram
utilizadas para uma temporada de serviços prestados. Já a encomienda funcionava como uma “troca”
onde os índios recebiam em catequese e alimentos por sua mão-de-obra.
No final do século XVIII, com a disseminação do ideário iluminista e a crise da Coroa Espanhola (devido às
invasões napoleônicas) houve o processo de independência que daria fim ao pacto colonial, mas não
resolveria o problema das populações economicamente subordinadas do continente americano.
Colonização Portuguesa na América
O dia 22 de abril é marcado no Brasil como o dia em que os portugueses chegaram ao nosso território pela
primeira vez. Esse acontecimento é conhecido como “descobrimento do Brasil”, mas os historiadores
preferem outras abordagens ao dia, como “chegada dos portugueses” ou “achamento do Brasil”.
Contexto
Portugal foi o pioneiro nesse processo, e isso se deve ao fato de que o país tinha
as condições políticas, econômicas e comerciais que possibilitaram o investimento no desenvolvimento
náutico. Politicamente, Portugal era um país estável, uma vez que possuía uma dinastia consolidada e um
território unificado.
Essa estabilidade política permitiu a utilização de recursos econômicos no desenvolvimento tecnológico, que
viabilizou melhorias na área da navegação. Comercialmente falando, a localização de Lisboa tornava-a um
centro importante para rotas de comércio, por seu fácil acesso às correntes marítimas.
Por fim, o fechamento da rota para o Oriente, após a conquista de Constantinopla pelos otomanos, em 1453,
acabou sendo um impulso decisivo para as navegações marítimas. Era necessário, então, encontrar novas
rotas para garantir o acesso às valiosas mercadorias disponíveis no Oriente. Essas novas rotas vieram com
a exploração oceânica.
Expedição de Pedro Álvares Cabral
O português Pedro Álvares Cabral foi escolhido para liderar uma expedição que teria como destino final a
cidade de Calicute, na Índia. O objetivo era adquirir as famosas especiarias, mercadorias valiosíssimas no
mercado europeu. A expedição portuguesa contava com 13 embarcações, sendo 10 naus e três caravelas,
que continham 1200 tripulantes.
A expedição de Cabral zarpou de Lisboa, no dia 9 de março de 1500, e tomou uma rota não usual para
expedições que iam para Índia. Os historiadores argumentam que as expedições portuguesas que iam para
a Índia navegavam bem próximo à costa africana. A expedição de Cabral, por sua vez, seguiu na direção
do arquipélago Cabo Verde, portanto, mais distante da costa.
Isso pode sugerir uma certa intencionalidade dos portugueses em aproximar-se do continente americano. A
chegada em Cabo Verde deu-se em 22 de março de 1500, e, alguns dias depois, em 9 de abril, os navios
da expedição cruzaram a Linha do Equador. Em 21 de abril, os membros da expedição avistaram sinais de
terra, e, no dia seguinte, 22 de abril, foi avistado o monte Pascoal, na região de Cabrália, Bahia.
No dia seguinte, Cabral autorizou o envio de um pequeno grupamento de homens para a terra, e lá eles
tiveram o contato com os nativos. Esse contato foi pacífico, e o relato feito pelo escrivão da expedição, Pero
Vaz de Caminha, fala que os indígenas “eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse as
suas vergonhas”.
Período Pré-Colonial
"Entre 1500 a 1530, os portugueses efetivaram poucos empreendimentos no novo território conquistado,
algumas expedições chegaram, como a de 1501, chefiada por Gaspar de Lemos e a expedição de Gonçalo
Coelho de 1503, as principais realizações dessas expedições foram: nomear algumas localidades no litoral,
confirmar a existência do pau-brasil e construir algumas feitorias.
Em 1516, Dom Manuel I, rei de Portugal, enviou navios ao novo território para efetivar o povoamento e a
exploração, instalaram-se em Porto Seguro, mas rapidamente foram expulsos pelos indígenas. Até o ano
de 1530, a ocupação portuguesa ainda era bastante tímida, somente no ano de 1531, o monarca português
Dom João III enviou Martin Afonso de Souza ao Brasil nomeado capitão-mor da esquadra e das terras
coloniais, visando efetivar a exploração mineral e vegetal da região e a distribuição das sesmarias (lotes de
terras).
