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CONSTRUÇÃO CIVIL II

SERVIÇOS
PRELIMINARES

Construção Civil I
Prof. José Nelson

SERVIÇOS PRELIMINARES

A obra de construção de edifícios tem


seu início propriamente dito, com a
implantação do canteiro de obras.

Esta implantação requer:

projeto específico, elaborado a partir das


necessidades da obra e das condições do
local.

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SERVIÇOS PRELIMINARES

Porém, antes do início da implantação


do canteiro, algumas atividades
prévias, comumente necessárias,
podem estar a cargo do engenheiro de
obras.

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SERVIÇOS PRELIMINARES
Tais atividades são usualmente
denominadas "Serviços Preliminares" e
envolvem, entre outras atividades:

A disponibilidade de instalações provisórias;


As demolições, quando existem construções
remanescentes onde será construído o edifício;
A retirada de resíduos da demolição
O movimento de terra para a obtenção do nível
desejado do terreno. 4

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SERVIÇOS PRELIMINARES
EXEMPLO 1: FLUXOGRAMA DAS ATIVIDADES
CONSIDERADAS PRELIMINARES

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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

Para o início e desenvolvimento das


atividades de obra é necessário:
instalações elétricas de força e de luz
instalações hidro-sanitárias
sem as quais, o trabalho a ser iniciado
fica bastante prejudicado.

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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E
LUZ
Energia elétrica – Fonte de energia mais
comum e mais viável
Potencia dos equipamentos – Identificada
ainda durante o planejamento do canteiro
Somatório das
potência dos Potência
equipamentos requisitada a
x concessionária
Fator de demanda
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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E


LUZ
Potência e sistema de alimentação dos
equipamentos mais comuns em obras de
edifícios:

Em função do tipo de empreendimento, pode-se ter a


necessidade de equipamentos de maior porte, como, por
exemplo, as gruas.
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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E
LUZ
Conhecidas as necessidades de energia, deve-
se verificar como obtê-la, sendo possível
ocorrer três situações:

1ª) não existe rede no local;


2ª) existe rede monofásica;
3ª) existe rede trifásica.
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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E


LUZ
1ª) não existe rede no local

Problema;
Realizar pedido junto a concessionária;
Verificação da viabilidade de extensão da rede;
Procedimento demora em média 2 meses;
Demora pode comprometer o início da obra;
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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E
LUZ
Solução temporária e extrema:

Optar por energia gerada a diesel;


Solução mais cara que a energia elétrica.

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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E


LUZ
2ª) existe rede monofásica:

Problemas também existirão;


A maioria dos equipamentos pressupõem
alimentação trifásica;
Porem problemas menores, pode-se solicitar
equipamentos com alimentação monofásica;
Alimentação mais cara que trifásico.
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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E
LUZ
3ª) existe rede trifásica.

Nem sempre estamos livres do problema;


Mesmo trifásica a rede pode não atender a
demanda;
Verificar a possibilidade de aumento na
capacidade da rede;
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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E


LUZ

Cuidado especial deve ser dado à montagem


do quadro provisório de distribuição de
energia

Uma instalação mal realizada pode ser fonte


de muitos riscos aos operários.
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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E
LUZ
Exemplo de como deve ser realizada uma
instalação provisória de um quadro de energia.

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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E


LUZ

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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E
LUZ

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INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS DE FORÇA E


LUZ

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INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS
Relativas ás instalações de água fria e esgoto.

Água:
necessária para a higiene pessoal dos
operários;
matéria prima para alguns materiais como
concretos e argamassas.
é necessário que se tenha quantidade e
qualidade necessária. 19

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INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

Recomenda-se o uso da rede publica


Inexistência de rede publica: verificar
possibilidade de expansão
Impossibilidade de expansão: Utilizar-se de
poços artesianos ou aquisição de água (carro-
pipa)
Analisar formas de estocagem da água
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INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

Formas de estocagem de água na obra:

Tambores;
Caixas d’água provisórias;
Poço do elevador (não muito comum)

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INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

REDE DE ESGOTO:
Sua inexistência no inicio da obra não traz
problema, esgoto gerado é de pequena
quantidade;

Porém, quando o edifício estiver pronto e não


existindo rede de coleta:
Necessário construção de fossa sépticas e
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sumidouros.
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INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

Solução de racionalização do uso da água em


obra, com a captação e reuso da água de chuva.

