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ELETRICIDADE
- ELE -
MÓDULO: I
SUMÁRIO
Assim, concluímos que as moléculas são formadas por átomos e estes, por sua vez, são
as partículas que caracterizam os elementos da natureza. Atualmente, são mais de cem
elementos químicos diferentes.
A palavra átomo, em grego, significa indivisível, mas com o advento da física nuclear,
tornou-se possível a divisão de um átomo, gerando a famosa e polêmica energia atômica ou
energia nuclear.
Assim, concluímos que um átomo não é uma partícula única. Ele é composto por
outras partículas elementares que são os prótons, elétrons e nêutrons. A disposição dessas
partículas, conforme a teoria atômica proposta pelo físico dinamarquês Niels Bohr (1885 –
1962), é a seguinte:
1.1.1 Curiosidade
No entanto, nem sempre um átomo está neutro. Quando um átomo perde um ou mais
elétrons, sua carga resultante fica positiva, pois o número de prótons supera o número de
elétrons. Portanto:
Quando um átomo apresenta número de prótons maior que o número de
elétrons, dizemos que ele é um íon positivo ou cátion.
Por outro lado, um átomo pode também ganhar elétrons e se ionizar negativamente.
Quando um átomo apresenta número de prótons menor que número de elétrons,
dizemos que ele é um íon negativo ou ânion.
Se o número de elétrons for maior que o número de prótons, o corpo estará carregado
negativamente.
No entanto, podemos ter dois corpos iguais e carregados com mesmo sinal, mas com
diferença no número de cargas apresentadas.
- -19 +
qe = e = -1,6x10 C qp = e = +1,6x10 -19 C
Como se vê, a carga de um elétron em Coulombs é muita pequena. Isto quer dizer que
para obtermos um Coulumb são necessários muitos trilhões de elétrons. Adiante iremos
calcular mais precisamente este número.
Os metais são elementos que por natureza apresentam poucos elétrons na última
camada. Por essa razão, esses elétrons ficam fracamente ligados ao átomo. Basta um pouco de
energia cedida a esses elétrons que eles se desprendem de suas órbitas, passando a circular
livremente entre átomos, ou assumindo órbitas em outro átomo. Esses elétrons são chamados
elétrons livres.
Essa energia que será cedida pode ser a própria temperatura ambiente e por essa razão,
num metal à temperatura ambiente, teremos com certeza elétrons livres circulando.
Portanto: Elétrons livres são os elétrons das últimas camadas que podem se
desvincular facilmente do átomo, passando a circular livremente no material.
Os materiais que possuem elétrons livres são chamados de condutores de
eletricidade.
São bons condutores de eletricidade os metais e algumas soluções químicas.
Os materiais que não permitem a locomoção fácil das cargas elétricas são
chamados de isolantes.
São isolantes: o plástico, a madeira, a borracha, o vidro, a porcelana, etc...
1.4 Exercício:
2 TIPOS DE ELETRIZAÇÃO
Por eletrizar dois corpos de naturezas diferentes, atritando-os entre si. Por exemplo,
um bastão de vidro quando atritado a um pedaço de lã, ambos ficam eletrizados.
Convencionou-se dizer, desde a época de Benjamin Franklin, que o vidro fica carregada
positivamente e a lã negativamente.
Quando outros materiais são atritados entre si, descobre-se que tipo de carga eles
adquiriram, comparando com um bastão de vidro atritado com lã. Como o bastão de vidro está
carregado positivamente, e baseando-se no principio de atração e repulsão entre cargas
elétricas, pode-se aproximar o bastão do corpo carregado e verificar se há atração ou repulsão.
Se houver atração, significa que o corpo em questão está carregado negativamente. Se por
outro lado houver repulsão, então o corpo terá o mesmo tipo de carga que o vidro, ou seja,
positiva.
Como o próprio nome já diz, este tipo de eletrização consiste no contato entre um
corpo carregado e um neutro.
Muito simples para que os dois corpos fiquem em equilíbrio, e uma vez que na esfera
existem elétrons livres, esses passarão para o bastão, atraídos pelas cargas positivas.
.
Isso fará com que a esfera fique carregada positivamente, pois perdeu elétrons,
enquanto que o bastão continuara carregado positivamente, porém com menor quantidade de
cargas, uma vez que boa parte delas foi anulada pelos elétrons que saíram da esfera.
2.4 Exercício
Como o papel é isolante, não chega a haver deslocamento de cargas em seu interior,
mas sim um afastamento orbital dos elétrons. Esse afastamento se dá de acordo com o sinal do
corpo carregado obedecendo ao princípio de atração e repulsão entre cargas elétricas.
Mas por que, então, passado algum tempo eles se soltam da caneta? Acontece que,
após o contato, há transferência de cargas como foi visto na eletrização por contato. E,
portanto, caneta e papel passam a ter cargas de mesmo sinal, ocorrendo à repulsão entre eles.
2.6 Resumindo
Quando aproximamos dele um corpo carregado, ocorrerá o mesmo que como o papel e
a caneta eletrizada, ou seja, a bolinha será atraída pelo corpo carregado.
2.8 Eletroscópio
2.9 Exercícios
Sendo assim, pela lei natural do equilíbrio o corpo “B” tende a ceder elétrons para o
corpo “A”, até que o equilíbrio seja estabelecido. Então, entre os corpos “A” e “B” existe uma
diferença de potencial ou, abreviadamente, ddp.
No entanto, para haver diferença de potencial, não é necessário que as cargas dos dois
corpos sejam de sinais contrários. Nos exemplos abaixo, os corpos apresentam diferença de
potencial entre si:
a)
b)
c)
d)
No caso “a”, o corpo “A” tem a tendência de ceder elétrons para o corpo “B”, até que
ambos fiquem com mesma quantidade de cargas.
No caso “b”, o corpo “B” tem a tendência de ceder elétrons ao corpo “A”, até que o
equilíbrio seja satisfeito. (Lembre-se de que só os elétrons podem se deslocar).
No caso “c”, o corpo “B” encontra-se neutro. Assim, o corpo “A” tem a tendência de
ceder elétrons ao corpo “B”.
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No caso “d”, o corpo “B” é que tem tendência de ceder elétrons ao corpo “A”.
A diferença de potencial é uma grandeza cuja unidade no sistema internacional de
unidades é o volt (V). A ddp é medida com um instrumento chamado voltímetro.
Se esse condutor for utilizado para fazer uma conexão entre dois corpos com diferença
de potencial, então esse movimento de elétrons deixará de ser desordenado.
Isto porque o corpo carregado negativamente irá ceder elétrons ao corpo carregado
positivamente, através do caminho oferecido pelo fio condutor. Então, nesse fio condutor
teremos o que se chama de corrente elétrica.
Portanto: Corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas elétricas em um
condutor sujeito a uma ddp.
Como vemos no esquema acima, o fluxo de cargas se dá do corpo negativo para o
corpo positivo, ou do pólo negativo para o pólo positivo.
No entanto, antigamente, quando o conhecimento acerca da estrutura atômica da
matéria era pouco, o sentido da corrente elétrica não era conhecido. Foi então convencionado
um sentido para ela. E nessa convenção, admitia-se que o fluxo de cargas elétricas se
processava do pólo positivo para o pólo negativo. Esse sentido ficou conhecido como sentido
convencional de corrente. Obviamente que nos metais, onde a corrente elétrica é devida ao
deslocamento ordenado dos elétrons, o sentido convencional está errado. Porém, nas soluções
iônicas e nos semicondutores utilizados nos componentes eletrônicos, a corrente elétrica não é
constituída apenas por deslocamento de elétrons. É também devido ao deslocamento de cargas
positivas e, portanto, nesses casos, o sentido convencional está correto. O sentido da corrente
nos metais, ou seja, do pólo negativo para o pólo positivo é chamado sentido eletrônico da
corrente.
Resumindo: O sentido eletrônico ou real da corrente admite que o deslocamento
de cargas se dê do polo negativo para o pólo positivo.
Vimos que uma corrente elétrica surge quando efetuamos uma conexão elétrica com
um fio condutor entre dois corpos com diferença de potencial.
No entanto, essa corrente elétrica seria de curta duração, apenas alguns segundos ou
menos. Isto porque os dois corpos rapidamente entrariam em equilíbrio e, portanto, cessaria o
deslocamento de cargas.
Assim: Força eletromotriz é uma energia que faz com que a diferença de
potencial se mantenha constante entre dois corpos ou entre dois pólos.
A unidade da FEM no SI é também o Volt (V).
