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Texto

Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Texto
Gustavo Silva

Sumário
Texto.........................................................................................................................................................................................4
Funções da Linguagem..................................................................................................................................................4
Introdução.............................................................................................................................................................................4
Elementos da Comunicação. . ......................................................................................................................................4
Função Referencial.. .........................................................................................................................................................5
Função Emotiva.. ................................................................................................................................................................5
Função Poética. . .................................................................................................................................................................6
Função Conativa................................................................................................................................................................6
Função Metalinguística. . ...............................................................................................................................................7
Função Fática......................................................................................................................................................................7
Compreensão de Texto. . .................................................................................................................................................8
Introdução.............................................................................................................................................................................8
Compreensão de Texto. . .................................................................................................................................................8
Interpretação de Texto.. .................................................................................................................................................9
Práticas para uma Boa Compreensão de Texto...............................................................................................9
Erros Capitais na Análise de Textos................................................................................................................... 10
Questões de Concurso..................................................................................................................................................11
Gabarito...............................................................................................................................................................................29
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................30

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Apresentação
Fala, servidor!
Nesta última aula do nosso curso, gostaria de revisar os tópicos mais cobrados pela banca.
Vamos lá!

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TEXTO
Funções da Linguagem
Introdução
Todo texto escrito possui uma intenção, uma finalidade para a qual se destina e que busca
atender. É a denominada intenção comunicativa, que utiliza formas específicas da linguagem
para atender os interesses do falante.
Obviamente, um texto pode ter vários tipos de linguagem, pois pode apresentar várias
intenções, mas sempre há uma que é a predominante.

Elementos da Comunicação
A linguagem desempenha diferentes funções de acordo com os elementos presentes na
comunicação, são eles:
• Emissor: é aquele que emite a mensagem.
• Receptor: é aquele que recebe a mensagem.
• Código: é o conjunto de signos que é transmitido e recebido.
• Mensagem: é a forma como o emissor transmite.
• Referente: é a informação veiculada na mensagem.
• Canal: é o meio pelo qual circula a mensagem.

A compreensão desses elementos é fundamental para o entendimento das funções da


linguagem, as quais são: função referencial; função emotiva; função poética; função conativa,
função metalinguística e função fática.

(Domínio público)

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Função Referencial
A Função Referencial é também chamada de Função Informativa, pois tem como o princi-
pal objetivo informar, referenciar algo. Suas características são:
• Ser uma linguagem objetiva, direta, denotativa.
• Prevalência de uso de terceira pessoa do singular (impessoal).
• Empregada em textos jornalísticos e científicos, materiais didáticos etc.

Observe, no exemplo a seguir, como a Função Referencial é centrada no racional e no ar-


gumentativo:

EXEMPLO

(Domínio público)

Função Emotiva
A Função Emotiva também pode ser chamada de Função Expressiva, pois a principal in-
tenção do emissor, nesta função, é transmitir suas emoções, seus sentimentos ou subjetivi-
dades. Entende-se que esta função é altamente subjetiva, pois ela parte da visão parcial da
pessoa que a utiliza, o emissor.
Suas principais características são:
• Uso de primeira pessoa do singular (pessoal).
• Uso de interjeições e exclamações.
• É aplicada em poesias, memórias, biografias, cartas etc.

Veja a seguir um exemplo de texto que explora a Função Emotiva um trecho da autobio-
grafia de Malala, no livro ‘Eu sou Malala”:

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EXEMPLO
“No dia em que nasci, as pessoas da nossa aldeia tiveram pena de minha mãe, e ninguém
deu os parabéns a meu pai. Vim ao mundo durante a madrugada, quando a última estrela se
apaga. Nós, pachtuns, consideramos esse um sinal auspicioso. Meu pai não tinha dinheiro
para o hospital ou para uma parteira; então uma vizinha ajudou minha mãe.”

Função Poética
A Função Poética é característica das obras literárias, pois é marcada pela valorização
das palavras e suas combinações, fazendo jogo de palavras, sons, repetições. É afetiva, su-
gestiva, metafórica e conotativa. Suas principais caraterísticas são:
• Comum em obras literárias, letras de música, algumas propagandas etc.
• Explora o jogo de palavras e busca valorizar seus sons e sua pessoalidade.
• Recorre a muitas figuras de linguagem.

Um exemplo de texto que explora a função poética é:

EXEMPLO
O verbo infinitivo
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar (Vinícius de Morais)

Função Conativa
Também chamada de Função Apelativa, esta linguagem é focada no receptor, pois bus-
ca influenciá-lo para fazer algo ou alterar o seu comportamento. Suas principais carate-
rísticas são:
• Utiliza com frequência os pronomes ‘tu’ e ‘você’.
• Utiliza vocativos.
• Utiliza verbos no imperativo.
• É típica de discursos, propagandas, sermões etc.

Veja a seguir o exemplo de uma propaganda com função conativa:

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EXEMPLO

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Função Metalinguística
A Função Metalinguística, como o nome diz, é focada em falar de si mesma, ou seja, pos-
sui foco no código. Nesta função, a linguagem fala dela mesma, explica um código utilizando
outro código. Suas características são:
• Falar de si mesma.
• É a poesia que fala de poesia, poeta que fala da função de poeta, texto que fala de outro
texto.
• Frequente principalmente em dicionários.

Veja a seguir um exemplo de Função Metalinguística:

EXEMPLO

Função Fática
A Função Fática é aquela que se centraliza no canal, pois tem o objetivo de testar a efici-
ência do canal e do contato com o receptor.
É a função das ligações telefônicas, de saudações etc.

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EXEMPLO

(Domínio público)

Compreensão de Texto
Introdução
A Compreensão de Texto é frequente em provas de concursos e tem sido cada vez mais
explorada pelas bancas, algumas chegam a apresentar mais questões dessa área do conhe-
cimento do que da Gramática em si, isso porque também é possível cobrar Gramática por
meio da Compreensão de Textos.
A Compreensão de Texto também é o terror de muitos concurseiros, pois os índices de er-
ros são altos, o que prejudica muito a nota do candidato. Compreender um Texto é uma tarefa
que exige atenção e entendimento do conteúdo do texto.
É comum os alunos confundirem Interpretação de Texto com Compreensão de Texto, o
que pode levar o aluno a incorrer em erro nas questões. Veja a seguir a diferença entre elas:

Compreensão de Texto Interpretação de Texto


É a análise do que está escrito no É aquilo que se pode concluir do que
Definição texto, do conteúdo gramatical do está escrito no texto. É a forma de
texto. interpretar o conteúdo do texto.
A informação está fora do texto,
Onde está a A informação está presente no
mas pode ser acessada a partir das
informação texto.
informações que estão no texto.
É uma análise objetiva das frases e É uma análise subjetiva, trabalha
Tipo de análise
palavras que estão escritas no texto. com o que você entendeu do texto.

Compreensão de Texto
Agora, você já sabe que a Compreensão do Texto compreende o entendimento do que está
no texto, para diferenciá-la das questões de Interpretação de Texto, atente-se para os coman-
dos mais frequentes em questões de Compreensão de Textos:

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• De acordo com o autor...


• De acordo com o texto...
• Segundo o texto...
• No texto...
• O autor sugere que...
• O texto informa que...

Interpretação de Texto
Já a Interpretação de Textos de difere da Compreensão de Textos pelos seguintes coman-
dos presentes nas questões de provas objetivas:
• Conclui-se do texto que...
• O texto possibilita o entendimento de que...
• Diante do que foi exposto, podemos concluir que...
• Infere-se do texto que...
• O texto nos permite deduzir que...

Práticas para uma Boa Compreensão de Texto


Você já viu, então, que Interpretar e Compreender são processos diferentes dentro
de um texto.

• Interpretar: significa relacionar a significação de algo pela indução do conteúdo do texto.


• Compreender: significa aprender o conteúdo do texto, utilizar a capacidade de compre-
ensão, entendimento.

Portanto, entenda que, quando a questão for de Compreensão de Texto, a resposta estará
no texto. Já quando a questão for de Interpretação de Texto, a resposta estará nas conclu-
sões que você pode fazer com base no texto.
Algumas boas práticas que você pode fazer para melhorar a sua Compreensão e sua In-
terpretação de Textos são:
1. Analisar o enunciado com atenção, para saber se a questão é de Interpretação ou de
Compreensão.
2. Destacar as palavras-chave do enunciado, como os trechos comuns de cada questão
que destacamos acima.
3. Fazer uma leitura atenta do texto.
4. Reler o texto destacando termos importantes, tópicos-frasais dos parágrafos, trechos
que apresentam conclusões, que generalizam ou que negam etc.
5. Destacar palavras e trechos que apresentam dúvidas e tentar encontrar sinônimos para
elas ou reescrever os trechos confusos de forma clara.
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6. Praticar sempre a leitura de textos exercitando tanto a Compreensão quanto a In-


terpretação.
7. Praticar sempre com exercícios de provas e conferir os gabaritos e comentários.
Entenda que a Interpretação de Textos pode ser mais complexa do que a Compreensão,
uma vez que exige maior capacidade de raciocínio e inferência do que não está no texto.
Desse modo, a sua prática é fundamental para se sair bem nesse tipo de questão. Caso
você pratique apenas quando for fazer provas, a chance de erro é muito grande, por isso, pra-
tique desde já:
• Tenha hábitos de leitura para ampliar seu entendimento dos materiais.
• Relacione o conteúdo do texto com a realidade.
• Resuma ideias e conclusões principais do texto.
• Parafraseie o conteúdo do texto em questão, com prevalência das ideias apresentadas
pelo autor sobre as suas ideias pessoais sobre o assunto.

Compreensão de textos Interpretação de textos


DENTRO do TEXTO FORA do TEXTO
Faça uma conclusão do enunciado a partir
Sublinhe palavras-chaves e procure-as no
do texto. Leve em consideração sua bagagem
texto.
cultural.
O texto... No texto... De acordo com o Infere-se do texto... Conclui-se do texto...
texto... Depreende-se do texto...

Erros Capitais na Análise de Textos

Qualquer ideia acima pode configurar erro. Fique atento!

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QUESTÕES DE CONCURSO
ENTRE O DESESPERO E A ESPERANÇA: COMO REENCANTAR O TRABALHO?
Christophe Dejours
Nos dias de hoje, quando se fala do trabalho, é de bom-tom considerá-lo a priori como uma
fatalidade. Uma fatalidade socialmente gerada. E, de fato, é preciso reconhecer que a evolu-
ção do mundo do trabalho é bastante preocupante para os médicos, para os trabalhadores,
para as pessoas comuns apreensivas com as condições que serão deixadas a seus filhos em
um mundo de trabalho desencantado.
E, no entanto, no mesmo momento em que devemos denunciar os desgastes psíquicos cau-
sados pelo trabalho contemporâneo, devemos dizer que ele também pode ser usado como
instrumento terapêutico essencial para pessoas que sofrem de problemas psicopatológicos
crônicos. No que concerne à visão negativa, é preciso distinguir o sofrimento que o trabalho
impõe àqueles que têm um emprego do sofrimento daqueles homens e mulheres que foram
demitidos ou que se encontram privados de qualquer possibilidade de um dia ter um emprego.
Há, portanto, situações de contraste. Surge inevitavelmente a questão de saber se é possível
compreender as diversas contradições que se observam na psicodinâmica e na psicopatolo-
gia do trabalho. Isso só é possível se defendermos a tese da “centralidade do trabalho”. Essa
tese se desdobra em quatro domínios:
• no domínio individual, o trabalho é central para a formação da identidade e para a saú-
de mental,
• no domínio das relações entre homens e mulheres, o trabalho permite superar a desi-
gualdade nas relações de “gênero”. Esclareço que aqui não se deve entender trabalho
apenas como trabalho assalariado, mas também como trabalho doméstico, o que re-
percute na economia do amor, inclusive na economia erótica,
• no domínio político, é possível mostrar que o trabalho desempenha um papel central no
que concerne à totalidade da evolução política de uma sociedade,
• no domínio da teoria do conhecimento, o trabalho, afinal, possibilita a produção de no-
vos conhecimentos. Isso não é óbvio. O estatuto do conhecimento, supostamente ele-
vado acima das contingências do mundo dos mortais, deve ser revisto profundamente
quando se considera o processo de produção do conhecimento e não apenas o conhe-
cimento. É o que se chama de “centralidade epistemológica” do trabalho. [...]
Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/christophe-dejours-reencantar-o-trabalho/. Acesso em:
14.dez.2021

001. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) A partir da leitura do


título do texto, é INCORRETO afirmar que

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a) o trabalho, de modo geral, já foi motivo de encantamento dos trabalhadores em algum mo-
mento anterior.
b) “desespero” e “esperança” estão colocados como sentimentos opostos.
c) atualmente o trabalho não gera satisfação aos trabalhadores.
d) é impossível que o ser humano volte a ter prazer com seu trabalho.
e) há uma expectativa de que o texto apresentará maneiras de se reencantar o trabalho.

002. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) Sobre os excertos “Es-


clareço que aqui não se deve entender trabalho apenas como trabalho assalariado [...]” e “O
estatuto do conhecimento [...] deve ser revisto [...]”, assinale a alternativa correta.
a) É possível substituir, em ambos os excertos, o termo “deve” por “pode”, sem que isso mo-
difique semanticamente as frases.
b) O termo “revisto” apresenta significado equivalente ao verbo “rever” em “Voltei para rever
os amigos”.
c) A expressão “Esclareço que” poderia ser omitida, sem que isso prejudicasse sintaticamen-
te a frase.
d) O termo “aqui” indica um espaço físico próximo ao autor do texto, diferentemente de
“ali” e “lá”.
e) Ambos os excertos estão na voz ativa.

003. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) Em relação ao excerto


“[...] para as pessoas comuns apreensivas com as condições que serão deixadas a seus filhos
em um mundo de trabalho desencantado.”, assinale a alternativa correta.
a) A expressão “as condições” é um sujeito simples que pratica a ação de “deixar”.
b) A expressão “em um” não poderia ser substituída por “num”, pois isso causaria um prejuízo
sintático ao excerto.
c) O termo “comuns” apresenta um sentido pejorativo.
d) A preposição “a” poderia ser substituída por “para” ou “por”, sem que isso modificasse o
sentido do excerto.
e) No excerto, “desencantado” tem significado equivalente a “que se desencantou”.

004. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) Quanto aos mecanis-


mos de coesão empregados no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Os itens destacados em “E, de fato, é preciso reconhecer [...]”, “E, no entanto, no mes-
mo momento em que [...]” e “Há, portanto, situações [...]” contribuem para a coesão sequen-
cial do texto.
b) No excerto “[...] ele também pode ser usado como instrumento [...]”, contido no segundo
parágrafo do texto, o pronome retoma o sintagma “trabalho contemporâneo”.

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c) Em “Essa tese se desdobra [...]”, a expressão em destaque retoma a tese da “centralidade


do trabalho”.
d) Na apresentação, em forma de tópicos, dos domínios abarcados pela tese da “centralidade
do trabalho”, não há elementos atuando na coesão sequencial ou referencial do texto.
e) Em “Há, portanto, situações de contraste.”, a conjunção sinaliza uma relação de conclusão.

005. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) Assinale a alternativa


que apresenta uma reescrita semântica e gramaticalmente correta para o excerto “Nos dias
de hoje, quando se fala do trabalho, é de bom-tom considerá-lo a priori como uma fatalidade.”.
a) Agora, no momento em que falo do trabalho, considero-o, em primeiro lugar, uma fatalidade.
b) Atualmente, quando discutem sobre o trabalho, devem considerá-lo, em alto e bom tom,
como um desastre.
c) Quando é falado do trabalho, nos dias que correm, é visto com bons olhos o ato de tê-lo
sempre como se fosse algo ruim.
d) Hoje em dia, quando as pessoas falam sobre o trabalho, é socialmente adequado conside-
rá-lo, sem sombra de dúvidas, como algo fatal.
e) Hodiernamente, quando falam do trabalho, é educado que o julguem, a princípio, como
inevitável.

006. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) Qual(is) dos domínios


da tese “da centralidade do trabalho” está(ão) relacionado(s) às informações contidas no pri-
meiro período do segundo parágrafo do texto?
a) Individual.
b) Político.
c) Da teoria do conhecimento.
d) Das relações entre homens e mulheres.
e) Das relações entre homens e mulheres e Político.

O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental


Lucía Blasco
Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.
“Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá-lo ou silenciá-lo — falha. Evitar
o sofrimento é uma forma de sofrimento”, escreveu o escritor americano Mark Manson em
seu livro A Arte Sutil de Ligar o Foda-se. É precisamente nisso que consiste a positividade tó-
xica ou positivismo extremo: impor a nós mesmos — ou aos outros — uma atitude falsamente
positiva, generalizar um estado feliz e otimista seja qual for a situação, silenciar nossas emo-
ções “negativas” ou as dos outros. (...)
O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose
clínica, prefere falar em “emoções desreguladas” do que “negativas”. “A paleta de cores emo-

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cionais engloba emoções desreguladas, como tristeza, frustração, raiva, ansiedade ou inveja.
Não podemos ignorar que, como seres humanos, temos aquela gama de emoções que têm
uma utilidade e que nos dão informações sobre o que acontece no nosso meio e no nosso
corpo”, explica Rodellar à BBC News Mundo.
Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, “o problema com a positividade tóxica é
que ela é uma negação de todos os aspectos emocionais que sentimos diante de qualquer si-
tuação que nos represente um desafio.” “É desonesto em relação a quem somos permitir-nos
apenas expressões positivas”, diz Baker. (...) “Nós nos escondemos atrás da positividade para
manter outras pessoas longe de uma imagem que nos mostra imperfeitos.” (...) “Quando ig-
noramos nossas emoções negativas, nosso corpo aumenta o volume para chamar nossa
atenção para esse problema. Suprimir as emoções nos esgota mental e fisicamente. Não é
saudável e não é sustentável a longo prazo”, diz a terapeuta. (...)
Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsicologia, considera que “o positi-
vismo tóxico tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do que a depres-
são”. “Pode levar a uma vida irreal que prejudica nossa saúde mental. Tanto positivismo não
é positivo para ninguém. Se não houver frustração e fracasso, não aprendemos a desenvolver
em nossas vidas”, disse ele à BBC Mundo.
O positivismo tóxico está na moda? Baker pensa que sim e atribui isso às redes sociais, “que
nos obrigam a comparar nossas vidas com as vidas perfeitas que vemos online”. (...) “Se
houvesse mais honestidade sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres para ex-
perimentar todos os tipos de emoções. Somos humanos e devemos nos permitir sentir todo o
espectro de emoções. É ok não estar bem. Não podemos ser positivos o tempo todo.”
Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico “nos últimos anos”, mas prin-
cipalmente durante a pandemia. (...) “Todas as emoções são como ondas: ganham inten-
sidade e depois descem e tornam-se espuma, até desaparecer aos poucos. O problema é
quando não as queremos sentir porque nos tornamos mais dóceis perante uma ‘onda’ que se
aproxima”. (...)
Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acredita
que a melhor maneira de validar as emoções é “apenas ouvi-las”. “Quando alguém compar-
tilha sentimentos negativos com você, em vez de correr para fazer essa pessoa se sentir me-
lhor ou pensar mais positivamente (“Tudo vai ficar bem”), tente levar um segundo para refletir
sobre seu desconforto ou medo e faça o possível para ouvir”, aconselha a especialista. (...)
Como aplicar isso na prática? Em vez de dizer “não pense nisso, seja positivo”, diga “me diz o
que você está sentindo, eu te escuto”. Em vez de falar “poderia ser pior”, diga “sinto muito que
está passando por isso”. Em vez de “não se preocupe, seja feliz”, diga “estou aqui para você”.
(...) “Tudo bem olhar para o copo meio cheio, mas aceitando que pode haver situações em
que o copo está meio vazio e, a partir daí, assumir a responsabilidade de como construímos
nossas vidas”.

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Para Baker, o que devemos lembrar é que “todas as nossas emoções são autênticas e reais,
e todas elas são válidas”.
Adaptado de: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55278174. Acesso em: 28 dez. 2021.

007. (AOCP/IPE PREVI/ANALISTA EM PREVIDÊNCIA/2022) Leia os excertos que seguem e


analise as respectivas reescritas propostas para eles.
I – “O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental” – “O nocivo efeito da po-
sitividade tóxica na saúde mental.”
II – “O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental” – “O surpreendente efeito
da positividade danosa na saúde mental.”
III – “Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.” – “Pode parecer contra-
ditório, todavia a positividade pode ser tóxica.”
IV – “(...) o positivismo tóxico tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do
que a depressão”. – “(...) o positivismo tóxico têm consequências psicológicas e psiquiátricas
mais graves do que a depressão.”
V – “Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico ‘nos últimos anos’, mas
principalmente durante a pandemia.” – “Gutiérrez acredita que houveram aumentos do posi-
tivismo tóxico ‘nos últimos anos’, mas principalmente durante a pandemia.”
O sentido e a correção gramatical dos excertos foram devidamente mantidos apenas em
a) I e II.
b) II e III.
c) IV e V.
d) II.
e) III.

008. (AOCP/IPE PREVI/ANALISTA EM PREVIDÊNCIA/2022) Assinale a alternativa em que o


conectivo em destaque tenha sido usado para retomar um termo anterior, o qual se encontra
nos parênteses.
a) “‘o problema com a positividade tóxica é que ela é uma negação de todos os aspectos emo-
cionais [...]’’’. (retoma “positividade tóxica”).
b) “‘Nós nos escondemos atrás da positividade para manter outras pessoas longe de uma
imagem que nos mostra imperfeitos.’” (retoma “uma imagem”).
c) “Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acredita
que a melhor maneira de validar as emoções é ‘apenas ouvi-las’”. (retoma “Stephanie Preston”).
d) “Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsicologia, considera que ‘o po-
sitivismo tóxico tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do que a de-
pressão’.” (retoma “Teresa Gutiérrez”).
e) “Para Baker, o que devemos lembrar é que ‘todas as nossas emoções são autênticas e re-
ais, e todas elas são válidas’.”. (retoma “Para Backer”).

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009. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Com base na leitura da tirinha, assinale a alterna-


tiva correta.
a) Na tirinha, o humor é motivado pela polissemia da forma gerúndio “tomando” que provoca
o humor. O verbo “tomar” (no contexto, intransitivo) recebe complementos com sentidos dis-
tintos, a partir da interpretação divergente feita por pai e filho.
b) Na tirinha, o humor é motivado pela polissemia da forma gerúndio “tomando” que provoca
o humor. O verbo “tomar” (no contexto, transitivo indireto) recebe complementos com senti-
dos distintos, a partir da interpretação divergente feita por pai e filho.
c) Na tirinha, o humor é motivado pela polissemia da forma gerúndio “tomando” que provoca
o humor. O verbo “tomar” (no contexto, transitivo direto) recebe complementos com sentidos
distintos, a partir da interpretação divergente feita por pai e filho.
d) Na tirinha, o humor é motivado pela polissemia da forma do particípio “tomando” que pro-
voca o humor. O verbo “tomar” (no contexto, transitivo direto) recebe complementos com
sentidos distintos, a partir da interpretação divergente feita por pai e filho.
e) Na tirinha, o humor é motivado pela polissemia da forma particípio “tomando” que provoca
o humor. O verbo “tomar” (no contexto, intransitivo) recebe complementos com sentidos dis-
tintos, a partir da interpretação divergente feita por pai e filho.

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Gustavo Silva

010. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Considere o trecho da tirinha: “Minha noção de me-


ritocracia é bem rígida”. Qual das seguintes alternativas poderia substituí-lo sem prejuízos
de sentido?
a) Tenho uma percepção estrita de meritocracia.
b) Tenho uma definição atenuante de meritocracia.
c) Tenho uma concepção altruísta de meritocracia.
d) Tenho um ponto de vista aquém da meritocracia.
e) Tenho um pensamento efêmero acerca da meritocracia.

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Quais são os principais temas de pesquisa no Brasil?


Um relatório analisou mais de 300 mil artigos publicados entre 2015 e 2020. Confira os prin-
cipais assuntos – e com quais países o Brasil mais colabora.
Maria Clara Rossini
15 out. 2021
A produção brasileira de artigos científicos cresceu 32,2% entre 2015 e 2020. É mais do que a
média mundial, que foi de 27,1%. Mas o que o brasileiro pesquisa? O relatório “Panorama da
ciência brasileira: 2015 – 2020”, produzido pelo Observatório de Ciência, Tecnologia e Inova-
ção, mapeou os principais temas de estudo no Brasil.
O levantamento se baseou nos artigos científicos presentes no Web of Science, uma plata-
forma que reúne pesquisas de todo o mundo. No total, mais de 11 milhões de artigos foram
publicados entre 2015 e 2020. Desses, 372 mil contaram com a participação de ao menos um
brasileiro. Educação lidera o pódio, com 16.672 artigos publicados entre 2015 e 2020. Se o
tema surpreendeu, lembre que Pedagogia é o curso que mais recebe estudantes de gradua-
ção no Brasil. Logo, há mais mão de obra. Os temas seguintes são Biodiversidade, Nanopar-
tículas e Pecuária e Aquicultura.
Para chegar ao resultado, o relatório fez uma análise da frequência das palavras-chave con-
tidas nas pesquisas. Por exemplo: as palavras “ovelha” e “gado” estão relacionadas à agri-
cultura, enquanto “entrelaçamento quântico” e “ondas gravitacionais” são campos da físi-
ca teórica.
O relatório ainda mostra os países que mais fazem pesquisa em parceria com o Brasil. Os
Estados Unidos está presente em 36% dos artigos brasileiros realizados em colaboração in-
ternacional. Depois vêm Inglaterra, Espanha, França e Alemanha.
Disponível em:. Acesso em 19 out. 2021.

011. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Em relação à estrutura e aos sentidos do texto de


apoio, assinale a alternativa correta.
a) O texto apresenta os temas de pesquisa mais investigados no Brasil. O estudo mostra que
o Brasil não faz pesquisas em parceria com países europeus, apenas com os Estados Unidos.
b) Por meio da investigação da frequência de palavras-chave contidas nas pesquisas brasilei-
ras, observou-se que o tema da educação lidera o ranking, seguido de estudos matemáticos.
c) Os Estados Unidos lideram a parceria de pesquisas com o Brasil, assim como a educação
é a temática mais estudada, embora não haja uma explicação clara para esse alto resultado.
d) O texto apresenta os temas de pesquisa mais investigados no Brasil. A educação aparece
à frente, relacionada ao fato de que Pedagogia é o curso que mais forma no país.
e) Países asiáticos realizam pesquisas em parceria com o Brasil. O principal tema de investi-
gação das pesquisas brasileiras é a educação.