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VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE


VIZINHANÇA
“Registro das condições das edificações vizinhas”

Antigamente relegada a segundo plano;


Atualmente ganhando grande importância;
Permite maior segurança a empresa

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VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE
VIZINHANÇA
Permite que a empresa não tenha surpresas
desagradáveis durante a execução da obra com:

Ocorrência de patologias diversas;


Desabamentos inesperados;
Reclamações infundadas de vizinhos.

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VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE


VIZINHANÇA
O registro deve ser feito em relatório técnico
específico contendo:

croqui com indicação das ocorrências;


Relatórios das observações realizadas com fotos
(fotos devidamente datadas);
O relatório realizado deverá ser registrado em
Cartório;
Existem empresas especializadas na realização deste
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tipo de serviço.
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VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE
VIZINHANÇA

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DEMOLIÇÃO

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DEMOLIÇÃO

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO
Quando da existência de edifícios no local da obra:

Possibilidade de aproveitamento de parte ou


todas as edificações existentes como instalações
provisórias;
Neste caso, cabe um estudo de implantação do
canteiro deixando a demolição desses elementos
para o final.
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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Nem sempre é economicamente viável a


utilização dessas construções;

muitas vezes é necessária sua completa


remoção;

caracterizando uma etapa de SERVIÇOS DE


DEMOLIÇÃO. 31

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

A demolição é um serviço perigoso na obra

Trabalha-se com edifícios bastante


deteriorados;
É grande o risco de desmoronamento.
neste serviço "as coisas caem, desabam".

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Assim, a segurança dos operários e dos


transeuntes passa a ser um cuidado
fundamental.

recomenda-se que a demolição ocorra, sempre


que possível, na ordem inversa à da construção

respeitando-se as características do edifício a se


demolir. 33

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

a responsabilidade pela segurança é sempre


da construtora (empreendedor).

daí a necessidade de um constante controle


sobre o andamento dos serviços.

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Cuidados indispensáveis para o bom


andamento dos trabalhos de demolição.

1. toda a equipe deve trabalhar em um único


pavimento;
2. garantir a iluminação adequada de todo o local de
trabalho;
3. usar roupas adequadas (que não enrosquem) para
a realização do trabalho;
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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

4. evitar acúmulo de carga (sobrecargas) em pontos


localizados,

5. principalmente em lajes de forros e telhados;

6. escorregar em vez de arremessar materiais e peças


demolidas;

7. não demolir a peça em que está trabalhando; 36

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

4. usar equipamentos de segurança, tais como botas,


luvas e máscara;

5. os locais de trabalho devem ser periodicamente


aspergidos com água para reduzir a quantidade de
poeira.

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Além dos cuidados pessoais anteriormente


colocados, existem outros;

os que antecedem o trabalho de demolição.

Estes devem ser observados pela


supervisão e equipe de trabalho.
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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Cuidados que antecedem o serviço de


demolição:
1. verificar as reais condições do imóvel a ser
demolido;
2. verificar a existência de depósitos de material
inflamável;
3. verificar as condições dos imóveis vizinhos,
qualidade, níveis de localização e as
interferências com a demolição;
4. desativar instalações existentes;
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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

5. proteger qualquer superfície de construção


vizinha que fique exposta pelos trabalhos de
demolição;

6. adotar dutos de descarga para o material


originado na demolição, evitando seu
espalhamento pelos pavimentos;

7. instalação de um local adequado para depósito


de resíduo até a sua completa retirada da obra;
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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO
8. prever a retirada de resíduo de demolição
empregando-se equipamentos adequados,

9. evitar espalhar lixo pela vizinhança.

10. prever a proteção dos transeuntes, seja através


de tapumes, plataformas ou de galerias de
proteção.

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Além dos cuidados anteriores, a NBR 5682/77


apresenta recomendações práticas para
demolição de vários tipos e elementos de
estruturas.

Um dos exemplos é a sequência de operações


a ser seguida para se demolir vigas de
concreto armado por métodos manuais.

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO
Sequência de operações:

1. certifique-se de que todas as sobrecargas foram


removidas;
2. ate um cabo a uma das extremidades da viga (A);

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO
Sequência de operações:

3. corte o concreto expondo as armações nas


extremidades (A e B);
4. corte a armação em sequência nas posições 1, 2 e 3
respectivamente;

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO
Sequência de operações:

5. desça a viga lentamente ao chão (extremidade A);


6. ate o cabo à extremidade B, corte a armação na
posição 4 e abaixe a extremidade B lentamente até o
solo.