Um dispositivo capaz de gerar uma força eletromotriz é chamado de fonte de força
eletromotriz.
A Célula Voltaica é constituída por uma solução de ácido sulfúrico, onde são
mergulhadas duas placas, uma de zinco e outra de cobre. É assim chamada porque foi
inventado pelo físico italiano Alessandro Volta, em 1799.
O funcionamento dessa fonte será detalhado a seguir:
Quando as placas metálicas são colocadas em contato com o ácido, liberam seus íons
na solução. Essa é uma característica presente na maioria dos metais, porém a quantidade de
íons liberados varia conforme o metal. Assim, quando entram em contato com o ácido, o
zinco libera certa quantidade de íons positivos bivalentes Zn++. Com isso, cada íon Zn++ deixa
na placa de zinco dois elétrons, que antes formavam um átomo neutro de zinco.
O íon SO4 - - se dirige para o zinco, reagindo com ele e formando o sulfato de zinco,
em cuja reação sobram dois elétrons:
Dessa forma, cada íon SO4- - contribuirá para que a diferença de potencial entre as
placas se mantenha a mesma.
Por outro lado, os íons H+ (2 para cada íon SO4- -) se dirigem para o cobre, onde
recebem um elétron cada, transformando-se em um átomo neutro de hidrogênio:
H+ + elétron H
A pilha seca de zinco-carbono é um tipo de célula primária, cuja solução ácida é uma
pasta e o invólucro é um cilindro de zinco que funciona como terminal negativo. O terminal
positivo é um cilindro de carvão, colocado no interior do cilindro oco de zinco. Preenchendo o
espaço entre os dois, vai a solução ácida que é um composto de cloreto de amônia, cloreto de
zinco e dióxido de manganês. Pelas mesmas razões expostas no item anterior, formam-se íons
que carregam o invólucro de zinco negativamente e o bastão de carvão positivamente,
surgindo uma tensão de 1,5V entre eles.
Quando conectamos uma carga aos terminais da pilha, surge uma corrente elétrica
devido à diferença de potencial entre o pólo positivo e negativo. Isso desencadeia uma nova
reação química necessária para manter essa ddp constante.
Com isso, entre outras coisas liberar-se hidrogênio junto ao bastão de carvão. O
hidrogênio tenderia a criar uma película isolante sobre o carvão, inutilizando a pilha. No
entanto, o dióxido de manganês, presente na solução, absorve o hidrogênio, liberando assim o
bastão de carvão. Porém, com o tempo, essa película prevalecerá e a pilha irá se tornar cada
vez mais fraca.
A reação química que produz energia numa pilha seca é:
4.4.1 Generalidades
H2 SO4 SO4- - + 2H +
Em seguida, 1 íon SO4 - - se dirige para a placa chumbo, onde reage com ele formando
sulfato de chumbo e liberando dois elétrons:
Os elétrons provenientes dessa reação constituirão a corrente elétrica que irá circular
pela lâmpada. Esses elétrons chegarão à placa positiva constituída peróxido de chumbo, onde
os íons H+ já estar aguardando para se transformarem em átomos hidrogênio. Esse hidrogênio
reagirá com o peróxido de chumbo, transformando-o óxido de chumbo e formando água.
O óxido de chumbo, por sua vez, reage imediatamente com o ácido sulfúrico,
formando mais água:
Fazendo uso de outro gerador de fem, cuja ddp seja ligeiramente maior do que à
bateria a ser recarregada, podemos recompor sua carga, fazendo a ligação mostrada abaixo:
Podemos ver que essa reação recupera o chumbo e o peróxido de chumbo, além do
ácido sulfúrico que havia sido gasto durante a descarga.
Para carregar uma bateria, precisamos gastar energia obtida através de outra fonte. Por
outro lado, quando utilizamos a bateria, ela nos fornece energia. Dessa forma, a bateria nada
mais é do que um armazenador de energia, pois ao carregarmos a bateria, fornecemos a ela
energia elétrica que é armazenada em forma de energia química. Quando utilizarmos a
bateria, a energia química é transformada em energia elétrica. No entanto, nem toda energia
elétrica que fornecemos à bateria é recuperada na descarga. Ocorrem perdas neste processo.
Em média, uma bateria consegue devolver na descarga 80% da energia que recebeu na carga.
Comercialmente as baterias são especificadas pela sua capacidade e sua força
eletromotriz ou tensão.
A capacidade da bateria nos revela a carga total que ela é capaz de fornecer. É dada
pelo produto da intensidade da corrente (A) que fornece pelo tempo durante o qual deve
fornecer até descarregar. Essa capacidade é dada em Ampéres-hora.
Baterias comuns têm capacidade variando de 30 a 120 A- h.
Uma bateria de 80 A-h é capaz de fornecer uma corrente de 1A durante 80 horas, 2A
durante 40 horas, ou 4A durante 20 horas. No entanto nunca se deve solicitar de uma bateria
uma corrente muito alta durante muito tempo. Por exemplo, a bateria acima não conseguiria
fornecer 80A durante uma hora, apesar de o produto ser igual a 80A –h. Nesse caso a bateria
seria rapidamente descarregada (em alguns minutos).
Quanto à força eletromotriz, cada conjunto de placas de chumbo e peróxido de
chumbo possui uma tensão de 2,1 volts. Em uma bateria encontramos esses conjuntos que são
chamados de elementos, associados em série para formar as conhecidas baterias de 6 volts ou
12 volts (na verdade 3x 2,1 = 6,3 volts e 6x 2,1 = 12,6 volts).
Podemos saber se uma bateria está carregada ou não, medindo a tensão de cada
elemento. Se estiver carregada, deverão resultar 2,1 volts entre os elementos. Se estiver
descarregada, essa tensão será menor, porém nunca se deve deixar que fique menor que 1,8
volts, pois deixar que a bateria se descarregue muito é prejudicial à sua vida útil.
Outra maneira de se testar a carga de uma bateria é pela densidade do ácido. Vimos
que durante a descarga, a concentração de ácido sulfúrico vai diminuindo. Com isso, sua
densidade também diminui. Medindo a densidade do ácido saberemos qual é o nível de carga
da bateria. Existem, no comércio, densímetros especiais com graduações que indicam o estado
da bateria.
Há basicamente dois tipos. Um deles é chato na forma de pastilha e outro com formato
cilíndrico parecido com as pilhas convencionais de zinco-carbono.
A tensão nessa bateria é de 1,35V, no entanto, pode ser obter tensões maiores
associando várias células chatas num mesmo recipiente. A durabilidade dessas baterias é boa
e por essa razão são bastante utilizadas em aparelhos cujo consumo de energia seja baixo,
como relógio, aparelhos para surdez, instrumentos digitais, etc...
Suponhamos que dois pedaços de certo metal “X” sejam associados às extremidades
de outro pedaço de metal de natureza diferente “Y”.
Os metais podem ser, por exemplo, o cobre e o ferro. Nesta situação submetemos as
duas junções ou soldas a temperaturas diferentes t1 e t2; surgirá entre essas duas junções uma
ddp, isso porque cada material apresenta capacidades diferentes para liberar elétrons livres,
quando sujeitos a uma variação de temperatura. Esse fenômeno é conhecido por efeito
termoelétrico ou efeito Seebeck. O dispositivo obtido pela junção dos metais é chamado par
termoelétrico. A fem gerada é pequena, chegando ao máximo a alguns milésimos de volt.
Esse fem depende da natureza dos metais empregados e da diferença de temperatura entre as
junções.
Quando as diferenças de temperatura são pequenas essas fem, que é gerada é
diretamente proporcional a essa diferença de temperatura. Quando as diferenças de
temperatura são grandes, a fem gerada deixa de ser diretamente proporcional, passando a ser
regida por uma equação do tipo:
que será gerada entre as junções. Ou podemos medir diretamente essa temperatura em um
voltímetro, cuja escala esteja convenientemente graduada em unidades de temperatura.
Essa é a mais importante e difundida aplicação do efeito termoelétrico
contrária. Isso quer dizer que o ponteiro do voltímetro defletirá para a esquerda
momentaneamente.
A ddp gerada em um cristal depende da natureza do cristal e da intensidade da pressão
ou tração aplicada ao mesmo.
O efeito piezoelétrico também é reversível, ou seja, se aplicarmos a um cristal em
repouso uma ddp, ele se expandirá ou contrairá dependendo da polaridade da tensão aplicada.