No litoral do atual estado de São Paulo, Martin Afonso de Souza fundou no ano de 1532 os primeiros
povoados do Brasil, as Vilas de São Vicente e Piratininga (atual cidade de São Paulo). No litoral paulista, o
capitão-mor logo desenvolveu o plantio da cana-de-açúcar; os portugueses tiveram o contato com a cultura
da cana-de-açúcar no período das cruzadas na Idade Média.
As primeiras experiências portuguesas de plantio e cultivo da cana-de-açúcar e o processamento do açúcar
nos engenhos aconteceram primeiramente na Ilha da Madeira (situada no Oceano Atlântico, a 978 km a
sudoeste de Lisboa, próximo ao litoral africano). Em razão da grande procura e do alto valor agregado a
este produto na Europa, os portugueses levaram a cultura da cana-de-açúcar para o Brasil (em virtude da
grande quantidade de terras, da fácil adaptação ao clima brasileiro e das novas técnicas de cultivo),
desenvolvendo os primeiros engenhos no litoral paulista e no litoral do nordeste (atual estado de
Pernambuco), a produção do açúcar se tornou um negócio rentável.
Para desenvolver a produção do açúcar, os portugueses utilizaram nos engenhos a mão de obra escrava,
os primeiros a serem escravizados foram os indígenas, posteriormente foi utilizada a mão de obra escrava
africana, o tráfico negreiro neste período se tornou um atrativo empreendimento juntamente com os
engenhos de açúcar." "Entre 1500 a 1530, os portugueses efetivaram poucos empreendimentos no novo
território conquistado, algumas expedições chegaram, como a de 1501, chefiada por Gaspar de Lemos e a
expedição de Gonçalo Coelho de 1503, as principais realizações dessas expedições foram: nomear algumas
localidades no litoral, confirmar a existência do pau-brasil e construir algumas feitorias.
Em 1516, Dom Manuel I, rei de Portugal, enviou navios ao novo território para efetivar o povoamento e a
exploração, instalaram-se em Porto Seguro, mas rapidamente foram expulsos pelos indígenas. Até o ano
de 1530, a ocupação portuguesa ainda era bastante tímida, somente no ano de 1531, o monarca português
Dom João III enviou Martin Afonso de Souza ao Brasil nomeado capitão-mor da esquadra e das terras
coloniais, visando efetivar a exploração mineral e vegetal da região e a distribuição das sesmarias (lotes de
terras).
No litoral do atual estado de São Paulo, Martin Afonso de Souza fundou no ano de 1532 os primeiros
povoados do Brasil, as Vilas de São Vicente e Piratininga (atual cidade de São Paulo). No litoral paulista, o
capitão-mor logo desenvolveu o plantio da cana-de-açúcar; os portugueses tiveram o contato com a cultura
da cana-de-açúcar no período das cruzadas na Idade Média.
As primeiras experiências portuguesas de plantio e cultivo da cana-de-açúcar e o processamento do açúcar
nos engenhos aconteceram primeiramente na Ilha da Madeira (situada no Oceano Atlântico, a 978 km a
sudoeste de Lisboa, próximo ao litoral africano). Em razão da grande procura e do alto valor agregado a
este produto na Europa, os portugueses levaram a cultura da cana-de-açúcar para o Brasil (em virtude da
grande quantidade de terras, da fácil adaptação ao clima brasileiro e das novas técnicas de cultivo),
desenvolvendo os primeiros engenhos no litoral paulista e no litoral do nordeste (atual estado de
Pernambuco), a produção do açúcar se tornou um negócio rentável.
Para desenvolver a produção do açúcar, os portugueses utilizaram nos engenhos a mão de obra escrava,
os primeiros a serem escravizados foram os indígenas, posteriormente foi utilizada a mão de obra escrava
africana, o tráfico negreiro neste período se tornou um atrativo empreendimento juntamente com os
engenhos de açúcar."
Populações Indígenas na América
Quando os colonizadores europeus chegaram às Américas, o continente era habitado por cerca de 57,3
milhões de indígenas, segundo estimativas do geógrafo norte-americano William M. Denevan. Mais de 500
anos depois, a população total do continente saltou para um número próximo a um bilhão de habitantes,
entre os quais, apenas 45 milhões de indígenas, conforme revela o último levantamento populacional da
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), feito em 2014.
Na época desse levantamento, a Cepal comemorou os avanços que vinham ocorrendo desde o início do
atual milênio, em relação à proteção dos povos indígenas e ao reconhecimento de seus direitos territoriais.