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Conheça a história do Cristo Redentor, da idealização à sua construção


Inaugurada em 12 de outubro de 1931, a estátua foi erguida com auxílio da população. Neste
“Quer Que Eu Desenhe?”, conheça o passado de um dos maiores símbolos do país.
Bernardo França e Tiemi Osato
12 out. 2021
Há 90 anos, era inaugurada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Em 12 de outubro
de 1931, peregrinos do mundo inteiro se dirigiram para onde hoje é o Parque Nacional da Ti-
juca, no Rio de Janeiro, e viram, pela primeira vez, o monumento do Cristo Redentor.
A estátua começou a ser idealizada em meados do século 19, quando o padre francês Pierre
Marie Boss exercia suas atividades em uma igreja com vista para o Monte Corcovado. A ideia
de erguer um monumento religioso foi resgatada em 1888 pela princesa Isabel.
Após a assinatura da Lei Áurea, abolicionistas sugeriram homenagear a princesa com uma es-
cultura no alto do Corcovado. Paroquiana do padre Boss e apelidada de “redentora”, ela negou a
proposta e sugeriu uma imagem do Sagrado Coração de Jesus, para ela o verdadeiro redentor.
Embora tenha sido promulgado um decreto para viabilizar o monumento, a proclamação da Re-
pública e a separação entre Igreja e Estado, em 1889, interromperam os planos. O projeto só saiu
do papel em 1921, com os preparativos para a comemoração do centenário da Independência.
Com altura de um prédio de 13 andares, a maior parte da estátua foi construída no Brasil,
no estilo art déco. As 50 peças da face e as oito das mãos foram moldadas em Paris e vie-
ram para cá como um quebra-cabeça, com cada parte numerada para ser montada em solo
brasileiro.
O Cristo é feito de concreto armado, revestido com pedra-sabão. Sua construção engajou a
população tanto na arrecadação de fundos quanto no processo de montagem dos mosaicos
que o constituem. E assim nasceu um dos maiores símbolos do país.
Disponível em:<https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2021/10 /conheca-historia-do-cris-
to-redentor-da-idealizacao-suaconstrucao.html >. Acesso em: 19 out. 2021.

012. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Em relação à estrutura e aos sentidos do texto de


apoio, assinale a alternativa correta.
a) A origem do Cristo Redentor está diretamente ligada à figura da princesa Isabel. O monu-
mento, construído em sua homenagem, completou 90 anos em 2021.
b) O propósito do texto é apresentar como está atualmente o monumento do Cristo Redentor.
c) O propósito do texto, em comemoração aos 90 anos do Cristo Redentor, é fazer uma home-
nagem ao monumento.
d) Construído em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus, após sugestão da Princesa Isa-
bel, o Cristo Redentor completou 90 anos em 2021.
e) Para a construção do Cristo Redentor, políticos ficaram responsáveis pela captação de re-
cursos e pela montagem do monumento.

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013. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Considere o sentido da palavra destacada no ex-


certo: “Sua construção engajou a população tanto na arrecadação de fundos quanto no pro-
cesso de montagem dos mosaicos que o constituem.”. Qual das seguintes alternativas pode-
ria substituí-la sem prejuízo de sentido?
a) Impôs.
b) Contrapôs.
c) Induziu.
d) Aturdiu.
e) Filiou.

014. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Com base na leitura da tirinha, assinale a alterna-


tiva correta.

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a) O advérbio de intensidade “diferentemente” caracteriza o diálogo entre as personagens:


uma delas considera-se alguém que não julga as pessoas, mas considera que a outra perso-
nagem faça isso.
b) A hipocrisia mencionada pela personagem no último quadrinho relaciona-se ao fato de
que a outra personagem, ao usar a expressão “diferentemente de você”, acaba por fazer um
julgamento, embora diga que não faça.
c) A hipocrisia mencionada pela personagem no último quadrinho relaciona-se ao fato de que
a outra personagem, ao usar a expressão formada pelo advérbio de intensidade “diferente-
mente de você”, acaba por fazer um julgamento, embora diga que não faça.
d) A hipocrisia mencionada no último quadrinho diz respeito à falsidade de todos os persona-
gens da tirinha, pois todos, embora neguem, estão julgando alguém.
e) O advérbio de tempo “diferentemente” caracteriza o diálogo entre as personagens: uma
delas considera-se alguém que não julga as pessoas, mas considera que a outra personagem
faça isso.

015. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Considere o sentido da palavra destacada no tre-


cho da tirinha: “Diferentemente de você”. Qual das seguintes alternativas poderia substituí-la
sem prejuízo de sentido?
a) Apesar.
b) Incomumente.
c) Aquém.
d) Distintamente.
e) Excentricamente.

DOCE
Lembrasse antes quanto tempo gastaria na beira do fogão mexendo o doce de abóbora e Ma-
ria talvez nem tivesse começado. Mas não é assim que funciona, a coisa vem de trás pra frente:
primeiro o gosto no fundo da lembrança, na garganta, daí a saliva na língua. Depois, o cheiro de
algo que nem recordava parece que está aqui, dentro das narinas. Os ingredientes, todos com-
prados, a panela na mão. Só na hora de mexer o doce é que a gente lembra, com esse misto de
cansaço e tristeza, que o doce é feito de mexer o doce. É feito do braço girando, girando, o outro
braço solto escorado na anca, o peso do corpo passando da perna de cá pra de lá.
O doce já começado é doce inteiro na imaginação, não tem volta. E Maria nunca foi de voltar
atrás, mesmo com o que era bom só na primeira mordida e depois deixava um retrogosto
amargo – na boca ou no jeito de olhar. Maria que nem puxa-puxa, presa às escolhas e cami-
nhos e ao que por vezes não foi tão escolha quanto foi acaso.
Bem que às vezes queria ser pássaro solto, escolher caminhos. A cozinha fica pequena da
falta que voar livre faz, as paredes suam. Tudo o que é sonho vai evaporando do seu corpo, a

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pele fica grossa, dura. O açúcar carameliza angústias. E Maria pensa se não seria melhor ter
virado cambalhota por sobre um ou outro acontecimento, em vez de vivê-los todinhos.
O marido mesmo. Ela cansava de topar com ele encostado no sofá, vendo TV. Ia de um canal
para o outro, como se não estivesse ali. Queria que estivesse. Que contasse uma bobagem
que aconteceu no trabalho ou na rua, que atentasse ao gosto novo no doce que ela fez, “cê
colocou coco?”, “que cheiro diferente, que foi que cê botou aí?”, qualquer coisa. Qualquer
coisa que fizesse com que os dois parecessem vivos, que parecessem ligados, nem que pelo
diferente do hoje no doce sempre igual.
Tomasse uma atitude agora, talvez a coisa toda desembrulhasse diferente. Ela botaria uma
roupa bonita e dançaria pela casa, pintaria a cara toda faceira e vibrante e mostraria para ele
que ainda era mulher, poxa vida, ainda sou bem mulher! [...]
Também podia ir embora, pegar as meninas e as próprias coisas e voltar para a casa da mãe.
Ou podia queimar esse doce, derrubar panela, fazer escândalo. Pedir tenência, uma mudança,
alguma coisa que mostrasse que ainda estava viva, viva! Vibrante como esse cor-de-laranja
borbulhando na panela. [...]
PRETTI, Thays. A mulher que ri. São Paulo: Editora Patuá, 2019.

016. (AOCP/PREFEITURA DE BELÉM-PA/PROFESSOR/2021) Assinale a alternativa que des-


creve corretamente as três diferentes atitudes que a personagem cogita tomar.
a) Cuidar de sua aparência, pedir conselhos à mãe, denunciar o marido à polícia.
b) Arrumar-se para o marido, abandoná-lo, brigar com ele.
c) Trair o marido, proibi-lo de ver as filhas, queimar o doce de abóbora.
d) Mostrar ao marido que era mulher, expulsá-lo de casa, fazer um escândalo na rua.
e) Mudar sua aparência, ir para outra cidade com as filhas, bater no marido.

017. (AOCP/PREFEITURA DE BELÉM-PA/PROFESSOR/2021) No excerto “[...] ‘cê colocou


coco?’, ‘que cheiro diferente, que foi que cê botou aí?’ [...]”, a utilização de “cê” indica
a) um uso restrito à variedade culta da língua.
b) que o marido não foi alfabetizado.
c) uma forma de se referir à segunda pessoa do singular.
d) o uso da variedade padrão da língua.
e) que o marido mora na região sul do país.

018. (AOCP/PREFEITURA DE BELÉM-PA/PROFESSOR/2021) O texto pertence à tipologia nar-


rativa. Qual das seguintes alternativas apresenta uma característica que pode fundamentar
essa afirmação?
a) O título do texto é formal e objetivo.
b) A partir de argumentos, como o fato de o marido não dar a devida atenção à Maria, defen-
de-se a tese de que ela está infeliz no casamento.
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c) O texto apresenta uma linguagem poética e sentimental.


d) Discorre-se sobre um tema atual e cotidiano.
e) O texto possui uma personagem principal.

Borderline: o transtorno que faz pessoas irem do “céu ao inferno” em horas


Tatiana Pronin
Uma alegria contagiante pode se transformar em tristeza profunda em um piscar de olhos
porque alguém “pisou na bola”. O amor intenso vira ódio profundo, porque a atitude foi in-
terpretada como traição; o sentimento sai de controle e se traduz em gritos, palavrões e até
socos. E, então, bate uma culpa enorme e o medo de ser abandonado, como sempre. Dá von-
tade de se cortar, de beber e até de morrer, porque a dor, o vazio e a raiva de si mesmo são
insuportáveis. As emoções e comportamentos exaltados podem dar uma ideia do que vive
alguém com transtorno de personalidade borderline (ou “limítrofe”).
Reconhecido como um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abu-
so de substâncias e agressões físicas. Além disso, cerca de 10% dos pacientes cometem
suicídio. Além da montanha-russa emocional e da dificuldade em controlar os impulsos, o
borderline tende a enxergar a si mesmo e aos outros na base do “tudo ou nada”, o que torna
as relações familiares, amorosas, de amizade e até mesmo a com o médico ou terapeuta ex-
tremamente desgastantes.
Muitos comportamentos do “border” (apelido usado pelos especialistas) lembram os de um
jovem rebelde sem tolerância à frustração. Mas, enquanto um adolescente problemático pode
melhorar com o tempo ou depois de uma boa terapia, o adulto com o transtorno parece al-
guém cujo lado afetivo não amadurece nunca.
Ainda que seja inteligente, talentoso e brilhante no que faz, reage como uma criança ao se
relacionar com os outros e com as próprias emoções — o que os psicanalistas chamam de
“ego imaturo”. Em muitos casos, o transtorno fica camuflado entre outros, como o bipolar, a
depressão e o uso abusivo de álcool, remédios e drogas ilícitas.
De forma resumida, um transtorno de personalidade pode ser descrito como um jeito de ser,
de sentir, se perceber e se relacionar com os outros que foge do padrão considerado “normal”
ou saudável. Ou seja, causa sofrimento para a própria pessoa e/ou para os outros. Enquadrar
um indivíduo em uma categoria não é fácil — cada pessoa é um universo, com características
próprias. [...]
O diagnóstico é bem mais frequente entre as mulheres, mas estudos sugerem que a incidên-
cia seja igual em ambos os sexos. O que acontece é que elas tendem a pedir mais socorro,
enquanto os homens são mais propensos a se meter em encrencas, ir para a cadeira ou até
morrer mais precocemente por causa de comportamentos de risco. Quase sempre o trans-
torno é identificado em adultos jovens e os sintomas tendem a se tornar atenuados com o
passar da idade.

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Transtornos de personalidade são diferentes de transtornos mentais (como depressão, an-


siedade, transtorno bipolar, psicose etc.), embora seja difícil para leigos e desafiante até para
especialistas fazer essa distinção, já que sobreposições ou comorbidades (existência de
duas ou mais condições ao mesmo tempo) são muito frequentes. Não é raro que o borderline
desenvolva transtorno bipolar, depressão, transtornos alimentares (em especial a bulimia),
estresse pós-traumático, déficit de atenção/hiperatividade e transtorno por abuso de subs-
tâncias, entre outros. [...]
O paciente borderline sofre os períodos de instabilidade mais intensos no início da vida adul-
ta. Há situações de crise, ou maior descontrole, que podem até resultar em internações por-
que o paciente coloca sua própria vida ou a dos outros em risco. Por volta dos 40 ou 50 anos,
a maioria dos “borders” melhora bastante, probabilidade que aumenta se o paciente se engaja
no tratamento. [...]
Medicamentos ajudam a aliviar os sintomas depressivos, a agressividade e o perfeccionismo
exagerado, e são ainda mais importantes quando existe um transtorno mental associado. Os
fármacos mais utilizados são os antidepressivos (flluoxetina, escitalopram, venlafaxina etc.),
os estabilizadores de humor (lítio, lamotrigina, ácido valproico etc.), os antipsicóticos (olan-
zapina, risperidona, quietiapina etc.) e, em situações pontuais, sedativos ou remédios para
dormir (clonazepan, diazepan, alprazolan etc.). Esses últimos costumam ser até solicitados
pelos pacientes, mas devem ser evitados ao máximo, porque podem afrouxar o controle dos
impulsos, assim como o álcool, além de causarem dependência. [...]
Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/04/16/borderline-a-doenca-que-faz-
-10-dos-diagnosticados-cometerem-suicidio.htm. Acesso em: 04 jan. 2021.

019. (AOCP/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PB/FISIOTERAPEUTA/2021) De acordo com o


texto, assinale a alternativa correta.
a) Pessoas que sofrem do transtorno borderline vão do “céu ao inferno” em um curto perío-
do de tempo porque ora se comportam como crianças sem malícia ora se comportam como
adultos responsáveis.
b) Alguém com a personalidade borderline (“limítrofe”), comumente, apresenta posturas re-
sistentes a limites, regras.
c) Um “border”, em geral, vive a infância e a adolescência sem apresentar graves alterações
geradas por tal transtorno.
d) Grande parte dos “borders”, além de se automutilarem e de apresentarem intensa rebeldia,
acabam cometendo suicídio.
e) Borderline afeta, sobretudo, mulheres que apresentam esse transtorno aliado à bipolarida-
de e à depressão.