Esse efeito é utilizado para produzir ultra-sons, que são ondas sonoras, cuja freqüência
é superior a 20.000 Hz ou 20 kHz. Esses sons não são captados pelo ouvido humano, que só
consegue perceber entre 16 Hz e no máximo 20.000Hz. Os ultra-sons foram produzidos pela
primeira vez utilizando-se o efeito “piezoelétrico”, em 1917, por Paul Langevin. Para se
produzir ultra-som utiliza-se uma fonte de fem, cuja polaridade seja invertida numa
freqüência superior a 20.000Hz (tensão alternada) aplicada a um cristal de quartzo. Com isso,
o cristal sofre contrações e expansões conforme as variações da polaridade da tensão aplicada.
Essas vibrações mecânicas produzem então ultra-sons.
As agulhas de toca-discos são cristais piezo elétricos que são submetidos à variação de
pressão ao percorrerem os sulcos dos discos. Isto faz gerar DDP's proporcionais a essas
pressões sofridas nos sulcos, sendo esses sinais elétricos amplificados e decodificados por
circuitos eletrônicos de maneira a reproduzir os sons que foram “impressos” no disco.
Os microfones de cristal, bem como os demais tipos de microfones, são dispositivos
que também ficam sujeitos à variação de pressão. Neste caso, quando falamos próximos ao
microfone, fazemos com que o deslocamento de ar provoque essas variações de pressão, que
geram no cristal DDP's proporcionais a essas pressões. Essas DDP's ou sinais elétricos são
gravados em fitas ou imediatamente convertidos novamente em sons, reproduzidos num alto-
falante.
A célula fotovoltaica baseia-se no princípio de que alguns materiais, sob a ação da luz,
são capazes de liberar elétrons. Esses materiais são chamados de fotossensíveis. O zinco. O
potássio e o óxido de césio são exemplos de materiais fotossensíveis.
A figura abaixo mostra em corte uma célula fotovoltaica.
Esse é o tipo de gerador utilizado para produção de energia em larga escala. É desse
tipo de gerador que provém toda a energia elétrica que utilizamos em nossos lares, no
comércio e na indústria.
Seu funcionamento é simples e baseia-se no movimento relativo entre um condutor e
um imã.
Imã é um objeto capaz de atrair alguns tipos de metais, entre eles o ferro. Um imã
sempre apresenta dois pólos: o norte e o sul.
A região em torno do imã, onde podemos perceber seus efeitos, é chamada de campo
magnético. O campo magnético é representado por linhas imaginárias que chamamos de
linhas de força, cujo sentido de fluxo é do pólo norte para o pólo sul.
É evidente que os geradores das usinas não têm a mesma configuração básica ilustrada
anteriormente, apesar do princípio de funcionamento ser o mesmo. Nos grandes geradores,
temos um conjunto de bobinas convenientemente interligadas e dispostas numa carcaça em
forma de cilindro oco, que chamamos de estator. É dentro desse estator que gira o rotor, que é
na verdade um possante eletroímã, fazendo com que os condutores que compõem a bobina
sejam “cortados” pelas linhas de força do eletroímã, produzindo-se então a fem desejada.
Eletroímã é um imã produzido através da corrente elétrica. Seu estudo será detalhado
mais adiante
Nas usinas de grande porte, os geradores são enormes, seus diâmetros passam de uma
dezena de metros e sua potência chega a centenas de MW.
Por exemplo, a Usina de Itaipu tem 18 geradores de 700 MW cada um. Isso quer dizer
que um único gerador de Itaipu é capaz de aceder 7 milhões de lâmpadas de 100W juntas.
A energia obtida nos geradores eletromecânicos não é do mesmo tipo que a obtida nas
pilhas ou baterias. Nessas últimas, a corrente elétrica é dita corrente contínua (CC), pois o
fluxo de cargas elétricas sempre se dá num único sentido. Já nos geradores eletromecânicos,
obtemos a chamada corrente alternada (CA) que consiste num deslocamento de cargas ora
para um lado, ora para outro lado, dentro do condutor. Esse vai-e-vem da corrente alternada é
muito rápido. A geração dessa energia no Brasil é feita na freqüência de 60 hertz, o que quer
dizer que a corrente muda de sentido dentro do condutor 120 vezes a cada segundo.
4.8 Exercício
Faça uma pesquisa sobre fontes de Força Eletro Motriz e entregue um relatório.
Como vimos, quando conectamos uma carga a uma fonte de fem, estabelece-se um
acorrente elétrica. Dependendo do tipo da carga e do valor da fem da fonte, essa corrente
poderá assumir diferentes intensidades. Isso quer dizer que a corrente elétrica pode ser
avaliada quantitativamente por uma grandeza que denominamos de intensidade de corrente
elétrica.
Portanto: Intensidade de corrente elétrica é a razão entre a quantidade de cargas que
passa numa seção transversal e o respectivo tempo gasto para fazê-lo.
∆Q
Ou matematicamente: I =
∆t
5.1 Exemplo
Dados: ∆ Q = 150 C e ∆t = 30 s
∆Q 150
I= ∴ I= I = 5A
∆t 30
2)Durante 6 minutos, a quantidade de carga que passa por uma seção transversal de um
condutor é de 900C. Qual a intensidade de corrente no condutor?
∆Q 900
I= = ∴ I = 2,5A
∆t 360
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Em muitas situações nos deparamos com valores de grandezas que são muito grandes
ou muito pequenos, o que dificulta a manipulação desses números. Nessas circunstâncias
podemos optar por potência de dez ou utilizarmos os múltiplos e submúltiplos. Muitas vezes
os utilizamos e nem percebemos.
Por exemplo, a distância entre duas cidades normalmente não é dada em metros, que é
a unidade padrão de comprimento no sistema internacional de unidade (SI). Isso porque o
metro torna-se unidade pequena para representar essas distâncias. Por essa razão, prefere-se
utilizar o quilômetro (km) que, como se sabe, representa mil metros. Assim, ao invés de
dizermos que uma cidade dista de outra 50.000 metros, dizemos que essa distância é de 50
quilômetros (50 km).
Da mesma forma ninguém compra no açougue 2.000 gramas de carne e sim 2
quilogramas de carne (kg). Vemos que em ambos os casos o quilo (k) indica que a unidade da
grandeza foi multiplicada por mil.
Outros exemplos de múltiplos e submúltiplos utilizados corriqueiramente: megawatt
(MW), quilovolt (kV), milímetro (mm), miligrama (mg), centímetro (cm), microcoulomb
( µ C) etc...
Os múltiplos e submúltiplos padronizados e seus respectivos valores encontram-se na
tabela abaixo:
10.000V = 10 x 103 = 10 kV
1.000.000 W = 1 106 = 1 MW
0,00000002 F = 20 x 10 – 9 = 20 nF
5.2 Exercícios
CONDUTOR A CONDUTOR B
Se fizermos com que ambos os condutores sejam percorridos pela mesma intensidade
de corrente, então com certeza o número de cargas elétricas que circularão pelo condutor “A”
é o mesmo que do condutor “B”.
Porém, no condutor “A” as cargas ficarão mais concentradas, visto que sua seção
transversal é menor do que a do condutor “B”. Dizemos então que a densidade de corrente
elétrica no condutor “A” é maior que a do condutor “B”. Portanto:
A densidade de corrente elétrica é a relação entre a intensidade de corrente e a área da
seção transversal do condutor.
Ou matematicamente:
I
d=
S
Onde:
d = densidade de corrente elétrica dada em A/mm2
I = intensidade de corrente elétrica dada em A
S = área de seção transversal do condutor dada em mm2
A densidade de corrente é uma grandeza muito útil, pois não se pode fazer circular ou
condutor uma corrente muito elevada. Isso porque um dos efeitos da corrente elétrica é o
aquecimento e se a intensidade de corrente elétrica for muito alta num condutor cuja área da
seção transversal seja pequena, pode ocorrer a queima do condutor ou de sua isolação. Por
exemplo, os condutores de cobre esmaltado, utilizados para bobinamento de motores e
transformadores, não admitem densidade de corrente superior a 6 Amm2, sob pena de causar
danos à isolação, em função do aquecimento demasiado. Já nos condutores com isolamento
termoplástico, utilizados em instalações elétricas, admitem uma densidade bem maior,
principalmente se a instalação for aparente, o que permite que o condutor dissipe calor com
mais facilidade para o meio ambiente.
