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Iniciativa Social ao Combate à Pobreza – ISCP

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)


foram criados a partir da Cúpula Rio+20, em 2012, sendo implantados no ano
de 2015 e com eles trazendo visibilidade para o maior problema enfrentado
pela população mundial: A pobreza.
A pobreza vai além da falta de recursos econômicos de
subsistência, abrangendo outras necessidades básicas, como, a falta de
saneamento, saúde, alimentação e educação, acarretando a discriminação e
exclusão social dos indivíduos. Segundo a Organização das Nações Unidas
(ONU) “Mais de 11% da população mundial vive na pobreza extrema e luta
para satisfazer as necessidades mais básicas na esfera da saúde, educação e
do acesso à água e ao saneamento. Por cada 100 homens dos 25 aos 34
anos, há 122 mulheres da mesma faixa etária a viver na pobreza, e mais de
160 milhões de crianças correm o risco de continuar na pobreza extrema até
2030. ”
O Banco Mundial, em 2020, divulgou novos dados em
relação ao estudo da Pobreza, na qual, “150 milhões de pessoas devem cair na
extrema pobreza devido à Covid-19, recessão, conflitos e mudanças climáticas,
segundo novo estudo; economias de médio rendimento terão 82% dos novos
pobres do mundo.”, dessa forma, a compreensão da reciprocidade entre as
várias dimensões da pobreza ajuda a esclarecer suas causas e ampliar o
número de áreas de atuação das políticas públicas.
A finalidade das ações propostas pelas ODS, pretendem
garantir para toda a população o acesso a serviços básicos, a propriedade,
recursos naturais e novas tecnologias, além de apoiar, de maneira eficiente e
coordenada, as metas de desenvolvimento relacionadas à erradicação da
pobreza.
Posto isso, este estudo tem como objetivo discutir acerca
da realidade socioeconômica na região da Comcam, e apresentar projetos,
desenvolvidos pelos municípios da região que buscam diminuir o índice de
pobreza entre a população.

Pobreza na região de Campo Mourão

De acordo com o IBGE, o maior percentual de população


“pobre” na região da Comcam está localizado no município de Barbosa Ferraz
com índice de 46,14%, e o menor está em Boa Esperança com 34,42%. Já o
município de Campo Mourão, possui 41,5%, outros municípios, como, Farol,
Luiziana, Janiópolis, Peabiru e Araruna o índice não ultrapassa 45%.
De acordo, com o estudo realizado pelo Observatório das
Metrópoles da Universidade Estadual de Maringá (UEM), os 25 municípios da
região de Campo Mourão, possuem um grande índice de Produto Interno Bruto
(PIB) do estado do Paraná, devido à principal forma de renda de muitas
famílias, onde sua principal fonte de renda advém do meio agropecuário.
Perante os fatos expostos mesmo gerando um dos
maiores índices do PIB estadual, existe um grande índice de pobreza que se
dá pela má distribuição de renda entre população. Uma vez que muitos
trabalhadores rurais, sem especializações devidas possuem salários
baixíssimos.
Intrigados com a desigualdade, em que pouco se
conhece de nossa região, iniciamos pesquisas com objetivo de questionar se a
própria comcam desenvolvia projetos baseados nas ODS, para combater a
pobreza e tudo aquilo que este problema trás.
Encontramos alguns projetos desenvolvidos por alguns
municípios, não se intitulam como o combate a pobreza, mas apoiam causar
que acaba auxiliando desse requisito, como:
Projeto “Troca Verde”
Desenvolvido pela Prefeitura da cidade de Iretama em
parceria com a agricultura, o projeto “Troca Verde” foi implantado na cidade em
2008, com a finalidade de melhorar a alimentação da população e, aprimorar o
recolhimento de material reciclável. O projeto oferece uma sacola de verduras
em troca de três sacolas de lixo reciclável. Essa troca é ilimitada, os habitantes
podem oferecer quantas sacolas de material reciclável conseguiram.
As verduras trocadas no projeto são produzidas no Centro
de Produção Animal e Vegetal do próprio município, sendo utilizado o mínimo
de fertilizante possível na horta. Ademais são destinados a esse projeto 200
caixas de verduras mensalmente, dando oportunidade a população mais
carente de adquirir as verduras a custo zero.
Dessa forma os alimentos que antes eram perdidos, hoje
são utilizados para a educação alimentar da população, além de aumentar a
vida ambiental da cidade.
Os anúncios do projeto “Troca Verde” são realizados com
antecedência nos bairros onde o mesmo acontecerá, através de carros de som.
Contudo a própria população tem procurado a Secretaria do Meio Ambiente de
Iretama para saber quando o projeto será realizado em um bairro especifico.
Os moradores acolhem a causa através da segregação e
entrega dos recicláveis no dia das trocas, os relatórios realizados pela
Secretaria de Meio Ambiente apresentam grande resultados do projeto.