Mas, nos últimos anos, o otimismo recrudesceu. O Brasil faz parte das principais preocupações, diante das
constantes notícias de aumento do desmatamento da Floresta Amazônica e do avanço de garimpeiros e
fazendeiros sobre os territórios indígenas. Relatório de 2019 da mesma instituição ainda constata que o
contingente indígena das Américas não apenas está entre as populações mais pobres do continente, mas
também que sua pobreza é 26% maior que a dos não indígenas.
Genocídio: o fator epidemiológico

Guerreiro asteca, século XVI. Códice Florentino


Com a pandemia da Covid-19, o alerta vermelho voltou a acender na Cepal. Até porque a disseminação de
doenças contagiosas foi uma das maiores responsáveis pelo genocídio dos indígenas americanos, tido como
o maior de toda a história da humanidade. Em 2017, pesquisadores alemães, por meio de dissecação de
múmias, descobriram que a epidemia de ‘cocoliztli’ (‘peste’ na língua náuatle), que entre 1545 e 1550
dizimou 80% dos astecas (cerca de 15 milhões), era na verdade a febre tifoide trazida da Europa pelos
espanhóis.
Entre outros exemplos possíveis de propagação de doenças contagiosas entre os povos indígenas, está o
caso de Antônio Salema, governador-geral da porção Sul do Brasil entre 1575 e 1578. Segundo vários
historiadores, ele exterminou os Tamoios que habitavam a região do entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas
espalhando, no local, pertences de doentes contaminados pela varíola. O fato é que, seja por causa das
epidemias ou dos enfrentamentos bélicos, a estimativa mais aceita pelos pesquisadores é que, cerca de 130
anos após a chegada dos colonizadores, a população dos povos originários das Américas havia diminuído
em 90%, sendo que, no Caribe, quase foi exterminada em menos de meio século.
A questão territorial
Segundo a Cepal, os colonizadores europeus se valeram do conceito de terra nullius – quando os territórios
não eram povoados ou pertenciam aos chamados povos bárbaros – para se apropriarem do continente
americano. Aqui no Brasil, a Coroa portuguesa adotou o sistema de capitanias hereditárias e de concessão
de sesmarias para a distribuição das terras. Os territórios que não foram doados ou não ingressaram no
domínio privado por título legítimo chamavam-se ‘terras devolutas’ e, com a independência, passaram a
integrar o domínio imobiliário do Estado brasileiro.
A desapropriação dos territórios indígenas se aprofundou com os processos de independência das colônias
europeias nas Américas. Ainda conforme a Cepal, no fim do século XIX, a doutrina de terra nullius passou
a ser justificada pela necessidade da geopolítica e da expansão das fronteiras agrícolas e pecuárias, com
campanhas militares que continuaram dizimando os povos indígenas do continente. Em meados do século
XX, com os processos de colonização na Amazônia e outras zonas periféricas da região, iniciou-se mais um
ciclo de desterritorialização dos povos indígenas.
Diante do aprofundamento dos conflitos, uma Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
de 1989, estabeleceu, entre outras coisas, o direito dos indígenas sobre a posse das terras que
tradicionalmente ocupam ou ocupavam para a realização de suas atividades de subsistência. Houve
avanços no reconhecimento desses territórios, em todo o continente, muito embora os confrontos não
tenham cessado em várias regiões, principalmente aquelas onde há interesses relacionados à extração
mineral e à expansão das fronteiras agrícolas.
No Brasil atual, garimpeiros e fazendeiros têm avançado sobre alguns territórios indígenas já reconhecidos
e demarcados. A disputa sobre a posse das terras ainda é, muitas vezes, perpassada pelo conceito de terras
devolutas. No caso dos guaranis que vivem próximos à fronteira com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul,
fazendeiros afirmam que tal conceito foi utilizado em lei do final do século XIX, que concedeu o direito à
empresa Matte Laranjeiras de explorar as terras da região, de forma que, desde aquela época, os territórios
reivindicados pelos indígenas não pertenciam mais a eles.
Demografia
Segundo a Cepal, baseada em dados censitários dos países, o México possui a maior população indígena
das Américas (cerca de 17 milhões), seguido do Peru (7 milhões), da Bolívia (6,2 milhões) e da Guatemala
(5,9 milhões). Mas quando se fala de números relativos, a posição não é a mesma. Na Bolívia, eles
representam 62,2% do total de habitantes, na Guatemala 41%, no Peru 24% e no México 15%. A maioria
dos indígenas que moram nesses países são oriundos das civilizações pré-colombianas tidas como as mais
avançadas do continente: inca, maia e asteca.
