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POBREZA E DESIGUALDADE NA FAVELA:

TRAJETÓRIAS DE MOBILIDADE SOCIAL DE MORADORES EM FAVELAS


CARIOCAS

Aluna: Mariana dos S. Batista

Orientadora: Maria Sarah da Silva Telles

Introdução:

Admitindo as condições socioeconômicas do Brasil no século XXI, esbarramos com uma


sociedade fundamentada por altos índices de desigualdade social, principalmente se
atentarmos também para os marcadores de raça e gênero.
Afim de compreender melhor o processo de urbanização e o lugar das favelas na cidade, se
faz necessário compreender as estruturas que formam a sociedade brasileira. Sendo assim,
consideramos a relação do capitalismo e seu desenvolvimento de classe, com o racismo
estrutural e a herança patriarcal.
Pensando a favela Santa Marta, compreendemos que por estar localizada na zona sul do Rio
de Janeiro, a favela que historicamente é lugar de vulnerabilidade social, é colocada em
posição de conflito territorial em relação a uma realidade de prestígios e privilégios de bairros
de classe média e alta. A partir dessa lógica de urbanização, pretendemos fazer uma leitura
crítica do diálogo estabelecido na favela Santa Marta entre território e moradores, construído
por aspectos políticos, sociais e culturais.
Desta forma, para a pesquisa se faz obrigatória a superação da dicotomia favela-cidade.
Análise necessária para que a favela seja de fato reconhecida como parte historicamente
constituinte da cidade e suas mudanças, e seus moradores produtores de modos de vida,
saberes e conhecimentos.
Objetivos:
A pesquisa buscou analisar a percepção dos moradores sobre a comunidade em que habitam,
explorando a dinâmica dos moradores com o Bem Comum, ultrapassando a categoria espaço
público. Bem Comum aqui estabelecido como compartilhamento e a mutualização de
recursos.
Metodologia:
A partir do reconhecimento de uma narrativa negativa, construída unilateralmente, que
interessa apenas a quem está contando sobre o que é a favela, esta pesquisa se propõe a
superá-la através da análise dos próprios moradores, a quem deveria pertencer a narrativa, em
primeiro lugar. Logo, esse trabalho se desenvolve com base em leituras preparatórias
relacionadas aos principais temas da pesquisa e reuniões online com moradores da favela
Santa Marta.
No período de agosto a dezembro de 2019, com inúmeras idas ao Morro Santa Marta, foi
realizado um estudo bibliográfico sobre os temas de direito à cidade, espaço público,
violências na periferia, desigualdade de gênero e raça, entre outros. A partir de janeiro até
março foram realizadas entrevistas com moradores do Santa Marta através de um
questionário que abrangiam no total 14 perguntas. Também foram entrevistados dois guias
turísticos locais e o fundador do Projeto Social Grupo Eco que comentaram sobre a realização
do turismo na comunidade Santa Marta, além dos seus enfrentamentos e adversidades.

