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Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 07/08/2018

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1

Introdução
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 O que é vibração?
 Qualquer movimento oscilatório (geralmente que se
repete) ao longo de um intervalo de tempo.
 por exemplo, o balançar de um pêndulo ou uma corda de
violão quando tocada.
 Vibração também pode ser definida como:
 A variação no tempo da magnitude∆ de uma
quantidade que descreve o movimento ou posição de
um sistema mecânico (Griffin, 1996)
CAP. 1 ∆ Magnitude: Medida de grandeza, tamanho ou importância.

2oSem2018 Introdução Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 2oSem2018

Partes elementares de sistemas vibratórios Partes elementares (equacionamento)


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 Para se descrever matematicamente a dinâmica de uma


estrutura
 São necessárias pelo menos 2 (geralmente 3) partes
elementares.
 É preciso se ter pelo menos:
 Meio de armazenar energia potencial:
 Mola (ou elasticidade): k
Mínimo 2 partes
 Meio de armazenar energia cinética:
 Massa (ou inércia): m
 Meio pelo qual a energia é dissipada gradualmente:
 Amortecedor: c 3a parte Algumas vezes pode ser desprezada

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Exemplos no Corpo Humano Exemplos na Engenharia


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 Vibração está presente em grande parte das  A vibração também está presente em alguns sistemas de
atividades humanas. engenharia:
 tanto no projeto,
 Dentre algumas destas atividades podemos citar:  quanto na utilização.
 Audição:  Podemos citar:
 Só se ouve porque o tímpano vibra.  Correias vibratórias;
 Fala:  Compactadores;
 Só se fala porque as pregas vocais vibram.  Máquinas de Lavar;
 Respiração:  Motores de dentista;
 Só se respira porque o pulmão vibra.  Relógios analógicos;
 Máquinas eletrônicas de massagem;
 Coração:
 Peneiras vibratórias,
 Só se vive porque o coração vibra.
 Etc.
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Vibrações Estruturais Exemplos de Vibrações


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Positiva Negativa 8

Falha por fatiga em barras de


Falha Falha de turbinas,
Martelo Pneumático
Induzida aviões, palhetas
pontes, parafusos soltos

Ferramentas de Máquinas,
Máquina de Lavar,
Ativador Mal funcio-
Helicopteros, Máquinas de
Separadores cionamento
Controle
Vibrações
Estruturais
Intensifi- Veícular, Isolamento
cador Descon-
Predial
Máquina de Corte forto

Aparelhos som,
InstrumentosSom
Musicais, Máquinas em Geral,
Autofalantes, Microfones. Ruído
navios

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Porque se mede vibrações?


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 Existem vários motivos para se medir ou determinar


vibrações estruturais, como por exemplo: 10 Conceitos Básicos
 Verificar se as frequências e amplitudes não excedem os
limites do material;
 Para evitar excitação na frequência de ressonância de
alguma parte da máquina ou equipamento;
 Para ser capaz de se amortecer ou isolar as fontes de
vibração;
 Para se fazer a manutenção preditiva de máquinas;
 Para se construir ou verificar modelos computacionais da
estrutura (análise do sistema).

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Graus-de-liberdade (GDL) Sistemas Discretos e Contínuos


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 Definição:  A distinção entre um tipo de sistema e outro:


 Número mínimo de coordenadas independentes  É feita em função do número de GDL necessários para
necessárias para se descrever completamente todas as
partes de um sistema, a qualquer instante de tempo. sua descrição.
 É o primeiro conceito necessário para a obtenção das  Sistemas discretos:
características vibratórias de um sistema.
 são aqueles descritos utilizando-se um número finito de
 As coordenadas necessárias para descrever o
movimento de um sistema: GDL
 são também conhecidas como coordenadas generalizadas;  ex: sistemas massa-mola-amortecedor;
 podem ser representadas por coordenadas cartesianas ou  Sistemas contínuos (ou distribuídos):
não.
 A escolha de um conjunto de coordenadas generalizadas,
 são aqueles que possuem infinitos GDLs
portanto, não é único.  ex: vigas, placas, chapas, cordas, etc.
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Consideração
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 Estruturas/máquinas têm componentes deformáveis


(elásticos):
14 Movimento Harmônico
 Portanto, possuem infinitos GDL. Movimento Harmônico Simples
 Desta forma, deveriam ser considerados sistemas
x
contínuos.
Função Transiente
 Entretanto, em alguns casos, os sistemas contínuos:
 são analisados como sistemas discretos fazendo-se
considerações de modo a se simplificar a análise.