No caso do Peru e da Bolívia, as etnias mais numerosas são as dos indígenas quéchuas (incas) – também
encontrados nos Andes do Equador, Chile e Argentina – e aimarás, civilização que, no início da colonização
espanhola estava subjugada pelos incas, mas que tinha enorme habilidade de sobreviver no clima andino e
mantinha estoques de comida por meio de técnicas de irrigação, de congelamento e de desidratação dos
alimentos, segundo o antropólogo Darcy Ribeiro. Os quéchuas, ainda de acordo com Ribeiro, haviam
desenvolvido conhecimentos de astronomia e matemática, técnicas de construção, de engenharia hidráulica,
agricultura irrigada e metalurgia. No Peru e na Bolívia, também há indígenas amazônicos e, no caso
específico da Bolívia, ainda há comunidades de origem guarani, também existentes no Paraguai, Uruguai,
Argentina e Brasil.
No México, há mais de 60 etnias. Os nauátles, de origem asteca, compõem o grupo mais numeroso, seguido
pelos maias, zapotecas, mixtecas, otomis, totonaclas... Embora cerca de 80% dos astecas tivessem
desaparecido nos primeiros 150 anos de colonização, algumas elites da civilização continuaram a manter o
status, como é o caso de um membro da dinastia Moctezuma, que se casou com uma representante da
aristocracia espanhola. Além de ter ganhado o título de Conde, foi vice-rei do México de 1696 a 1701. A ele
sucederam vários outros Condes de Moctezuma, sendo que o 14º teve seu título elevado para duque.
No período pré-colombiano, os maias, maioria absoluta dos indígenas da Guatemala, formavam a civilização
originária que mais dominava a escrita em toda a América. Escreviam, inclusive, livros feitos com tecido
recoberto por uma película de cal branca sobre a qual pintavam caracteres e desenhavam ilustrações. Os
maias também se destacavam por seus conhecimentos arquitetônicos e matemáticos. Criaram, inclusive um
calendário por meio da observação dos movimentos da Lua e dos planetas. Os maias também são
conhecidos por sua resistência à subjugação aos colonizadores.
Na segunda metade do século XX, milhares de indígenas maias (pelo menos 150 mil, de acordo com a
ONU) foram mortos na Guatemala, durante a guerra civil do país. Os assassinatos se perpetuaram nos
governos ditatoriais que se sucederam. Em 2013, o ex-presidente guatemalteco Efraín Ríos Montt foi,
inclusive, condenado a 80 anos de prisão por genocídio e crime contra a humanidade.
O Brasil é o segundo país das Américas com o menor percentual de indígenas na composição de sua
população. Eles representam apenas 0,5%, (cerca de 900 mil em números absolutos) do total de habitantes,
só ficando à frente de El Salvador, onde eles representam apenas 0,2%. Segundo a Cepal, o Brasil é um
dos países com os maiores índices de suicídio entre indígenas. No Amazonas, por exemplo, eles
representam 20,9% do total no estado, embora representem apenas 4,9% de sua população. Os índices, no
Brasil e nos demais países que têm alta taxa de suicídio de indígenas – Argentina, Colômbia, Chile,
Nicarágua e Venezuela – sugerem, ainda conforme a Cepal, o aumento dos fatores de estresse entre eles,
como a pobreza, a fome, as perdas dos mecanismos de organização comunitária e as aceleradas mudanças
culturais, com a consequente desestruturação da identidade. Os indígenas do Brasil e da América Latina
estão, contudo, cada vez mais organizados em prol da defesa de seus direitos, a exemplo da Organização
Indígena da Colômbia, do Congresso Nacional Indígena (México), da Articulação dos Povos Indígenas do
Brasil e muitas outras entidades, além de deputados que conseguiram eleger.
Distribuição da população indígena nas Américas.

Colonização da América Inglesa


A participação da Inglaterra na expansão marítima dos europeus para novas terras ocorreu posteriormente
às empreitadas realizadas por Portugal e Espanha, que desde o século XV haviam se lançado às expedições
no oceano Atlântico. Apesar da diferença temporal, a colonização inglesa na América do Norte foi
importantíssima para o desenvolvimento econômico da Inglaterra e de suas colônias no norte do continente
americano, conhecidas como as Treze Colônias.