Projeto “Inclusão Produtiva Solidária: Mulheres da Confecção”


O projeto é executado pelo Instituto de Desenvolvimento
Rural do Paraná (IDR) em conjunto com a Secretaria de Assistência Social do
município de Roncador. Esse projeto tem por finalidade promover atividades de
inclusão produtiva no meio rural, em grupos de famílias em situação de
vulnerabilidade social.
O trabalho coletivo das famílias aperfeiçoa a aplicação de
recursos e esforços, gerando renda para o grupo de mulheres que se
encontram desamparadas principalmente pela falta de trabalho. A atividade
escolhida foi a de corte e costura, com a implantação de uma confecção.
Cada família do projeto produtivo coletivo receberá um
recurso financeiro, posteriormente, esses recursos serão reunidos e utilizados
de forma coletiva para a compra de itens para a confecção.
As mulheres de cada família durante o andamento do
projeto serão capacitadas a pratica em corte e costura, além de aprender
outros temas específicos da atividade desenvolvida.
O projeto “Inclusão Produtiva Solidária: Mulheres da
Confecção” vai agregar valor e renda para as famílias, melhorando a qualidade
de vida das participantes do grupo.

Projeto “Aluguel Social”


A Lei n° 1.649/2021 sancionada pelo Prefeito do
Município de Terra Boa dispõe sobre o benefício eventual de aluguel social, no
qual uma parte do Fundo Municipal de Assistência Social é destinada ao
pagamento de aluguel de imóveis de terceiros por tempo determinado, em
favor de famílias de baixa renda, que residam em Terra Boa há mais de dois
anos, e que não possuam imóvel próprio.
As famílias consideradas aptas para receber esse
benefício, deverão ter o cadastro no programa Cadastro Único para Programas
Sociais e referência no CRAS, com renda de um salário mínimo familiar ou
renda per capita igual ou inferior a ¼ do salário mínimo nacional e com
impossibilidade de arcar por conta própria com o enfrentamento de imprevistos
sociais que provoquem riscos e fragilizem a unidade familiar.
O valor a ser pago ao proprietário/locador do imóvel a
titulo de Aluguel Social, ficará a critério da Secretaria Municipal de Assistência
Social (SMAS), não podendo ultrapassar a ½ salário mínimo nacional vigente.
O aluguel será concedido por até seis meses, para uma mesma família,
prorrogável por igual período apenas uma vez.
O benefício do Aluguel Social fica limitado á dez famílias
no máximo anualmente. Contudo se a demanda for superior a capacidade
ofertada, será realizada uma seleção pela SMAS, seguindo os requisitos
presentes no artigo 7° da Lei 1.649/2021.
O aluguel será pago diretamente ao proprietário do imóvel
mediante contrato assinado pelo proprietário, todavia, o pagamento só é
realizado após a apresentação do contrato de locação assinado pelas partes.

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