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1.

 Revisões_lógica
O Que é um ARGUMENTO?

Conjunto de proposições
devidamente articuladas

Conclusão
Premissa(s)
(tese)

A(s) premissa(s) procura(m) defender,


sustentar ou justificar a conclusão.
Como identificar um argumento?

Uma vez que é uma atividade física, o Proposição 1 – O desporto é atividade física.
desporto é saudável. Como se sabe, a Proposição 2 – O desporto é saudável.
atividade física é saudável. Proposição 3 – A atividade física é saudável.

Indicadores de premissa Toda a atividade física é saudável.


Todo o desporto é atividade física.
Logo, todo o desporto é saudável.

Indicador de conclusão
PROPOSIÇÕES FRASES

Nem todas as frases expressam proposições.

Só as frases declarativas.

Afirmam, negam, atribuem, declaram ou


constatam alguma coisa.

Podem ser consideradas verdadeiras ou falsas.


Estrutura lógica
Numa proposição categórica, afirmamos ou
negamos alguma coisa – o termo predicado – de
uma outra coisa – o termo sujeito.

Todos os artistas são sábios.

SUJEITO CÓPULA PREDICADO

Ser relativamente Característica ou


Elemento que faz a
ao qual se afirma qualidade que se
ligação do sujeito
ou nega o afirma ou nega do
com o predicado.
predicado. sujeito.

SéP
Tipos de proposições Forma lógica

Tipo A Universal afirmativa Todo o S é P.

Tipo E Universal negativa Nenhum S é P.

Tipo I Particular afirmativa Algum S é P.

Tipo O Particular negativa Algum S não é P.


QUADRADO DE OPOSIÇÃO

Exemplo: Todos os Exemplo: Nenhum papel


papéis são brancos. é branco.

A CONTRÁRIAS
E
SUBALTERNAS CONTRADITÓRIAS SUBALTERNAS

I SUBCONTRÁRIAS
O
Exemplo: Alguns papéis Exemplo: Alguns papéis
são brancos. não são brancos.
PROPOSIÇÕES

VERDADE FALSIDADE

Aplicam-se à matéria ou conteúdo das proposições.


Se estiverem de acordo com a realidade, são verdadeiras;
se não estiverem, são falsas.

Qualidades próprias dos argumentos resultantes do facto de as


premissas apoiarem ou não a conclusão.

VALIDADE INVALIDADE

ARGUMENTOS

A validade traduz uma certa relação entre os valores de


verdade das premissas e o valor de verdade da conclusão.
Pode haver argumentos dedutivos válidos com premissas e conclusão falsas.

Todos os portugueses são pintores.


Bertrand Russell é português.
Logo, Bertrand Russell é pintor.

Pode haver argumentos dedutivos inválidos com premissas e conclusão verdadeiras.

Todos os naturais de Lisboa são portugueses.


Fernando Pessoa é português.
Logo, Fernando Pessoa é natural de Lisboa.
Lógica Proposicional
Proposições

Simples Complexas

O seu valor de verdade


O seu valor de verdade
depende do valor de
depende do facto de elas
verdade das proposições
estarem ou não de acordo
simples e dos operadores
com a realidade.
utilizados.

Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro.

verdadeira falsa falsa

Gertrudes é arquiteta ou Paulo é engenheiro.

verdadeira
Formas proposicionais e operadores verofuncionais
Proposições
Disjunção
simples
Negação Conjunção Condicional Bicondicional
inclusiva exclusiva

P Q ¬P ¬Q P∧Q P∨Q P∨Q P→Q P↔Q


V V F F V V F V V
V F F V F V V F F
F V V F F V V V F
F F V V F F F V V
Modus ponens Modus tollens
A→B A→B
A ¬B
∴B ∴¬ A
Silogismo disjuntivo Silogismo hipotético
A∨B A∨B A→B
¬A ¬B B→C
∴B ∴A ∴A → C
FORMAS DE
INFERÊNCIA
Contraposição Leis de De Morgan
VÁLIDA
A→B ¬B→¬A ¬ (A ∧ B) ¬A∨¬B
∴¬ B → ¬ A ∴A→B
∧ ∴¬ A ∨ ¬ B ∴ ¬ (A ∧ B))

OU A→B≡¬B→¬A OU ¬ (A ∧ B) ≡ ¬ A ∨ ¬ B

Nota: o símbolo ≡ significa, no presente ¬ (A ∨ B) ¬A∧¬B


∨ ∴¬ A ∧ ¬ B ∴ ¬ (A ∨ B)
contexto, que tanto se pode inferir validamente
num como noutro sentido.
OU ¬ (A ∨ B) ≡ ¬ A ∧ ¬ B
Afirmação do consequente Negação do antecedente
FORMAS A→B A→B
FALACIOSAS B ¬A
∴A ∴¬B
Silogismo disjuntivo

A premissa maior é uma proposição


disjuntiva (exclusiva ou inclusiva).

A premissa menor afirma ou nega uma


das alternativas.
A conclusão, afirma ou nega a outra
alternativa, em função do que se passar
na premissa menor.

