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PARTE I

1. A autora nasceu em Lisboa, a 30 de janeiro de 1943, na rua Joaquim António de Aguiar. Os


pais escreveram um livro – intitulado A História do Bebé – onde registaram os progressos pelos
quais ela passou. Ao nascer, segundo a informação do pai, ela pesava 3,650 kg, media 51 cm e
tinha olhos azuis (embora na realidade fossem verdes).

2. A História do Bebé, constituindo o registo, efetuado pelos pais, do progresso físico e


psicológico da autora (o sujeito de enunciação do texto), e apresentando inclusive juízos de
valor sobre ela, revela-se importante uma vez que lhe permite não só formar uma imagem de
quem foi durante a primeira infância, como também saber o que os pais pensavam dela.

3. De acordo com o relato materno, o «eu» da autora sentia ciúmes relativamente à irmã, o
que se manifestava nos murros que lhe dava.

3.1. A expressão «explosões de ternura» contém, por um lado, uma metáfora hiperbólica,
visto que permite estabelecer uma comparação implícita (sem a conjunção comparativa), de
um modo exagerado, entre o modo como a ternura se manifesta e uma explosão. Por outro
lado, ela contém, de certa forma, uma antítese, pois as palavras «explosões» e «ternura» têm
sentidos praticamente opostos, utilizados para realçar uma dada ideia.

4. A palavra «retratos» diz respeito à representação de pessoas, sobretudo dos seus rostos. No
contexto em causa, em que dominam os sentimentos familiares, essa palavra confere uma
dimensão mais pessoal e afetiva do que o termo «fotografias», que é mais impessoal (apesar
de ser usado a seguir).

5. As fotografias, fixando momentos do passado, permitem manter viva a memória, ao


efetuarem uma ligação entre esses momentos e outros que porventura estarão mais
esquecidos. Elas assumem, assim, um particular significado na vida das famílias e do indivíduo,
servindo para estabelecer uma continuidade com o passado e garantindo ao indivíduo o
sentimento de pertença a uma história e a uma cultura, a partir das quais ele constrói a sua
identidade.

6. Os dois primeiros anos de vida da autora coincidiram com os dois últimos anos da Segunda
Guerra Mundial, marcados por grandes transformações.

Parte II

1.
1.1.
a) «30 de janeiro de 1943.» (linha 1)
b) «Não sei o que ele pensou…» (linha 3)
c) «… primeiro pela mão da minha mãe e, mais tarde…» (linha 5)

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2.
«Mais tarde»: locução adverbial de tempo.
«Mas»: conjunção adversativa.

2.1. «Depois» e «todavia».


3. Está escrito em itálico por se tratar do título de uma obra.

4.
4.1.
a) «porque ele o escreveu em A História do Bebé»
b) «mas sei»
c) «que a minha mãe teria preferido um rapaz.»
d)«Não sei»

4.2.
a) V
b) F
c) V
d) F

Parte III

De cabeça voltada para esquerda, fitando o observador, a figura retratada mantém


uma pose de altivez e fidalguia. O rosto exibe formas simétricas, tamanho normal e uma pele
de tons rosados. Os olhos negros, com pálpebras ligeiramente descidas, sob finas
sobrancelhas, transmitem uma expressão de breve cansaço, disfarçado pela regularidade do
nariz e pela disposição indecifrável dos lábios. O semblante é emoldurado por um cabelo
curto, de cor indecisa, mostrando um penteado ondulado. O pescoço afigura-se alto, talvez por
causa da continuidade fictícia que lhe é conferida por uma parte do vestuário. Este consiste
num casaco vermelho, com manchas escuras, porventura em resultado do jogo de luz e
sombra utilizado na obra. Num gesto delicado, as mãos, com os pulsos a tocarem um no outro,
chamam a atenção para a pureza de um amplo colarinho.

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