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ÓLEOS E GRAXAS
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1. OBJETIVOS
2. REFERÊNCIA
2.1 Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 22ª edição, 2012 –
Método 5520-Óleos e Graxas D.
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3. ABRANGÊNCIA
4. SELEÇÃO DO MÉTODO
4.1 Para amostras líquidas é utilizado o método de Soxhlet, que é o método escolhido
quando estão presentes frações pesadas de petróleo relativamente polares, ou quando os
níveis de graxas não-voláteis podem ameaçar o limite de solubilidade do solvente.
5. INTERFERÊNCIAS E LIMITAÇÕES
5.1 Solventes orgânicos têm a habilidade para não só dissolver óleos e graxas, mas
também outras substâncias orgânicas. Qualquer substância filtrável solúvel em solvente
(por exemplo, enxofre elementar, compostos aromáticos complexos, derivados de
hidrocarboneto clorados e nitrogênio, e algumas tintas orgânicas) que é extraída e é
recuperada é definida como óleos e graxas. Nenhum solvente conhecido irá selecionar e
dissolver apenas “óleos e graxas”.
5.2 Resíduos mais pesados de petróleo podem conter uma porção significante de materiais
que não são extraíveis pelo solvente. O método é completamente empírico; só podem ser
obtidos resultados duplicados com alto grau de precisão se seguidos rigorosamente todos
os detalhes aqui descritos.
5.3 Para o método adotado, a remoção do solvente resulta na perda de cadeias curtas de
hidrocarbonetos e aromáticos simples através da volatilização. Porções significantes de
destilados de petróleo que vão da gasolina até o óleo combustível n°2 são perdidos neste
processo analítico. Adicione estritamente à amostra um tempo secante, para padronizar a
perda gradual de peso devido à volatilização. Para este método durante o tempo de
esfriamento do frasco de destilação e do material extraído, pode ocorrer aumento gradual
no peso, presumivelmente devido à absorção de água se não for utilizado um dessecador.
Devido à variação na solubilidade de diversas graxas, use exatamente a taxa especificada e
o tempo de extração no aparato de Soxhlet.
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5.4 Podem ser necessários o uso de técnicas alternativas para algumas amostras que
formam emulsões intratáveis que não podem ser quebradas através de centrifugação. Tais
amostras podem incluir efluentes de processos de polpa/papel e fabricação de zeolite.
Determine tais modificações estudando caso a caso.
5.5 Algumas amostras matrizes podem aumentar a quantia de água fracionada no fluído da
extração orgânica. Quando o solvente de extração deste tipo de amostra é secado com
sulfato de sódio, a capacidade secante deste sal pode ser excedida, permitindo assim que
ele se dissolva e passe para o frasco tarado. Depois da secagem, cristais de sulfato de
sódio serão visíveis no frasco, o que passa a ser uma interferência positiva em métodos
gravimétricos. Se os cristais de sulfato de sódio são observados no frasco tarado após a
secagem, dissolva novamente qualquer óleo e graxa com 30mL de solvente de extração e
escoa o solvente por um funil, contendo um papel de filtro enxaguado com solvente, em um
frasco tarado e limpo. Enxágüe o primeiro frasco mais duas vezes, combinando todo o
solvente no frasco novo (o segundo), e trate esse novo extrato como uma amostra.
6. AMOSTRAGEM E ARMAZENAMENTO
6.1 Colete uma porção representativa da amostra em um frasco de vidro que tenha boca-
larga e que foi previamente lavado com sabão, enxaguado com água, e finalmente
enxaguado com solvente para remover qualquer resíduo que poderia interferir na análise.
6.2 Colete a amostra separada, só para a determinação de óleos e graxas. Não encha
demais o frasco da amostra e não subdivida a amostra no laboratório. Colete amostras em
duplicata para análises de réplica. Colete a réplica rapidamente na sucessão da coleta da
amostra, em paralelo, ou em um recipiente grande com agitador mecânico.
