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Defensoria Pública – MG
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LE - Infância e Juventude
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Professor Gustavo Cives
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Monitora Isabela Rios
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AULA 02/02
Sumário
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Perda e da suspensão do poder familiar: .......................................................... 5
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Internação: ................................................................................................... 14
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Remissão ..................................................................................................... 17
Competência: .................................................................................................. 22
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Territorial: .................................................................................................... 22
Materal: ........................................................................................................ 23
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Técnica de complementação de julgamento: ................................................... 26
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27/09/2018
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Bloco 1
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Modalidades da adoção
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Essas terminologias são importantes por serem consagradas na doutrina, mas
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elas não se excluem e são classificações doutrinárias.
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Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos
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direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo
com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
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§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os
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vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e
os respectivos parentes.
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Professor dá um exemplo de uma mãe biológica e pai biológico, que morre antes
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do filho nascer. A mãe então começa o relacionamento com outro que daremos o nome
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família.
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Aqui na adoção unilateral, a criança não perde o vínculo com a mãe, diferente
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No caso apresentado o pai que falece não terá o seu nome na certidão de
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nascimento. Devido a isso a doutrina critica muita essa posição, mas nos dias atuais
nós podemos ter a multiparentalidade.
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Outro caso: duas mulheres tem um relacionamento e uma delas faz inseminação
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artificial. O nome das duas podem estar na certidão da criança. Isso já foi debatido:
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Professor cita um caso, em que se conclui que a irrevogabilidade da adoção
serve para que a criança não fique mudando de família, mas se a própria criança quiser
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pode mudar. Mas temos que tomar cuidado pois veremos muitas notícias em que está
afirmando que o STJ aceita casos de revogação de adoção unilateral. Isto está errado!
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O STJ enfrentou um caso excepcional, mas que não foi generalizado. Isso está em um
informativo, REsp 1545959. 65
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2. Adoção pos morten: art. 41, §6o
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A lei fez isso pois há o interesse aqui da criança de ser adotada em relação aos
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iniciado.
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Mas o STJ relativiza esse dispositivo. (REsp 1500999/RJ). Questão que chegou
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ao STJ: caso de um casal que queria uma adoção conjunta, e iniciado o procedimento
uma dessas pessoas morre. A outra parte sobrevivente desiste da ação. DP entra com
o pedido em nome do adotando pedindo o reconhecimento da adoção pos morten, o
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STJ não aceitou pois ali era o caso de uma adoção conjunta.
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3. Adoção intuito persone: Art. 50, §13o do ECA.
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Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional,
um registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e
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outro de pessoas interessadas na adoção. (Vide Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
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§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato
domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei
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quando: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
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I - se tratar de pedido de adoção unilateral; (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
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II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente
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mantenha vínculos de afinidade e afetividade; (Incluído pela Lei nº
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nos arts. 237 ou 238 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
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O artigo 50, §13o nos traz hipóteses de casos de adoção em que as partes não
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entraram na fila de adoção. Essas modalidades de adoção não são excludentes, tanto
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Nesse caso o adotante deverá comprovar que tem os requisitos para a adoção.
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4. Adoção internacional:
Esse caso, as regras são muito mais restritas. O que é mais complicado é o
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Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente
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possui residência habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de
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maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria
de Adoção Internacional, promulgada pelo Decreto no 3.087, de 21 junho de
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1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da
Convenção. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
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O caso em questão aqui é de uma pessoa que está fora do brasil. Aquele que
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mora fora do Brasil, em um país parte dessa convenção de Haia. Pode ser até mesmo
um Brasileiro que mora fora do Brasil.
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5. Adoção plurilateral:
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Terminologia doutrinária que cai em prova. É aquela em que se extinguem mais
de dois vínculos. Na adoção em regra, pede-se para destituir o poder familiar do pai e
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da mãe, mas hoje com a possibilidade de multiparentalidade, então se chama plurilateral
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aquela adoção que por exemplo se tem uma mãe e dois pais, e se quer adotar essa
criança logo extingue esses dois vínculos.
6. Adoção a lateral:
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É aquela adoção que só extingue um vínculo, é aquele caso de uma certidão de
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nascimento que só consta o nome da mãe, e do pai está não declarado. Só se extingue
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um vínculo.
Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez dias, oferecer
resposta escrita, indicando as provas a serem produzidas e oferecendo desde
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Essas questões dos ofícios de práxis, o CPC de 2015 houve uma mudança, art.