Exemplo
Premissa maior Ou sou inocente ou sou culpado.
Premissa menor Sou inocente.
Conclusão Logo, não sou culpado.
Silogismo condicional

Silogismo cuja premissa maior é uma


proposição condicional

Antecedente Consequente

Exemplo
Premissa maior Se há vida após a morte, então a existência tem sentido.
Premissa menor Há vida após a morte.
Conclusão Logo, a existência tem sentido.
Silogismo condicional

Modos válidos

Modo afirmativo Modo negativo

Modus ponens Modus tollens

Há uma relação necessária entre as


premissas e a conclusão.
Falácias

Falácia da afirmação do consequente: Falácia da negação do antecedente:


afirma o consequente na premissa nega-se o antecedente na premissa
menor e o antecedente na conclusão. menor e o consequente na conclusão
(uso incorreto do Modus Ponens) (uso incorreto do Modus Tollens)
.

Forma lógica Forma lógica

Se P, então Q. Se P, então Q.
Q. Não P.
Logo, P. Logo, não Q.
O método das tabelas de verdade

Expressão canónica Interpretação Formalização

Não é verdade que se está P: Está sol.


¬ (P → Q))
sol então está bom tempo. Q: Está bom tempo.

1. P Q ¬ (P → Q) 2. P Q ¬ (P → Q)
Desenhar a tabela, Colocar na tabela
colocando aí as os valores de V V
verdade das
letras
proposições
V F
proposicionais e a
proposição simples, esgotando F V
complexa. as possibilidades.
F F

3. P Q ¬ (P → Q) 4. P Q ¬ (P → Q)
Calcular os valores
de verdade das V V V Calcular os valores V V F V
proposições, de verdade da
excetuando os V F F proposição relativa
V F V F
daquela que é F V V ao operador F V F V
relativa ao principal.
operador principal. F F V F F F V
Para duas variáveis, são necessárias quatro filas; para
três, oito; para quatro, dezasseis, etc.

P Q R [R ∨ (P ∧ Q)] ↔ (R ∨ Q)
Determinamos primeiro os valores
V V V V V V V de verdade da conjunção «P ∧ Q» e
V V F V V V V da disjunção «R ∨ Q» (a ordem neste
V F V V F V V caso é irrelevante). De seguida,
V F F F F V F determinamos os valores da
F V V V F V V disjunção «R ∨ (P ∧ Q)». Por fim,
determinamos os valores da
F V F F F F V
bicondicional a partir dos valores
F F V V F V V obtidos para as duas disjunções.
F F F F F V F
Tautologias ou
verdades lógicas

Fórmulas proposicionais que são sempre verdadeiras, qualquer que seja o


valor de verdade das proposições simples que as constituem.

Exemplo Forma lógica

Se acendo e apago a luz,


(P ∧ Q) → P
então acendo a luz.

P Q (P ∧ Q) → P
V V V V
V F F V
F V F V
F F F V
Contradições ou
falsidades lógicas

Fórmulas proposicionais que são sempre falsas, independentemente do


valor de verdade das proposições simples que as compõem.

Exemplo Forma lógica

Não penso ou não sonho se,


(¬ P ∨ ¬ Q) ↔ (P ∧ Q)
e só se, penso e sonho.

P Q (¬ P ∨ ¬ Q) ↔ (P ∧ Q)
V V F F F F V
V F F V V F F
F V V V F F F
F F V V V F F
Contingências ou proposições indeterminadas

Fórmulas proposicionais que tanto podem ser verdadeiras como falsas,


consoante os valores lógicos das proposições simples que as compõem.
Exemplo Forma lógica

Se passeio ou corro, então


(P ∨ Q) → R
mantenho a saúde.

P Q R (P ∨ Q) → R

V V V V V
V V F V F
V F V V V
V F F V F
F V V V V
F V F V F
F F V F V
F F F F V
Inspetores de circunstâncias

Num inspetor de Argumento Interpretação Formalização


circunstâncias, um
argumento válido Se sou português,
será aquele no qual então sou conhecedor
P: Sou português. P→Q
não existe nenhuma de Camões.
Q: Sou conhecedor de P
linha que torne todas Sou português.
Camões. ∴Q
as premissas Logo, sou conhecedor
verdadeiras e a de Camões.
conclusão falsa.
Nota: Em vez do símbolo ∴, também poderemos usar o símbolo ,
que se designa por «martelo semântico». Ambos se leem «Logo»,
um indicador de conclusão.

Premissa 1 Premissa 2 Conclusão

P Q P → Q, P Q A primeira linha exprime a única


circunstância em que ambas as
V V V V V premissas são verdadeiras. Ora,
dado que tal circunstância
V F F V F também torna a conclusão
F V V F V verdadeira, o argumento é
F F V F F considerado válido.
Argumento Interpretação Formalização

Se corro, então sinto-


P→Q
me bem. P: Corro.
Q
Sinto-me bem. Q: Sinto-me bem.
∴P
Logo, corro.

Premissa 1 Premissa 2 Conclusão


A primeira e a terceira linhas
P Q P → Q, Q P exprimem as únicas
circunstâncias em que ambas
as premissas são verdadeiras.
V V V V V Contudo, se na primeira linha a
V F F F V circunstância torna a conclusão
F V V V F verdadeira, já na terceira linha a
circunstância em causa torna a
F F V F F conclusão falsa. O argumento é,
por isso, inválido.

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