Uma parte da pesquisa está adiada para ser completada ao final da pandemia, através das
entrevistas com moradores.
Diante deste fato, a pesquisa se desenvolve desde então apenas de forma teórica, visto que
não conseguimos ter acesso à favela e aos moradores como feito durante os períodos de 2019
e início de 2020. Contudo, através dos encontros on-line pudemos acessar parte do cotidiano
de moradores e da dimensão histórica da favela, pautando nossas discussões na trajetória
desses atores e como se dá a relação deles com o ambiente em que vivem, de modo a
aprofundar o debate sobre espaço público na favela, introduzindo o conceito do bem comum.
Sob a ótica de que o Santa Marta é uma favela que existe hoje, na Zona Sul do Rio de
Janeiro, “servida” de um discurso político de integração à cidade, pudemos observar que
ainda está dado um grande contraste territorial, afetando o desenvolvimento de melhorias
urbanísticas e serviços essenciais aos moradores.
Essa pesquisa faz um paralelo histórico entre a formação urbana da cidade do Rio de Janeiro
e os mecanismos ainda operantes de negligenciamento da favela Santa Marta e de seus
moradores. Por isso, nossa pesquisa lançou mão de conceitos da sociologia, da antropologia e
da história.
Direito à cidade:
A partir do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro passou por um extenso processo de
urbanização, decorrente de diversos motivos: esgotamento do sistema escravista,
intensificação do processo de industrialização, criação de bondes; de início, esse processo
operou em duas direções, às Zonas Sul e Norte, respectivamente, lugar da classe média e alta,
e o outro, lugar ocupado pela classe operária, o subúrbio.
O Estado brasileiro desenvolveu uma série de políticas após a abolição da escravidão para
garantir o controle das pessoas recém libertas, afim de evitar rebeliões e preservar a
manutenção do poder nas mãos da elite. Com a superação do sistema escravista foram
criados novos mecanismos voltados para o controle e administração da sociedade. No
entanto, essas políticas foram baseadas em elementos racistas, sexistas e classistas,
estruturando uma sociedade desigual e excludente. Os recursos foram alocados na sociedade
de forma marcada pela raça e gênero dos indivíduos, e o Estado funciona sob a ótica do
segmento social dominante.
Compreendemos nesta pesquisa, que ainda hoje ecoam sobre a favela e moradores,
mecanismos de omissão utilizados como fundamento para as reformas urbanas
segregacionistas, as quais sofreu a cidade do Rio de Janeiro.
Não obstante, a atual estrutura socioespacial urbana da cidade do Rio de Janeiro nos mostra
que mesmo dentro de um pequeno território, um bairro ou até mesmo uma favela, em questão
Santa Marta, há discrepância quanto à pobreza. Como afirma Vera Telles (2015, p. 16), é
necessário romper com a visão binária, exclusão-inclusão, pois já não dá mais conta das
múltiplas vivências e relações sociais.
Sabendo que a favela faz parte de um sistema socioeconômico e que a relação do indivíduo
com esse se dá de diferentes maneiras, as diversas respostas apresentadas se dão por conta
das diferenças de condições e trajetórias de vidas, e como tentativas de resolver o que eles
consideram problemas da melhor maneira possível.
A carência de reflexão que coloca a vivência dos moradores como agente principal, dificulta
o debate na sociedade sobre uma real agenda que permitiria a construção de políticas públicas
eficientes voltadas aquela comunidade, visando a diminuição das desigualdades sociais e
territoriais.
A política de habitação, que é orientada por um sistema capitalista e liberal que estabelece
uma lógica orientada pelo lucro, acumulação e rendimento, ela viabiliza uma nova condição
de miséria. A valorização de terrenos para fins comerciais ignora as necessidades sociais e
básicas dos sujeitos. O falso sentimento de democracia que não pode negar a existência do
outro, por isso lhe concede alguns direitos que o caracteriza como cidadão, e por isso parte
daquela sociedade, mas que se encontram cerceados e que pode ser retirado a qualquer
momento, como exemplo a demissão em massa dos funcionários de saúde das Clínicas da
Família pela prefeitura do Rio de Janeiro, que inclusive afetou diretamente a população do
Santa Marta, o que influencia de forma indireta na mercantilização dos serviços públicos.
Conforme o pensamento de Lefebvre (2001, p. 138), que o processo duplo de
industrialização e urbanização não se realiza quando não se coloca a sociedade urbana como
objetivo e finalidade, fazendo com que a vida urbana se subordine ao crescimento industrial.
Sendo a classe operária a sofrer com as consequências da explosão das antigas morfologias.
“Ela é vítima de uma segregação, estratégia de classe permitida por essa explosão. Tal é a
forma atual da situação negativa do proletário.” As condições encontradas são respostas
possíveis a uma situação de baixos salários, altos aluguéis, pouca oferta de emprego, falta de
moradia acessível, que se concretizam nas urgências cotidianas que fazem sentido nas
trajetórias habitacionais dos trabalhadores, sendo um quadro de urgência e escassez.
Aproximações entre o bem comum e a educação ambiental:
Para nós da pesquisa, o bem comum surge como um campo que aprofunda e complementa as
discussões que apresentamos no relatório anterior, que tinha como base o espaço público e o
direito à cidade no contexto da favela.

