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Um CLP é o controlador indicado para lidar com sistemas caracterizados por eventos

discretos (SEDs), ou seja, com processos em que as variáveis assumem valores zero ou
um (ou variáveis ditas digitais, ou seja, que só assumem valores dentro de um conjunto
finito). Podem ainda lidar com variáveis analógicas definidas por intervalos de valores
de corrente ou tensão elétrica. As entradas e/ou saídas digitais são os elementos
discretos, as entradas e/ou saídas analógicas são os elementos variáveis entre valores
conhecidos de tensão ou corrente.

História
Os Controladores Lógicos Programáveis (CLP’s) foram desenvolvidos na década de 60,
nos Estados Unidos, com a finalidade de substituir painéis de relés[1] que eram muito
utilizados nas indústrias automobilísticas para executar controles baseados em lógicas
combinacional e sequencial. Por serem eletromecânicos, os relés que eram utilizados
nos dispositivos de controle apresentavam diversas desvantagens como problemas nos
contatos, desgastes devido ao contato repetitivo, dificuldade na modificação da lógica
de controle e necessidade de manutenções periódicas.

Podemos didaticamente dividir os CLP's historicamente de acordo com o sistema de


programação por ele utilizado:

 1ª Geração: Os CLP's de primeira geração se caracterizam pela programação


intimamente ligada ao hardwaredo equipamento. A linguagem utilizada era o
Assemblyque variava de acordo com o processador utilizado no projeto do CLP,
ou seja, para poder programar era necessário conhecer a eletrônica do projeto do
CLP. Assim a tarefa de programação era desenvolvida por uma equipe técnica
altamente qualificada, gravando-se o programa em memória EPROM, sendo
realizada normalmente no laboratório junto com a construção do CLP.

 2ª Geração: Aparecem as primeiras “Linguagens de Programação” não tão


dependentes do hardware do equipamento, possíveis pela inclusão de um
“Programa Monitor “ no CLP, o qual converte (no jargão técnico, “compila”), as
instruções do programa, verifica o estado das entradas, compara com as
instruções do programa do usuário e altera o estados das saídas. Os Terminais de
Programação (ou maletas, como eram conhecidas) eram na verdade
Programadores de Memória EPROM. As memórias depois de programadas eram
colocadas no CLP para que o programa do usuário fosse executado.

 3ª Geração: Os CLP's passam a ter uma Entrada de Programação, onde um


Teclado ou Programador Portátil é conectado, podendo alterar, apagar, gravar o
programa do usuário, além de realizar testes no equipamento e no programa. A
estrutura física também sofre alterações sendo a tendência para os Sistemas
Modulares com Bastidores ou Racks.

 4ª Geração: Com a popularização e a diminuição dos preços dos


microcomputadores (normalmente clones do IBM PC), os CLP's passaram a
incluir uma entrada para a comunicação serial. Com o auxílio dos
microcomputadores a tarefa de programação passou a ser realizada nestes. As

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vantagens eram a utilização de várias representações das linguagens,
possibilidade de simulações e testes, treinamento e ajuda por parte do software
de programação, possibilidade de armazenamento de vários programas no micro,
etc.

 5ª Geração: Atualmente existe uma preocupação em padronizar protocolos de


comunicação para os CLP's, de modo a proporcionar que o equipamento de um
fabricante “converse” com o equipamento outro fabricante, não só CLP's, como
Controladores de Processos, Sistemas Supervisórios, Redes Internas de
Comunicação e etc., proporcionando uma integração a fim de facilitar a
automação, gerenciamento e desenvolvimento de plantas industriais mais
flexíveis e normalizadas, fruto da chamada Globalização. Existem Fundações
Mundiais para o estabelecimento de normas e protocolos de comunicação. A
grande dificuldade tem sido uma padronização por parte dos fabricantes.

Com o avanço da tecnologia e consolidação da aplicação dos CLPs no controle de


sistemas automatizados, é frequente o desenvolvimento de novos recursos dos
mesmos.Com os CLP's temos um aumento na praticidade de processos industriais, não
mais necessitando de relés eletromagnéticos, com isso aumentando a velocidade e
produtividade de processos industriais.

Funcionamento
Existem dois tipos de PLC:

 A primeira é a interior (indoor), onde a transmissão é conduzida usando a rede


eléctrica interna de um apartamento ou de um prédio;
 A segunda é o exterior (outdoor), onde a transmissão é conduzida usando a rede
pública exterior de energia eléctrica.

O princípio básico de funcionamento das redes PLC é que, como a frequência dos sinais
de conexão é na casa dos MHz (1 a 30 MHz), e a energia eléctrica é da ordem dos Hz
(50 a 60 Hz), os dois sinais podem conviver harmoniosamente, no mesmo meio. Com
isso, mesmo se a energia elétrica não estiver passando no fio naquele momento, o sinal
da Internet não será interrompido.