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO
Sequência de operações - Pilar:

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Proteção dos transeuntes


o tipo a ser definido é função da altura do
edifício e do seu recuo do passeio

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Devem ser verificadas as seguintes condições


do edifício:

•mais de quatro pavimentos, prever plataformas de


proteção;

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Plataforma de proteção

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Devem ser verificadas as seguintes


condições do edifício:

• recuo do passeio "d">3m, utilizar tapume


com altura superior a 2,5m;

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Devem ser verificadas as seguintes


condições do edifício:

• recuo do passeio "d"<3m, e altura "h">6m ou


2 pavimentos, utilizar galeria no passeio.

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

Galerias

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SERVIÇO DE DEMOLIÇÃO

O resíduo gerado quando não for possível sua


utilização dentro do próprio terreno (execução
de um aterro), deverá ser retirado.

Resolução CONAMA 307 de 05 de julho de


2002 (em vigor desde 02 de janeiro de 2003).
• estabelece, critérios e procedimentos para a
gestão dos resíduos da construção civil.

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SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA

O acerto da topografia do terreno, de


acordo com o projeto de implantação
e o projeto executivo, pode ser
entendido como um conjunto de
operações de escavação, aterros,
carga, transporte, descarga,
compactação e acabamentos
executados a fim de passar de um
terreno natural para uma nova
conformação (Cardão, 1969). 55

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SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA

As etapas que influenciam no projeto de movimento


de terra são:
Sondagem do terreno;
Seqüência da execução do edifício;
Níveis das construções vizinhas;
Localização do canteiro de obras.

Podemos executar, conforme o levantamento


altimétrico, cortes, aterros, ou cortes + aterros:

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Cortes:

No caso de cortes, deverá ser adotado um volume


de solo correspondente à área de projeção do corte
multiplicada pela altura média, acrescentando-se
um percentual de empolamento (Figura 5.2.1).
O empolamento é o aumento de volume de um
material, quando removido de seu estado natural
e é expresso como uma porcentagem do volume
no corte. Por exemplo, o empolamento de um solo
superficial é de 43% (Tabela 5.2.1), significa que
um metro cúbico de material no corte (estado
natural) encherá um espaço de 1,43 metros
cúbicos no estado solto. 57

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Cortes:

Tabela 5.2.1 - Relação de Empolamentos (Manual Caterpillar, 1977)

Materiais %
Argila natural 22
Argila escavada, seca 23
Argila escavada, úmida 25
Argila e cascalho seco 41
Argila e cascalho úmido 11
Rocha decomposta
75% rocha e 25% terra 43
50% rocha e 50% terra 33
25% rocha e 75% terra 25
Terra natural seca 25
Terra natural úmida 27
Areia solta, seca 12
Areia úmida 12
Areia molhada 12
Solo superficial 43

OBS.: Quando não se conhece o tipo de solo, podemos considerar o empolamento


entre 30 a 40%
58

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Cálculo empolamento

Figura 1

Vc = Ab x hm e Vs = Vc+ empolamento
Sendo Ab = área de projeção do corte
hm= altura média
Vc =volume no corte = volume natural 59
Vs =volume solto
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Cortes:

O corte é facilitado quando não se


tem construções vizinhas, podendo
fazê-lo maior. Mas quando efetuado
nas proximidades de edificações ou
vias públicas, devemos empregar
métodos que evitem ocorrências,
como: ruptura do terreno,
descompressão do terreno de
fundação ou do terreno pela água. 60

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Cortes:

No corte os materiais são classificados em:


- materiais de 1ªcategoria: são materiais que
podem ser extraídos com equipamentos
convencionais de terraplenagem, incluindo
eventual escarificação. Compreendem as terra
em geral, argila, rochas em decomposição e seixos
com diâmetro máximo de 15cm.
- materiais de 2ª categoria: rocha com resistência
à penetração mecânica inferior ao do granito.
- Materiais de 3ª categoria: rochas com
resistência à penetração mecânica igual ou
61
superior ao granito.
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Aterros e reaterros: :

No caso de aterros, deverá ser


adotado um volume de solo
correspondente à área de projeção
do aterro multiplicada pela altura
média, acrescentando de 25% a 30%
devido a aproximação dos grãos,
reduzindo o volume de vazios,
quando compactado (Figura 5.2.2)
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Aterros e reaterros: :

