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Performance

A arte da criação
E.E.B EmilIa Boss Laus Schmidt
Série:9º ano V Data:25/11/21
Prof:Janete Lopes
Alunos:Kauan Cella e Ryan

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A definição de performance
Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da
música. Nesse sentido, a performance liga-se ao happening (os dois termos
aparecem em diversas ocasiões como sinônimos), sendo que neste o
espectador participa da cena proposta pelo artista, enquanto na
performance, de modo geral, não há participação do público.
Características da arte
performática
● Linguagem híbrida: mistura elementos do teatro, artes visuais, instalação, música, entre outros;
● Não tem lugar "apropriado" para acontecer: pode ocorrer tanto em museus, galerias e instituições, quanto
em ambiente urbano e/ou público;
● Registros da ação podem ocorrer por meio de fotografias e vídeos, mas o caráter da obra é efêmero,
passageiro;
● Corpo como instrumento de ação artística.
Quadro Nº 16 de Jackson Pollock
Firework Performance, Pintura por Sahani Madihage
PERFORMANCE NA ARTE: ORIGEM
As origens da performance na arte remetem ao início do século XX, no período da Primeira Guerra Mundial, quando
aconteceu a publicação do Manifesto Dadaísta. Refletindo a instabilidade provocada no período da guerra, o movimento
surgiu como uma espécie de provocação relacionada às artes plásticas, à música, à literatura e ao teatro.

Assim, os representantes do Manifesto Dadaísta rejeitavam o conservadorismo da arte, valorizando o absurdo, a


irracionalidade e a intuição. Logo, se expressavam de forma propositadamente incompreensível e, muitas vezes, por meio
de exposições e performances teatrais, que chocavam os mais conservadores.

No entanto, a performance na arte ganhou força e ficou mais conhecida durante as décadas de 1960 e 1970. Provocativa e
pouco óbvia, essa corrente foi influenciada por alguns movimentos, como:

Arte conceitual;
Minimalismo

Pop Art .
Um dos pioneiros nesse tipo de arte foi Allan Kaprow, um artista americano que, no fim da década de 1950,
promoveu a participação do público nas performances, por meio de instalações artísticas.

No mesmo período, florescia o grupo Fluxus, formado por artistas europeus, americanos e japoneses. Contando
com um forte cunho libertário, esse movimento propagava a antiarte e rejeitava o objeto artístico, negando
também o aspecto comercial da arte.

Dessa forma, tanto o grupo Fluxus como Allan Kaprow foram determinantes para o desenvolvimento da arte
contemporânea de performance
PERFORMANCE NA ARTE: SURGIMENTO NO BRASIL

Flávio de Carvalho é o artista brasileiro considerado o precursor da performance artística no país.


Afinal, muito antes dessa modalidade ganhar fama, ele já experimentava esse tipo de arte em 1931.