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Movimento Harmônico Simples Equacionamento MHS


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 Utilizando-se a função seno, tem-se que o deslocamento, velocidade


 Movimento oscilatório que se repete em intervalos
e aceleração serão:
iguais de tempo (τ)
x = X sen(ωt )
 Forma mais simples de movimento oscilatório.
dx  π
 Conhecido pela sigla MHS v = x& = = ωX cos(ωt ) = ωXsen ωt + 
dt  2
 Pode ser expresso utilizando-se funções: d 2x
a = &x& = = −ω 2 Xsen(ωt ) = ω 2 Xsen(ωt + π )
 seno dt 2
 cosseno ou  Portanto:
 a velocidade e a aceleração são também harmônicas,
 e (cos+i.sen).
 com a mesma frequência de oscilação,

 porém à frente do deslocamento de π /2 e π radianos,

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respectivamente.
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Representação do Mov. Harmônico Visualização do MHS


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 Pode ser representado como:


 A projeção numa linha reta,
 de um ponto que se move numa circunferência

 a velocidade constante (frequência angular ω)

K
P X sen( ωt)
X

X
θ = ωt
O M
ωt

2π ou τ
Fonte: Universidade do Alvarge
Profa. Ana Maria Rodrigues
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w3.ualg.pt/~aodrig/Documentos/FísicaI_11_12/13_Oscilação.ppt

Análise Harmônica Função transiente no tempo


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 O matemático francês J. Fourier (1768-1830) mostrou que:  A função transiente:


 qualquer movimento periódico pode ser representado por uma série de  É uma função que existe apenas num espaço limitado de tempo.
senos e cossenos
 Que são harmonicamente relacionados,  É nula em qualquer outro tempo.
 Isto é feito através de série de Fourier.  Tais funções não são periódicas.
 Os coeficientes da série de Fourier:  Não sendo periódicas:
 definem completamente a contribuição da onda periódica.  não é aplicável o método da série de Fourier.
 O resultado da representação gráfica destes coeficientes em  Entretanto:
função da frequência:
 podem ser analisadas no que elas contêm de frequência pelo
 forma o que se chama de Espectro de Fourier do perfil da onda.
método das Transformadas de Fourier.
 Transformada Rápida de Fourier (FFT):
 Diferença entre funções periódicas e transientes
 Forma mais rápida e eficiente de se fazer a análise harmônica de um
sinal.  Funções periódicas → Espectro de frequência discreto;
 Para isto, utiliza-se computadores digitais.  Funções transientes → Espectro de frequência contínuo.

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Amplitude (X)
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 Valor que um vetor possui quando medido a partir do ponto de


21 Definições e Terminologia equilíbrio (i.e. origem).
 Geralmente, considerada como o ponto de máximo do vetor.
 Em vibrações, o conceito de amplitude pode ser relacionado:
 tanto a resposta
 quanto à excitação de um corpo vibrante.
 A resposta pode ser dada em termos de:
 deslocamento, velocidade ou aceleração
 Neste caso, amplitude será o valor de resposta do corpo vibrante a partir
da sua posição de equilíbrio.
 A excitação pode ser:
 uma força (ou momento) aplicada.
 Neste caso, a amplitude será o valor da força (momento) aplicada ao
sistema a partir do zero.

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Ciclo, Período e Frequência Frequência (angular e linear)


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 Ciclo:
 Pode ser definido como sendo uma revolução (i.e. deslocamento angular
 Existem duas formas de representar frequência (ω ou f):
de 2π radianos).  ω é conhecida como frequência circular,
 Representa o movimento de um corpo vibrante a partir da sua posição  medida em radianos por segundo [rad/s].
de equilíbrio, para um lado extremo, de volta a sua posição de  para distinguir da frequência linear f.
equilíbrio, então para o outro lado extremo.
 medida em ciclos por segundo [Hz],
 Período de oscilação (τ):
 Tempo necessário para a oscilação completar um ciclo (i.e. se repetir);  Observações:
 Frequência de oscilação (f ou ω):  Quando se calcula frequência:
 Número de ciclos por unidade de tempo.  calcula-se em radianos por segundo (portanto, ω).
 Portanto:  Entretanto, quando se mede ou se expressa o valor de
 a frequência de oscilação é inversamente proporcional ao período de frequência:
oscilação.  normalmente esta está em Hz (portanto, f).
 A frequência de oscilação denota a velocidade angular do movimento 1 ω
cíclico. f = =
τ 2π
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Ângulo de Fase e Freq. Natural Batimento