6.4 Se a realização da análise demorar mais de 2h, será necessário acidificar a amostra a
pH 2 ou mais baixo com HCl 1:1 ou H 2SO4 1:1 e refrigera-la. Quando é desejada a
informação sobre a concentração de graxa por um determinado período de tempo, examine
porções individuais coletadas em intervalos (pré-determinados) de tempo para eliminar
perdas de graxa durante a amostragem de compostas.
6.5 Na amostragem de lodo, tenha todo o cuidado possível para obter uma amostragem
representativa. Quando a análise não pode ser feita dentro de 2h, preserve as amostras
com 1mL de HCl/80g de amostra e refrigere (4ºC ± 2°C).
6.6 Sob essas condições de preservação as amostras (aquosas e lodo) podem ser
analisadas dentro de 28 d.
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7. DISCUSSÃO GERAL
7.1 “Óleos e Graxas” está definido como qualquer material recuperado como uma
substância solúvel em solvente. Isto inclui outros materiais extraídos pelo solvente de uma
amostra acidificada (como combinações de enxofre, certas tintas orgânicas e clorofila) e
que não volatilizam durante o teste.
7.2 Vários solventes orgânicos já foram utilizados para a determinação de Óleos e Graxas,
mas atualmente o solvente utilizado é o n-Hexano. As técnicas de reciclagem e recuperação
do solvente é altamente recomendada.
7.3 Sabão metálico solúvel é hidrolisado por acidificação. Qualquer óleo e sólido ou graxas
viscosas presentes são separados das amostras líquidas através de filtração. Depois da
extração com solvente em Soxhlet, o resíduo que permanece depois que da evaporação do
solvente é pesado para determinar o conteúdo de óleos e graxas.
8. EQUIPAMENTOS
8.3 Sistema para Extração de Gorduras Através de Solventes, mod. MA 491, Marconi.
8.8 Estufa.
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8.12 Dessecador.
9. REAGENTES
9.5 Óleo Shell, n° 20, pode ser utilizado o material de referência certificado (MRC) de óleos
e graxas.
10. PROCEDIMENTO
10.1 Coloque os copos extratores limpos previamente enxaguados com n-Hexano na estufa
a 103°C (±2°C), por uma hora. Em seguida, coloque-os no dessacador (no mínimo uma
hora antes de usá-los) e deixe-os lá até o momento de uso.
10.2 Quando a amostra chega ao laboratório, faça uma marca no frasco da amostra para
determinação posterior do volume. Se a amostra não foi previamente acidificada, acidifique
com HCl 1:1 ou H2SO4 1:1 a pH 2 ou mais baixo (geralmente, 5mL são suficientes).
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10.3 Prepare o filtro que consiste em um disco de pano de musseline revestido com papel
de filtro. Molhe o papel e o musseline e pressione as extremidades do papel. Utilizando o
vácuo, passe pelo filtro preparado 100mL da solução suspensão e lave-o com 1L de água
desmineralizada.
10.4 Aplique vácuo até que a água tenha se esgotado. Filtre a amostra acidificada e
novamente aplique vácuo até não passar mais água através do filtro. Utilizando uma pinça
metálica, transfira o filtro inteiro a um vidro de relógio.
10.5 Esfregue os lados e o fundo do funil de Buchner com pedaços de papel de filtro
saturados no solvente de extração, tomando o cuidado para remover todos os filmes
causados pela graxa e coletar todo o material sólido. Acrescente pedaços do papel de filtro
ao material que está no vidro de relógio.
10.6 Gire todo o material do filtro que contém amostra e ajuste em um cartucho de extração.
Adicione qualquer pedaço do material que ficou no vidro de relógio. Esfregue o vidro de
relógio com um papel de filtro saturado no solvente de extração e coloque no cartucho de
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10.7 Seque o cartucho preparado em estufa a 103°C por 30 min. Tampe o cartucho com lã
de vidro ou algodão. Adicione 150mL do solvente de extração (n-hexano) no frasco da
amostra e agite-o para que o solvente limpe-o.