020. (AOCP/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PB/FISIOTERAPEUTA/2021) Assinale a alternati-


va correta considerando o conteúdo do texto.
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a) Segundo o texto, as relações interpessoais e até mesmo relacionadas ao tratamento dos


“borders” desgastam-se com facilidade e isso acaba provocando descontrole emocional e
alterações de humor extremas em tais indivíduos.
b) De acordo com o texto, categorizar pessoas é uma tarefa difícil porque cada um apresenta
atitudes, pensamentos, aptidões, gostos, sentimentos etc. bem particulares.
c) Transtornos como a bipolaridade (de personalidade) e borderline (mentais) apresentam
diferenças sutis e, normalmente, esses transtornos são observados em um mesmo paciente
de modo simultâneo.
d) Segundo o texto, quem mais sofre com a síndrome borderline é o próprio paciente acome-
tido pela doença, sendo pouco e/ou raramente afetadas as pessoas que o rodeiam.
e) Tratamentos psicoterápicos são mais eficazes em casos de bipolaridade do que em qua-
dros de borderline, uma vez que, comprovadamente, para esses pacientes, a abordagem me-
dicamentosa costuma funcionar mais.

021. (AOCP/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PB/FISIOTERAPEUTA/2021) Considerando o tre-


cho que segue, a respeito dos elementos de coesão e suas respectivas relações lógico-se-
mânticas, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
“A personalidade envolve não só aspectos herdados, mas também aprendidos, por isso a
melhora é possível, ainda que seja difícil de acreditar no início. Se a psicoterapia é importante
para ajudar o bipolar a identificar uma virada e evitar perdas, no transtorno de personalidade
ela é o carro-chefe do tratamento. [...]”.
I – Não haveria prejuízo de sintaxe nem de efeito de sentido caso a expressão correlativa “não
só/mas também” fosse, nesse contexto, substituída pela conjunção, igualmente aditiva, “e”.
II – Em vez de “não só/mas também”, poder-se-ia usar, nessa situação, a locução também
correlativa “tanto/quanto”, embora esta expresse valor de comparação e não de adição.
III – A expressão “ainda que” tem valor de concessão e poderia ser substituída, nesse caso,
por “embora”.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

022. (AOCP/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PB/ENFERMEIRO/2021) Ainda em relação ao


trecho “Esses últimos costumam ser até solicitados pelos pacientes, mas devem ser evitados
ao máximo, porque podem afrouxar o controle dos impulsos, assim como o álcool, além de
causarem dependência.”, os verbos destacados retomam a expressão “Esses últimos” e fa-
zem referência a ela por meio de

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Gustavo Silva

a) sujeito elíptico, em que se oculta um termo já de conhecimento do leitor.


b) zeugma, em que se oculta um termo, independente de ter sido mencionado antes ou não.
c) coesão por anáfora, em que se usa um elemento para anunciar outro, ainda não mencio-
nado no texto.
d) coesão por catáfora, em que se usa um elemento para recuperar outro, já menciona-
do no texto.
e) referenciação nominal, em que se emprega um nome para recuperar um termo anterior.

Ética Profissional: o que é e qual a sua importância


A ética profissional é um dos critérios mais valorizados no mercado de trabalho. Ter uma boa
conduta no ambiente de trabalho pode ser o passaporte para uma carreira de sucesso. Mas
afinal, o que define uma boa ética profissional e qual sua importância? Acompanhe!
A vida em sociedade, que preza e respeita o bem-estar do outro, requer alguns comportamen-
tos que estão associados à conduta ética de cada indivíduo. A ética profissional é composta
pelos padrões e valores da sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive.
No meio corporativo, a ética profissional traz maior produtividade e integração dos colabora-
dores e, para o profissional, ela agrega credibilidade, confiança e respeito ao trabalho.
Contudo, há ainda muitas dúvidas acerca do que é ética, por isso, antes de falar sobre ética
profissional, é importante entender um pouco sobre o que é ética e qual é a diferença entre
ética e moral. Confira:
O que é ética?
A palavra Ética é derivada do grego e apresenta uma transliteração de duas grafias distintas,
êthos que significa “hábito”, “costumes” e ethos que significa “morada”, “abrigo protetor”.
Dessa raiz semântica, podemos definir ética como uma estrutura global, que representa a
casa, feita de paredes, vigas e alicerces que representam os costumes. Assim, se esses cos-
tumes se perderem, a estrutura enfraquece e a casa é destruída.
Em uma visão mais abrangente e contemporânea, podemos definir ética como um conjunto
de valores e princípios que orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade.
A ética está relacionada ao caráter, uma conduta genuinamente humana e enraizada, que vêm
de dentro para fora.
Embora “ética” e “moral” sejam palavras usadas, muitas vezes, de maneira similar, ambas
possuem significados distintos. A moral é regida por leis, regras, padrões e normas que são
adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar e cultural, ou seja, algo que vem
de fora para dentro.
Para o filósofo alemão Hegel, a moral apresenta duas vertentes, a moral subjetiva associada
ao cumprimento de dever por vontade e a moral objetiva que é a obediência de leis e normas
impostas pelo meio.

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Gustavo Silva

No entanto, ética e moral caminham juntas, uma vez que a moral se submete a um valor éti-
co. Dessa forma, uma ética individual, quando enraizada na sociedade, passa a ter um valor
social que é instituído como uma lei moral.
A ética profissional é o conjunto de valores, normas e condutas que conduzem e conscienti-
zam as atitudes e o comportamento de um profissional na organização.
Além da experiência e autonomia em sua área de atuação, o profissional que apresenta uma
conduta ética conquista mais respeito, credibilidade, confiança e reconhecimento de seus
superiores e de seus colegas de trabalho.
A conduta ética também contribui para o andamento dos processos internos, aumento de
produtividade, realização de metas e a melhora dos relacionamentos interpessoais e do clima
organizacional.
Quando profissionais prezam por valores e princípios éticos como gentileza, temperança,
amizade e paciência, existem bons relacionamentos, mais autonomia, satisfação, proativida-
de e inovação.
Para isso, é conveniente que se tenha um código de conduta ética, para orientar o comporta-
mento de seus colaboradores de acordo com as normas e postura da organização.
[...]
Cultivar a ética profissional no ambiente de trabalho traz benefícios e vantagens a todos, uma
vez que ela proporciona crescimento a todos os envolvidos.
Adaptado de: https://www.sbcoaching.com.br/etica-profissionalimportancia/. Acesso em: 10 mai. 2021.

023. (AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/2021) De acordo com o texto, é correto afirmar que


a) ética e moral possuem significados semelhantes. Tanto a ética quanto a moral estão asso-
ciadas ao estudo dos valores que orientam o comportamento humano em sociedade. Moral e
ética são costumes, regras e convenções estabelecidos por cada sociedade.
b) a ética está relacionada a condutas com base nos princípios do indivíduo. Esses princípios
regem o comportamento de uma pessoa em meio a uma sociedade.
c) a ética fundamenta-se exclusivamente na razão. As regras são estabelecidas de forma
exógena, a partir da razão humana e sua capacidade de criar regras para sua própria conduta.
d) se observam, para o estabelecimento de uma lei moral, leis morais de sociedades diferen-
tes para, assim, instituírem-se as regras locais.
e) nenhuma lei moral partiu de uma conduta ética. O contrário pode ser verdadeiro, ou seja,
com base em leis morais, um indivíduo pode querer seguir essas leis para ter boas condutas.

024. (AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/2021) De acordo com o texto, é correto afirmar que


a ética profissional

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a) vai depender de cada indivíduo, ou seja, não adianta, por exemplo, uma empresa estabele-
cer orientações, pois são os colaboradores que estabelecem sua própria e adequada postura
profissional.
b) pode ser desenvolvida em ambientes de trabalho a partir de pequenos gestos de gentileza
e educação. Isso poderá contribuir para que somente a empresa tenha êxito em seu desen-
volvimento.
c) pode ser definida como os parâmetros que guiam atitudes corretas e honestas em uma
profissão ou empresa.
d) provoca reflexos positivos para a organização, já que aumenta o trabalho, possibilitan-
do as horas extras e a manutenção do salário, o que ajuda no desenvolvimento profissional
de cada um.
e) possibilita ao colaborador a conquista do respeito dentro de uma empresa, ou seja, basta
uma conduta ética para que esse colaborador seja reconhecido.

025. (AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/2021) Analise os elementos de coesão em destaque


nos trechos a seguir e assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma entre parênteses.
a) “Contudo, há ainda muitas dúvidas acerca do que é ética [...]” (indica retomada resumitiva
de todo o contexto anterior).
b) “[...] podemos definir ética como uma estrutura global, que representa a casa, feita de pare-
des, vigas e alicerces que representam os costumes. Assim, se esses costumes se perderem,
a estrutura enfraquece e a casa é destruída.” (retoma, expande e indica discordância referente
às informações antecedentes).
c) “No entanto, ética e moral caminham juntas, uma vez que a moral se submete a um valor
ético.” (indica contraste referente a uma informação anterior).
d) “Dessa forma, uma ética individual, quando enraizada na sociedade, passa a ter um valor
social que é instituído como uma lei moral.” (pode ser substituído por “entretanto”, sem que
haja prejuízo semântico).
e) “Cultivar a ética profissional no ambiente de trabalho traz benefícios e vantagens a todos,
uma vez que ela proporciona crescimento a todos os envolvidos.” (indica a quantidade de
vezes/vez de uma situação ocorrida).

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GABARITO
1. d
2. c
3. e
4. d
5. e
6. a
7. b
8. b
9. c
10. a
11. d
12. d
13. e
14. b
15. d
16. b
17. c
18. e
19. c
20. b
21. d
22. a
23. b
24. c
25. c

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GABARITO COMENTADO
ENTRE O DESESPERO E A ESPERANÇA: COMO REENCANTAR O TRABALHO?
Christophe Dejours
Nos dias de hoje, quando se fala do trabalho, é de bom-tom considerá-lo a priori como uma
fatalidade. Uma fatalidade socialmente gerada. E, de fato, é preciso reconhecer que a evolu-
ção do mundo do trabalho é bastante preocupante para os médicos, para os trabalhadores,
para as pessoas comuns apreensivas com as condições que serão deixadas a seus filhos em
um mundo de trabalho desencantado.
E, no entanto, no mesmo momento em que devemos denunciar os desgastes psíquicos cau-
sados pelo trabalho contemporâneo, devemos dizer que ele também pode ser usado como
instrumento terapêutico essencial para pessoas que sofrem de problemas psicopatológicos
crônicos. No que concerne à visão negativa, é preciso distinguir o sofrimento que o trabalho
impõe àqueles que têm um emprego do sofrimento daqueles homens e mulheres que foram
demitidos ou que se encontram privados de qualquer possibilidade de um dia ter um emprego.
Há, portanto, situações de contraste. Surge inevitavelmente a questão de saber se é possível
compreender as diversas contradições que se observam na psicodinâmica e na psicopatolo-
gia do trabalho. Isso só é possível se defendermos a tese da “centralidade do trabalho”. Essa
tese se desdobra em quatro domínios:
• no domínio individual, o trabalho é central para a formação da identidade e para a saú-
de mental,
• no domínio das relações entre homens e mulheres, o trabalho permite superar a desi-
gualdade nas relações de “gênero”. Esclareço que aqui não se deve entender trabalho
apenas como trabalho assalariado, mas também como trabalho doméstico, o que re-
percute na economia do amor, inclusive na economia erótica,
• no domínio político, é possível mostrar que o trabalho desempenha um papel central no
que concerne à totalidade da evolução política de uma sociedade,
• no domínio da teoria do conhecimento, o trabalho, afinal, possibilita a produção de no-
vos conhecimentos. Isso não é óbvio. O estatuto do conhecimento, supostamente ele-
vado acima das contingências do mundo dos mortais, deve ser revisto profundamente
quando se considera o processo de produção do conhecimento e não apenas o conhe-
cimento. É o que se chama de “centralidade epistemológica” do trabalho. [...]
Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/christophe-dejours-reencantar-o-trabalho/. Acesso em:
14.dez.2021

001. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) A partir da leitura do


título do texto, é INCORRETO afirmar que

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a) o trabalho, de modo geral, já foi motivo de encantamento dos trabalhadores em algum mo-
mento anterior.
b) “desespero” e “esperança” estão colocados como sentimentos opostos.
c) atualmente o trabalho não gera satisfação aos trabalhadores.
d) é impossível que o ser humano volte a ter prazer com seu trabalho.
e) há uma expectativa de que o texto apresentará maneiras de se reencantar o trabalho.

Não há, no texto, elementos que apoiem a afirmação do item D; sugere-se, ao contrário, que
o trabalho “também pode ser usado como instrumento terapêutico essencial para pessoas
que sofrem de problemas psicopatológicos crônicos”. A correção da afirmação do item A é
verificada no primeiro parágrafo, associada aos trechos “Nos dias de hoje” e “a evolução do
mundo do trabalho”, os quais permitem inferir que houve momento anterior em que o trabalho
não era visto como algo ruim. O item B também é correto em vista do contraste apresentado
pelo título do texto. A correção do item C é verificada já na primeira frase do texto: “Nos dias
de hoje, quando se fala do trabalho, é de bom-tom considerá-lo a priori como uma fatalidade.”
Finalmente, a expectativa indicada pelo item E se mostra na pergunta presente no título, cuja
resposta se espera que o texto apresente.
Letra d.

002. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) Sobre os excertos “Es-


clareço que aqui não se deve entender trabalho apenas como trabalho assalariado [...]” e “O
estatuto do conhecimento [...] deve ser revisto [...]”, assinale a alternativa correta.
a) É possível substituir, em ambos os excertos, o termo “deve” por “pode”, sem que isso mo-
difique semanticamente as frases.
b) O termo “revisto” apresenta significado equivalente ao verbo “rever” em “Voltei para rever
os amigos”.
c) A expressão “Esclareço que” poderia ser omitida, sem que isso prejudicasse sintaticamen-
te a frase.
d) O termo “aqui” indica um espaço físico próximo ao autor do texto, diferentemente de
“ali” e “lá”.
e) Ambos os excertos estão na voz ativa.

A omissão da expressão apontada pelo item C resultaria nesta estrutura: aqui não se deve en-
tender trabalho apenas como trabalho assalariado. Como se pode perceber, apesar da neces-
sidade de ajuste a inicial minúscula para maiúscula, não há prejuízo sintático (estrutural) para
a frase. O item A é incorreto, visto que, em locuções verbais, é comum a diferença de senti-
do entre os verbos auxiliares “dever” (que expressão necessidade/obrigatoriedade) e “poder”

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(que apresenta tão só uma possibilidade). Tal alteração semântica se destacaria sobretudo
na segunda frase. O item B está errado, uma vez que “revisto”, no excerto, associa-se à ideia
de revisão, de ajuste enquanto “rever os amigos” significa ver novamente. O item D também
é incorreto, já que termo “aqui”, no excerto, refere-se a um determinado ponto do raciocínio
desenvolvido, não a lugar físico. O item E igualmente é errado, visto que ambos os excertos
estão na voz passiva.
Letra c.

003. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) Em relação ao excerto


“[...] para as pessoas comuns apreensivas com as condições que serão deixadas a seus filhos
em um mundo de trabalho desencantado.”, assinale a alternativa correta.
a) A expressão “as condições” é um sujeito simples que pratica a ação de “deixar”.
b) A expressão “em um” não poderia ser substituída por “num”, pois isso causaria um prejuízo
sintático ao excerto.
c) O termo “comuns” apresenta um sentido pejorativo.
d) A preposição “a” poderia ser substituída por “para” ou “por”, sem que isso modificasse o
sentido do excerto.
e) No excerto, “desencantado” tem significado equivalente a “que se desencantou”.

Existe correspondência de sentido entre as expressões: aquilo que foi desencantado é aquilo
que se desencantou. O item A está errado, visto que o verbo “deixar” se apresenta em uma
estrutura passiva “serão deixadas”, além disso, a rigor, o sujeito passivo de tal locução é o
pronome relativo “que”. O item B também está incorreto, uma vez que se pode empregar “em
um mundo” ou num mundo sem prejuízo estrutural (sintático). No excerto, a expressão “pes-
soas comuns” apenas indica que se trata das pessoas de modo geral, não se vê aí sentido pe-
jorativo, depreciativo, de desprezo, por isso, o item C é incorreto. Por fim, no item D, “deixadas
a seus filhos” corresponde a deixadas para seus filhos, mas não a deixadas por seus filhos,
motivo por que o item é errado.
Letra e.

004. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) Quanto aos mecanis-


mos de coesão empregados no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Os itens destacados em “E, de fato, é preciso reconhecer [...]”, “E, no entanto, no mes-
mo momento em que [...]” e “Há, portanto, situações [...]” contribuem para a coesão sequen-
cial do texto.
b) No excerto “[...] ele também pode ser usado como instrumento [...]”, contido no segundo
parágrafo do texto, o pronome retoma o sintagma “trabalho contemporâneo”.

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c) Em “Essa tese se desdobra [...]”, a expressão em destaque retoma a tese da “centralidade


do trabalho”.
d) Na apresentação, em forma de tópicos, dos domínios abarcados pela tese da “centralidade
do trabalho”, não há elementos atuando na coesão sequencial ou referencial do texto.
e) Em “Há, portanto, situações de contraste.”, a conjunção sinaliza uma relação de conclusão.

A coesão sequencial ocorre mediante a utilização de conjunções e preposições; a coesão


referencial se dá por meio de referenciadores: pronomes, numerais, advérbios, substantivos.
Assim, por exemplo, o termo “quatro domínios” estabelece coesão referencial com o termo
“domínio” presente no início de cada tópico. Além disso, internamente aos tópicos, perce-
be-se a presença de conjunções, preposições e pronomes, entre outros, os quais atuam na
coesão sequencial e na referencial. O item A é correto, visto que os termos assinalados são
conjunções, as quais participam da coesão sequencial. O item B também é correto, uma vez
que o pronome “ele”, no texto, retoma “trabalho contemporâneo”. O item C também faz asso-
ciação correta entre os termos destacados. Por fim, o item E identifica corretamente a conjun-
ção “portanto” como conclusiva.
Letra d.

005. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) Assinale a alternativa


que apresenta uma reescrita semântica e gramaticalmente correta para o excerto “Nos dias
de hoje, quando se fala do trabalho, é de bom-tom considerá-lo a priori como uma fatalidade.”.
a) Agora, no momento em que falo do trabalho, considero-o, em primeiro lugar, uma fatalidade.
b) Atualmente, quando discutem sobre o trabalho, devem considerá-lo, em alto e bom tom,
como um desastre.
c) Quando é falado do trabalho, nos dias que correm, é visto com bons olhos o ato de tê-lo
sempre como se fosse algo ruim.
d) Hoje em dia, quando as pessoas falam sobre o trabalho, é socialmente adequado conside-
rá-lo, sem sombra de dúvidas, como algo fatal.
e) Hodiernamente, quando falam do trabalho, é educado que o julguem, a princípio, como
inevitável.

O item E é o único que não deturpa o sentido original do texto. O item A erra ao deixar o tom
impessoal do texto e adotar termos como “falo” e “considero-o”. O item B altera a informação
ao apresentar “devem considera-lo” e “alto e bom tom”. O item C, por sua vez, troca a estru-
tura de sujeito indeterminado “quando se fala do trabalho” por “Quando é falado do trabalho”,
estrutura que supostamente é passiva, mas é incorreta, e que deturpa a informação original.

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Finalmente, o item D altera o sentido original ao acrescentar a expressão “se sombra de dú-
vidas” à frase.
Letra e.

006. (AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/PROCURADOR/2022) Qual(is) dos domínios


da tese “da centralidade do trabalho” está(ão) relacionado(s) às informações contidas no pri-
meiro período do segundo parágrafo do texto?
a) Individual.
b) Político.
c) Da teoria do conhecimento.
d) Das relações entre homens e mulheres.
e) Das relações entre homens e mulheres e Político.

O trecho a que se refere a questão apresenta referência a “desgastes psíquicos causados pelo
trabalho contemporâneo” e ainda à possibilidade de se usar o trabalho “como instrumento
terapêutico essencial para pessoas que sofrem de problemas psicopatológicos crônicos”. Em
tais situações, o que se aborda é a saúde mental do indivíduo a qual diz respeito ao domínio
individual, conforme o texto: “no domínio individual, o trabalho é central para a formação da
identidade e para a saúde mental”.
Letra a.

O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental


Lucía Blasco
Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.
“Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá-lo ou silenciá-lo — falha. Evitar
o sofrimento é uma forma de sofrimento”, escreveu o escritor americano Mark Manson em
seu livro A Arte Sutil de Ligar o Foda-se. É precisamente nisso que consiste a positividade tó-
xica ou positivismo extremo: impor a nós mesmos — ou aos outros — uma atitude falsamente
positiva, generalizar um estado feliz e otimista seja qual for a situação, silenciar nossas emo-
ções “negativas” ou as dos outros. (...)
O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose
clínica, prefere falar em “emoções desreguladas” do que “negativas”. “A paleta de cores emo-
cionais engloba emoções desreguladas, como tristeza, frustração, raiva, ansiedade ou inveja.
Não podemos ignorar que, como seres humanos, temos aquela gama de emoções que têm
uma utilidade e que nos dão informações sobre o que acontece no nosso meio e no nosso
corpo”, explica Rodellar à BBC News Mundo.
Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, “o problema com a positividade tóxica é
que ela é uma negação de todos os aspectos emocionais que sentimos diante de qualquer si-

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tuação que nos represente um desafio.” “É desonesto em relação a quem somos permitir-nos
apenas expressões positivas”, diz Baker. (...) “Nós nos escondemos atrás da positividade para
manter outras pessoas longe de uma imagem que nos mostra imperfeitos.” (...) “Quando ig-
noramos nossas emoções negativas, nosso corpo aumenta o volume para chamar nossa
atenção para esse problema. Suprimir as emoções nos esgota mental e fisicamente. Não é
saudável e não é sustentável a longo prazo”, diz a terapeuta. (...)
Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsicologia, considera que “o positi-
vismo tóxico tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do que a depres-
são”. “Pode levar a uma vida irreal que prejudica nossa saúde mental. Tanto positivismo não
é positivo para ninguém. Se não houver frustração e fracasso, não aprendemos a desenvolver
em nossas vidas”, disse ele à BBC Mundo.
O positivismo tóxico está na moda? Baker pensa que sim e atribui isso às redes sociais, “que
nos obrigam a comparar nossas vidas com as vidas perfeitas que vemos online”. (...) “Se
houvesse mais honestidade sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres para ex-
perimentar todos os tipos de emoções. Somos humanos e devemos nos permitir sentir todo o
espectro de emoções. É ok não estar bem. Não podemos ser positivos o tempo todo.”
Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico “nos últimos anos”, mas prin-
cipalmente durante a pandemia. (...) “Todas as emoções são como ondas: ganham inten-
sidade e depois descem e tornam-se espuma, até desaparecer aos poucos. O problema é
quando não as queremos sentir porque nos tornamos mais dóceis perante uma ‘onda’ que se
aproxima”. (...)
Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acredita
que a melhor maneira de validar as emoções é “apenas ouvi-las”. “Quando alguém compar-
tilha sentimentos negativos com você, em vez de correr para fazer essa pessoa se sentir me-
lhor ou pensar mais positivamente (“Tudo vai ficar bem”), tente levar um segundo para refletir
sobre seu desconforto ou medo e faça o possível para ouvir”, aconselha a especialista. (...)
Como aplicar isso na prática? Em vez de dizer “não pense nisso, seja positivo”, diga “me diz o
que você está sentindo, eu te escuto”. Em vez de falar “poderia ser pior”, diga “sinto muito que
está passando por isso”. Em vez de “não se preocupe, seja feliz”, diga “estou aqui para você”.
(...) “Tudo bem olhar para o copo meio cheio, mas aceitando que pode haver situações em
que o copo está meio vazio e, a partir daí, assumir a responsabilidade de como construímos
nossas vidas”.
Para Baker, o que devemos lembrar é que “todas as nossas emoções são autênticas e reais,
e todas elas são válidas”.
Adaptado de: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55278174. Acesso em: 28 dez. 2021.

007. (AOCP/IPE PREVI/ANALISTA EM PREVIDÊNCIA/2022) Leia os excertos que seguem e


analise as respectivas reescritas propostas para eles.

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I – “O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental” – “O nocivo efeito da po-


sitividade tóxica na saúde mental.”
II – “O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental” – “O surpreendente efeito
da positividade danosa na saúde mental.”
III – “Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.” – “Pode parecer contra-
ditório, todavia a positividade pode ser tóxica.”
IV – “(...) o positivismo tóxico tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do
que a depressão”. – “(...) o positivismo tóxico têm consequências psicológicas e psiquiátricas
mais graves do que a depressão.”
V – “Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico ‘nos últimos anos’, mas
principalmente durante a pandemia.” – “Gutiérrez acredita que houveram aumentos do posi-
tivismo tóxico ‘nos últimos anos’, mas principalmente durante a pandemia.”
O sentido e a correção gramatical dos excertos foram devidamente mantidos apenas em
a) I e II.
b) II e III.
c) IV e V.
d) II.
e) III.

Em I, não há correspondência de sentido entre “supreendente” e “nocivo”. Em II, a noção de


“positividade tóxica” pode ser corretamente expressa por “positividade danosa”. Em III, as
conjunções “mas” e “todavia” pertencem ao mesmo grupo (coordenativas adversativas), fato
que abona a correta substituição. Em IV, o uso da forma “têm” gera erro de concordância ver-
bal. Em V, o uso de “houveram aumentos” também gera erro de concordância verbal.
Letra b.

008. (AOCP/IPE PREVI/ANALISTA EM PREVIDÊNCIA/2022) Assinale a alternativa em que o


conectivo em destaque tenha sido usado para retomar um termo anterior, o qual se encontra
nos parênteses.
a) “‘o problema com a positividade tóxica é que ela é uma negação de todos os aspectos emo-
cionais [...]’’’. (retoma “positividade tóxica”).
b) “‘Nós nos escondemos atrás da positividade para manter outras pessoas longe de uma
imagem que nos mostra imperfeitos.’” (retoma “uma imagem”).
c) “Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acre-
dita que a melhor maneira de validar as emoções é ‘apenas ouvi-las’”. (retoma “Stephanie
Preston”).

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d) “Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsicologia, considera que ‘o po-


sitivismo tóxico tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do que a de-
pressão’.” (retoma “Teresa Gutiérrez”).
e) “Para Baker, o que devemos lembrar é que ‘todas as nossas emoções são autênticas e re-
ais, e todas elas são válidas’.”. (retoma “Para Backer”).