Va = Ab.hm + 25% a 30%


Sendo Ab = área de projeção do aterro
hm= altura média 63

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Aterros e reaterros: :
Para os aterros as superfícies deverão
ser previamente limpas, sem vegetação
nem entulhos. O material escolhido para
os aterros e reaterros devem ser de
preferência solos arenosos, sem detritos,
pedras ou entulhos. Devem ser
realizadas camadas sucessivas de no
máximo 30 cm, devidamente molhadas e
compactadas manual ou mecanicamente.
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Aterros e reaterros: :

Quando o nível de compactação for baixo, isto


é, não é fundamental para o desempenho
estrutural do edifício, é possível utilizar
pequenos equipamentos, como os
compactadores mecânicos (sapos), os soquetes
manuais, ou os próprios equipamentos de
escavação. Quando o nível de exigência é maior
devem se procurar equipamentos específicos de
compactação, tais como compactadores lisos e
rolos pé de carneiro (Barros, 2006).
65

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Sistemas de contratação dos serviços


de movimento de terra
Podemos contratar os serviços de
movimento de terra através do aluguel
de equipamentos, por empreitada
global ou empreitada por viagem.
a) Aluguel de equipamentos: Neste
caso deve ser pago a máquina de
escavação por hora e os caminhões para
a retirada do solo. É indicado para
obras com grandes movimentos de
terra. 66

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Sistemas de contratação dos serviços
de movimento de terra

b) Empreitada global: A empresa contratada realiza


e é remunerada por todos os serviços (escavação e
retirada de material). Para esse tipo de contratação é
necessário calcular o volume de solo tanto para corte
como para o aterro.
c) Empreitada por viagem: Neste tipo de
contratação a remuneração pelo serviço é efetuada por
caminhão (volume retirado ou colocado). O aluguel da
máquina está incluso no preço da viagem, e deve-se
registrar o número de viagens. Este sistema é indicado
para obras com pequeno movimento de terra.
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Noções de segurança para


movimentação de terra:

1 - Depositar os materiais de
escavação a uma distância superior à
metade da profundidade do corte.
2 - Os taludes instáveis com mais de
1,30m de profundidade devem ser
estabilizados com escoramentos.
3 - Estudo da fundação das
edificações vizinhas e escoramentos
dos taludes. 68

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34
Noções de segurança para
movimentação de terra:

4 - Sinalizar os locais de trabalho com


placas indicativas.
5 - Somente deve ser permitido o acesso
à obra de terraplenagem de pessoas
autorizadas.
6 - A pressão das construções vizinhas
deve ser contida por meio de
escoramento.
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A Importância do Movimento de Terra


nas Obras de Edifícios
A importância desta atividade no contexto da
execução de edifícios convencionais decorre
principalmente do volume de recursos humanos,
tecnológicos e econômicos que envolvem.
A título de ilustração, tomem-se as seguintes
situações:
a) necessidade de terraplenagem em um terreno
de dimensões 20x50m, com apenas 1% de
declividade;
b) o mesmo terreno descrito em "a", com a
necessidade de escavação de dois subsolos, com
70
800m² de área cada um.
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35
Exemplos da influência do fator de
empolamento

Tabela 5.1 - Exemplos da influência do fator de empolamento


Tipo de Estado do Fator de
solo solo Empolamento
areia
natural 1,00 1,11 0,95
solta 0,90 1,00 0,86
compactada 1,05 1,17 1,00
argila
natural 1,00 1,43 0,90
solta 0,70 1,00 0,63
compactada 1,11 1,59 1,00
Estado do Natural solta compactada
solo

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Respostas:
• Serão movimentados 250m³ de solo
compactado, os quais, considerando-se um
fator de empolamento de 1,59 (argila
compactada para solta), serão transformados
em aproximadamente 400m³, o que exigirá
cerca de 70 caminhões (com capacidade de
6,0m³) para a sua completa remoção, pelo
menos dois dias de trabalho contínuo.