A primeira tentativa de ocupação da América do Norte pelos ingleses ocorreu com Walter Raleigh, que
organizou três expedições à região no fim do século XVI. Raleigh não conseguiu o sucesso esperado com
as expedições, em virtude dos constantes ataques dos povos indígenas que habitavam o local. Mas por
volta de 1607, Raleigh conseguiu constituir uma colônia na América do Norte: a Virgínia, nome dado em
homenagem à rainha Elisabeth I, que era solteira.
A intensificação do processo colonizador se daria apenas na metade final do século XVII em decorrência
das várias situações políticas e econômicas que ocorriam nas ilhas britânicas. Após a vitória sobre a
Invencível Armada, esquadra do rei espanhol Felipe II, comerciantes ingleses em conjunto com o Estado
passaram a formar companhias de comércio marítimo, destacando-se a Companhia das Índias Orientais, o
que intensificou os contatos com as terras americanas. Outro estímulo da Coroa inglesa foi dado às ações
de pirataria nas águas do Atlântico.
Um grande impulso a esse comércio foi conseguido com a aprovação, em 1651, dos Atos de Navegação,
que estipulavam que poderiam desembarcar nos portos ingleses apenas as mercadorias dos navios
britânicos ou da nacionalidade de origem das mercadorias.
Paralelo a essa situação econômica, havia as disputas políticas e as questões sociais na Inglaterra,
principalmente em torno das sucessões dinásticas, das perseguições religiosas e do despovoamento dos
campos.
A perseguição religiosa aos puritanos, os calvinistas ingleses, principalmente depois da criação do
anglicanismo com Henrique VIII, levou-os a se deslocarem para a América. O objetivo era criar espaços de
vivência onde podiam exercer livremente seus preceitos religiosos. A primeira expedição de puritanos para
a América do Norte ocorreu em 1620, quando o navio Mayflower atracou onde hoje se localiza o estado de
Massachusetts. Nessa região, os puritanos criaram o primeiro núcleo de colonização, conhecido como
Plymouth.
Além das disputas políticas e religiosas, que em períodos diferentes levaram anglicanos e puritanos à
América, houve também a expulsão de grande parte da população camponesa dos campos, principalmente
com os Cercamentos. Esse processo de cercamento de terras por grandes proprietários gerou um inchaço
populacional urbano, contribuindo para que parte da população emigrasse para a América do Norte.
A religião puritana contribuiu para a colonização inglesa, no sentido de que a religião preconizava que
através do trabalho se poderia alcançar a graça e a salvação divina. Os preceitos religiosos serviram para
consolidar uma ética do trabalho, contribuindo para a prosperidade dos colonos e também conformando um
rígido código de conduta social.
Essa situação verificou-se mais na região norte das Treze Colônias, que ficou conhecida como Nova
Inglaterra. Faziam parte da Nova Inglaterra as colônias de Massachusetts, Connecticut, Rhode Island e New
Hampshire. Com clima temperado, semelhante ao que existia na Inglaterra, desenvolveram-se atividades
econômicas ligadas à pesca, à pecuária, a atividades comerciais e à produção manufatureira. Em virtude da
maioria de puritanos na região, a intolerância religiosa também marcou a forma de organização social da
região.
Ao contrário dessa intolerância religiosa da Nova Inglaterra, as colônias centrais, Nova Iorque, Delaware,
Pensilvânia e Nova Jersey mostraram-se mais abertas à vinda de grupos sociais de distintas crenças. Além
disso, destacou-se na colonização dessas áreas a presença de holandeses, suecos, escoceses e de outros
povos europeus. No aspecto econômico, as colônias centrais aproximavam-se de suas vizinhas do norte,
ganhando destaque a formação de um importante centro comercial na cidade da Filadélfia.
Essas duas regiões conheceram o desenvolvimento de uma economia autônoma da metrópole, mercantil e
manufatureira. Uma característica distinta das colônias do Sul.
Região formada pelas colônias da Virgínia, Maryland, Carolina do Norte e Geórgia, o Sul das Treze Colônias
era marcado pela produção agrícola em sistema de plantation: monocultura trabalhada por mão de obra
escrava, em grandes propriedades e destinadas à venda no mercado europeu. Existia nessa região uma
lógica de povoamento distinta, em face do trabalho escravo e da produção agrícola de tabaco, algodão,
arroz e do índigo (anil) para a Europa.