Nas relações de coesão e coerência, a palavra “que” costuma ser o típico conectivo subordi-
nador da Língua Portuguesa. Tal termo frequentemente introduz orações subordinadas, seja
atuando como conjunção, seja como pronome relativo. Convém ressaltar a palavra que reto-
ma um termo anterior somente na situação de pronome relativo, cuja identificação é feita por
substituição por “o qual”, “a qual”, “os quais” ou “as quais”. Entre as opções apresentadas,
isso só ocorre no item B: Nós nos escondemos atrás da positividade para manter outras pes-
soas longe de uma imagem a qual nos mostra imperfeitos. Em todas as outras opções, a pa-
lavra que atua como conjunção integrante, situação em que não retoma antecedente algum.
Letra b.

009. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Com base na leitura da tirinha, assinale a alterna-


tiva correta.
a) Na tirinha, o humor é motivado pela polissemia da forma gerúndio “tomando” que provoca
o humor. O verbo “tomar” (no contexto, intransitivo) recebe complementos com sentidos dis-
tintos, a partir da interpretação divergente feita por pai e filho.
b) Na tirinha, o humor é motivado pela polissemia da forma gerúndio “tomando” que provoca
o humor. O verbo “tomar” (no contexto, transitivo indireto) recebe complementos com senti-
dos distintos, a partir da interpretação divergente feita por pai e filho.
c) Na tirinha, o humor é motivado pela polissemia da forma gerúndio “tomando” que provoca
o humor. O verbo “tomar” (no contexto, transitivo direto) recebe complementos com sentidos
distintos, a partir da interpretação divergente feita por pai e filho.

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d) Na tirinha, o humor é motivado pela polissemia da forma do particípio “tomando” que pro-
voca o humor. O verbo “tomar” (no contexto, transitivo direto) recebe complementos com
sentidos distintos, a partir da interpretação divergente feita por pai e filho.
e) Na tirinha, o humor é motivado pela polissemia da forma particípio “tomando” que provoca
o humor. O verbo “tomar” (no contexto, intransitivo) recebe complementos com sentidos dis-
tintos, a partir da interpretação divergente feita por pai e filho.

A polissemia é o fenômeno semântico que ocorre com palavras que, mantendo-se em uma
mesma classe de palavra, apresentam significados diversos a depender do contexto. É o que
acontece com o verbo tomar, o qual, na fala do pai (“tomando cuidado”), significaria “tendo
cuidado”, e, na percepção do filho, “beber”, uma vez que ali se subentende: “Não! [Estou to-
mando] Suco de acerola!” Além disso, “tomando” é a forma nominal gerúndio, e o verbo tomar
é transitivo direto no contexto.
Letra c.

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010. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Considere o trecho da tirinha: “Minha noção de me-


ritocracia é bem rígida”. Qual das seguintes alternativas poderia substituí-lo sem prejuízos
de sentido?
a) Tenho uma percepção estrita de meritocracia.
b) Tenho uma definição atenuante de meritocracia.
c) Tenho uma concepção altruísta de meritocracia.
d) Tenho um ponto de vista aquém da meritocracia.
e) Tenho um pensamento efêmero acerca da meritocracia.

A palavra “estrita” está associada à noção de restrita, precisa, rigorosa, o que vai ao encontro
da informação expressa pela fala da personagem. Diferentemente, a palavra “atenuante” as-
socia-se à noção de flexibilidade; altruísta se relaciona à filantropia, à solidariedade. Aquém,
por sua vez, refere-se àquilo que é menos do que se espera, e o efêmero é o passageiro, o
transitório.
Letra a.

Quais são os principais temas de pesquisa no Brasil?


Um relatório analisou mais de 300 mil artigos publicados entre 2015 e 2020. Confira os prin-
cipais assuntos – e com quais países o Brasil mais colabora.
Maria Clara Rossini
15 out. 2021
A produção brasileira de artigos científicos cresceu 32,2% entre 2015 e 2020. É mais do que a
média mundial, que foi de 27,1%. Mas o que o brasileiro pesquisa? O relatório “Panorama da
ciência brasileira: 2015 – 2020”, produzido pelo Observatório de Ciência, Tecnologia e Inova-
ção, mapeou os principais temas de estudo no Brasil.
O levantamento se baseou nos artigos científicos presentes no Web of Science, uma plata-
forma que reúne pesquisas de todo o mundo. No total, mais de 11 milhões de artigos foram
publicados entre 2015 e 2020. Desses, 372 mil contaram com a participação de ao menos um
brasileiro. Educação lidera o pódio, com 16.672 artigos publicados entre 2015 e 2020. Se o
tema surpreendeu, lembre que Pedagogia é o curso que mais recebe estudantes de gradua-
ção no Brasil. Logo, há mais mão de obra. Os temas seguintes são Biodiversidade, Nanopar-
tículas e Pecuária e Aquicultura.
Para chegar ao resultado, o relatório fez uma análise da frequência das palavras-chave con-
tidas nas pesquisas. Por exemplo: as palavras “ovelha” e “gado” estão relacionadas à agri-
cultura, enquanto “entrelaçamento quântico” e “ondas gravitacionais” são campos da físi-
ca teórica.

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Gustavo Silva

O relatório ainda mostra os países que mais fazem pesquisa em parceria com o Brasil. Os
Estados Unidos está presente em 36% dos artigos brasileiros realizados em colaboração in-
ternacional. Depois vêm Inglaterra, Espanha, França e Alemanha.
Disponível em:. Acesso em 19 out. 2021.

011. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Em relação à estrutura e aos sentidos do texto de


apoio, assinale a alternativa correta.
a) O texto apresenta os temas de pesquisa mais investigados no Brasil. O estudo mostra que
o Brasil não faz pesquisas em parceria com países europeus, apenas com os Estados Unidos.
b) Por meio da investigação da frequência de palavras-chave contidas nas pesquisas brasilei-
ras, observou-se que o tema da educação lidera o ranking, seguido de estudos matemáticos.
c) Os Estados Unidos lideram a parceria de pesquisas com o Brasil, assim como a educação
é a temática mais estudada, embora não haja uma explicação clara para esse alto resultado.
d) O texto apresenta os temas de pesquisa mais investigados no Brasil. A educação aparece
à frente, relacionada ao fato de que Pedagogia é o curso que mais forma no país.
e) Países asiáticos realizam pesquisas em parceria com o Brasil. O principal tema de investi-
gação das pesquisas brasileiras é a educação.

Como o título sugere, o texto relaciona os temas mais pesquisados no Brasil, além disso ele
associa a liderança da temática educacional ao fato de que “Pedagogia é o curso que mais re-
cebe estudantes de graduação no Brasil”. O item A é incorreto, uma vez que é mencionada no
texto parceria com países europeus: “Inglaterra, Espanha, França e Alemanha”. O item B erra
ao afirmar que estudos matemáticos aparecem como tema após educação; de acordo com
o texto são “Biodiversidade, Nanopartículas e Pecuária e Aquicultura”. Já o item C também
erra ao afirmar que não há explicação clara para o alto resultado da educação como temáti-
ca mais estudada, mas o texto é claro: “Pedagogia é o curso que mais recebe estudantes de
graduação no Brasil”. Finalmente, o item E é incorreto, uma vez que não há menção no texto
a países asiáticos.
Letra d.

Conheça a história do Cristo Redentor, da idealização à sua construção


Inaugurada em 12 de outubro de 1931, a estátua foi erguida com auxílio da população. Neste
“Quer Que Eu Desenhe?”, conheça o passado de um dos maiores símbolos do país.
Bernardo França e Tiemi Osato
12 out. 2021
Há 90 anos, era inaugurada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Em 12 de outubro
de 1931, peregrinos do mundo inteiro se dirigiram para onde hoje é o Parque Nacional da Ti-
juca, no Rio de Janeiro, e viram, pela primeira vez, o monumento do Cristo Redentor.

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Gustavo Silva

A estátua começou a ser idealizada em meados do século 19, quando o padre francês Pierre
Marie Boss exercia suas atividades em uma igreja com vista para o Monte Corcovado. A ideia
de erguer um monumento religioso foi resgatada em 1888 pela princesa Isabel.
Após a assinatura da Lei Áurea, abolicionistas sugeriram homenagear a princesa com uma
escultura no alto do Corcovado. Paroquiana do padre Boss e apelidada de “redentora”, ela
negou a proposta e sugeriu uma imagem do Sagrado Coração de Jesus, para ela o verdadei-
ro redentor.
Embora tenha sido promulgado um decreto para viabilizar o monumento, a proclamação da
República e a separação entre Igreja e Estado, em 1889, interromperam os planos. O projeto
só saiu do papel em 1921, com os preparativos para a comemoração do centenário da In-
dependência.
Com altura de um prédio de 13 andares, a maior parte da estátua foi construída no Brasil,
no estilo art déco. As 50 peças da face e as oito das mãos foram moldadas em Paris e vie-
ram para cá como um quebra-cabeça, com cada parte numerada para ser montada em solo
brasileiro.
O Cristo é feito de concreto armado, revestido com pedra-sabão. Sua construção engajou a
população tanto na arrecadação de fundos quanto no processo de montagem dos mosaicos
que o constituem. E assim nasceu um dos maiores símbolos do país.
Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2021/10/conheca-historia-do-cris-
to-redentor-da-idealizacao-suaconstrucao.html >. Acesso em: 19 out. 2021.

012. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Em relação à estrutura e aos sentidos do texto de


apoio, assinale a alternativa correta.
a) A origem do Cristo Redentor está diretamente ligada à figura da princesa Isabel. O monu-
mento, construído em sua homenagem, completou 90 anos em 2021.
b) O propósito do texto é apresentar como está atualmente o monumento do Cristo Redentor.
c) O propósito do texto, em comemoração aos 90 anos do Cristo Redentor, é fazer uma home-
nagem ao monumento.
d) Construído em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus, após sugestão da Princesa Isa-
bel, o Cristo Redentor completou 90 anos em 2021.
e) Para a construção do Cristo Redentor, políticos ficaram responsáveis pela captação de re-
cursos e pela montagem do monumento.

Ambas as afirmações do item D estão expressas no texto. O item A está errado, visto que a
Princesa Isabel “negou a proposta [de ser homenageada] e sugeriu uma imagem do Sagrado
Coração de Jesus. Os itens B e C também são incorretos: como o título deixa claro, o propó-
sito do texto é apresentar “a história do Cristo Redentor, da idealização à sua construção”.
Finalmente, o item E também é errado, uma vez que o texto é expresso: “Sua construção

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engajou a população tanto na arrecadação de fundos quanto no processo de montagem dos


mosaicos que o constituem.”
Letra d.

013. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Considere o sentido da palavra destacada no ex-


certo: “Sua construção engajou a população tanto na arrecadação de fundos quanto no pro-
cesso de montagem dos mosaicos que o constituem.”. Qual das seguintes alternativas pode-
ria substituí-la sem prejuízo de sentido?
a) Impôs.
b) Contrapôs.
c) Induziu.
d) Aturdiu.
e) Filiou.

O contexto de significação de “engajou” sugere a ideia de união e compromissos espontâne-


os e voluntários. Tal interpretação vai ao encontro da ideia de filiação expressa no item E. As
demais opções não convergem para esse sentido, visto que “impôs” expressa obrigatorieda-
de, “contrapôs” apresenta a ideia de enfrentamento, “induziu” se afasta da ideia de adesão
espontânea e “aturdiu” associa-se a atordoar, causar confusão mental.
Letra e.

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014. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Com base na leitura da tirinha, assinale a alterna-


tiva correta.
a) O advérbio de intensidade “diferentemente” caracteriza o diálogo entre as personagens:
uma delas considera-se alguém que não julga as pessoas, mas considera que a outra perso-
nagem faça isso.
b) A hipocrisia mencionada pela personagem no último quadrinho relaciona-se ao fato de
que a outra personagem, ao usar a expressão “diferentemente de você”, acaba por fazer um
julgamento, embora diga que não faça.
c) A hipocrisia mencionada pela personagem no último quadrinho relaciona-se ao fato de que
a outra personagem, ao usar a expressão formada pelo advérbio de intensidade “diferente-
mente de você”, acaba por fazer um julgamento, embora diga que não faça.
d) A hipocrisia mencionada no último quadrinho diz respeito à falsidade de todos os persona-
gens da tirinha, pois todos, embora neguem, estão julgando alguém.
e) O advérbio de tempo “diferentemente” caracteriza o diálogo entre as personagens: uma
delas considera-se alguém que não julga as pessoas, mas considera que a outra personagem
faça isso.

Nas entrelinhas das falas presentes no primeiro e no segundo quadrinhos, verifica-se que a
primeira interlocutora acusa a segunda de julgar as outras pessoas. Isso já é um julgamento
da primeira em relação a segunda, disso decorre a correção do item B. Os itens A e C erram
ao afirmar que “diferentemente” é advérbio de intensidade, quando, na verdade, se trata de
advérbio de modo. Semelhantemente, erra o item E ao dizer que se trata de advérbio de tem-
po. Finalmente, o item D é incorreto por afirmar que todos os personagens da tirinha estão
julgando alguém. Isso não é verdade, já que existe uma terceira personagem, que nada fala.
Letra b.

015. (AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Considere o sentido da palavra destacada no tre-


cho da tirinha: “Diferentemente de você”. Qual das seguintes alternativas poderia substituí-la
sem prejuízo de sentido?
a) Apesar.
b) Incomumente.
c) Aquém.
d) Distintamente.
e) Excentricamente.