Fez isso ao realizar um experimento social e psicológico, caminhando em uma procissão religiosa
que contava com uma multidão de fiéis. Questionando a sociedade católica de São Paulo, o artista
quase foi linchado em praça pública.
Biografia de Marina Abramović
Marina Abramović é considerada uma das principais artistas performáticas contemporâneas. Seus trabalhos questionam as identidades de
gênero e procuram testar as fronteiras do corpo e a relação entre o corpo e a mente.
Marina costuma se identificar como “avó da arte performática”, a crítica, no entanto, muitas vezes se refere a ela com a expressão “a grande dama
da arte performática”.
Marina Abramović nasceu em Belgrado, na Iugoslávia (atual Sérvia) no dia 30 de novembro de 1946.
Origem
Os pais de Marina Abramović, Vojo Abramović e Danica Rosi, eram comunistas e combateram na Segunda Guerra Mundial lutando contra o
nazismo.
Marina tem um irmão, Velimir, os dois foram criados pelos pais em Belgrado de maneira bastante rigorosa.
Início da carreira
Em 1965, Marina Abramović foi estudar pintura na Academia de Belas Artes de Belgrado. Lá se especializou em performance, a arte de usar o
próprio corpo para transmitir a mensagem que deseja.
Em 1972, concluiu uma pós-graduação na Academia de Belas Artes de Zagreb (Croácia).
Performances mais importantes
Para Marina, o corpo é visto como espaço de exploração artística, ainda que a prática escolhida comprometa a sua própria saúde.
Em Rhythm 10 (performance realizada em 1973), a artista usou uma faca para brincar no espaço entre os dedos. Por vezes a faca atingia os dedos
que sangravam e ficaram machucados ao final do experimento.
Em Rhythm 0, executada no ano a seguir, Marina ficou completamente inerte em uma sala durante seis horas e colocou 72 objetos variados
(inclusive um revolver carregado) para que a audiência usasse qualquer um deles em seu próprio corpo como bem entendesse.
Performances mais importantes
Para Marina, o corpo é visto como espaço de exploração artística, ainda que a prática escolhida comprometa a sua própria saúde.
Em Rhythm 10 (performance realizada em 1973), a artista usou uma faca para brincar no espaço entre os dedos. Por vezes a faca atingia os dedos
que sangravam e ficaram machucados ao final do experimento.
Em Rhythm 0, executada no ano a seguir, Marina ficou completamente inerte em uma sala durante seis horas e colocou 72 objetos variados
(inclusive um revolver carregado) para que a audiência usasse qualquer um deles em seu próprio corpo como bem entendesse.
Prêmio Bienal de Veneza
Marina Abramović recebeu em 1997 o Leão de Ouro de Melhor Artista na Bienal de Veneza com a performance Balkan Baroque.
Resumo da carreira
Em 2010, o MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova Iorque) realizou uma reunião dos trabalhos mais importantes da artista.
Na ocasião, foram realizadas várias reperformances com artistas convidados além de atuações com a própria Marina.
A exposição The Artist Is Present fez tanto sucesso que aglomerou multidões na porta do museu. O MoMA bateu na ocasião o recorde de 850 mil
visitantes.
A mostra virou um documentário homônimo da HBO lançado em 2012. O filme encontra-se disponível online na íntegra:
Livro
A artista performática lançou em outubro de 2016 um livro de memórias chamado Walk Through Walls.
YOKO ONO
Ono (1933) é uma artista plástica vanguardista, cantora e cineasta japonesa, radicada nos Estados Unidos. Tornou-se mundialmente conhecida
após se casar com o cantor e compositor John Lennon, integrante dos Beatles.
Yoko Ono nasceu em Tóquio, Japão, no dia 18 de fevereiro de 1933. Filha de Yeisuke One, descendente de um imperador do Japão do século IX,
pianista e executivo de um banco, e de Isoko Ono, que era neta do fundador do Banco Yasuda. Transferido para os Estados Unidos não viu sua filha
nascer.
Dois anos depois, Yoko e a mãe se mudaram para os Estados Unidos, mas dois anos depois estavam de volta para o Japão. Nessa época, Yoko
ingressou na Gakushuin, uma tradicional escola de Tóquio, onde conheceu Akihito, futuro imperador do Japão.
Durante os bombardeios de 1945 na Segunda Guerra Mundial, Yoko e sua família permaneceram em Tóquio e em seguida se refugiaram nas
montanhas em Karuizawa. Com o fim da guerra, Yoko retornou à escola. Em 1951 ingressou na Universidade Gakushuin onde iniciou o curso de
filosofia, porém deixou a faculdade depois de seis meses.
Em 1952, Yoko Ono se mudou com seus pais para Nova Iorque. Ingressou na Sarah Lawrence College. Nessa época passou a frequentar aulas de
música.
A carreira artística de Yoko Ono teve início na década de 50, quando junto com John Cage e o coreógrafo Mercy Cunningham fundaram o grupo
Fluxos, que atraiu artistas de várias tendências de vanguarda. Na década de 60, produziu vários filmes experimentais, entre eles, Bottoms‌
(1967) e Rape (1969).
Casamentos
O primeiro casamento de Toko Ono foi com o pianista Toshi Ichyanagi com quem se mudou para Manhattan. Em 1962, depois de se separar de
Toshi, ela retornou ao Japão. Nessa época, conhece o músico Anthony Cox e do relacionamento ficou grávida. De volta aos Estados Unidos
eles se casam, mas o casamento foi anulado, pois Yoko não havia oficializado seu divórcio com Toshi.
Voltam a se casar em 6 de junho de 1963 e em 8 de agosto nasce sua filha Kyoko Chan Cox. O casamento logo se desfez e o casal passou a lutar
na justiça pela guarda da filha, que em 1971 passa a viver na clandestinidade, levada pelo pai. Yoko só voltou a ter contato com a filha, em 1994.
Yoko Ono e John Lennon
Em 1966 Yoko Ono conheceu John Lennon durante uma exposição em Londres. Na época, John era casado com Cynthia Powell. John e Yoko
iniciaram uma amizade e começaram a realizar diversos eventos artísticos juntos. No dia 20 de março de 1969, se casam em Gibraltar, algumas
semanas antes da oficialização do divorcio de John e Cynthia.
Yoko e Lennon passaram a apoiar e incentivar os protestos públicos contra a Guerra do Vietnã. Nesse mesmo ano, fizeram uma campanha em favor
da paz, quando eles permaneceram um mês na cama, evento intitulado “Bed-in”.
Yoko Ono colaborou com alguns álbuns dos Beatles, assim como integrou o vocal de apoio. No fim da década de 60, John Lennon
resolveu se desligar do grupo e em 1970 o conjunto se desfez. Yoko Ono passou a ser acusada do fim da banda que fazia sucesso em
todo o mundo.
Com o fim dos Beatles, em 1970, Yoko e Lennon causaram polêmica com o lançamento do álbum “Two Virgins”, no qual aparecem nus
na capa. Ainda em 1970, Yoko e Lennon formaram o grupo Plastic One Band, que tocou com outros artistas e lançou alguns discos,
entre eles, "Live Peace in Toronto", "John Lennon / Plastic Ono Band" e "Flay", voltado para o rock psicodélico.
Em 1973, Yoko e Lenon se separam e passam a atuar individualmente, mas em 1975 eles se reconciliam e no dia 9 de outubro nasce
Sean Lennon, que veio a se tornar cantor, compositor e guitarrista. Yoko e Lennon se afastam da mídia e se dedicar mais a vida
doméstica, mas no dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon é assassinado na entrada do prédio onde morava em Nova Iorque.
Após a morte de Lennon, Yoko se isolou por um longo período, até voltar a lançar novos discos. Em 1984 lançou um álbum em
memória de John Lennon “Every Man Has A Woman”, com canções de Yoko Ono.
Na década de 90, lançou seis CDs reunindo todas as suas obras. Em 2001, realizou uma exposição retrospectiva dos 40 anos com
“Yes Yoko Ono”. Em fevereiro de 2007, lançou o disco “Yes, I’m a Witch”. Hoje vive em Nova Iorque.
AAA-AAA (1978) - Marina Abramovic