Apesar das diferenças, o que unia essas colônias, além da origem comum da maioria da população, foi a
política de extermínio realizada contra os povos indígenas da região. Apaches, sioux, comanches,
cheyennes, iroqueses e esquimós foram exterminados e expulsos de suas terras pelos colonizadores
europeus.
Havia ainda a dependência da metrópole inglesa. Porém, essa dependência era muito diferente da verificada
nas colônias portuguesas e espanholas. Os embates políticos na metrópole inglesa dificultavam um controle
maior sobre as colônias americanas.
Porém, a partir do século XVIII, quando o desenvolvimento econômico capitalista e a estabilidade política
foram alcançados na Inglaterra, a monarquia parlamentar buscou delinear uma nova política colonial de
ampliação da restrição econômica e de aumento da tributação sobre os colonos. Estes seriam os principais
motivos para as lutas de independência, que se iniciaram em 1776.
Atividades – Colonização da América Espanhola
1- Com a chegada dos espanhóis na América, o que aconteceu com as populações indigenas que lá
habitavam?
2- Os espanhóis chegaram ao continente americano em 1492, com o navegador genovês Cristóvão
Colombo no comando das naus. Entretanto, a colonização só tomou fôlego com a descoberta dos
metais preciosos nas áreas das grandes civilizações pré-colombianas, principalmente depois das
expedições de Hernán Cortéz. A ação deste conquistador espanhol ocorreu sobre qual povo e em
qual região do continente americano?
3- Qual foi a principal atividade econômica que os espanhóis exploraram na América no primeiro
momento?
4- Leia o texto abaixo e responda posteriormente ao que é pedido.
“Nos anos 1575-1600, Potosí produziu talvez a metade de toda a prata hispano-americana. Tal
profusão de prata não teria vindo à tona sem a concomitante abundância de mercúrio de
Huancavélica, que naqueles mesmos anos estava também produzindo como nunca havia feito. Outro
estimulante para Potosí foi claramente a mão de obra barata fornecida através da mita de Toledo.”
BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina. in: América Latina Colonial. v. 2. São Paulo: Edusp, 1999. p. 141.
Como indicado no texto, os espanhóis utilizaram um sistema de trabalho denominado mita, que
consistia:
a) no trabalho obrigatório e temporário, mobilizando mão de obra indígena geralmente escolhida por
sorteio entre as tribos, sendo deslocada para qualquer região da colônia.
b) no emprego de tribos inteiras de indígenas, dirigidas por seus chefes naturais, assegurando ainda
a instrução cristã dos envolvidos.
c) no trabalho compulsório e permanente de escravos que chegavam ao porto de Toledo.
d) em contratos de servidão realizados entre espanhóis e astecas.
e) em um sistema de servidão por dívidas, pois com a desintegração da economia tradicional
indígena, esses foram obrigados a adquirir produtos vindos da Europa.
5- Dentre os processos de trabalho impostos aos indígenas e que resultaram em sua mortandade,
descreva-os.

Atividades – América Portuguesa


1- Durante a chegada dos portugueses ao Brasil, foi possível preservar o contato amistoso dos
europeus com os nativos?
2- Qual o objetivo do Tratado de Tordesilhas?
3- Portugal e Espanha foram, no século XV, as nações modernas da Europa, portanto pioneiras nos
grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações portuguesas e as espanholas, no
que diz respeito a esses descobrimentos:
1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram, em 1492, as terras do Canadá.
2. Os portugueses chegaram ao Cabo das Tormentas, na África, em 1488.
3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o Oriente, em 1498.
4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira circunavegação da Terra iniciada em 1519, por
Fernão de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de volta à Espanha em 1522.
5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o Continente Americano com as
Índias.
Estão corretos apenas os itens:
a) 2, 3 e 4;
b) 1, 2 e 3;
c) 3, 4 e 5;
d) 1, 3 e 4;
e) 2, 4 e 5.
4- Leia o texto.
“As águas são muitas e infindas. E em tal maneira [a terra] é grandiosa que, querendo aproveitá-la,
tudo dará nela, por causa das águas que tem. Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me
parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve
lançar. E que não houvesse mais que ter aqui Vossa Alteza esta pousada para a navegação […],
isso bastava. Mas ainda, disposição para nela cumprir-se – e fazer -o que Vossa Alteza tanto
deseja, a saber o acrescentamento da nossa Santa Fé!”