Entre as opções, os termos que apresentam sentido mais próximo entre si são os adjetivos
diferente e distinto, os quais originam os advérbios “Diferentemente” e “Distintamente”. “Ape-

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sar”, indo além da simples diferença, está ligado à ideia de oposição. “Incomumente” asso-
cia-se à noção daquilo que não é comum, frequente. Aquém, por sua vez, refere-se àquilo que
é menos do que se espera, e o excêntrico é o que é extravagante, fora dos padrões conside-
rados comuns.
Letra d.

DOCE
Lembrasse antes quanto tempo gastaria na beira do fogão mexendo o doce de abóbora e
Maria talvez nem tivesse começado. Mas não é assim que funciona, a coisa vem de trás pra
frente: primeiro o gosto no fundo da lembrança, na garganta, daí a saliva na língua. Depois, o
cheiro de algo que nem recordava parece que está aqui, dentro das narinas. Os ingredientes,
todos comprados, a panela na mão. Só na hora de mexer o doce é que a gente lembra, com
esse misto de cansaço e tristeza, que o doce é feito de mexer o doce. É feito do braço giran-
do, girando, o outro braço solto escorado na anca, o peso do corpo passando da perna de cá
pra de lá.
O doce já começado é doce inteiro na imaginação, não tem volta. E Maria nunca foi de voltar
atrás, mesmo com o que era bom só na primeira mordida e depois deixava um retrogosto
amargo – na boca ou no jeito de olhar. Maria que nem puxa-puxa, presa às escolhas e cami-
nhos e ao que por vezes não foi tão escolha quanto foi acaso.
Bem que às vezes queria ser pássaro solto, escolher caminhos. A cozinha fica pequena da
falta que voar livre faz, as paredes suam. Tudo o que é sonho vai evaporando do seu corpo, a
pele fica grossa, dura. O açúcar carameliza angústias. E Maria pensa se não seria melhor ter
virado cambalhota por sobre um ou outro acontecimento, em vez de vivê-los todinhos.
O marido mesmo. Ela cansava de topar com ele encostado no sofá, vendo TV. Ia de um canal
para o outro, como se não estivesse ali. Queria que estivesse. Que contasse uma bobagem
que aconteceu no trabalho ou na rua, que atentasse ao gosto novo no doce que ela fez, “cê
colocou coco?”, “que cheiro diferente, que foi que cê botou aí?”, qualquer coisa. Qualquer
coisa que fizesse com que os dois parecessem vivos, que parecessem ligados, nem que pelo
diferente do hoje no doce sempre igual.
Tomasse uma atitude agora, talvez a coisa toda desembrulhasse diferente. Ela botaria uma
roupa bonita e dançaria pela casa, pintaria a cara toda faceira e vibrante e mostraria para ele
que ainda era mulher, poxa vida, ainda sou bem mulher! [...]
Também podia ir embora, pegar as meninas e as próprias coisas e voltar para a casa da mãe.
Ou podia queimar esse doce, derrubar panela, fazer escândalo. Pedir tenência, uma mudança,
alguma coisa que mostrasse que ainda estava viva, viva! Vibrante como esse cor-de-laranja
borbulhando na panela. [...]
PRETTI, Thays. A mulher que ri. São Paulo: Editora Patuá, 2019.

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016. (AOCP/PREFEITURA DE BELÉM-PA/PROFESSOR/2021) Assinale a alternativa que des-


creve corretamente as três diferentes atitudes que a personagem cogita tomar.
a) Cuidar de sua aparência, pedir conselhos à mãe, denunciar o marido à polícia.
b) Arrumar-se para o marido, abandoná-lo, brigar com ele.
c) Trair o marido, proibi-lo de ver as filhas, queimar o doce de abóbora.
d) Mostrar ao marido que era mulher, expulsá-lo de casa, fazer um escândalo na rua.
e) Mudar sua aparência, ir para outra cidade com as filhas, bater no marido.

As possíveis atitudes se apresentam nos dois últimos parágrafos. A primeira se apresenta


neste trecho: “Ela botaria uma roupa bonita e dançaria pela casa, pintaria a cara toda faceira
e vibrante e mostraria para ele que ainda era mulher”. A segunda neste segmento: “Também
podia ir embora”. E a terceira: “Ou podia queimar esse doce, derrubar panela, fazer escândalo.
Pedir tenência, uma mudança”. O item A está errado, visto que o texto nada menciona sobre
“pedir conselhos à mãe ou denunciar o marido à polícia”. O texto também não fala sobre a
possibilidade de trair o marido, expulsá-lo de casa ou agredi-lo, daí por que os itens C, D e E
também são incorretos.
Letra b.

017. (AOCP/PREFEITURA DE BELÉM-PA/PROFESSOR/2021) No excerto “[...] ‘cê colocou


coco?’, ‘que cheiro diferente, que foi que cê botou aí?’ [...]”, a utilização de “cê” indica
a) um uso restrito à variedade culta da língua.
b) que o marido não foi alfabetizado.
c) uma forma de se referir à segunda pessoa do singular.
d) o uso da variedade padrão da língua.
e) que o marido mora na região sul do país.

O termo “cê” é forma coloquial simplificada do pronome pessoal de tratamento você. Isso im-
plica dizer que não se trata de variante culta ou padrão, daí o erro dos itens A e D. O texto não
oferece elementos para que afirmar que o marido não foi alfabetizado ou que mora na região
sul do país, por isso os itens B e E são incorretos. Por fim, convém recordar que os pronomes
de tratamento, embora gerem flexão em terceira pessoa, fazem referência ao receptor do ato
comunicativo, a pessoa com quem se fala, a segunda pessoa, no caso, a segunda pessoa
do singular.
Letra c.

018. (AOCP/PREFEITURA DE BELÉM-PA/PROFESSOR/2021) O texto pertence à tipologia nar-


rativa. Qual das seguintes alternativas apresenta uma característica que pode fundamentar
essa afirmação?

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a) O título do texto é formal e objetivo.


b) A partir de argumentos, como o fato de o marido não dar a devida atenção à Maria, defen-
de-se a tese de que ela está infeliz no casamento.
c) O texto apresenta uma linguagem poética e sentimental.
d) Discorre-se sobre um tema atual e cotidiano.
e) O texto possui uma personagem principal.

São elementos do texto narrativo o narrador, o tempo, o lugar, o discurso, o enredo e os perso-
nagens. No caso do texto apresentado, a narração gira em torno de Maria, que é a personagem
principal. O item A está errado: o título não determina tipologia textual. Textos que defendem
uma tese mediante argumentos pertencem à tipologia dissertativa, assim como aqueles que
discorrem sobre um tema, daí por que os itens B e D se mostram errados. Por fim, o item C é
incorreto, já que linguagem poética e sentimental não determina a tipologia narrativa.
Letra e.

Borderline: o transtorno que faz pessoas irem do “céu ao inferno” em horas


Tatiana Pronin
Uma alegria contagiante pode se transformar em tristeza profunda em um piscar de olhos
porque alguém “pisou na bola”. O amor intenso vira ódio profundo, porque a atitude foi in-
terpretada como traição; o sentimento sai de controle e se traduz em gritos, palavrões e até
socos. E, então, bate uma culpa enorme e o medo de ser abandonado, como sempre. Dá von-
tade de se cortar, de beber e até de morrer, porque a dor, o vazio e a raiva de si mesmo são
insuportáveis. As emoções e comportamentos exaltados podem dar uma ideia do que vive
alguém com transtorno de personalidade borderline (ou “limítrofe”).
Reconhecido como um dos transtornos mais lesivos, leva a episódios de automutilação, abu-
so de substâncias e agressões físicas. Além disso, cerca de 10% dos pacientes cometem
suicídio. Além da montanha-russa emocional e da dificuldade em controlar os impulsos, o
borderline tende a enxergar a si mesmo e aos outros na base do “tudo ou nada”, o que torna
as relações familiares, amorosas, de amizade e até mesmo a com o médico ou terapeuta ex-
tremamente desgastantes.
Muitos comportamentos do “border” (apelido usado pelos especialistas) lembram os de um
jovem rebelde sem tolerância à frustração. Mas, enquanto um adolescente problemático pode
melhorar com o tempo ou depois de uma boa terapia, o adulto com o transtorno parece al-
guém cujo lado afetivo não amadurece nunca.
Ainda que seja inteligente, talentoso e brilhante no que faz, reage como uma criança ao se
relacionar com os outros e com as próprias emoções — o que os psicanalistas chamam de
“ego imaturo”. Em muitos casos, o transtorno fica camuflado entre outros, como o bipolar, a
depressão e o uso abusivo de álcool, remédios e drogas ilícitas.
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Gustavo Silva

De forma resumida, um transtorno de personalidade pode ser descrito como um jeito de ser,
de sentir, se perceber e se relacionar com os outros que foge do padrão considerado “normal”
ou saudável. Ou seja, causa sofrimento para a própria pessoa e/ou para os outros. Enquadrar
um indivíduo em uma categoria não é fácil — cada pessoa é um universo, com características
próprias. [...]
O diagnóstico é bem mais frequente entre as mulheres, mas estudos sugerem que a incidên-
cia seja igual em ambos os sexos. O que acontece é que elas tendem a pedir mais socorro,
enquanto os homens são mais propensos a se meter em encrencas, ir para a cadeira ou até
morrer mais precocemente por causa de comportamentos de risco. Quase sempre o trans-
torno é identificado em adultos jovens e os sintomas tendem a se tornar atenuados com o
passar da idade.
Transtornos de personalidade são diferentes de transtornos mentais (como depressão, an-
siedade, transtorno bipolar, psicose etc.), embora seja difícil para leigos e desafiante até para
especialistas fazer essa distinção, já que sobreposições ou comorbidades (existência de
duas ou mais condições ao mesmo tempo) são muito frequentes. Não é raro que o borderline
desenvolva transtorno bipolar, depressão, transtornos alimentares (em especial a bulimia),
estresse pós-traumático, déficit de atenção/hiperatividade e transtorno por abuso de subs-
tâncias, entre outros. [...]
O paciente borderline sofre os períodos de instabilidade mais intensos no início da vida adul-
ta. Há situações de crise, ou maior descontrole, que podem até resultar em internações por-
que o paciente coloca sua própria vida ou a dos outros em risco. Por volta dos 40 ou 50 anos,
a maioria dos “borders” melhora bastante, probabilidade que aumenta se o paciente se engaja
no tratamento. [...]
Medicamentos ajudam a aliviar os sintomas depressivos, a agressividade e o perfeccionismo
exagerado, e são ainda mais importantes quando existe um transtorno mental associado. Os
fármacos mais utilizados são os antidepressivos (flluoxetina, escitalopram, venlafaxina etc.),
os estabilizadores de humor (lítio, lamotrigina, ácido valproico etc.), os antipsicóticos (olan-
zapina, risperidona, quietiapina etc.) e, em situações pontuais, sedativos ou remédios para
dormir (clonazepan, diazepan, alprazolan etc.). Esses últimos costumam ser até solicitados
pelos pacientes, mas devem ser evitados ao máximo, porque podem afrouxar o controle dos
impulsos, assim como o álcool, além de causarem dependência. [...]
Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/04/16/borderline-a-doenca-que-faz-
-10-dos-diagnosticados-cometerem-suicidio.htm. Acesso em: 04 jan. 2021.

019. (AOCP/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PB/FISIOTERAPEUTA/2021) De acordo com o


texto, assinale a alternativa correta.

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Gustavo Silva

a) Pessoas que sofrem do transtorno borderline vão do “céu ao inferno” em um curto perío-
do de tempo porque ora se comportam como crianças sem malícia ora se comportam como
adultos responsáveis.
b) Alguém com a personalidade borderline (“limítrofe”), comumente, apresenta posturas re-
sistentes a limites, regras.
c) Um “border”, em geral, vive a infância e a adolescência sem apresentar graves alterações
geradas por tal transtorno.
d) Grande parte dos “borders”, além de se automutilarem e de apresentarem intensa rebeldia,
acabam cometendo suicídio.
e) Borderline afeta, sobretudo, mulheres que apresentam esse transtorno aliado à bipolarida-
de e à depressão.

O texto permite chegar a conclusão expressa no item C em vista desta afirmação: “Quase
sempre o transtorno é identificado em adultos jovens e os sintomas tendem a se tornar ate-
nuados com o passar da idade.” O item A é incorreto, uma vez que a referência ao ir “do céu ao
inferno” ali presente diz respeito à “montanha-russa emocional e da dificuldade em controlar
os impulsos”, não à ausência de malícia ou à responsabilidade. O item B está errado, já que o
texto permite inferir que o border não é resistente a regras, mas as adota de modo rígido: “o
borderline tende a enxergar a si mesmo e aos outros na base do ‘tudo ou nada’”. O texto afirma
que “cerca de 10% dos pacientes cometem suicídio”, por isso o item D é incorreto. Finalmente,
o item E está incorreto em vista desta afirmação do texto: “O diagnóstico é bem mais frequen-
te entre as mulheres, mas estudos sugerem que a incidência seja igual em ambos os sexos.”
Letra c.

020. (AOCP/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PB/FISIOTERAPEUTA/2021) Assinale a alternati-


va correta considerando o conteúdo do texto.
a) Segundo o texto, as relações interpessoais e até mesmo relacionadas ao tratamento dos
“borders” desgastam-se com facilidade e isso acaba provocando descontrole emocional e
alterações de humor extremas em tais indivíduos.
b) De acordo com o texto, categorizar pessoas é uma tarefa difícil porque cada um apresenta
atitudes, pensamentos, aptidões, gostos, sentimentos etc. bem particulares.
c) Transtornos como a bipolaridade (de personalidade) e borderline (mentais) apresentam
diferenças sutis e, normalmente, esses transtornos são observados em um mesmo paciente
de modo simultâneo.
d) Segundo o texto, quem mais sofre com a síndrome borderline é o próprio paciente acome-
tido pela doença, sendo pouco e/ou raramente afetadas as pessoas que o rodeiam.
e) Tratamentos psicoterápicos são mais eficazes em casos de bipolaridade do que em qua-
dros de borderline, uma vez que, comprovadamente, para esses pacientes, a abordagem
medicamentosa costuma funcionar mais.