10.8 Pese o copo extrator e transfira os 150mL do solvente de extração. Extraia óleos e
graxas com o auxilio do Sistema para Extração de Gorduras (tipo Soxhlet):
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10.9.3 Coloque o controlador na posição adequada para que comece o ciclo do solvente,
normalmente é utilizado na posição 4.
10.9.5 Aperte o botão da presilha superior, abaixe a vareta com o gancho, coloque o berço
de aço pendurado no gancho, levantando novamente o conjunto do berço.
10.9.6 Aplique a junta de Teflon no bocal de cada condensador, levante todo o conjunto e
ajuste nos copos de extração. Desça todo o conjunto até encostar no fundo da placa
aquecedora.
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10.9.7 Aperte novamente o botão da presilha superior, desça o berço apoiando levemente
no fundo do copo extrator. Tenha cuidado para não deixar o berço escapar do gancho.
10.9.10 Após todas as provas terem atingindo a temperatura ideal (aquela em que o
solvente começa a fazer o ciclo, 80-90 gotas por minuto), marcar 1 hora e trinta minutos.
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10.9.11 Após o término do tempo, levantar os berços até a altura do bico gotejador, através
da presilha da vareta, fixá-los nesta posição deixando em refluxo por um espaço de tempo
de 30 a 40 minutos. Esta operação é muito importante, para lavar os últimos traços de
gordura que ficaram retidas no cartucho.
10.9.12 Após o término do tempo (30 a 40’), feche a válvula de passagem de solvente. Não
deixe evaporar até a secura, para não degradar a gordura retida.
10.9.14 Sempre que registrar o resultado da análise a temperatura ambiente deverá ser
registrada.
10.9.15 Semanalmente introduza uma réplica, ou seja, deve ser feita a reanálise de uma
amostra, inclusive passando por todas as etapas que envolvem o ensaio. Assim, se a
determinação requer destilação, por exemplo, a amostra “réplica” deverá ser destilada
também e assim por diante. Registre o valor obtido no FOAN-001 (Formulário Analítico de
Réplicas).
11.1 A recuperação é muito importante pela economia e também pela questão ambiental. A
recuperação do solvente pode ser de até 80%.
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11.3 Quando quase todo o solvente tiver evaporado para o depósito, desligue o
aquecimento. Espere até que o solvente fique em temperatura ambiente para retirá-lo dos
condensadores.
11.4 Coloque um recipiente para coletar o solvente recuperado, este recipiente deverá estar
identificado. Faça provas deste solvente para assegurar que ele não está contaminado com
a(s) amostra(s) analisada(s). Registre esta prova em FOAN-002 (Controle da Recuperação
de Solvente). Realize tais provas periodicamente, no mínimo uma vez a cada quinze dias,
ou quando o recipiente de coleta estiver cheio.
11.4.1 A análise do solvente recuperado deve ser feita da seguinte maneira: Filtre
aproximadamente 1L de água desmineralizada, como se fosse uma amostra, e proceda
como descrito acima (10.4 até 10.9.13) e através do cálculo descrito abaixo (12), obtenha o
valor de óleos e graxas do solvente recuperado.
11.5 Não utilize solvente recuperado que apresentar óleos e graxas acima de 1mg/L.
12. CÁLCULOS
12.1 Meça o volume filtrado da amostra. Pese o copo extrator e obtenha o resultado de mg
de óleos e graxas/L através de:
13.1 O controle da qualidade da análise de óleos e graxas deve ser feito pelo menos a cada
quinze dias, da seguinte maneira:
13.1.1 Adicione 0,5mL do óleo Shell nº20, em 1L de água desmineralizada. Agite essa
solução.
13.1.2 Trate essa solução como uma amostra, seguindo os passos 10 até 12. Ou utilize o
MRC e siga as orientações do fabricante, tais como: concentração, diluição, tolerância e etc.
14. TOLERÂNCIA
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14.1 De acordo com o método de referência utilizado (5520D, SMWW 22ª edição), o
resultado obtido na análise da réplica não deve divergir mais que 1,86% do resultado
encontrado na análise da amostra. Se isso ocorrer, realize uma terceira análise. Se ainda
assim ocorrer divergência, investigue a causa.