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 Ângulo de fase (φ):  Fenômeno existente quando dois movimentos


 o ângulo definido entre dois pontos de máximo de dois harmônicos que possuam frequências próximas um do
vetores. outro são adicionados.
 Entretanto, qualquer outro ponto correspondente pode ser  Portanto:
usado para se achar o ângulo de fase.  quando a frequência de excitação é próxima, mas não
 Frequência natural (ωn) exatamente a frequência natural do sistema, ocorre o fenômeno
de batimento.
 frequência na qual um sistema oscila após um distúrbio  Neste tipo de vibração, a amplitude aumenta e diminui de uma
inicial, quando deixado oscilando sem a ação de forças forma regular.
externas.  Este tipo de fenômeno pode ser visto:
 É uma propriedade inerente ao sistema e depende das suas  por exemplo, em máquinas e estruturas quando a frequência de
características físicas (i.e., massa e rigidez); excitação é próxima a frequência natural do sistema.

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Representação do Batimento Oitava


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 Somando dois sinais de frequências próximas:  Oitava:


x1 (t ) = X sen(ωt ) x 2 (t ) = X sen(ωt + δωt )
 Geralmente mais utilizada em acústica, porém,
x (t ) = x1 (t ) + x 2 (t ) = X [sen (ωt ) + sen (ωt + δωt )] algumas vezes em vibrações.
Frequência de
ω b = δω Batimento  quando o valor máximo de um intervalo de frequência
  δωt   δωt 
x(t ) = 2 X sen ωt +  + cos 
  2   2  é duas vezes seu valor mínimo (i.e., uma razão de 2:1)
2.π
2π Período de
ω
τb =
δω Batimento
estes valores diferem de uma oitava.
τ b τ b
2 2
τ b 2 .X  O intervalo de frequência neste caso é conhecido como

2 .X .cos
δ .ω .t banda de oitava.
2
x(t) [mm]

δ .ω .t
2 .X 2 .X .sen ω .t
2
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t [s]

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Decibel (dB) Escala Linear x Logarítimica


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 Escala usada para representar diversas quantidades  Muitas vezes não nos damos conta de que a escala
encontradas no campo de vibrações e acústica, tais como:
logarítmica está sendo utilizada.
 deslocamento, velocidade, aceleração,
 pressão e potência.
 Utilizada para comprimir a diferença entre valores
máximos e mínimos.
 Na realidade, é um tipo de escala logarítmica.
 Originalmente definido como razão entre potências
elétricas.
 Uma vez que esta é proporcional ao quadrado da voltagem,
pode também ser representado utilizando-se esta, i.e.:
2
 P  X  X
dB = 10 log  = 10 log  = 20 log 
 P0   X0   X0 
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Escala logarítmica para frequência Escala Logarítmica para Amplitude


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 As principais vantagens para o uso de escala logarítmica


para representação de amplitudes são:
 Mudanças por fatores constantes são igualmente mostradas;
 Maneira otimizada se mostrar um intervalo dinâmico grande.

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Níveis de Vibração Reais (linear x dB)


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34 Classificação de Vibrações
Cada par de definições a seguir é excludente entre si.
Entretanto, não exclui o par seguinte.
Portanto, quando se classifica vibração de forma
completa, deve-se considerar cada par de definição.
Deve-se prestar atenção se está se referindo a esta
classificação:
 do ponto de vista do movimento vibratório
 ou do ponto de vista de análise do problema.

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Livre x Forçada Livre x Forçada


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 A principal diferença entre vibração livre e forçada é a presença  Vibração forçada:


de força externa.  quando o sistema é colocado em vibração através de força(s)
 Vibração livre: externa(s),
 quando o sistema é colocado em vibração após um distúrbio inicial,  normalmente, do tipo repetitiva.
 e não existem forças externas agindo sobre ele após este distúrbio  Isto porque se a força não for repetitiva,
 Ou seja, o sistema oscila sob a ação de forças inerentes ao próprio sistema.  a vibração resultante será livre, apesar da análise a ser feita ser
 A análise de vibração livre é feita: análise de vibração forçada.
 em forma matemática considerando-se um termo nulo no lado direito da  É importante para uma análise de vibração forçada:
equação de movimento do sistema,
 que a(s) força(s) aplicada(s) possa(m) ser quantificada(s).
 uma vez que não é possível se representar (quantificar) matematicamente o
termo forçante.  Neste caso:
 o lado direito da equação de movimento do sistema possui um termo
 É nesta condição que se determina a frequência natural do sistema. diferente de zero,
 referente à descrição matemática do termo forçante.
 É nesta condição que ocorre ressonância.