Vamos ver alguns exemplos de cálculos envolvendo a densidade de corrente:
π .φ 2 π . 0,5 2
S= = = 0,196 mm2
4 4
d=
I
∴ I = d.S ∴ I = 5.0,196 => I = 0,98A
S
5.4 Exercícios
a) Calcule a densidade de corrente em um condutor circular que possui raio 0,2mm e por ele
circula uma corrente de 8A.
b) Calcule qual deve ser a seção de um condutor por onde passam 300mC a cada 600 µ s, a
fim de que a densidade de corrente seja de 10A/mm2.
c) Qual a intensidade de corrente em um condutor circular de diâmetro 0,8 mm quando a
densidade assumir um valor de 3A/mm2?
d) Uma lâmpada de 100W absorve uma corrente de 0,78A. Qual o número máximo de
lâmpadas de 100W que poderemos alimentar simultaneamente com um fio de seção 1,5
mm2 sem ultrapassar a densidade de 10A/mm2?
e) Utilizando-se condutores de isolação termoplástica, cuja densidade de corrente máxima
admissível é de 8A/mm2, para alimentar um chuveiro que absorve 21A. Pergunta-se:
Pode-se utilizar fio 1,5mm2 para alimentar esse chuveiro? Por quê?
Sempre que uma corrente elétrica passa por um condutor faz com que este condutor
sofra um aquecimento. Este fenômeno é conhecido como “efeito Joule” e será estuda mais
adiante.
A corrente elétrica, ao passar com muita intensidade por um condutor suficiente para
levá-lo a um estado de quase incandescência, é capaz de gerar luz.
É o que acontece com as lâmpadas incandescentes. Essas são compostas por um
filamento de tungstênio dentro de um bulbo de vidro onde se faz o vácuo. O vácuo é
necessário para que o filamento não chegue a se queimar, pois sem a presença de oxigênio,
não há fogo.
Assim, o filamento atinge uma temperatura altíssima (em torno de 2700°C) sem se
queimar e produz luz. No entanto, a maior parte da energia absorvida por uma lâmpada
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incandescente é transformada em calor (efeito Joule). Com isso, a eficiência luminosa de uma
lâmpada incandescente é baixa.
Outro tipo de lâmpada bastante comum é a fluorescente. Ela é constituída de um tubo
de vidro contendo uma pequena quantidade de gás raro (normalmente o argônio), umas
gotículas de mercúrio e um filamento.
A corrente elétrica tem ação, de modo geral, sobre todos os tecidos vivos, pois estes
são formados por substâncias coloidais e os colóides sofrem a ação da eletricidade. Mas é
particularmente importante a ação da corrente elétrica sobre os músculos e os nervos.
Na ação sobre os nervos devemos distinguir a ação sobre os nervos sensitivos e sobre
os nervos motores. A ação sobre os nervos sensitivos nos dá a sensação de dor. A ação sobre
os nervos motores nos dá uma comoção (choque) que se manifesta por uma contração
muscular à paralisação do membro atingido. Então, a passagem da corrente elétrica pelo corpo
humano produz uma reação que chamamos de choque elétrico. A intensidade do choque
depende da intensidade de corrente, que por sua vez depende de uma séria de fatores, dentre
os quais:
- Diferença de potencial da fonte;
- Parte do corpo atingida;
- Estado do indivíduo (mãos suadas, corpo molhado, pés em chão úmido, corte na
pele, resistência do organismo etc...).
numa faixa de correntes entre 80 a 300mA. Acima de 300mA ocorrem queimaduras, parada
cardíaca reversível, arritmias e perdas dos sentidos.
Quando uma corrente elétrica passa por uma solução ácida, ocorre a dissociação do
ácido numa ação que se chama eletrólise.
6 LEI DE OHM
Em 1827, George Simon Ohm demonstrou com uma fonte de fem variável ligada a um
condutor que à medida que variava a ddp sobre o condutor variava também a intensidade de
corrente que circulava no mesmo. Em seus registros, Ohm percebeu que o quociente entre a
ddp e a intensidade de corrente se mantém constante. Se aplicarmos:
Uma tensão “E” no condutor surge uma corrente “I”. Se variarmos essa tensão para
“E2”, a corrente será “I2”, de tal maneira que:
E1 E2 E
= = = constante
I1 I2 I
1 1
G= =R=
R G
Exemplos:
1. Calcular a intensidade de corrente em um condutor, cuja resistência é 10 Ω submetido a
uma tensão de 30 V.
E 30
I= I= = 3A
R 10
2. Calcular a tensão a que foi submetida uma resistência de 100 Ω , sabendo-se que a
corrente que circula é de 500 mA.
I = 500mA
E = R.I
E = 100.500.10 -3 => E = 50V
Vimos que a lei de Ohm expressa a relação existente entre a tensão, a corrente e a
resistência. Podemos mostrar graficamente as variações de uma grandeza com relação à outra
e a partir daí extrair conclusões. Por exemplo, sabemos da fórmula I = E/R que a corrente
aumenta com o aumento da tensão, mantendo-se a resistência constante. O gráfico da variação
da corrente em função da tensão (I = f (E)) ficará do tipo mostrado abaixo.
E 10 20 30 40 50
I= = = = = = = 0,25Ω
R 40 80 120 160 200
Onde:
R = resistência do condutor [ Ω ];
I = comprimento do condutor [m];
S = área da seção transversal [mm2];
ρ = resistividade ou resistência específica [ Ω mm2/m].
Material ρ [Ω mm 2 / m]
Cobre 0.017
Alumínio 0.029
Prata 0,016
Mercúrio 0,980
Platina 0,110
Ferro 0,100
Tungstênio 0,056
Constantan 0,500
Níquel–Cromo 1,100
Niquelina 0,300
Carbono 60,00
Zinco 0,060
Aço 0,130
Níquel 0,100
Obs.: Os valores nesta tabela são aproximados, pois a precisão depende da composição
exata do material e da temperatura de ensaio.
Exemplos:
l = 5m
ρ = 0,50 Ω mm2/m
S = 1,5mm2
ρ .l
=> R = 1,67 Ω
5 2,5
R= ∴ R = 0,50. ∴ R=
S 1,5 1,5
2- Calcular qual deve ser o diâmetro de um condutor circular de cobre para que apresente
uma resistência de 2 Ω quando o comprimento do fio é 100m.
l = 100m
R= 2 Ω
ρ = 0,017 Ω mm2/m
S=?
S = 0,5mm2
l = 10m
ρ = 1,1 Ω mm2/m
E = 12 V
I=?
ρ.l 1,1*10 11
R= ∴R= = = 22Ω
S 0,5 0,5
E 12
I= ∴I = I = 0,55A
R 22
6.2.2 Exercícios
a) Calcule o comprimento que deve ter um condutor de alumínio de seção 2.5mm2, a fim de
que apresente resistência de 2 Ω .
b) Qual deve ser o comprimento de um condutor de cobre de 1,0mm2 de seção transversal,
para que apresente a mesma resistência que possui um condutor de níquel-cromo de
mesma seção e com 5m de comprimento?
c) Uma rede de distribuição trifásica possui 10km de comprimento e é feita com cabos de
alumínio de 6mm2 de seção. Calcule a resistência que um ohmímetro indicaria se dois fios
fossem conectados entre si no outro extremo na rede.
Vimos que uma corrente elétrica, quando circula por um circuito, exige que a fonte de
fem que o alimenta movimente igual quantidade de cargas internamente em sentido contrário,
a fim de manter essa corrente circulando. Com isso, podemos afirmar que a corrente que
circula pelo circuito e exatamente a mesma que circula internamente à fonte.
Também vimos que sempre haverá uma oposição à passagem da corrente por onde
quer que esteja circulando, pois todos os materiais oferecem resistência à passagem da
corrente.
Portanto, a lógica nos leva a concluir que também a fonte de fem oferece resistência à
passagem da corrente elétrica, a qual chamamos de resistência interna da fonte.
A resistência interna de uma fonte normalmente é baixa e seu valor depende do tipo e
potência da fonte. No entanto, apesar de ser de pequeno valor, freqüentemente essa resistência
é levada em consideração nos cálculos, pois influi significativamente como um todo.
Representamos a resistência interna de uma fonte como uma resistência comum ligada
em série com a fonte.
Note que a fonte agora é o conjunto formado pela resistência interna e pela parte que
efetivamente gera força eletromotriz, ou seja, a fonte é o que está dentro do retângulo
tracejado.
Vejamos um exemplo de cálculo:
E
I=
R
Portanto, o “R” da fórmula é a resistência total que a corrente tem que percorrer. E
essa resistência será a soma das duas resistências que compõem o circuito, pois se trata de um
circuito série. Assim, a corrente será:
I=
E
=
12
∴ I = 0,461 A
R 26
Veja que apesar da força eletromotriz da fonte ser 12V, na resistência “R” nós temos
11,06V. essa tensão não deveria ser a mesma?