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256, §3o, falando que deve ser feita buscas das pessoas. Mas no ECA, isso está em
sentido contrário. Parece errado, mas devemos saber isso para a prova.
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Bloco 2
A questão que trouxe maior repercussão foi o art. 162 §4o do ECA.
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§ 4o Quando o procedimento de destituição de poder familiar for iniciado pelo
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Ministério Público, não haverá necessidade de nomeação de curador especial
em favor da criança ou adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
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2017)
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A destituição pode ocorrer da seguinte forma: MP ajuíza ação de destituição
familiar contra o casal João e Maria, sobre o seu filho. MP visita os abrigos e visita a
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criança, até que começam a perceber que a criança não tem voz no processo. Como
nós sabemos, a criança deve ser ouvida. A DP nesse caso entrava na ação como
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curador especial. O TJ hesitou, mas acabou aceitando essa tese. O MP afirmava que
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não queria a DP no caso, pois ela já fazia a observância dos direitos da criança.
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Nem sempre a DP deveria ser curadora especial, mas se o juiz entende que a
criança precisava de voz no processo, a DP seria chamada. Mas contra isso a lei, art.
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Aqui nós podemos relativizar. Segundo o STJ, o critério é para favorecer a
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criança para que ela não precise se deslocar, mas se isso não é possível perde o
sentido. O critério do artigo é para favorecer a pessoa, se não favorece não faz sentido.
REsp 1175445/PA.
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Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
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IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos
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de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016)
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crianças. Segundo entendimento dos tribunais o município é obrigado a dar creche. Mas
hoje em dia nós temos RE 1008166 em que o STF reconheceu repercussão geral desse
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tema que ainda será julgado.
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Temos também a questão do ensino domiciliar.
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Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou
pupilos na rede regular de ensino.
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Um casal recorreu ao tribunal para que fosse permitido que seus filhos fossem
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educados em casa. O STJ a uns anos atrás dizia que não havia problema.
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888815, aonde ele falou que o ensino domiciliar é vedado salvo o utilitarista que são os
que são regulamentados pelo Estado, especificamente.
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Logo no ECA fala que pode trabalhar com menos de 14, menos na condição de
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aprendiz, e segundo a CF/88 não pode trabalhar até os 16 anos, salvo como aprendiz
desde que tenha no mínimo 14 anos. A CF/88 é a que tem que ser usada, mas a
VUNESP sempre cai a literalidade do art. 60.
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Artigos 74 e seguintes são os que mais caem em provas, logo vamos ter que ler
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em casa.
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Art. 82 do ECA.
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pensão ou estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado
pelos pais ou responsável.
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Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo público de afixar,
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em lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação
destacada sobre a natureza da diversão ou espetáculo e a faixa etária
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especificada no certificado de classificação: [...]
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Pela combinação desses artigos a autorização deve ser escrita.
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Sobre autorização para viajar.
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Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside,
desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização
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judicial.
documentalmente o parentesco;
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Já no artigo 84:
se a criança ou adolescente:
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II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro
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através de documento com firma reconhecida.
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Não podemos confundir pois o artigo 82 estamos tratando só de criança.
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A competência da vara da criança está no art. 148 do ECA. A competência para
viajar está na alínea d, quando a criança estiver em situação de risco, e a competência
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será do juiz da vara da infância.
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Mas chegou um caso no Brasil de uma boliviana, com seus dois filhos. Essa
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mulher sofria violência doméstica e o pai não queria que a criança viajasse. A
divergência aqui seria se o caso seria julgado na vara de violência domestica ou da vara
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da vara de violência doméstica, sendo a competência dela hibrida, art. 14, da Lei
11.340/06 que é a lei de violência doméstica. Mas aqui é um caso especifico.
PI
Sobre a política de atendimentos, art. 87 que trata das linhas de ação da politicas
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Art. 88 é o famoso “ão”, todo os incisos começam com palavras que terminam
com ão. Mas o examinador, vai falar sobre a linha a ação da política, e vai usar o inciso
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Prática de ato infracional:
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Ato infracional é a conduta descrita como crime ou contravenção penal. O
adolescente não comete crime. O crime é o fato típico, culpável e ilícito, de acordo com
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o entendimento da maioria da doutrina. No ato infracional falta um requisito, que é a
imputabilidade, dentro da culpabilidade.