Compreendemos que o processo histórico de urbanização, dá ao seguimento das classes


dominantes pleno exercício do direito à cidade. Elites que esgotam sua base de recursos não
como uma exceção, mas como regra e que estão livres de preocupações sobre o que geram
essas ações sobre outros espaços e indivíduos.
“A reivindicação dos bens comuns está alinhada com a ideia por trás do ‘direito à cidade’ –
o direito de fazer parte da criação da cidade, o direito de fazer parte dos processos
decisórios que moldam a vida dos habitantes da cidade e o poder dos cidadãos de moldar as
decisões sobre os recursos coletivos em que todos nós temos uma participação” (The City as
Commons: A Policy Reader, lemos a reprodução de um trecho de um artigo de Sheila R.
Foster e Christian Iaione)
Sob essa ótica, admitimos que o direito a cidade se constrói na luta por afirmar o comum
urbano. Nesse sentido, o comum só passa a existir ao ser produzido.
A busca pelo bem comum nos convida a construir novos caminhos que subvertem a lógica
capitalista de desenvolvimento que até aqui se serve de uma narrativa, que em primeiro lugar
marginaliza a favela, afim de tomar para si o processo decisório em torno de como e para
quem a cidade está sendo construída, impedindo que a partir das demandas locais sejam
criadas políticas de aprimoramento e transformação efetiva.
Sob esse argumento de subversão, podemos ressaltar a importância das experiencias
comunitários e saberes locais, que são capazes de ampliar e diversificar recursos por eles
geridos, que em escalas locais/regionalmente limitadas, promovem reorganizações sociais.
Transformações pautadas no Comum que permitem dinâmicas de uso dentro da capacidade
dos espaços e recursos disponíveis nestas regiões.
“Porque a cidade do comum é uma cidade coconstruída pelos seus habitantes, uma cidade
que permite a governança colaborativa do que nos habituamos chamar espaço público: as
ruas, praças, parques, várzeas dos rios, rios, bosques remanescentes etc.”
(SAVAZONI, Rodrigo. Como criar uma política urbana do Comum. Outras palavras, São
Paulo, 2021.)
Desta maneira, o comum surge nesse contexto como uma possibilidade outra, baseada na
redistribuição de necessidades representativas, dando voz aos atores emergentes dos lugares,
aqui especificamente moradores do Santa Marta, para resolução de problemas e coletivização
do espaço urbano em benefício das maiorias, afim de gerar maior igualdade no
compartilhamento e mutualização de recursos.

Figura 1- Favela Santa Marta – dezembro de 2019

A educação ambiental, por sua vez, surge para nós como ferramenta que auxilia na produção
do bem comum, se manifestando de maneira político-pedagógica, possibilitando a construção
de uma leitura crítica dos atores sobre o contexto ao qual estão inseridos, visando a superação
da precarização de seus espaços de vida. Com o objetivo realçar a vida dessa população que
habita, trabalha e que com frequência têm suas vidas imbricadas com os recursos e paisagens
em disputa nesse território.

“[...] na perspectiva crítica, tem o compromisso de trazer a dimensão da realidade local, a


perspectiva pedagógica dos conflitos ambientais como estratégia de transformação da
realidade local e a valorização dos saberes e fazeres das populações que historicamente
vivem em condições de vulnerabilização, invisibilidade, silenciamento e por vezes,
criminalização, reconhecendo assim, outras epistemes.”

(Pág. 29. KASSIADOU, Anne. SANCHÉZ, Celso. RENAUD CAMARGO, Daniel. ARANDA
STORTTI, Marcelo. NOGUEIRA COSTA, Rafael. Educação Ambiental desde el sur. Macaé:
Editora. NUPEM, 2018. 214 p.)

Nos propomos a superar o discurso homogeneizante do meio ambiente, como sendo apenas
natureza, no seu aspecto mais “biologizante”, desconsiderando os aspectos sociais, culturais,
políticos e históricos.

Consideramos, portanto, meio ambiente como ambiente em que se habita/vivência, em uma


perspectiva mais ampla, nesse sentido que rodeia o ser humano. Por isso, compreende os
modos pelos quais agentes sociais, nos processos econômicos, culturais e político-
institucionais, disputam e compartilham recursos naturais, ambientais, direitos humanos e
civis.

