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SÍNTESE

O livro Migrantes sulistas: caminhadas e aprendizados na região acreana, é o


resultado de sua obra de dissertação produzida pela professora Tânia Mara Resende
Machado, que vem tratando sobre esse grande processo migratório de sulistas para
o Acre que ocorreu na década de 1970, acarretando o momento em que a região
vivenciou essa migração de pessoas que vieram em busca de melhores dias e
condições.

A própria autora passou por esse processo quando criança e trouxe em sua
temática a trajetória de sujeitos sociais que constituíram culturas na região do Acre.
Vivendo na pele, o que foi passar por esse processo, Tânia Maria tem autoridade e
conhecimento para historiar e relatar como é viver a experiência de ser um emigrante,
vinda do Pará ao Acre, no município de Senna Madureira, firmou sua carreira na
educação, depois de junto a seus pais vivenciar imensas lutas nessa trajetória.

De fato como o conceito de destino retrata: “sendo um local onde alguém vai,
um rumo ou uma direção”, a imigração pode está relacionada a Diversas causas para
esse deslocamentos, seja busca por trabalho, melhor colocação profissional e
melhores condições de vida, ou desastres naturais, situações climáticas extremas,
crises políticas e socioeconômicas a até perseguições étnicas e religiosas. E foi por
meio da busca desse destino que muitos sulistas, vindo do Sul e Sudeste para o Acre,
a fim de encontrar uma nova forma de criar suas vidas e trilhar novos caminhos
melhores.

O próprio relato pessoa da autora, é uma prova dos fatores que impulsionam
as decisões de imigrações, vinda para o Acre em 1975, pelo desejo de seus pais em
sair de um local que tinha forte influência do tráfico de drogas. Assim como conta a
descrição dos fatos ocorridos, as dificuldades e desafios dos percursos, são outros
fatores que ocorrem com vários imigrantes. Perante ao percurso de 1950 e 1970,
esses períodos foram marcados como os maiores Marcos migratórios no Acre, dada
por questões da intensificação da industrialização no Brasil, pela restruturação da
economia mundial com o fim do regime militar, os impulsionamentos das
desigualdades sociais, acarretaram a população a mobilizar-se por terras. O intuito
de melhorias, nordestinos e seringalistas do Pará e Amazonas e também os sulistas
em tempos à frente vieram ao Acre, evidenciado as mudanças no campo econômico,
social e cultural que o estado passou.

Com as migrações e as mudanças ocorridas no Acre, dentro das atividades de


agropecuárias, os migrantes sulistas se fizermos ainda mais presentes. Embora a
terra não represente o único motivo da migração de trabalhadores rurais para o Acre,
existindo outras condicionantes, de ordem psicológica, cultural e sentimental, que
foram corresponsáveis pela migração, a busca pela terra ainda pode ser considerada
como o maior impulsionador da migração.

Enfrentar o processo de imigração não é fácil, muitas vezes essas pessoas se


sentem deslocados, ou perdidos, porém a maioria que se habilita a essa migração vão
em busca de sair de suas condições atuais, com a esperança de encontrar novas
fontes de sobrevivências, um exemplo disto são os nordestinos, com o ciclo da
borracha, os impulsionaram a está decisão, na qual eram mulatos ou mestiços
acaboclados, de estatura baixa, pobres e analfabetos, ou semianalfabetos Devido as
estagnação econômica, as constantes secas, em contraste com a prosperidade
econômica de outras regiões do Brasil, foram fatores determinantes no início do
processo migratório nordestino. Outro exemplo são os indígenas, na qual no Brasil,
uma grande parte da população indígena, ultimamente encontra-se vivendo em áreas
urbanas, ocasionando o processo de migração, ou seja, o deslocamento de sujeitos
dentro de um espaço geográfico, estabelecendo assim relações frequentes com a
sociedade que os circundam, recebendo os impactos diretos e indiretos

Diante de todos esses processos de migração, o que se pode compreender que


é um desejo gerado por muitos fatores, seja a busca por melhores dias, usufruir do
que os outros lugares tem a oferecer, fugir das suas condições precárias ou o sonho
de possuir um pedaço de terra, todas essas questões além das dificuldades e
preconceitos enfrentados por estas pessoas são um grande exemplo de como são
não são só migrantes, mas sobreviventes que foram em busca dos seus destinos.

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