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Amortecida x não amortecida Linear x não linear


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 A principal diferença entre vibração amortecida e não  A principal diferença entre vibração linear e não linear e a presença de
amortecida é a presença de dissipação de energia: termos que não respeitam o princípio da superposição.
 Geralmente a não linearidade ocorre pelo amortecimento e/ou elasticidade.
 Vibração não-amortecida:  Vibração Linear:
 Quando a energia não é perdida ou dissipada através de  Quando todos os componentes se comportarem de forma linear, o sistema é
fricção ou outra resistência durante a oscilação. considerado como em regime de vibração linear.
 Vibração amortecida:  Neste caso, vale o princípio da superposição.
 as técnicas matemáticas de análise são mais desenvolvidas.
 quando, ao contrário, a energia é perdida através de fricção ou
outra resistência.  Vibração não linear:
 Quando algum dos componentes se comporta de forma não linear ;
 Na maioria das aplicações de engenharia:  não vale o princípio da superposição.
 o valor do amortecimento é tão pequeno  As equações diferenciais que governam o comportamento vibratório de
 que pode ser desprezado. um sistema
 Entretanto,  linear e não-linear são lineares e não-lineares , respectivamente.
 este valor se torna significativo quando a análise é feita próxima a  Todos os sistemas tendem a agir de forma não-linear com o aumento da amplitude de
ressonância. oscilação.
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Determinístico x Aleatório Tipos de Sinais


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 A principal diferença entre vibração determinística e aleatória é o Sinais não estacionários


fato da excitação ser conhecida ou não a qualquer instante de  O sinal contínuo não estacionário tem
tempo. algumas similaridades com:
 Vibração determinística:  Tanto o sinal transiente;
 Quando o valor ou magnitude da excitação (força ou movimento) é Sinais Estacionários  Quanto sinais estacionários.
conhecido a qualquer instante de tempo.  Sinais determinísticos estacionários:  Durante a análise, os sinais contínuos
não estacionários:
 a excitação é determinística  são formados inteiramente de componentes
 Devem ser tratados como sinais
senoidais em frequências discretas;
 e a vibração é conhecida como determinística. randômicos;
 Sinais randômicos:  Ou separados em transientes individuais
 Vibração aleatória:  são caracterisados por serem sinais onde o e tratados como transientes.
valor instantâneo não pode ser predito,
 Quando o valor da excitação em um determinado intervalo de tempo  Sinais transientes são definidos como:
porém, o valor pode ser caracterizado por
não pode ser predito, 
um certa função densidade de  Sinais que começam e terminam em
 a excitação é não-determinística (ou aleatória) probabilidade. um nível constante, geralmente zero,
 Por exemplo, pode ser medido sua média dentro do tempo de análise.
 e a vibração é conhecida como aleatória.
 Sinais randômicos tem um espectro em
 Neste caso, um grande número de dados precisa ser colhido frequência que é contínuo.
 o tratamento é feito de forma estatística.

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Ressonância
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 Só está presente em vibração forçada.


41 Ressonância  Ocorre quando:
 a frequência da força de excitação coincide com uma
das frequências naturais do sistema.
ω = ωn
 Neste caso, ocorrem grandes amplitudes:
 o que pode ocasionar problemas de falhas em
estruturas.
grandes amplitudes → grandes tensões.
grandes tensões → grandes deformações.
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Exemplo: Tacoma Bridge Tacoma Bridge


43 44

 As explicações mais usuais para o colapso da ponte são:


 Ressonância;
 Vortex Sheeding
→  Porém, o que aconteceu na realidade foi um fenômeno conhecido como:
 Flutter Aeroelástico.
 Uma explicação clara pode ser vista em
 http://www.youtube.com/watch?v=6ai2QFxStxo
A ponte foi projetada para :


 Porém, não está errado se dizer que foi devido aos 2 primeiros fenômenos
 O movimento ondulatório longitudinal;
 Veja comentário de Jakub Skowron
 Não movimento torcional.  “And how the flutter is generated? by the so called 'tacoma swirly things' (vortices). Their
 Desta forma, devido a um efeito comming-off rate depends on speed of the wind, so it could happen only if wind was
constant for many hours.
conhecido como Vortex: So constant wind caused vortices to form, vortices caused a resonance with natural frequency
 A ponte entrou em ressonância no of the bridge deck. I am not sure however where the vortices were formed. At some edges
movimento torcional for sure, but either deck, pillars or suspension lines.”
 e veio ao colapso.  Outros vídeos:
 http://www.youtube.com/watch?v=3mclp9QmCGs

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