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O art. 228 da CF/88 já prevê a inimputabilidade dos menores de 18 anos. É
entendido também como uma cláusula pétrea. Para a prática do ato infracional, usa-se
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a teoria da atividade.
O art. 181 do CP se aplica aos atos infracionais, que são as escusas absolutórias
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e entende-se que é aplica ao adolescente.
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Bloco 3
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que sim.
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dupla imputação.
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Nos dias atuais se aplica a lei 13.445/17, art. 82, II.
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penal, apesar de outros autores entenderem que não seria assim.
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ficar internada é de 3 anos. O STJ analisando o CP faz um enquadramento, 8 anos pelo
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art. 109, IV do CP, e pelo art. 115 do CP, a prescrição se conta pela metade se o
criminoso for menor de 18 anos.
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Outra regra é que existe medidas socio educativas que podem ser aplicadas em
prazo certo. Vamos supor que o juiz da 4 meses de medida socio educativa. Esse tempo
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A terceira regra, segundo o STJ, ele analisa o ato infracional, o crime a qual o
ato infracional é equiparado. O STF considera a pena do CP caso o da lei for maior.
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Criança pode praticar ato infracional? Criança pratica ato infracional, mas a
consequência é medida de proteção. Independente da gravidade abstrata ou concreta
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criança um prazo de 45 dias aonde ficará reclusa, mas aqui esse prazo é considerado
pela jurisprudência como prazo absoluto, ou seja, deu 45 dias, não tem sentença, libera
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Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido
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processo legal.
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No procedimento para aplicação de medida sócio-educativa, é nula a
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desistência de outras provas em face da confissão do adolescente.
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A apresentação do adolescente é o primeiro ato, audiência de apresentação. Se
for usado apenas a confissão do adolescente, ele é o único meio de prova. Para os
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adultos esse depoimento não poderia dar base a acusação. Por isso essa súmula.
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I - advertência;
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IV - liberdade assistida;
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Espécies de medidas:
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Advertência:
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Art. 114 do ECA.
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Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112
pressupõe a existência de provas suficientes da autoria e da materialidade
da infração, ressalvada a hipótese de remissão, nos termos do art. 127.
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Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova
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da materialidade e indícios suficientes da autoria.
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Esse requisito é criticado, pois advertência não deixa de ser uma medida sócio
educativa, que pode trazer uma consequência grave, que é o menor cometer outra
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infração, aplicando o art. 112, II do ECA. Mas na prova objetiva devemos colocar o que
está na lei.
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Pode a advertência ser dado pelo serventuário? O STJ entende que não, deve
ser aplicada pelo juiz, REsp 104485.
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Prestação de serviço a comunidade e liberdade assistida:
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Prestação de serviço a comunidade é uma prestação de serviço sem que haja a
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falta na carga horária escolar. Já a liberdade assistida o adolescente é acompanhado
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de um assistente social/orientador que faz os encaminhamentos da vida dele.
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prestação de serviço à comunidade é que tem maior esforço físico, por isso não pode
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§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo,
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sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade.
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§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber,
as disposições relativas à internação.
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Na semiliberdade não há por escrito essa possibilidade de que o juiz pode vedar.
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Segundo o STJ e STF entendem que sim, é da essência da própria medida, mas em
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casos excepcionais. Se está na semiliberdade e não pratica atividades externa
transforma-se em internação. HC 78446/RJ.
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Súmula 605 do STJ.
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A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato
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infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso,
inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
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A tese é baseada no artigo 2 do ECA, paragrafo único. Deveríamos procurar a
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legalidade, art. 121, §5o do ECA, onde falava que a liberação será até os 21 anos de
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idade. Art. 120, §2o do ECA. O TJRJ falava que para internação existe uma situação
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excepcional que pode aplicar até os 21, e se for semiliberdade, também há essa
previsão, agora para os outros instrumentos não há essa especialidade e nem previsão
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legal, logo aos 18 anos isso não pode mais. Mas hoje o STJ mudou esse entendimento.
Hoje o STJ entende que se aplica até completar 18 anos independente de qual medida
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socio educativa.
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Intervalo
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Bloco 4
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Internação:
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Medida mais rigorosa. Os princípios são os que estão no caput do art. 121 do
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ECA.
Brevidade: a internação deve ser a mais curta possível ate que se atinja
os objetivos das medidas, que estão na lei do SINASE lei 12.594, art. 1.