Sim, deveria ser a mesma se a fonte não possuísse uma resistência interna. No entanto,
essa resistência interna também fica sujeita a uma tensão dada pela Lei de Ohm.
Essa dificuldade é ainda aumentada pelo fato desses núcleos estarem vibrando em
torno de sua posição. Acontece que, se aumentarmos a temperatura do condutor, aumenta a
agitação desses átomos, fazendo com que haja mais choques dos elétrons em seu percurso. E
se há mais choques, a dificuldade dos elétrons em se deslocar pelo condutor é maior, ou seja,
a resistência é maior. Dessa maneira, quanto maior a temperatura, maior é o estado de
agitação dos átomos e conseqüentemente maior é a resistência apresentada pelo condutor.
Esse fenômeno ocorre com a maioria dos materiais, porém com intensidades diferentes em
cada um. Isso que dizer que alguns materiais são mais influenciados pela temperatura do que
outros.
Podemos calcular a resistência que determinado condutor irá apresentar a certa
temperatura. Para isso, precisamos de antemão conhecer o coeficiente térmico do material.
O coeficiente térmico de um material é um valor obtido experimentalmente, que
indica quantos ohms aumenta a sua resistência por grau de temperatura para cada ohm
inicial.
Estes valores são encontrados em tabelas para todos os tipos de materiais. No entanto,
para você entender melhor esse conceito, vamos supor que queremos determinar o coeficiente
térmico de determinada liga metálica. Para isso, precisamos de um condutor dessa liga que
apresente exatamente 1 Ω à temperatura ambiente (20°C). Em seguida, com um termômetro
de precisão e um forno, fazemos com que esse condutor sofra um acréscimo de temperatura
de 1°C. Aí medimos o novo valor de resistência que esse condutor apresenta nessa
temperatura. Vamos admitir que esse valor medido seja 1,005 Ω . Significa então que houve
um acréscimo de 0,005 Ω por °C por Ω inicial desse condutor (0,0005 Ω /°C Ω = 0,005°C -1).
Então, o coeficiente térmico desse material é 0,005 °C – 1 .
Rθ = R20[1+ ∝ (θ - 20)]
Onde:
Rθ = resistência que o condutor terá à temperatura de θ° C [ Ω ]
R20 = resistência que o condutor apresenta na temperatura ambiente [ Ω ]
θ = temperatura final do condutor [°C]
∝ = coeficiente térmico do condutor [°C – 1]
Material α [ o C −1 ]
Prata 0,00380
Alumínio 0,00390
Cobre 0,00400
Chumbo 0,00420
Ferro 0,00600
Mercúrio 0,00920
Platina 0,00320
Tungstênio 0,00480
Níquel-Cromo 0,00016
Carbono -0,00030
Níquel 0,00500
Niquelina * 0,00023
Manganina** 0,00003
Constantan*** 0,00000
Latão 0,00150
Exemplo 1:
Calcular a resistência que um condutor de alumínio irá apresentar na temperatura de
250°C, sabendo-se que a 20°C sua resistência é de 5 Ω .
Dados:
R20 = 5 Ω
θ = 250 °C
∝ A l = 0,0039 °C –1
Rθ = ?
Rθ = R250 = R20 [1 + ∝ (θ - 20] R250 = 5 [1 + 0,0039 (250 – 20)]
R250 = 5 [1 + 0, 897] R250 = 9,485 Ω
Exemplo 2:
Um condutor de tungstênio, apresentando 25 Ω na temperatura ambiente, é
introduzido em um forno cuja temperatura é desconhecida. Em seguida, é medida a sua
resistência, obtendo-se um valor igual a 32 Ω . Qual a temperatura do forno?
Dados:
R20 = 25 Ω
Rθ = 32 Ω
∝ = 0,0048 °C –1
θ=?
Rθ = R 20 [1 + ∝ (θ - 20)] 32 = 25 [1 + 0,0048 (θ - 20)]
32
= 1 + 0,48 (θ - 20) 1,28 – 1 = 0,0048 (θ - 20)
25
0,28
= θ - 20 θ - 20 = 58,33 θ = 58,33 + 20 θ = 78,33°C
0,0048
6.3.1 Observações:
Exemplo 3:
Calcular a que temperatura um condutor de ferro deve ser resfriado, a fim de que
apresente à metade de sua resistência a temperatura ambiente.
R20 = R
Re = R/2
∝ Fé = 0,0060°C-1
θ=?
Re = R20 [1 + ∝ (θ - 20)]
R R [1 + 0,0060 (θ - 20)] R 1 + 0,0060 (θ - 20) 1
= = - 1 = 0,0060 (θ - 20)
2 2R 2
- 0,5
= θ - 20 - 83,33 = θ - 20 θ = - 83,33 + 20 θ = - 63,33°C
0,0060
6.4 Exercícios
7 RESISTORES
Outro tipo de resistor é o de fio enrolado. Neste caso, a resistência é obtida geralmente
por um fio de níque-cromo enrolado sobre um cilindro cerâmico. Normalmente o conjunto é
recoberto por um material cerâmico ou por um esmalte especial. Os valores típicos destes
resistores variam desde 1 Ω até 100 k Ω esses resistores são em geral empregados quando se
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deseja aplicar correntes mais elevadas, pois a quantidade de calor que eles podem dissipar em
função de sua configuração física é bem maior que a dos resistores de carbono.
O primeiro anel é sempre aquele mais próximo de uma das extremidades do corpo do
resistor. Portanto, neste exemplo, é o verde.
R = 56 x 10 = 560 Ω
O quarto anel colorido representa a tolerância do resistor. Isto quer dizer que o valor
obtido, no caso 560 Ω , pode não ser o valor real de resistência que esse resistor apresenta. O
fabricante admite uma margem de erro que, nesse resistor, é de 10% (prata) para mais e
menos. Isto é:
↔ - 56 = 504 Ω
560 ↓
← + 56 = 616 Ω
Isto quer dizer que qualquer valor que esse resistor possua, desde que esteja nessa
faixa de 504 Ω a 616 Ω , é tolerável.
Vejamos mais um exemplo:
7.5 Exercícios
b) Um reostato de 500 Ω está com o cursor na posição indicada abaixo. Com um ohmímetro
é medida a resistência entre os pontos A e B, obtendo-se um valor igual a 180 Ω . Qual é a
resistência entre os pontos B e C?
8 CIRCUITOS ELÉTRICOS
Um circuito elétrico é constituído de cargas (que podem ser resistores, lâmpadas etc...)
ligadas conforme mostra o diagrama abaixo:
Nesse exemplo temos três resistências ligadas em série; no entanto, podemos ter
quantas resistências quisermos.
A característica principal do circuito série é que todos os componentes são percorridos
pela mesma intensidade de corrente e a tensão aplicada ao circuito se divide
proporcionalmente aos valores de resistência.
Devido ao fato de apresentar um único caminho à passagem da corrente, o circuito
elétrico série deixa de funcionar se alguns dos componentes ou dos fios de ligação forem
interrompidos. Portanto, os componentes dependem uns dos outros para funcionarem.
Um exemplo de circuito série são alguns tipos de iluminação natalina.
Observamos, agora que a corrente elétrica tem vários caminhos a percorrer. Dessa
forma, cada resistor será percorrido por uma intensidade diferente (a não ser que todas as
resistências sejam iguais).
Nesse circuito, cada resistor fica sujeito à tensão da fonte e trabalha independente dos
outros. Por essa razão, as instalações elétricas domiciliares, industriais e comerciais utilizam
todos os seus componentes ligados em paralelo.
O circuito misto, como o próprio nome já sugere, é uma mistura do circuito série e
paralelo: o circuito misto pode assumir infinitas configurações conforme veremos mais
adiante. O circuito misto mais simples é o mostrado abaixo:
Vamos supor que um determinado circuito, composto por várias resistências, absorve
da fonte um corrente “I”. Se substituirmos esse circuito
Por uma única resistência, cujo valor ôhmico absorva dessa fonte a mesma corrente
“I”, então teremos encontrado a resistência equivalente desse circuito.
Se ligarmos esse circuito a uma fonte, a corrente elétrica que irá circular deverá vencer
a oposição oferecida por R1, por R2 e R3, pois só existe um caminho para a corrente. Então a
oposição total oferecida à passagem de corrente é a soma das oposições que cada resistor irá
oferecer.
Portanto: Em um circuito elétrico série, a resistência equivalente é dada pela
soma de todas as resistências componentes da associação.