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36
Respostas:

• No segundo caso, a situação é mais crítica, pois se


considerado um pé-direito de 3,0m para cada
subsolo, deverá ser feita uma escavação de
aproximadamente 4800m³, os quais,
considerando-se as mesmas características do
solo anterior, resultarão num movimento de terra
da ordem de 7600m3 de solo, o que exigirá a
retirada de 1300 caminhões (de 6,0m³) a ser
realizada em pelo menos 25 dias úteis de
trabalho, ou seja, desconsiderando-se os dias de
chuva e aqueles necessários aos serviços de
execução das contenções e drenagem. 73

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EXERCÍCIOS:

1 – A necessidade de
terraplenagem em um terreno
30x90m em argila e cascalho
seco, com apenas 1% de
declividade no sentido
transversal. Qual o volume de
corte?
74

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EXERCÍCIOS:

2 – O terreno de dimensões
25x40m, com apenas 1,5% de
declividade no sentido
longitudinal em areia, com a
necessidade de escavação de
um subsolo, com 900m² de
área. Qual o volume de corte?
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EXERCÍCIOS:

3 – Um terreno com declividade


acentuada, com possibilidade de
compensação entre corte e aterro, h =
1,50 m e área de projeção de 800 m2 de
corte e H = 3,7 m, sendo área de
projeção do aterro 1200 m2 e desnível
de 2,00m. Quais os volumes de cortes e
de aterros? Será necessário carga de
transporte? 76

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CANTEIRO DE OBRAS:

77

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O que é a NR18?
NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho
na Indústria da Construção:
Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de
planejamento de organização, que objetivem a
implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na
indústria da construção civil.

Atividade: Fazer um resumo geral da NR18 com no


78
mínimo duas páginas.
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CANTEIRO
DE OBRAS:
• Sistema complexo, com
muitos riscos associados

• Análise prévia e criteriosa


de sua implantação

• Qualidade
• Produtividade
• Segurança

Cartão de visita
da obra!!!
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CANTEIRO DE OBRAS:
DEFINIÇÃO:

ÁREAS DESTINADAS Á EXECUÇÃO E


APOIO DOS TRABALHOS DA INDÚSTRIA
DA CONSTRUÇÃO, DIVIDINDO-SE EM
ÁREAS OPERACIONAIS E ÁREAS DE
VIVÊNCIA.

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41
CANTEIRO DE OBRAS:
ÁS AREAS OPERACIONAIS DEVEM DISPOR DE:

Escritório;

Portaria;

Almoxarifado.

Etc;
83

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ALMOXARIFADO: CONTROLE E ORGANIZAÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR.


84

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42
85

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86

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43
CANTEIRO DE OBRAS:
ÁREAS DE VIVÊNCIA DEVEM DISPOR DE:
Instalações sanitárias;

Vestiário;

Alojamento;

Refeitório;

Cozinha (quando necessário);

Lavanderia (quando necessário);

Área de lazer (convívio);

Ambulatório;

Disposições finais. 87

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BANHEIRO (CONTÊINER). 88

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44
BANHEIRO (CONTÊINER). 89

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VESTIÁRIO 90

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45
ALOJAMENTO 91

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COZINHA 92

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46
COZINHA 93

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LAVANDERIA 94

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47
LAZER
95

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LAZER 96

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48
CENTRAL PRÉ-MONTAGEM DE INSTALAÇÕES
97

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98

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CANTEIRO DE OBRAS:
PLANEJAMENTO DO CANTEIRO:

Água à disposição
Preparação da execução
Espaços adequados e seguros
Transporte interno
Instalações elétricas
Tapumes

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CANTEIRO DE OBRAS:
CENTRAL DE FÔRMAS:
Local coberto

Área da ordem de 20m²

CENTRAL DE PRÉ MONTAGEM DE INSTALAÇÕES:

Local coberto

Área da ordem de 20m²

100

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50
CENTRAL DE FÔRMAS
101

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CENTRAL DE FÔRMAS
102

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51
TRANSPORTE DE MATERIAIS 103

Construção Civil I
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PREPARAÇÃO DA EXECUÇÃO (ARMADURAS) 104

Construção Civil I
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52
MATERIAIS PROTEGIDOS
105

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BAIAS ESPECÍFICAS (MATERIAIS PROTEGIDOS)


106

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53
BAIAS ESPECIFICAS (MATERIAIS PROTEGIDOS)
107