Marina Abramovic é um dos nomes de maior destaque na arte da performance. Sua

trajetória se iniciou nos anos 70 e ela realizou diversas ações com o também performer
Ulay, que foi seu companheiro por 12 anos.

Em uma dessas obras, intitulada AAA-AAA e realizada em 1978, o casal de posicionou de


frente um para o outro, enquanto soltava gritos diante de uma plateia.

Marina Abramovic e Ulay em performance AAA AAA, gritando um de frente para o outro

A intenção era “mostrar quem fala mais alto”, representando simbolicamente o que
ocorre em muitas relações, sobretudo relações amorosas.

Essa é uma obra na qual vida e encenação se misturam, aqui temos um exemplo de
como a performance é uma linguagem híbrida, os seja, que mescla elementos teatrais
e outras vertentes da arte.
4’33 (1952) - Jonh Cage

4’33 é uma performance idealizada em 1952 pelo maestro norte-americano John


Cage.

Nessa obra, o músico David Tudor se coloca a frente de um piano para uma grande
plateia e permanece em silêncio por quatro minutos e trinta e três segundos, sem
tocar absolutamente nada.O trabalho traz diversas reflexões, como a expectativa
criada e o desconforto. Além disso, toca em assuntos pertencentes ao próprio meio
musical, como o silêncio, os pequenos ruídos e questionamentos sobre o conceito de
música.

Assim, podemos observar aqui mais um exemplo de como as fronteiras da


performance são diluídas, trazendo gêneros diversos da arte.

Na ocasião em que foi executada, a ação levantou debate, com parte do público
reconhecendo seu valor e, parte, rejeitando-a totalmente.
Cut piece (1965) - Yoko Ono
Yoko Ono é uma artista importante na cena da performance. A japonesa fez parte do Grupo
Fluxus, que reunia artistas de várias partes do mundo nos anos 60 para repensar os rumos da
arte.
Uma de suas performances de destaque é Cut Piece, na qual permanecia sentada na frente de
uma plateia., tendo ao seu lado uma tesoura, que as pessoas usavam para cortar partes de suas
vestes aos poucos.
Por ter o contato e intervenção direta dos espectadores, Cut Piece é considerada um happenig,
vertente da performance na qual o público é agente da ação, sendo essencial para que a
obra aconteça.
Aqui, a artista se coloca à disposição das pessoas de forma passiva, trazendo questões como a
vulnerabilidade, o pudor e o corpo feminino.

https://youtu.be/7Y0zPVqQ-O0
Obrigado!

CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo,


including icons by Flaticon, infographics & images by Freepik

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