A partir do estudo de casos desenvolvido no período anterior a esse relatório, tomamos


conhecimento de que existe uma problemática unânime entre moradores, que também
desencadeia diversos outros problemas pontuados por eles, as construções sem regularização
ou planejamento espacial ou habitacional. Construções que causam disputa de espaço, má
elaboração das ruas e vielas, má distribuição das redes de esgotos, água e coleta de lixo,
assim como outros serviços essenciais.

O que se faz presente é a falta de responsabilização governamental e de programas de


urbanização nas favelas e periferias, como o Favela-bairro e do Programa de Orientação
Urbanística e Social, que orientariam moradores na construção de moradias e ruas para uma
melhor infraestrutura urbanística e regularização das obras. A ausência desses projetos,
prejudica a geografia local e a habitação, causando desmoronamentos, alagamentos,
transbordamento de esgoto, proliferação de doenças e acumulação de lixo na favela.
Acreditamos que a educação ambiental se torna uma ferramenta que realçam a colaboração
coletiva, no sentido de reafirmar e fortalecer um diálogo entre moradores, fomentando
estratégicas para construir processos de transformação da realidade local.

“Desta forma, acredita-se que as práticas de EA devem cada vez mais, assumir uma vertente
de visibilizar as formas de enfretamentos e lutas dos grupos mais vulnerabilizados, trazendo
para as agendas de prioridade no campo da EA os diferentes projetos de sociedades, de
maneira que estes dialoguem em paridade epistemológica e política com as propostas que
atualmente se encontram como hegemônicas.”

(Pág 38. KASSIADOU, Anne. SANCHÉZ, Celso. RENAUD CAMARGO, Daniel. ARANDA
STORTTI, Marcelo. NOGUEIRA COSTA, Rafael. Educação Ambiental desde el sur. Macaé:
Editora. NUPEM, 2018. 214 p.)

Detalhamento dos resultados parciais obtidos:

No contexto do PIBIC, essa pesquisa se iniciou em agosto de 2019 procurando entender as


trajetórias dos moradores do Santa Marta, a forma com que morar na favela perpassa as
experiências de cidade.

Desde agosto de 2019, a pesquisa realizou diferentes tipos de atividades com grupos de
moradores do Santa Marta.

Durante reuniões com adolescentes do Grupo Eco, nós discutimos muito a ideia de espaço
público, que por conclusão deles, é de grande ausência na favela. A partir disso, fizemos
passeios com esses adolescentes, onde eles nos mostraram lugares que são aproveitados por
eles, espaços livres. Desses aparecem pouquíssimos, visitamos os três lugares que eles
conseguiram pensar dentro dessa lógica: o campo do tortinho, um campo de futebol, a laje do
Michael Jackson e o pico, lugar mais alto do morro onde ainda existe um pouco mais de
espaço livre. Considerando a dimensão do Santa Marta, esses lugares não são capazes de
atender a demanda dos moradores. Por isso, mesmo durante o tempo livre, a casa acaba sendo
o lugar mais acessado. Essa é uma fala dos próprios adolescentes.

Em outros momentos, tivemos reuniões com dois guias turísticos, residentes do Santa Marta.
Durante as reuniões, entre outras pautas, mais uma vez foi levantada a escassez de “espaços
livres”. Com eles também fizemos tours pela favela, onde eles nos mostraram o crescente
avanço de construções irregulares dentro de áreas que ainda poderiam ser aproveitadas e
ressignificados para a ocupação livre de toda a comunidade.
Com isso, entendemos a necessidade, por parte dos próprios moradores, da regulamentação
de construções e demarcação de espaços de uso comum.

Desde março de 2020 seguimos nessa pesquisa de maneira remota, através de reuniões
online, junto de moradores da favela, devido ao cenário atual da pandemia de covid-19.