(“Carta de Pero Vaz de Caminha”, 1Ž de maio de 1500.)
Com base nesse trecho da carta de Caminha, o descobrimento do Brasil pode ser relacionado a
que evento da Idade Moderna?
5- Como Caminha descreveu os nativos do Brasil, quando a expedição chegou nessas terras?
6- O que os portugueses buscavam nos primeiros anos de colonização?

Atividades – Populações Indígenas na América


1- Quais eram os povos chamados Pré-colombianos e por que tinham eram chamados dessa forma?
2- Quando o território da América foi invadido pela primeira vez pelos espanhóis, era densamente
povoado. No entanto, a distribuição da população era desigual, pois a maior parte dos habitantes se
concentrava na Mesoamérica e nos Andes centrais. Nesses locais as sociedades americanas
nativas haviam atingido altos níveis de organização econômica, social, política e cultural. Uma das
muitas consequências do encontro entre invasores e invadidos foi o declínio da população nativa.
Explique essa afirmação.
3- Por que os povos nativos americanos podem também ser chamados de povos originários?
4- Os portugueses chegaram ao território, depois denominado Brasil, em 1500, mas a administração
da terra só foi organizada em 1549. Isso ocorreu porque, até então:
a) os índios ferozes trucidavam os portugueses que se aventurassem a desembarcar no litoral,
impedindo assim a criação de núcleos de povoamento.
b) a Espanha, com base no Tratado de Tordesilhas, impedia a presença portuguesa nas Américas,
policiando a costa com expedições bélicas.
c) as forças e atenções dos portugueses convergiam para o Oriente, onde vitórias militares
garantiam relações comerciais lucrativas.
d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam as tribos indígenas ao longo do litoral bem
como as feitorias da costa sul-atlântica.
e) a população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando o recrutamento de funcionários
administrativos.
5- Quais doenças trazidas pelos europeus as populações indígenas foram mais mortíferas? Elas
ainda existem?

Atividades – Colonização da América Inglesa


1- Durante o século XVII, grupos puritanos ingleses perseguidos por suas ideias políticas
(antiabsolutistas) e por suas crenças religiosas (protestantes calvinistas) abandonaram a Inglaterra,
fixando-se na costa leste da América do Norte, onde fundaram as primeiras colônias. A colonização
inglesa nessa região foi facilitada por que?
2- “Torna-se claro na leitura do Mayflower Compact (acordo firmado pelos colonos a bordo do
navio Mayflower, em 1620, que se tornaria base para a constituição do primeiro sistema de governo
em solo norte-americano), que a viagem ao Novo Mundo, bem como o estabelecimento de um
arranjo político para administrar o empreendimento, era tarefa subordinada primeiramente a Deus e
à fé cristã, e apenas subsidiariamente ao poder secular do rei da Inglaterra. Segundo o texto do
acordo, a colônia seria fundada "para a glória de Deus e o avanço da fé cristã, e a honra de nosso
rei e nosso país''. Um sistema religioso (e um propósito espiritual) precedia a ordem política.”
(FONSECA, Carlos da. Deus está do nosso lado: excepcionalismo e religião nos EUA. Rio de Janeiro. Contexto Int. v. 29, n. 1, jun. 2007. p. 161).
A partir da leitura do texto, é possível relacionar a vinda dos ingleses para América com que
movimento europeu da Idade Moderna?
3- Quais colonias faziam parte do centro das Treze Colônias?
4- Caracterize as colônias do norte, centro e sul das Treze Colônias.
5- A conquista colonial inglesa resultou no estabelecimento de três áreas com características diversas
na América do Norte. Com relação às chamadas “colônias do sul” é correto afirmar que:
a) Baseava-se, sobretudo, na economia familiar e desenvolveu uma ampla rede de relações
comerciais com as novas colônias do Norte e com o Caribe.
b) Baseava-se numa forma de servidão temporária que submetia os colonos pobres a um conjunto
de obrigações em relação aos grandes proprietários de terras.
c) Baseava-se numa economia escravista voltada principalmente para o mercado externo de
produtos, como o tabaco e o algodão.
d) Consolidou-se como o primeiro grande polo industrial da América com a transferência de diversos
produtores de tecidos vindos da região de Manchester.
e) Caracterizou-se pelo emprego de mão de obra assalariada e pela presença da grande
propriedade agrícola monocultora.

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