Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Há um sem-número de "verdades" que nos foram passadas pelo senso comum através de
tradições históricas, familiares e culturais.
Elas se dão através das mais diferentes narrativas, como os mitos ou lendas, por exemplo.
Podemos elencar vários exemplos de senso comum. Alguns deles estabelecem nexos causais
(não necessariamente verdadeiros), outros dizem respeito a valores sociais. O fato é que o
conhecimento de senso comum adquire validade mediante repetição.
Tomemos como exemplo uma pessoa que sente algum tipo de dor óssea crônica. Essa pessoa
observou que sempre que a dor ficava mais aguda, chovia ou o tempo era tomado por uma
frente fria. Não há um nexo causal necessário e nem elementos científicos que liguem a dor à
chegada da chuva ou da frente fria, mas essa pessoa passa a dizer, por força da repetição de
experiências, que “quando a dor chega, é sinal de que vem chuva ou frio”.
Outro exemplo pode ser encontrado nas plantas medicinais. Por milênios, o ser humano
busca se tratar de mazelas por meio de plantas e outros elementos da natureza. Ao descobrir
que o peumus boldus (conhecido como boldo) é uma planta com propriedades que
estimulam a digestão e desintoxicam o sistema digestório (descobriram isso pela observação
e pela repetição), passaram a utilizá-la como planta medicinal.
Na sabedoria popular, apenas o senso comum atesta essa relação, porém, estudos
farmacêuticos já comprovaram a eficácia do boldo para tratamento de indigestões e
intoxicações, o que resultou no desenvolvimento de fármacos à base da planta."
Você acha que os mitos e lendas no senso comum ficaram para trás, com nossos
antepassados?
Ainda, hoje muitos indivíduos, na tentativa de buscar respostas para suas inquietações,
acreditam nessas “curiosidades” como, por exemplo:
Só usamos 10% de nosso cérebro. Um mito que resiste a morrer e que é inclusive o ponto de
partida de filmes recentes como Lucy. O jornal The Guardian chama-o de “o maior mito sobre
o cérebro da história”: 48% dos professores britânicos acreditam. O certo é que usamos todas
as áreas de nosso cérebro, até quando estamos descansando. É verdade que o cérebro é
muito flexível (podemos viver com metade dele) e que não usamos tudo de uma vez, já que
algumas áreas estão especializada mas não há uma parte do cérebro que não faça nada e que
esteja esperando ser ativada para ganharmos superpoderes.
Um chiclete engolido demora sete anos para ser digerido. Esta advertência que todos
ouvimos quando crianças é falsa: os chicletes não ficam grudados no estômago ou no
intestino, nem demoram mais para serem eliminados, mas, como lembra o Snopes, “chegam
ao outro lado sem mudanças substanciais”.
Um ano de cão são sete anos de gente. Os cães envelhecem a outro ritmo, mas esta famosa
equivalência não é exata. Os cães crescem muito mais rápido durante os dois primeiros anos
e, de fato, alcançam a maturidade sexual já no primeiro, que equivaleria a uns quinze anos
humanos.
A comida que cai no chão leva cinco segundos para se contaminar. Quanto menos tempo,
menos possibilidades terá de conter bactérias, segundo a publicação Scientific American. Há
outras variáveis que influenciam, como o tipo de solo (madeira seria o pior) ou se a comida
está úmida. Mas a maioria dos estudos demonstram que a superfície está contaminada e que
não há diferença substancial entre três ou 15 segundos: o melhor é não arriscar.
Fonte:
https://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/08/estilo/1431097551_315644.html#:~:text=27.,co
nsideram%20aterrador%20um%20humano%20adormecido.