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2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida
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adequada.
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Respeito á condição peculiar de pessoas em desenvolvimento: é o que
próprio nome diz. Art. 6 do ECA já trata desse respeito.
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Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que
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ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais
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e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas
em desenvolvimento.
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A internação não é aplicada por prazo determinado, ela se sujeita um prazo
máximo, a cada 6 meses, que será avaliado.
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As hipóteses estão no artigo 122, que estão nos incisos, sendo eles taxativos.
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Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
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a pessoa;
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II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
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III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente
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imposta.
necessariamente será aplicado caso alguns desses incisos se faça presente. O juiz vai
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Sobre o inciso I, podemos ver que não há uma previsão legal de uma aplicação
de internação ao crime análogo ao hediondo. Professor fala que o mais praticado é o
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análogo a roubo e tráfico. O roubo está no inciso I mas o Tráfico não, por isso foi editada
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adolescente”
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Sobre o inciso II, aqui nos precisamos saber o significado de reiteração. Por
muito tempo se entendia que para a reiteração seria necessário, três atos. A lei fala em
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reiteração, e não em reincidência. Hoje em dia para que se configure a reiteração serão
necessários apenas dois atos. Aqui pode ser caso de internação em ato análogo a
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tráfico.
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mesma discussão. Essa internação sanção, o juiz competente para aplicar tal medida
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será aquele da execução da medida socio educativa.
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súmula 265 do STJ, haver uma audiência para ouvir o adolescente. O prazo máximo
dessa medida é de 3 meses.
EI
“É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da
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medida socioeducativa.”
A lei do SINASE colocou outro requisito, art. 43, §4o, que ainda vamos falar mais
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tarde. Quando o ECA fala sobre essa condenação sanção devemos olhar a lei do
SINASE. Na prática os tribunais só determinam a audiência.
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Professor da um exemplo de um adolescente que fica 3 anos internado e após
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se descobre que ele tem uma doença mental. Será que ele pode ir para uma internação
médica? Professor lembra o caso do Champinha. Ele ficou 3 anos internados, e no final
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pediram sua internação por casos psiquiátricos. O STJ aceitou no HC 135271/SP.
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HABEAS CORPUS. PROCESSO CIVIL DE INTERDIÇÃO. INTERNAÇÃO
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JUDICIAL. ENFERMIDADE MENTAL. TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE ANTISSOCIAL (TPAS). LAUDO PERICIAL.
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INTERNAÇÃO RECOMENDADA.
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assim reconhecido por laudo técnico pericial, que conclui pela necessidade
da internação. Legalidade da internação psiquiátrica compulsória.
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elas.[...]
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rigorosa separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da
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infração.
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Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive provisória, serão
obrigatórias atividades pedagógicas.
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Remissão
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Aqui é o caso do perdão. Nós temos:
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Remissão dada pelo MP: chamada de remissão como forma de exclusão
do processo.
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Remissão dada pelo Juiz: é como forma de suspensão ou extinção do
processo.
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Chama-se de remissão própria aquela que não venha com nenhuma medida
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socio educativa. E a imprópria é aquela que vem com alguma medida socio educativa.
Mas atenção, a medida que é aplicada em conjunto com a remissão não pode ser
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internação ou semiliberdade, deve ser de meio aberto. A remissão não indica culpa do
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adolescente.
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cumpre a medida sócio educativa que foi aplicada em cumulação, o juiz retorno o curso
do processo e aí sim, se houver uma sentença ele pode aplica outra medida qualquer.
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O STJ entende que a remissão deve ser concedida na presença de uma defesa
IG
técnica, ao menos aquela que vem com medida socio educativa, HC 67826.
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tráfico e a decisão foi remissão. Dois meses depois ele pratica outro crime igual. É
possível que o juiz aplica a internação pela reiteração. A remissão não implica
responsabilidade.
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Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista
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judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido expresso do adolescente
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ou de seu representante legal, ou do Ministério Público.
Está falando da remissão com medida socio educativa, essa pode ser revista,
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mas deve ser medida de meio aberto.
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Procedimento para apuração de ato infracional atribuída ao
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adolescente:
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Se o adolescente é apreendido em flagrante ele deve ser levado a autoridade
policial. Mas se o adolescente é apreendido por força de mandado de busca e
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apreensão ele deve ser encaminhado a autoridade judiciária. Não há prazo na lei para
que isso aconteça, a lei fala “desde logo”.