No caso acima, a resistência equivalente (Re) será:
Re = R1 + R2 + R3
Re = R1 + R2 + R3 +... Rn
Re = R1 + R2 + R3 + R4 Re = 100 + 20 + 70 + 15 Re = 205 Ω
1 1 1 1 1
= + + + ... + ou Re =
1
Re R 1 R 2 R 3 Rn 1 1 1 1
+ + + ... +
R1 R 2 R3 R n
1 1
Re = = =
1 1 1 1 1 1
+ + + +
R1 R 2 R 3 100 20 50
1
Re =
1 1
+
R1 R 2
1 R 1 .R 2
Re = onde: Re =
R1 + R2 R1 + R 2
R 1 .R 2
Se tivermos “n” resistências de valores iguais “R”, a resistência equivalente será igual a:
1
Re =
1 1 1 1
+ + + ... +
R R R R
Então:
1 R
Re = => Re =
1 + 1 + 1 + 1 + ... + 1 n
R
Onde:
R = Valor de uma das resistências
n = n° de resistências componentes
Exemplo:
R
Como os valores de R2 a R5 são iguais, empregaremos a fórmula para essa parte do
n
circuito. Fica então:
R 200
Re1 = = ∴ Re1 = 50 Ω
n 4
A resistência equivalente do circuito será agora determinada pela fórmula para duas
resistências:
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R1 •R 2
Re =
R1 + R 2
Re =
R 1 • Re1
R 1 + Re 2
∴ Re = 100 • 50 5000
=
100 + 50 150
=> Re = 33,3 Ω
R1 = 100 Ω
R2 = 20 Ω
R3 = 120 Ω
R4 = 60 Ω
R5 = 180 Ω
R6 = 180 Ω
R7 = 10 Ω
Também sabemos que duas resistências estão em paralelo quando os dois terminais de
uma delas estão ligados diretamente nos dois terminais da outra.
Re2 =
1
1
1 1
∴ Re = 2
1
1
1 1
=
1
0,00556 + 0,00556 + 0,1
+ + + +
R5 R6 R7 180 180 10
Re2 = 9 Ω
Agora vemos que Re1 e Re2 em paralelo e que R4 e Re2 estão em série. Portanto:
1 1 1
Re3 = = = Re3 = 60 Ω
1
+
1 1
+
1 0,0083 + 0,0083
R1 R 3 120 120
R
Poderíamos ter encontrado Re3 pela fórmula uma vez que Re1 e R3 são iguais a
n
120 Ω , o resultado seria igual:
Re3 =
R
=
120
∴ Re3 = 60 Ω
n 2
Redesenhando o circuito:
Se você observar bem, verá que o circuito não se alterou. Além do mais, aquele
condutor que antes unia os pontos b e c agora não tem mais utilidade, podendo ser eliminado.
Podemos, ainda, unir os pontos “A” e “D”, ficando com o seguinte circuito:
ou ainda:
Como vemos no circuito original, existe ligação entre os pontos 1,4,5 e 2,3 e 6.
portanto, o circuito se resume ao mostrado abaixo:
8.5 Curto–Circuito
Quando isso ocorre, surge uma corrente de intensidade muito elevada que passa por
esse condutor. Isso porque a resistência que o condutor oferece é muito pequena, (basta
calcular: R= ρ l /s) com isso, a corrente (I = E/R) é alta. Nessas condições, o restante das
resistências ligadas à fonte, fica praticamente sem corrente, pois o caminho oferecido pelo
condutor (curto-circuito) é infinitamente melhor que o restante do circuito.
A resistência equivalente do circuito acima, então, é igual a zero (desprezando a
resistência do condutor que é muito pequena).
Por exemplo, o circuito abaixo está em curto-circuito. O caminho para a corrente é o
mostrado, e a resistência equivalente é igual a zero.
Exemplo:
ou ainda
8.6 Exercícios
a) Ω
Ω Ω R5=30 Ω
Ω
Ω Ω Ω
b)
Ω Ω
Ω Ω
c) Ω
Ω
Ω Ω
Ω Ω
d)
Ω
Ω
e) Ω
Ω
Ω
Ω
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f) Ω
Ω Ω
Ω
g)
h)
a)
Ω
Ω Ω
Ω
Ω
b)
Ω Ω
Ω
Ω Ω
c) Ω Ω
Ω
3. Qual a resistência equivalente entre os pontos:
4.
a) AeB
b) BeC
c) CeA
d) AeD
e) DeC
4. A circunferência abaixo é feita metade com fio de níquel cromo e metade com fio de
niquelina, ambos de 0,25 mm2 de seção. Sabendo-se que o diâmetro da circunferência é de
1m, calcule a resistência equivalente entre os pontos A e B.
B
5. Calcule o valor de “R”:
Quando aplicamos uma tensão em um circuito série, circula uma corrente que obedece
à Lei de Ohm. Essa corrente, ao atravessar as resistências do circuito, fará com que apareça
em cada uma delas uma diferença de potencial. Essa diferença de potencial que surge nos
terminais das resistências é chamada de “queda de tensão”. E é fácil entender como ela
aparece.
A Lei de Ohm nos diz que o produto de uma resistência por uma corrente resultam em
uma tensão. Logo, em cada resistência teremos a aplicação da Lei de Ohm.
Ou seja:
V1 = R1. I V2 = R 2. I V3 = R 3. I
Observe que a corrente que passa em cada resistência é a mesma, pois se tratando de
um circuito série, só existe um caminho à passagem da corrente. Veja também que podemos
aplicar a Lei de Ohm ao circuito como um todo. Nesse caso teríamos:
E= Re. I
Onde Re = resistência equivalente do circuito.
Como Re = R1 + R2 + R3, podemos escrever:
E = (R1 + R2 + R3). I
Aplicando a propriedade distributiva, obtemos: E = R1. I + R2. I + R3. I
Onde concluímos que: E = V1 + V2 + V3
Assim: No circuito série, a tensão aplicada é igual à soma das quedas de tensão em cada
componente.
Quanto à polaridade das quedas de tensão, sempre o lado da resistência que estiver
mais próximo ao pólo positivo da fonte será também positivo, conforme mostra a figura.
Exemplo:
E = Re . I ∴ I = ∴ I=
E 100
= 0,5A
Re 60 + 30 + 110
V1 = R1 . I ∴ V1 = 60.0,5 ∴ V1 = 30 V
V2 = R2 . I ∴ V2 = 30.0,5 ∴ V2 = 15V
V3= R3. I ∴ V3= 110.0,5 ∴ V3 = 55V
Observe que: 30 + 15 + 55 = 100V = E
V3 = R 3 . I ∴ I = ∴ I = 20 I = 0,4A
V3
R3 50
V1 = R1 . I ∴ V1 = 20.0,4 ∴ V1 = 8V
V2 = R2 . I ∴ V2 = 30.0,4 ∴ V2 = 12V
E = V1 + V2 + V3 ∴ E = 8 + 12 + 20 ∴ E = 40V
8.8 Exercícios
Quando em um circuito paralelo é aplicada uma fem, cada componente do circuito fica
sujeito à mesma tensão. A corrente que circula em cada componente obedece à Lei de Ohm.
E E E E
I1 = I3 = I2 = IT =
R1 R3 R2 Re
1
Re =
1 1 1
+ +
R1 R 2 R 3
Portanto:
E 1 1 1
IT = = E( + + ), Logo: IT = I1+ I2 + I3
1 R1 R 2 R 3
1 1 1
+ +
R1 R 2 R 3
I1 =
E 100
= ∴I
1 = 2A I2 =
E 100
= ∴I 2 = 1A I3 =
E
=
100
∴I
3 = 0,5A
R1 50 R 2 100 R 3 200
IT = I1 + I2 + I3 ∴I T = 2 + 1 + 0,5 ∴I T = 3,5A
8.10 Exercícios
Ω Ω
9 LEIS DE KIRCHHOFF
Neste circuito temos dois nós (A e B); três ramos, sendo o primeiro formado por R1,
E1 e R4, o segundo constituído por R2 e o terceiro por R3 e E2. Temos também três malhas: a
primeira constituída pelo caminho fechado, formado por E1, R1, R2 e R4; a segunda
constituída por R2, R3 e E2 e a terceira por E1, R1, R3, E2 e R4.
Esclarecidos estes conceitos, passemos ao enunciado das Leis de Kirchhoff.