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CANTEIRO DE OBRAS:
PADRÃO DE ORGANIÇÃO PARA CANTEIRO DE OBRAS

108

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54
1 Almoxarifado e
ferramentaria
2 Pátio do almoxarifado
e caminhão comboio
3 Área para estoque de
material bruto
4 Central de armação
5 Central de fôrmas
6 Áreas para estoque de
material beneficiado
7 Laboratório de
concreto e solo
8 Portaria
9 Sanitário e vestiário
10 Refeitório
11 Escritório da
fiscalização
12 Apontadoria
13 Ambulatório médico e
segurança no trabalho
14 Escritório técnico e
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Canteiro administrativo RJ (NABACK, 2008) administrativo
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CANTEIRO DE OBRAS:
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Visam identificar os locais que compõem o canteiro de


obras:

acessos, circulação de equipamentos e maquinas;

locais de armazenamento e alerta quanto á


obrigatoriedade de EPI’s;

riscos de queda, áreas isoladas;

manuseio de maquinas e equipamentos.

110

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55
CANTEIRO DE OBRAS:

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS


Devem existir equipamentos de combate a incêndio
e equipes treinadas para o primeiro combate ao
fogo.

111

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS

112

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56
BETONEIRA:

113

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
BETONEIRA:

114

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57
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:

115

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:

TEMPO DA MISTURA

EM GERAL O TEMPO É DE 2 MINUTOS APÓS O


LANÇAMENTO DE TODOS OS MATERIAIS.

ATENÇÃO:

Pouco tempo → mistura imperfeita

Muito tempo → anti-econômico

116

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58
SERRA CIRCULAR DE MESA:
CONCEITO

Instrumento cortante que tem como peça


principal uma lamina de disco dentado de aço.

Componentes:
Ferramenta de corte;
Mesa;
Eixo apoiado sobre mancais;
Motor e guarda de proteção para partes moveis;
Cutelo divisor e coifa protetora com parafuso
regulador. 117

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SERRA CIRCULAR DE MESA:

118

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SERRA CIRCULAR DE MESA:

119

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SERRA CIRCULAR PORTÁTIL:

120

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60
SERRA CIRCULAR PORTÁTIL:

121

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
CORTE DE FERRAGEM:

O SISTEMA DE CORTE DEVE CONSIDERAR OS


MATERIAIS A TRABALHAR E O VOLUME DE
SERVIÇO, CONSIDERANDO O CUSTO DOS
EQUIPAMENTOS

122

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61
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:

CORTE DE FERRAGEM:

As bancadas de corte apresentam-se em sua


maioria, 14m de comprimento x 0,80m de largura
e 1,05m de altura.

12
3

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:

CORTE DE FERRAGEM:

A bancada deve ser posicionada próximo a baia


de estocagem.

Equipamentos mais comuns:


Serra manual;
Guilhotina;
Serra elétrica policorte ( permite cortar varias barras
ao mesmo tempo);
124

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62
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
CORTE DE FERRAGEM:

Serra policorte. Guilhotina. Serra manual.

125

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
CORTE DE FERRAGEM:

126

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63
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
DOBRA DE FERRAGEM:
PARA EVITAR OCORRÊNCIA DE
FISSURAÇÃO NA PARTE TRACIONADA DA
BARRA É NECESSÁRIO RESPEITAR AS
CARACTERÍSTICAS DO AÇO EMPREGADO.
DEFININDO COM BASE NA NBR 6118, O
DIÂMETRO DO PINO PRINCIPAL DE
DOBRAMENTO, VARIA EM FUNÇÃO DO
DIÂMETRO E DA CLASSE DO AÇO.
127

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
DOBRA DE FERRAGEM:

128

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64
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
DOBRA DE FERRAGEM:

129

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
DOBRA DE FERRAGEM: 1 - Bancadas

2 - Pinos de dobramento

3 - Pinos de apoio

4 – Chaves

5 - Corte
O IDEAL SERIA INICIAR O
DOBRAMENTO NO PERÍODO DA
TARDE, EVITANDO AS BAIXAS
TEMPERATURAS.

OU EFETUAR AS DOBRAS
VAGAROSAMENTE.
130

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65
ELEVADORES DE OBRA:

131

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ELEVADORES DE OBRA:

132

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66
ELEVADORES DE OBRA:

133

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ELEVADORES DE OBRA:

134

Construção Civil I
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67
ELEVADORES DE OBRA:

135

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ELEVADORES DE OBRA:

136

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68
GRUA:

137

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GRUA:

138

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69
GRUA:

139

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
OUTROS

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
OUTROS

141

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
OUTROS

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS:
OUTROS

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