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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CENTRO DE EDUCAÇÃO, LETRAS E ARTES


CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
DOCENTE: TÂNIA MARIA REZENDE MACHADO
DISCENTE: DAIANA BRITO DA SILVA

PROJETO SOCIAL ESCOLHIDO: PROJETO PARTILHAR

RIO BRANCO – ACRE

202
PROJETO PARTILHAR

Os movimentos de resistência são grupos de pessoas que se unem em prol de


uma causa ou ideologia, buscando promover mudanças sociais e políticas. Esses
movimentos podem se organizar em projetos sociais sem fins lucrativos, que têm
como objetivo principal a transformação da sociedade por meio de ações coletivas.

Esses projetos sociais podem ser desenvolvidos em diversas áreas, como


educação, saúde, meio ambiente, direitos humanos, entre outras, e são realizados por
meio de ações voluntárias de indivíduos comprometidos com a causa. Os movimentos
de resistência e os projetos sociais sem fins lucrativos têm um papel importante na
construção de uma sociedade mais justa e igualitária, buscando ampliar o acesso aos
direitos e combater as desigualdades sociais. Além disso, esses movimentos também
têm o potencial de mobilizar a sociedade civil em torno de temas relevantes e
influenciar as políticas públicas.

No entanto, é importante destacar que esses projetos enfrentam desafios,


como a falta de recursos financeiros e a resistência de setores conservadores da
sociedade. Por isso, é fundamental que haja uma articulação entre os diferentes
movimentos de resistência e projetos sociais, a fim de fortalecer a luta por
transformações sociais significativas.

Assim, o projeto partilhar, uma ação social criada por uma influenciadora digital
Jéssica Ingrede em Rio Branco, no Acre, se fundou no ano de 2020, visto ao período
que o mundo se encontrava em pandemia, um momento em que evidenciou ainda
mais as desigualdades sociais e a falta de políticas públicas.

No entanto, a pandemia também trouxe à tona a solidariedade e a empatia,


com diversas iniciativas de ajuda mútua, projetos sociais e mobilizações para a defesa
dos direitos humanos e sociais. Como relata em suas próprias palavras: “ Este projeto
é idealizado por mim, sem vincou partidário ou religioso, sem finalidade lucrativa, cujo
único objetivo é doar cestas básicas para famílias de baixa rende que estão
necessitando nesse momento tão difícil em que vivemos”, diz Jéssica por meio da
principal rede divulgadora do projeto.
Jéssica Ingrede, uma Acreana que nasceu e viveu na baixada da Sobral, um
lugar periférico, compreende as necessidades, o local e as situações que a história do
Acre viveu. Seu projeto partilhar, que se iniciou devido a crise que o período de
pandemia do COVID 19 trouxe na vida de muitas famílias, nessa região principalmente
as famílias de baixa rende que residem em todo o Acre. O projeto que tem uma
finalidade de atender o amor número de famílias que estejam passando por
necessidades chegou em uma grande dimensão no mesmo ano em que foi criado, a
fundadora se uniu com outras influencias e parcerias que também residem em nosso
Acre.

Apesar de período pandêmico ter passado, o projeto ainda continuou existindo.


Sendo uma moradora desta região e da baixada, ela compreende as situações em
questão de meio ambiente que Rio Branco enfrenta. As enchentes são um problema
recorrente no estado do Acre, principalmente durante o período de chuvas intensas
que ocorre entre dezembro e março, costumam ser bastante intensas e afetar várias
cidades do estado, causando danos materiais e humanos significativos.

Um exemplo disto, em 2015, o estado enfrentou uma das piores enchentes de


sua história, com milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas. Sendo um
fenômeno que ainda ocorre, como aconteceu neste ano de 2023, iniciando por um
período de muito chuva mais uma vez uma situação de alagação, atingido muitos
bairros que a água dificilmente chega, inundações e transbordamento de igarapés,
como o São Francisco, foram mais uma causa que afeta as famílias, além da
enchentes do próprio Rio Acre.

Se pararmos para pensar, por que essas famílias, sabendo o risco que correm
e ainda habitam lugares considerados inapropriado para morarem ou que a prefeitura
os tira de lá e eles voltam ao local, como é o exemplo do bairro cidade nova, na qual
é um lugar que é bem afetado pela enchentes, muitas famílias foram retiradas de lá
em mandadas para a cidade do povo, um bairro construído pela prefeitura e habitado
por pessoas de baixa rende que estavam sem locais dignos de moradias, obterem
casas habitacionais. Porém apesar disso, ainda há muitas famílias que voltam ao local
antigo e permanecem nesses locais de risco.

Os porquês dessas razões são as necessidades, onde muitas pessoas podem


não ter outras opções de moradia devido à falta de recursos financeiros ou à escassez
de moradias adequadas em locais seguros. Outras optar por morar em áreas de risco
porque suas famílias ou comunidades estão lá ou até mesmo escolhem continuar
nessas áreas apesar dos perigos, pois têm uma conexão emocional com a região, ou
com o bairro que residem, um exemplo disto são os moradores antigos que há habitam
a muito tempo e há esse apego as histórias que construíram lá.

Apesar das consequências, isto ainda pode ser visto também como uma forma
de resistência desses moradores pelo local que estão, com a natureza e com a
prefeitura em ser uma forma de mostrar e ter visibilidade que todo bairro,
principalmente os periféricos devem ter por parte do poder publico.

Mesmo assim, ainda há obviamente essas falta de recurso e mobilização do


governo a este público, por isto a importância de projetos, ongs ou grupos de pessoas
que auxiliam esses habitantes são fundamentais. O projeto partilhar, sendo mais uma
vez uma forma de ajudar as pessoas, nesta última alagação que afetou Rio Branco,
a iniciativa de continuar atendendo esse público, contou com voluntários, parcerias
para fazer arrecadações para auxiliar as famílias que foram atingidas e perderam tudo.
Como a criadora de conteúdo digital volta a relatar: “ Tudo aconteceu muito rápido,
mas se nós mobilializarmos rápido também podemos ajudar todos que precisam o
quanto antes”.

O projeto partilhar, é um exemplo de projeto social e união de pessoas que tem


um propósito local, além de compor e compreender a história local da região Acreana
e principalmente Rio Branco, além de ser uma forma ajudar e resistência as famílias
que moram aqui, sendo uma forma de suprir as iniciativas que o governo não
consegue intervir em diversas áreas. Relembrando também a importância de haver
através desse projeto social, a empatia e a solidariedade são duas qualidades
fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa, se colocando no lugar
do outro à disposição para ajudar e apoiar os que estão em situação de necessidade.

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