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Luiz Henrique Miranda Souza

ID: 252439

BUTOH - PERFORMANCE

A dança butoh nasceu durante o período do pós-guerra, em 1959, a partir da


performance Kinjiki, interpretada por Yoshito Ohno, filho de Kazuo Ohno. Na
época, o butoh escandalizou o público, pois a peça apresentada fazia alusão à
zoofilia (sexo entre homem e animal).

Para muitos, entretanto, o butoh não é uma dança, mas uma encenação
teatral. Mas, ninguém nega o caráter provocativo, violento e misterioso dessa
forma de arte. Traduzindo-se o termo butoh, bu significa dança e toh quer
dizer passo. Literalmente, dança compassada. A princípio, a dança foi
chamada de Ankoku Butoh, expressão introduzida pelo dançarino Tatsumi
Hijikata , e depois abreviada para Butoh, como é conhecida até hoje.

O butoh mistura elementos do teatro tradicional japonês e da mímica. Com o


passar do tempo, ficou conhecido como Dança da Escuridão, mas a melhor
maneira de descrevê-la é dizer que o butoh quebra as regras
pré-estabelecidas da dança tradicional e que nele há uma grande
possibilidade para a improvisação. No butoh, os corpos são pintados de
branco, os movimentos são lentos e a postura é contorcida. O butoh mescla
imagens que vão da decadência, medo e desespero ao erotismo, êxtase e
tranquilidade.

A dança também possui influências da Europa já que nos anos 20 muitos


dançarinos japoneses viajaram para a Alemanha para pesquisar a dança
européia. Depois que retornaram para o Japão, eles fundaram escolas de balé,
em que Kazuo Ohno e Tatsumi Hijikata deram as primeiras lições.

Os fundadores do butoh encontraram-se pela primeira vez em 1954 e


trabalharam juntos durante vários anos, sendo que Tatsumi Hijikata dirigia a
interpretava as várias coreografias de Ohno. O estúdio de Hijikata passou,
então, a ser conhecido como o centro do movimento Butoh.
Assim, o butoh conecta a consciência com inconsciente. O movimento não é
ditado pelo que está fora, mas aparece na interação entre exterior e interior do
mundo. A essência do butoh baseia-se no mecanismo em que os dançarinos
deixam de ser eles mesmos e tornam-se outra pessoa ou coisa. Esta é uma
concepção diferente da dança convencional em que o corpo do dançarino
expressa uma emoção ou ideia abstrata. No butoh, começa-se pela imitação,
mas a imitação não é a meta final.

Nessa arte o importante não é a transformação em alguma coisa, mas a


transformação em si mesma, o fato de mudar-se. Somente assim pode-se
trazer o corpo de volta para seu estado original.

LINK:
https://www.youtube.com/watch?v=vlk_jKPsKQ8
https://www.youtube.com/watch?v=V-roXj8UBIA

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