A partir do paralelo histórico traçado, pudemos compreender de onde vem a narrativa que em
primeiro lugar marginaliza a favela, impedindo que a partir das demandas locais sejam
criadas políticas de desenvolvimento efetivo. Quando falamos de favela, constantemente,
dentro do senso comum, guiado por essa narrativa de negação, os primeiros problemas que
são lembrados, remetem à violência e tráfico. Porém, a partir da narrativa dos moradores do
Santa Marta, compreendemos que a principal necessidade é a garantia de condições mínimas
de desenvolvimento humano, como água, moradia, saneamento básico, lazer e educação, por
nós da pesquisa entendido como bens comuns. Certamente são citados problemas
relacionados ao mecanismo tráfico/polícia, mas esse é um ponto menos levantado quando
perguntamos sobre o lado negativo de habitar o Santa Marta. Logo, se existisse dedicação do
Estado e da sociedade de superar a dicotomia favela-cidade, demandas como essas, não
seriam tão fortemente encobertas.

Sob essa ótica, compreendemos que a construção de diálogos e ações que se baseia na
administração coletiva do bem comum, permite que moradores compreendam diversas
problemáticas levantadas por eles mesmos, como o irregular crescimento de casas em
espaços de uso comum, e possam encontrar respostas aos desafios que enfrentam
coletivamente, prevenindo a superexploração ou depredação de recursos dos quis dependem.

Não obstante, percebemos o desvio da extensão de bens de cidadania, por parte do Estado,
aos moradores do Santa Marta. Bens esses, que estão garantidos aos vizinhos, os outros
moradores e ruas de Botafogo.

Conclusão:

Este relatório apresenta considerações preliminares, a serem completadas ao fim da


pandemia.

A presente pesquisa apresentou os seguintes resultados baseados na percepção da


vulnerabilidade de certos grupos sociais, para os quais ainda prevalece a exclusão do direito à
cidadania. Pois os estereótipos de favela, datados das primeiras definições desse lugar, como
a conotação de adensamento, ilegalidade, pobreza, insalubridade e desordem, ainda são
utilizados como mecanismos de negligenciamento do espaço físico e demandas dos
moradores da comunidade por parte do Estado.

Esta pesquisa procurou entender como as vozes emergentes da favela se colocam na dinâmica
do bem comum, a partir de suas vivências, e como manifestam resistência a processos
históricos de marginalização social e racial, que aqui estão representados fortemente pela
ocupação de espaços físicos

O uso do recorte de gênero e raça nos estudos bibliográficos possibilitou verificar a


inexistência de uma estrutura sólida que assegure a vivência plena de direitos, principalmente
de mulheres negras na cidade do Rio de Janeiro, pois ainda continuam na base da pirâmide
social, recebendo os menores salários e ocupando os piores cargos das áreas de emprego.
Sendo assim, a dominação política, cultural e econômica da cidade se dá por um determinado
grupo, de uma classe sobre a outra, gerando a divisão social e da riqueza.

Com isso, percebemos que apesar de todo o esforço do Estado em marginalizar a


comunidade, ele cria sua força e se faz presente culturalmente no país, através do grafite
expostos nos centros urbanos, assim como na música com o funk e o rap presente nas casas
noturnas.

Referências:

1- BAWENS, Michael. RAMOS, José. Como a revolta social busca o Comum. Trecho do
livro The Great Awakening: New Modes of Life in Capitalist Ruins. Outras palavras, 2021.

2- FEDERICI, Silvia. BREDA, Tadeu. Federici: sobre o feminismo e os comuns. Outras


palavras, São Paula, 2018.

3- HARVEY, David. Cidades rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. São Paulo:
Martins Fontes, 2014. p. 134-169.

4- KASSIADOU, Anne. SANCHÉZ, Celso. RENAUD CAMARGO, Daniel. ARANDA


STORTTI, Marcelo. NOGUEIRA COSTA, Rafael. Educação Ambiental desde el sur.
Macaé: Editora. NUPEM, 2018. 214 p.

5- LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Ed. Moraes, 1991. 145 p.

6- SAVAZONI, Rodrigo. Como criar uma política urbana do Comum. Outras palavras, São
Paulo, 2021.

7-SILVA TELLES, Vera. Cidade: produção de espaços, formas de controle e conflitos.


Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, 2015. p. 15-41

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