Matematicamente:
Σ IChegam = Σ ISaem
Neste caso: I1 + I2 + I5 = I3 + I4
Para resolvermos, devemos aplicar a 1ª Lei de Kirchhoff a cada nó. Devemos escolher
um nó onde tenhamos apenas uma incógnita. Neste caso, o nó A é o único que apresenta uma
incógnita. Então:
Σ IChegam = Σ ISaem
8 = 2 + I1 + 3 → 8 – 2 – 3 = I1 → I1 = 3A
Σ IChegam = Σ ISaem
I1 = 1 + I2 → 3 = 1 + I2 → I2 = 2A
Aplicando agora ao nó C:
1 + I2 = I3 → 1 + 2 = I3 → I3 = 3A
No nó D:
I3 + 2 = I4 → 3 + 2 = I4 → I4 = 5A
E finalmente no nó E:
I4 + 3 = I5 → 5 + 3 = I5 → I5 = 8A
9.2 Exercícios
a)
b)
“Em uma malha, a somatória das forças eletromotrizes aplicadas é igual à somatória
das quedas de tensão”.
Matematicamente: ∑ E = ∑ R. I
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 3
Exemplo de cálculo:
Para resolver, aplicamos a 2a- Lei de Kirchhoff a cada malha. Devemos escolher
inicialmente uma malha onde tenhamos apenas uma incógnita. Por exemplo, a malha formada
pela fonte R1, R2 e R4.
Então:
∑E= ∑ R . I
E = V1 + 30 + 20 ∴ 100 = V1 + 30 + 20 ∴ V1 = 50V
Observe que V4 é igual à própria tensão da fonte, pois está ligada diretamente em
paralelo a ela. Da mesma forma, a tensão V2 é igual à tensão na resistência R4, pois estão
ligadas em paralelo. E ainda a tensão V3 é igual à soma de V1com a tensão na resistência R2,
pois R5 está em paralelo com o conjunto formado por R1 e R2.
9.4 Exercícios
a)
b)
E
Ir = I1 =
Re
(R + R 4 ) • R 2
Re = R1 + 3 ∴ Re = 100 + (120 + 180) • 300 => Re = 250 Ω
R3 + R4 + R2 120 + 80 + 300
Obs.: Se você não entendeu essa fórmula, calcule por partes e chegará ao mesmo
resultado.
Então, a corrente I1 será:
E 250
11 = IT = = ∴ I1 = 1A
Re 250
Podemos calcular de imediato V1 fazendo:
V1 = R1 . I1 ∴ V1 = 100.1 ∴ V1 = 100V
Para calcular V2, que corresponde à tensão entre os pontos A e B (VAB), empregamos a
2a- Lei de Kirchhoff à malha formada por E, R1 e R2.
Uma outra maneira de calcular V2 ( que é igual à VAB) seria a aplicação da Lei de
Ohm. Sabemos que a corrente total passa por R1 e também passa pelas três resistências
restantes. Portanto, a corrente total passa pela equivalente das três resistências que se
encontram entre os pontos A e B. A lei de Ohm será então aplicada à resistência equivalente
RAB. Essa resistência é RAB = 150 Ω ( 120 Ω + 180 Ω em paralelo com 300 Ω ).
Assim VAB será:
VAB = I1 . RAB = 1 . 150 => VAB = V2 = 150V
Isso confirma o valor obtido pela Lei de Kirchhoff. Para calcular a corrente I2,
novamente aplicamos a lei de Ohm.
V2 150
I2 = ∴ I2 = ∴ I2 = 0,5A
R2 300
Também poderíamos ter encontrado essas correntes pela 1a- Lei de Kirchhoff aplicada
no nó A:
1º Identifique os nós com letras para que fique mais fácil a denominação de tensões (ex.:
VAB . VCD etc...)
2º Atente bem para o que o problema pede e quais são os dados.
3º Identifique no problema alguma parte onde possa ser aplicada a Lei de Ohm ou as Leis
de Kirchhoff.
4º Cuide ao aplicar a Lei de Ohm a uma parte do circuito. Lembre que a queda da tensão
no componente (por ex.: R5) é igual ao produto de seu valor Ôhmico (R5) pela corrente
que passa por ele (por ex.: I2). Nesse caso: V5 = R5. I2
5º Seja organizado!!!
9.6 Exercícios
E= 60V
R1 = 120 Ω
R2 = 30 Ω
R3 = 70 Ω
R4 = 40 Ω
E = 12V
R1 = 2,2K Ω
R2 = 1,2K Ω
R3 = 2,7K Ω
R4 = 1,0K Ω
R5 = 3,3K Ω
R6 = 2,7K Ω
R1 = 20 Ω
R2 = 180 Ω
R3 = 100 Ω
R4 = 20 Ω
R5 = 30 Ω
R1 = 10 Ω
R2 = 20 Ω
R3 = 40 Ω
R4 = 50 Ω
R5 = 30 Ω
10 POTÊNCIA ELÉTRICA
Podemos obter, a partir da Lei de Ohm, outras fórmulas para calcular a potência:
E
Substituindo I = na fórmula P = E. I, temos:
R
E E2
P = E. => P=
R R
P = R. I. I => P = R. I2
Essa última forma nos revela que a potência é diretamente proporcional à resistência e
ao quadrado da corrente, sendo comumente conhecida como Lei de Joule.
Exemplo
1- Calcular a potência desenvolvida por uma fonte que faz circular em uma resistência de
100 Ω uma corrente de 2A.
I = 2A
R = 100 Ω
P = I2. R ∴ P = 22. 100 ∴ P = 400W
2- Calcular a potência absorvida por um resistor de 1,2k Ω submetido a uma tensão de 10V.
R = 1,2 k Ω = 1200 Ω
E = 10 V
E2
P= ∴ P = 0,083W
R
10.1 Exercícios
1 HP = 746W
1 CV = 736W
Para calcular qualquer grandeza onde tenhamos envolvidos valores de potência dados
em HP e CV, devemos antes de qualquer coisa converte-los para WATT.
Por exemplo:
E = 127V
P = 5CV = 5 x 736 ∴ P = 3680W
P 3680
I = ∴I = ∴ I = 28,97
E 127
Em um circuito série, como já foi visto, a corrente é uma só. Se quisermos calcular as
potências parciais em cada resistência, podemos utilizar a fórmula:
P = R.I2
P1 = R1 . I2
P2 = R2 . I2
P3 = R3 . I2
P4 = R4 . I2
P1 = V1 . I = V12 /R1
P2 = V2. I = V22/R2
P3 = V3 . I = V32/R3
P4 = V4 . I =V42/R4
Pt = E.I
Pt = E2/Re
Pt = I2 . Re
Pt = I2 . (R1 + R2 + R3 + R4 ...) =
I 2 .R1 2 2
I 2 .R 4 ...
+ I .R 2 + I .R 3 +
P1 P2 P3 P4
Logo: Pt = P1 + P2 + P3 + P 4
Assim concluímos que a potência total num circuito série é igual à soma das potências
parciais.
Re = R1 + R2 + R3 = 20 + 50 + 30 Re = 100 Ω
E 40
I= = => I = 0,4A
Re 100
P1 = I2. R1 ∴ P1 = 0,42. 20 ∴ P1 = 3,2W
P2 = I2. R1 ∴ P2 = 0,42. 50 ∴ P2 = 8,0W
P3 = I2. R3 ∴ P3 = 0,42. 30 ∴ P3 = 4,8W
Pt = I2 . Re ∴ Pt = 0,42.100 ∴ Pt = 16W
Só para confirmar:
Pt = P1 + P2 + P3 Pt = 3,2 + 8,0 + 4,8 Pt = 16W
P1 = E2 / R1
P 2 = E2 / R 2
P 3 = E2 / R 3
E2
Pt = E. It Pt = Pt = I2t . Re
Re
Da Segunda fórmula, vamos concluir a respeito da relação entre potência parcial e
total do circuito paralelo.
E2 1 1 1 1
Pt = = E2. = E2.( + + )
Re Re R1 R2 R3
E2 E2 E2
Pt = + + ou Pt = P1 + P2 + P3
R1 R2 R3
P1 P2 P3
Portanto, no circuito paralelo também a soma das potências parciais é igual à potência
total do circuito.