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Bloco 5
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Existe ação sócio educativa privada ou condicionada a representação? Não!
Toda ação sócio educativa é pública. 65
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A ausência de citação do adolescente invalida o procedimento? Sim.
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tem a presença dos pais. Mas aqui, caso de ausência de notificação dos pais não há
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nulidade.
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Pode se falar em revelia no procedimento de apuração do ato infracional? A
revelia induz efeitos materiais e efeitos processuais. O efeito processual da revelia, no
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CPC se opera, se revel ele não será intimado, e o material, tudo que for falado pelo
autor será tido como verdade, salvo as exceções. Já no CPP, os efeitos processuais,
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se um adulto deixa de comparecer ele deixa de ser intimado, art. 367 do CPP. Já os
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efeitos materiais os fatos não saram tidos como verdadeiros.
e parágrafo. [...]
a efetiva apresentação.
Não há que se falar se quer nos efeitos da revelia. O feito fica parado até o
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de busca e apreensão.
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Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou responsável, e qualquer
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pessoa que tenha legítimo interesse na solução da lide poderão intervir nos
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procedimentos de que trata esta Lei, através de advogado, o qual será
intimado para todos os atos, pessoalmente ou por publicação oficial,
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respeitado o segredo de justiça.
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àqueles que dela necessitarem.
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Vendo esse artigo podemos afirmar que não pode haver assistente de acusação,
pois o STF interpreta essa regra do art. 206 para as pessoas que vão favorecer aos
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adolescentes.
-R
É possível cumular medida socio educativa? Sim, art. 99, 100 do ECA.
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada
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ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo.
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Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades
pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos
familiares e comunitários.
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Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e 100.
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Conselho Tutelar:
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A lei diz que deve ter um conselho tutelar por município. O STF não aceita o
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Os requisitos para a candidatura do concelho tutelar. Art. 133 do ECA.
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Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos
os seguintes requisitos:
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I - reconhecida idoneidade moral;
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III - residir no município.
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Os membros do conselho tutelar são regulados pela lei municipal. Segundo
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artigo 139 do ECA.
Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será
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estabelecido em lei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do
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Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991)
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É possível que essa lei exija prova escrita? Sim, STJ admite que a lei municipal
exija que se faça uma prova.
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Para impugnar a candidatura de um conselheiro tutelar pode o MP ajuizar ação
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de improbidade administrativa, e pode também ajuizar a mesma ação para alguém que
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já esteja no cargo.
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O rol de atribuições do conselho tutelar está no artigo 136 do ECA, que segundo
Nucci é um rol taxativo.
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Essa já foi perguntado nessa aula e já caiu em provas. A resposta é não, pois essa lei
de 2009 quando trocou o nome de abrigo por acolhimento institucional, fez outra
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em regra é da autoridade judicial, mas em regra pois há exceção. Deve citar também o
D
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art. 93 do ECA.
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institucional poderão, em caráter excepcional e de urgência, acolher crianças
e adolescentes sem prévia determinação da autoridade competente, fazendo
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comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz da Infância e
da Juventude, sob pena de responsabilidade. (Redação dada pela Lei nº
EM
12.010, de 2009) Vigência
OS
A ideia é que o artigo 93 do ECA, não está tratando do conselho tutelar, mas sim
da entidade. Se elas podem receber pessoas na situação de urgência, é porque alguém
-R
pode entender que será o conselho tutelar. O art. 136, alguns falam que esse artigo foi
revogado, outros dizem que houve um esquecimento lega, mas o artigo não está errado,
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ele diz que é atribuição do conselho tutelar, o as condições estão no resto da lei.
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Importante: o conselho tutelar não executa a medida protetiva.
65
Como será feita a revisão das medidas? A revisão do procedimento é feita pela
autoridade judiciaria, art. 137 do ECA.
71
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela
26
Competência:
O
Territorial:
NT
responsável.
UE
O processo ao ser ajuizado fica perpetuo mas pode ser alterado se for caso de
competência absoluta ou a vara acabar.
EI
M
SE
22
RO
Sobre o ECA, nós tratamos de competência territorial, que nem sempre é
D
RO
relativa. Aqui, segundo o STF é uma competência territorial absoluta. O princípio que o
STJ tomou como base é o principio do juízo imediato, nos art. 147, I e II do ECA.