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Gustavo Silva

A afirmação do item B se apresenta neste trecho: “Enquadrar um indivíduo em uma categoria


não é fácil — cada pessoa é um universo, com características próprias.” O item A está errado
por inverter a relação causa-consequência entre as informações: na verdade, o descontrole
emocional é que desgasta as relações interpessoais e até mesmo relacionadas ao tratamento
dos “borders”. O item C, por sua vez, erra ao trocar as referências: na verdade, bipolaridade é
transtorno mental e borderline é transtorno de personalidade. O item D também está errado, já
que o texto afirma que o transtorno de personalidade “causa sofrimento para a própria pessoa
e/ou para os outros”. Por fim, o item E é errado, uma vez que não há no texto elemento que
permita chegar à conclusão de que tratamentos psicoterápicos são mais eficazes em casos
de bipolaridade do que em quadros de borderline.
Letra b.

021. (AOCP/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PB/FISIOTERAPEUTA/2021) Considerando o tre-


cho que segue, a respeito dos elementos de coesão e suas respectivas relações lógico-se-
mânticas, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
“A personalidade envolve não só aspectos herdados, mas também aprendidos, por isso a
melhora é possível, ainda que seja difícil de acreditar no início. Se a psicoterapia é importante
para ajudar o bipolar a identificar uma virada e evitar perdas, no transtorno de personalidade
ela é o carro-chefe do tratamento. [...]”.
I – Não haveria prejuízo de sintaxe nem de efeito de sentido caso a expressão correlativa “não
só/mas também” fosse, nesse contexto, substituída pela conjunção, igualmente aditiva, “e”.
II – Em vez de “não só/mas também”, poder-se-ia usar, nessa situação, a locução também
correlativa “tanto/quanto”, embora esta expresse valor de comparação e não de adição.
III – A expressão “ainda que” tem valor de concessão e poderia ser substituída, nesse caso,
por “embora”.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Apesar de a expressão correlativa “não só/mas também” e a conjunção “e” expressarem adi-
ção, em vista da diferença estrutural (uma possui dois termos e a outra, só um), o examinador
deveria ter determinado a posição exata para a inserção da conjunção “e” na frase. Por isso,
como está, a afirmação I é incorreta. A afirmação II é correta, uma vez que a locução “tanto/

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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quanto”, que pode indicar adição e comparação, no contexto, ressaltaria seu caráter compa-
rativo. A afirmação III é correta, já que “embora” e “ainda que” expressam concessão.
Letra d.

022. (AOCP/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PB/ENFERMEIRO/2021) Ainda em relação ao


trecho “Esses últimos costumam ser até solicitados pelos pacientes, mas devem ser evitados
ao máximo, porque podem afrouxar o controle dos impulsos, assim como o álcool, além de
causarem dependência.”, os verbos destacados retomam a expressão “Esses últimos” e fa-
zem referência a ela por meio de
a) sujeito elíptico, em que se oculta um termo já de conhecimento do leitor.
b) zeugma, em que se oculta um termo, independente de ter sido mencionado antes ou não.
c) coesão por anáfora, em que se usa um elemento para anunciar outro, ainda não mencio-
nado no texto.
d) coesão por catáfora, em que se usa um elemento para recuperar outro, já menciona-
do no texto.
e) referenciação nominal, em que se emprega um nome para recuperar um termo anterior.

As três estruturas verbais assinaladas não apresentam sujeito expresso, mas têm como refe-
rência o antecedente “Esses últimos”, o que caracteriza sujeito oculto, elíptico ou desinencial
para as três. O item B é errado, visto que o zeugma (espécie do gênero elipse) diz respeito
a um termo já mencionado que é ocultado para não ser repetido. Os conceitos de anáfora
e catáfora dos itens C e D foram invertidos, daí por que ambos estão errados. Finalmente, o
item E é incorreto, visto que não se empregou nome (sinônimo, hiperônimo, hipônimo) para
recuperar outro anterior.
Letra a.

Ética Profissional: o que é e qual a sua importância


A ética profissional é um dos critérios mais valorizados no mercado de trabalho. Ter uma boa
conduta no ambiente de trabalho pode ser o passaporte para uma carreira de sucesso. Mas
afinal, o que define uma boa ética profissional e qual sua importância? Acompanhe!
A vida em sociedade, que preza e respeita o bem-estar do outro, requer alguns comportamen-
tos que estão associados à conduta ética de cada indivíduo. A ética profissional é composta
pelos padrões e valores da sociedade e do ambiente de trabalho que a pessoa convive.
No meio corporativo, a ética profissional traz maior produtividade e integração dos colabora-
dores e, para o profissional, ela agrega credibilidade, confiança e respeito ao trabalho.
Contudo, há ainda muitas dúvidas acerca do que é ética, por isso, antes de falar sobre ética
profissional, é importante entender um pouco sobre o que é ética e qual é a diferença entre
ética e moral. Confira:

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O que é ética?
A palavra Ética é derivada do grego e apresenta uma transliteração de duas grafias distintas,
êthos que significa “hábito”, “costumes” e ethos que significa “morada”, “abrigo protetor”.
Dessa raiz semântica, podemos definir ética como uma estrutura global, que representa a
casa, feita de paredes, vigas e alicerces que representam os costumes. Assim, se esses cos-
tumes se perderem, a estrutura enfraquece e a casa é destruída.
Em uma visão mais abrangente e contemporânea, podemos definir ética como um conjunto
de valores e princípios que orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade.
A ética está relacionada ao caráter, uma conduta genuinamente humana e enraizada, que vêm
de dentro para fora.
Embora “ética” e “moral” sejam palavras usadas, muitas vezes, de maneira similar, ambas
possuem significados distintos. A moral é regida por leis, regras, padrões e normas que são
adquiridos por meio da educação, do âmbito social, familiar e cultural, ou seja, algo que vem
de fora para dentro.
Para o filósofo alemão Hegel, a moral apresenta duas vertentes, a moral subjetiva associada
ao cumprimento de dever por vontade e a moral objetiva que é a obediência de leis e normas
impostas pelo meio.
No entanto, ética e moral caminham juntas, uma vez que a moral se submete a um valor éti-
co. Dessa forma, uma ética individual, quando enraizada na sociedade, passa a ter um valor
social que é instituído como uma lei moral.
A ética profissional é o conjunto de valores, normas e condutas que conduzem e conscienti-
zam as atitudes e o comportamento de um profissional na organização.
Além da experiência e autonomia em sua área de atuação, o profissional que apresenta uma
conduta ética conquista mais respeito, credibilidade, confiança e reconhecimento de seus
superiores e de seus colegas de trabalho.
A conduta ética também contribui para o andamento dos processos internos, aumento de
produtividade, realização de metas e a melhora dos relacionamentos interpessoais e do clima
organizacional.
Quando profissionais prezam por valores e princípios éticos como gentileza, temperança,
amizade e paciência, existem bons relacionamentos, mais autonomia, satisfação, proativida-
de e inovação.
Para isso, é conveniente que se tenha um código de conduta ética, para orientar o comporta-
mento de seus colaboradores de acordo com as normas e postura da organização.
[...]
Cultivar a ética profissional no ambiente de trabalho traz benefícios e vantagens a todos, uma
vez que ela proporciona crescimento a todos os envolvidos.
Adaptado de: https://www.sbcoaching.com.br/etica-profissionalimportancia/. Acesso em: 10 mai. 2021.

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023. (AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/2021) De acordo com o texto, é correto afirmar que


a) ética e moral possuem significados semelhantes. Tanto a ética quanto a moral estão asso-
ciadas ao estudo dos valores que orientam o comportamento humano em sociedade. Moral e
ética são costumes, regras e convenções estabelecidos por cada sociedade.
b) a ética está relacionada a condutas com base nos princípios do indivíduo. Esses princípios
regem o comportamento de uma pessoa em meio a uma sociedade.
c) a ética fundamenta-se exclusivamente na razão. As regras são estabelecidas de forma
exógena, a partir da razão humana e sua capacidade de criar regras para sua própria conduta.
d) se observam, para o estabelecimento de uma lei moral, leis morais de sociedades diferen-
tes para, assim, instituírem-se as regras locais.
e) nenhuma lei moral partiu de uma conduta ética. O contrário pode ser verdadeiro, ou seja,
com base em leis morais, um indivíduo pode querer seguir essas leis para ter boas condutas.

A afirmação presente no item B apresenta-se neste trecho do texto: “Em uma visão mais
abrangente e contemporânea, podemos definir ética como um conjunto de valores e prin-
cípios que orientam o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade. A ética está
relacionada ao caráter, uma conduta genuinamente humana e enraizada, que vêm de dentro
para fora.” O item A está errado por contrariar o texto: “Embora ‘ética’ e ‘moral’ sejam palavras
usadas, muitas vezes, de maneira similar, ambas possuem significados distintos.” O item C é
incorreto; eis o que o texto afirma: “A ética está relacionada ao caráter, uma conduta genui-
namente humana e enraizada, que vêm de dentro para fora.” Não há referência à razão como
fundamento exclusivo da ética, além disso o termo “exógena” diz respeito ao que provém do
exterior, e a ética “vem de dentro para fora”. Já o item D apresenta-se errado por extrapolar
as informações do texto, pois ali não se menciona a observação de leis morais de sociedades
diferentes para se instituir uma lei moral local. Finalmente, o item E está errado porque con-
tradiz o texto: “Dessa forma, uma ética individual, quando enraizada na sociedade, passa a ter
um valor social que é instituído como uma lei moral.”
Letra b.

024. (AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/2021) De acordo com o texto, é correto afirmar que


a ética profissional
a) vai depender de cada indivíduo, ou seja, não adianta, por exemplo, uma empresa estabele-
cer orientações, pois são os colaboradores que estabelecem sua própria e adequada postura
profissional.
b) pode ser desenvolvida em ambientes de trabalho a partir de pequenos gestos de gentileza
e educação. Isso poderá contribuir para que somente a empresa tenha êxito em seu desen-
volvimento.

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c) pode ser definida como os parâmetros que guiam atitudes corretas e honestas em uma
profissão ou empresa.
d) provoca reflexos positivos para a organização, já que aumenta o trabalho, possibilitan-
do as horas extras e a manutenção do salário, o que ajuda no desenvolvimento profissional
de cada um.
e) possibilita ao colaborador a conquista do respeito dentro de uma empresa, ou seja, basta
uma conduta ética para que esse colaborador seja reconhecido.

O item C parafraseia o texto: A ética profissional é o conjunto de valores, normas e condu-


tas que conduzem e conscientizam as atitudes e o comportamento de um profissional na
organização.” O item A é incorreto porque contradiz o texto: “é conveniente que se tenha [a
empresa] um código de conduta ética, para orientar o comportamento de seus colaboradores
de acordo com as normas e postura da organização [leia-se: da empresa].” O texto afirma
que “o profissional que apresenta uma conduta ética conquista mais respeito, credibilidade,
confiança e reconhecimento de seus superiores e de seus colegas de trabalho”; portanto, não
é só a empresa que alcança bons resultados, o que implica afirmar que o item C está errado.
Já o item D erra ao extrapolar as informações do texto, que não faz sequer alusão a aumento
de trabalho e horas extras. Por fim, o item E erra ao dizer que basta uma conduta ética para
o reconhecimento do colaborador de uma empresa, omitindo que o texto também menciona
“experiência e autonomia em sua área de atuação”.
Letra c.

025. (AOCP/ITEP-RN/PERITO CRIMINAL/2021) Analise os elementos de coesão em destaque


nos trechos a seguir e assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma entre parênteses.
a) “Contudo, há ainda muitas dúvidas acerca do que é ética [...]” (indica retomada resumitiva
de todo o contexto anterior).
b) “[...] podemos definir ética como uma estrutura global, que representa a casa, feita de pare-
des, vigas e alicerces que representam os costumes. Assim, se esses costumes se perderem,
a estrutura enfraquece e a casa é destruída.” (retoma, expande e indica discordância referente
às informações antecedentes).
c) “No entanto, ética e moral caminham juntas, uma vez que a moral se submete a um valor
ético.” (indica contraste referente a uma informação anterior).
d) “Dessa forma, uma ética individual, quando enraizada na sociedade, passa a ter um valor
social que é instituído como uma lei moral.” (pode ser substituído por “entretanto”, sem que
haja prejuízo semântico).
e) “Cultivar a ética profissional no ambiente de trabalho traz benefícios e vantagens a todos,
uma vez que ela proporciona crescimento a todos os envolvidos.” (indica a quantidade de
vezes/vez de uma situação ocorrida).

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O termo “No entanto” integra o grupo das conjunções coordenativas adversativas, as quais,
no processo de coesão sequencial, conectam orações realçando a relação semântica de opo-
sição (que também pode ser chamada de divergência, contrariedade ou contraste). O item A
está errado, visto que “Contudo”, assim como “No entanto”, expressa oposição/contraste. No
item B, “Assim” atua como conjunção conclusiva. Já no item D, o termo “Dessa forma” retoma
as informações antecedentes e introduz sua expansão. Por fim, no item E, o termo “uma vez
que” indica causa/explicação em relação à informação contida na outra oração.
Letra c.

Gustavo Silva
Professor da SEDF. Professor de cursos para concursos e da rede privada. Formado em Letras – Português
com especialização em alfabetização e letramento.

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