20 Ω 60 Ω 100 Ω
120 V
E2 1202
P1 = = P1 = 720W
R1 20
E2 1202
P2 = = P2 = 240W
R2 60
E2 1202
P3 = = P3 = 144W
R3 20
1
Re = Re = 13,043 Ω
1 1 1
+ +
20 60 100
E2 1202
Pt = Pt = Pt = 1104 W
Re 13,043
Para o circuito misto, podemos empregar qualquer uma das fórmulas de potência,
desde que se torne o cuidado de observar a que corrente ou a que tensão se refere o
componente em questão. Vejamos o exemplo:
Calcular a potência parcial e total no circuito abaixo:
E
It = I1 = Re = 84 Ω
Re
180
It = I1 = = 2,14A
84
V2 = VAB = It . RAB V2 = 2,14.24 V2 = 51,4V
V
I2 = 2 I2 = 51,4 I2 = 1,286A
R2 40
VAB 51,4
I3 = I4 = I3 = I4 = I3 = I4 = 0,857A
R2 + R4 20 + 40
10.5 Exercícios
a)
b)
c)
d)
R1 = 100 Ω
R2 = 50 Ω
R3 = 70 Ω
R4 = 90 Ω
R5 = 120 Ω
e)
R1 = 20 Ω
R2 = 10 Ω
R3 = 50 Ω
R4 = 60 Ω
f)
R1 = 47 Ω
R2 = 33 Ω
R3 = 22 Ω
R4 = 68 Ω
R5 = 56 Ω
R6 = 82 Ω
Quando uma carga elétrica se desloca através de um condutor, ela o faz impelida por
uma força de origem elétrica. Portanto, um trabalho elétrico é realizado sobre essa carga para
deslocá-la de um ponto para outro do condutor. Esse trabalho é diretamente proporcional à
quantidade de cargas transportadas e à diferença de potencial entre os pontos inicial e final.
I = ∆Q ∴ ∆ Q = I. ∆ t
∆t
Onde:
VAB = ddp entre os pontos A e B (V)
I = intensidade de corrente (A)
∆t = intervalo de tempo (s)
τ = trabalho elétrico (J)
Ou ainda, sabemos que o produto de uma tensão por uma corrente nos dá como
resultado uma potência.
Assim:
VAB . I = P
Logo: τ = P. ∆ t
Onde:
P = potência em watts (W)
Observe que a unidade de trabalho poderia ser watt.segundo (W.s) obtida do produto
das unidades de potência e tempo.
Exemplo:
1- Calcular o trabalho elétrico realizado por uma fonte cuja fem é igual 30V, para fazer
circular uma corrente de 2,5A em um resistor durante 5 minutos.
Portanto, o referido receptor está sendo alimentado com uma tensão de 200V.
10.7 Exercícios
Vimos que a unidade do trabalho elétrico é o Joule, e que essa unidade poderia ser o
WATT.SEGUNDO obtida do produto das unidades de potência e tempo. O que ocorre é que o
ELE – ELETRICIDADE – I - 2014-1
COOPERATIVA ESCOLA DOS ALUNOS DO CEDUP 82
“DARIO GERALDO SALLES” – COOPERSALLES.
Joule ou o watt.segundo torna-se uma unidade muito pequena para a maioria das aplicações
práticas, porque o segundo é um lapso de tempo, muito pequeno para a percepção humana.
Sendo assim, utiliza-se à hora como unidade de tempo e a conseqüente unidade do trabalho
elétrico fica sendo o WATT.HORA (Wh) ou ainda o QUILO. WATT-HORA (kWh), que é
mil vezes maior.
1 kWh = 1000 Wh
1 Wh = 3600 J
Exemplo:
1- Calcular a energia elétrica consumida em 3 horas por um chuveiro de 2400W.
P = 2400W τ =P.t
∆ t = 3h τ = 2400 . 3
τ =? τ = 7,2 kWh
2- Calcular o trabalho elétrico realizado por um motor de 1HP ligado em 127V durante 20
minutos.
P = 1 HP = 746W τ = P . ∆t
t = 20min = 0,33h τ = 746 . 0,33
τ =? τ = 248,4 kWh
P = 3000W τ =P.t
t = 15min = 0,25h τ = 3000 . 0,25
τ =? τ = 750 Wh τ = 0,75 kWh
1 kWh – R$ 0,34
0,75 kWh – X X = R$ 0,34 . 0,75 = R$ 0,225
Portanto, um banho de 15 minutos custa R$ 0,23
10.9 Exercícios
a) Calcule o trabalho elétrico realizado por uma fonte de 10V que alimenta uma
resistência de 5 Ω durante 3 horas.
b) Calcular a energia elétrica utilizada por 2 lâmpadas de 40W ligadas durante 6 horas.
c) Calcular quanto custa mensalmente deixar acesa uma lâmpada de 150W, toda noite,
durante 7 horas? 1 kWh = R$ 0,34
d) Calcular o gasto mensal de uma residência, cujas cargas e tempos de utilização se
encontram na tabela abaixo, considerando o custo do kWh = R$ 0,34
TOTAL
REFERÊNCIAS
1. VALDENBURGH, Van. Eletricidade básica. 1ªedição. Ed.Ao Livro Técnico S/A, 1988.
Volume 3
2. MILEAF, Harry. Eletricidade. Ed. Martins Fontes, São Paulo. 1982, Volume I
3. MILEAF, Harry. Eletricidade. Ed. Martins Fontes, São Paulo. 1982. Volume II
4. MILEAF, Harry. Eletricidade. Ed. Martins Fontes, São Paulo. 1982, volume III
5. MILEAF, Harry. Eletricidade, Ed. Martins Fontes, São Paulo. 1982, Volume VI
6. MORETTO, Vasco Pedro. Física em módulos de ensino-Eletricidade. Ed. Ática, São
Paulo.
7. FOWLER, Richard J. Eletricidade Princípios e Aplicações. Ed. McGraw-Hill, São Paulo.
1992, Volume 1.
8. YAMAMOTO, Kazuhito. Os alicerces da física – Eletricidade. Ed. Saraiva, São Paulo.
1989, Volume 3
9. GUSSOW, Milton. Eletricidade Básica. Ed. MacGraw – Hill, São Paulo. 1985.
I2 = 2 A I5 = 2 A P3 = 11,89 W
I3 = 1 A V1 = 73,33 V P5 = 68,96 W
I4 = 5 A V2 = 300 V b) P1 =28,699 mW
V3 = 200 V P2 = 63,138 mW
Exercícios 9.2 V4 = 40 V P3 = 134,885 mW
a) V1 = 130 V V5 = 60 V P4 = 94,707 mW
V2 = 60 V E = 373,33 V PT = 321,429 mW
V3 = 60 V d) I1 = 5,6 A c) P1 = 125 W
V4 = 250 V I2 = 2,0 A P2 = 250 W
b) V1 = 30 V I3 = 1,0 A P3 = 20,83 W
V2 = 30 V I4 = 2,6 A PT = 395,83 W
V3 = 40 V I5 = 3,0 A d) P1 = 625,00 W
V4 = 30 V V1 = 56 V P2 = 1250,00 W
V2 = 40 V P3 = 170,89 W
Exercícios 9.4 V3 = 40 V P4 = 219,72 W
a) IT = 2,6 A V4 = 130 V P5 = 520,83 W
I1 = 0,5 A V5 = 90 V P6 = 286,44 W
I2 = 0,6 A E = 186 V e) P1 = 500 W
I3 = 0,6 A P2 = 71,82 W
I4 = 1,5 A Exercícios 10.1 P3 = 107,05 W
V1 = 60 V a) 1,15 A P4 = 89,21 W
V2 = 18 V b) 33,33 A P5 = 768,08 W
V3 = 42 V c) 220,9 Ώ f) P1 = 222,95 W
V4 = 60V d) 2,31 mA P2 = 65,79 W
b) IT = 6,90 mA e) 40,62 V P3 = 43,86 W
I1 = 3,50 mA f) 5,04 Ώ P4 = 36,90W
I2 = 3,50 mA g) 18,78 Ώ P5 = 11,64 W
I3 = 3,40 mA h) 97,92 W P6 = 7,93 W
I4 = 2,80 mA PT = 392,06 W
I5 = 0,58 mA Exercícios 10.3
I6 = 0,58 mA a) 61,14 cv Exercícios 10.7
V1 = 7,70 V b) 6,78 A a) 3.042 kJ
V2 = 4,20 V c) 30,41cv b) 1,369. 1020 elétrons
V3 = 9,18 V d) 0,499 HP c) 324 kJ
V4 = 2,82 V e) 9,86 HP
V5 = 1,90 V Exercícios 10.9
V6 = 1,56 V a) 60 Wh
c) I1 = 3,66 A b) 480 Wh
I2 = 1,66 A Exercícios 10.5 c) R$ 9,55
I3 = 2 A a) P1 = 47,56 W d) R$ 217,20
I4 = 2 A P2 = 9,51 W