RE
EI
EM
OS
-R
19
A consequência disso é que caso haja, por exemplo uma adoção na vara de
16
infância, em Belo Horizonte, aonde a criança está. Surge então uma família em Confins,
65
e o juiz defere essa guarda. O processo que estava em BH vai para Confins.
71
Mas devemos ficar atentos, segundo o art. 209 do ECA.
26
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do local
onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá competência
-0
Essa regra é diferente da ação civil pública. Aqui no ECA o foro é aonde ocorreu
ou deve ocorrer a ação ou omissão.
PI
Bloco 6
S
segundo art. 70, a competência é do local do resultado. Aqui é diferente pois é no local
da ação ou omissão.
IG
CF/88, quem será o órgão competente? Ex: adolescente cometeu crime análogo a roubo
contra a Caixa Econômica, o juízo federal não será o competente, pois a constituição
RO
Material:
Art. 148 do ECA mas existe uma diferença entre o art. 148 caput e seu paragrafo
EI
23
RO
Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:
D
RO
I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para
apuração de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas
cabíveis; [...]
RE
São as chamadas competências incondicionadas. Mas quando passamos para
EI
o parágrafo único, as circunstancias são diferentes. São as situações de risco.
EM
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses
do art. 98, é também competente a Justiça da Infância e da Juventude para
OS
o fim de: [...]
Logo não é sempre que vai para a vara de infância, mas se estiver em situação
-R
de risco vai. A doutrina chama essa competência de competência concorrente. Mas
segundo o professor isso está errado, a própria doutrina assume que está errado, por
19
não ser hipótese de competência concorrente e sim competência condicionada as
16
situações do art. 98.
Qual a diferença entre portaria e alvará? A portaria é uma disciplina sem sujeito
especifico. Ela trata de um fato especifico, exemplo:
O
NT
A relevância pratica é que por exemplo, se for administrativa, o próprio CNJ pode
RO
suspender esse ato. Mas se for competência jurisdicional, o que pode mudar isso é um
recurso.
RE
programas televisivos.
M
SE
24
RO
O juiz pode editar toque de recolher?
D
RO
§ 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo deverão ser
fundamentadas, caso a caso, vedadas as determinações de caráter geral.
RE
Sobre essa questão a DPSP ajuizou um habeas corpus coletivos, tento como
pacientes as crianças e adolescentes do município e as que estavam passam por lá,
EI
quando houve um toque de recolher. O STJ entendeu certa a posição da DPSP.
EM
OS
-R
19
16
65
71
Dos procedimentos:
26
afetos ao direito civil. Mas atenção, quando estamos diante de recurso, se aplicam as
S
Atenção
IG
25
RO
o sistema recursal da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de
D
Processo Civil), com as seguintes adaptações: [...]
RO
Nos recursos, aplica-se o CPC mas com algumas peculiaridades, não há
preparo, e a regra sobre o prazo é de 10 dias, a não ser embargos de declaração que
RE
segue o CPC, que é de 5 dias.
EI
Técnica de complementação de julgamento:
EM
Está descrito no CPC art. 492, que veio para suprimir os embargos infringentes.
OS
No CPC antigo a intenção desses embargos seria para reformar a sentença em uma
decisão não unanime.
-R
Mas na técnica de complementação não há uma intenção de reformar a sentença
e não se trata de um recurso, mas uma técnica de complementação.
19
A controvérsia que surge aqui é se isso se aplica no caso a apuração de ato
16
infracional?
65
Segundo o CPP, os embargos infringentes, art. 609, paragrafo único, seriam um
71
recurso exclusivo da defesa. Sobre essa técnica o STJ entendeu que se vier para
desfavorecer o menor, seria um tratamento mais gravoso que o do adulto. Informativo
26
626 do STJ. Já no informativo 627 o STJ falou que cabe a técnica de complementação
-0
de julgamento.
Qual é o prazo para apelação civil pública que discuta matéria dos direitos da
O
criança e adolescente. O STJ entende que essas regras especificas do artigo 198, só
NT
26
RO
D
RO
RE
EI
EM
OS
Existe um juízo de retratação nesses recursos. Sobre o termo instrumento,
devemos levar em consideração que a redação é de 1990, onde vigorava a redação
-R
original do CPC de 73 onde os instrumentos eram juntados em primeiro grau. Em 94
isso mudou.
19
Fim.
16
65
71
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-0
O
NT
PI
S
UE
IG
DR
RO
RE
EI
M
SE
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RO