A tecnologia, também possibilita a conexão de aparelhos de som e vários outros


eletroeletrônicos em rede. A Internet sob PLC possui velocidade simétrica, ou seja, você
tem o mesmo desempenho no recebimento ou envio de dados.

Vantagens do uso da PLC


Uma das grandes vantagens do uso da PLC é que, por utilizar a rede de energia
eléctrica, qualquer "ponto de energia" é um potencial ponto de rede, ou seja, só é
preciso ligar o equipamento de conectividade (que normalmente é um modem) na
tomada, e pode-se utilizar a rede de dados. Além disso, a tecnologia suporta altas taxas
de transmissão, podendo chegar até aos 200Mbps em várias frequências entre 1,7 MHz
e 30 MHz.

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Desvantagens do uso da PLC
Uma das grandes desvantagens do uso da PLC (ou BPL), é que qualquer "ponto de
energia" pode se tornar um ponto de interferência, ou seja, todos os outros
equipamentos que utilizam radiofrequência, como receptores de rádio, telefones sem
fio, alguns tipos de interfone e, dependendo da situação, até televisores, podem sofrer
interferência. A tecnologia usa a faixa de frequências de 1,7 MHz a 50 MHz, com
espalhamento harmónico até frequências mais altas. Outra desvantagem é o facto de ser
half-duplex sem esquecer que é um sistema de banda partilhada. Estas duas
características fazem com que o débito seja reduzido em comparação com outras
tecnologias. Em alguns países, existem movimentos e acções judiciais contra a sua
instalação.

Dentro e fora de casa, a rede eléctrica está sujeita a todo tipo de interferência e ruídos
gerados por fontes chaveadas, motores e até dimmers. Outro factor negativo das redes
eléctricas é sua oscilação: características como impedância, atenuação e frequência
podem variar drasticamente de um momento para o outro, à medida que luzes ou
aparelhos ligados à rede são ligados ou desligados. Além disso, se a intenção for
transmitir informação a longas distâncias, os transformadores de distribuição são
verdadeiras barreiras para a transferência de dados. Apesar de permitirem a passagem
de corrente alternada a 50 Hz ou 60 Hz com quase 100% de eficiência, os
transformadores atenuam seriamente outros sinais de maior frequência.

Ciclo de Varredura
Durante o seu funcionamento o PLC realiza uma sequência de operações denominada
de ciclo de varredura. O tempo que o CLP leva para completar um ciclo denomina-se
Tempo de Varredura ou Scan Time, os fabricantes em geral fornecem o tempo de
varredura para executar 1024 (1K) instruções de lógica booleana. Todas as tarefas
realizadas pelo processador são executadas de forma sequencial e cíclica enquanto
estiver sendo alimentado.

Componentes de um CLP
 CPU
 Fonte de Alimentação
 Processador
 Memória
 Módulo de Entradas 
 Módulo de Saídas
 Dispositivo de Programação

PLC na Rede Automotiva


Cada vez mais os automóveis estão se modernizando, com isso, a tecnologia automotiva
se utiliza de uma grande quantidade de cabos elétricos, pensando-se na redução da

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quantidade total de tais cabos. Uma solução em potencial está sendo testada, a
comunicação de dados na rede elétrica (PLC) do automóvel. Utilizando esta tecnologia
ela pode oferecer uma taxa de dados de alta e boa qualidade. Na técnica utiliza um
modulador que fornece um acesso compartilhado do sistema. O PLC foi desenvolvido
utilizando a técnica de Multi-Carrier (Multi-transmissor

Segurança
Toda comunicação do PLC é criptografada. Alguns protocolos como o HomePlug 1.0
utilizam criptografia DES de 56 bits. Os dados estão sempre em rede local porque esta
tecnologia não ultrapassa a caixa eléctrica da casa. Contém de facto muito mais
segurança do que o Wi-Fi, que pode ser visível pelos vizinhos e que necessita uma
identificação por utilizador e senha.

Embora os pacotes transmitidos sejam seguros, as ligações físicas são realizadas


diretamente na tomada de energia eléctrica, deixando o hardware exposto às variações
de tensão e raios.

Twido Compact

 CPUs compactas, 10, 16, 24 e 40 E/S, sendo as 2 últimas expansíveis em até 4 e


7 módulos E/S digitais ou analógicos, respectivamentes.
 Alimentação de 24 Vcc ou 100… 240 Vca
 Comunicação Modbus, CANopen, Ethernet e AS-i
 Permite a integração direta na CPU os acessórios como: display, relógio de
tempo real, memória...

TIPOS DE CONTROLADORES LOGICOS


PROGRAMAVE

Paulo Gonçalves
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