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Sumário
1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................... 3
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6. CONCLUSÕES ............................................................................................................................................ 23
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1. APRESENTAÇÃO
O presente trabalho, resultado da contratação da RG PROJETOS pela STEMAG ENGENHARIA E
CONSTRUÇÕES LTDA, consiste em uma revisão no Projeto Hidromecânico da EEE Final, localizada no
município de Cabreúva – SP.
2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Para a elaboração deste estudo, foram utilizados os seguintes documentos como base:
RT-EEE FINAL-OBRA-ETEJCRCBV-R01-1
SAB-72-D-HD-1-011-R2
DB 9974919665-400-1
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3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Os setores mais profundos da EEE Final, a Casa de Bombas e o Poço de sucção, encontram-se atualmente em
construção e tiveram seus níveis de fundo alterados devido à flutuação da porção executada da estrutura. A Figura
1 a seguir mostra as cotas da porção já executada da estrutura.
Observa-se que as cotas de fundo estão desalinhadas e que, portanto, a estrutura encontra-se inclinada. Essa
configuração não é aceitável e a EEE deverá ser nivelada (sem o uso de enchimentos) antes do prosseguimento
das obras.
Admite-se que o nivelamento ocorrerá em torno do ponto mais alto aferido e assim, tem-se a cota de fundo da
elevatória no nível 734.166 m.
4. PARÂMETROS ADOTADOS
4.1. POÇO DE SUCÇÃO E CASA DE BOMBAS
Considerou-se o projeto original (Proposta EEE Final), com a elevação do nível de assentamento citado no item
anterior, e todas as distâncias e dimensões de paredes, calha, comportas e aberturas mantidas exatamente iguais.
O nível mínimo foi adotado com 1,34 m acima da entrada da sucção das bombas, na cota 735.19 e o nível máximo
1,70 m acima deste, na cota 736.89.
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4.4. EMISSÁRIO
Atualmente, o Emissário Piraí está executado até o PV03, com cota da geratriz inferior 737.30 m. Manteve-se o
mesmo traçado em planta com relação ao projeto original, porém foi utilizada uma inclinação de 0,0008 m/m em
todo o trajeto.
Para início de plano previu-se 3 conjuntos (2+1R) e para fim de plano 4 conjuntos (3+1R).
5. MEMORIAL DE CÁLCULO
5.1. VAZÕES
Considerou-se as vazões de início e fim de plano obtidas no projeto do Emissário Piraí “SAB-72-D-HD-1-011-
R2”
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Os dados das tubulações de sucção e recalque da elevatória estão mostrados nas Tabelas a seguir.
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𝑉²
∆𝐻𝐿 = 𝐾 ∗
2𝑔
Em que:
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As peças consideradas e seus respectivos valores do coeficiente adimensional K estão mostradas nas Tabelas a
seguir.
Tabela 7: Peças na sucção
Sucção
Peça Qtd. K
Red.400x300 1 0,15
Curva 90° 1 0,4
Reg. Gav. Aberto 1 0,15
Red. 300x200* 1 0,15
Entrada 1 1
Barrilete
Peça Qtd. K
Amp. 150x250* 1 0,3
Retenção 1 2,5
Curva 90° 1 0,4
Curva 45° 1 0,2
Junção 1 0,4
Amp. 250x400 1 0,8
Linha de Recalque
Peça Qtd. K
Tê pass. 3 0,6
Curva 90° 3 0,4
Curva 22,5° 2 0,1
Saída 1 1
Ressalta-se que as perdas de carga em reduções e ampliações devem ser calculadas com a velocidade relativa ao
menor diâmetro, por isso marca-se essas peças com o asterisco (*) nas tabelas acima.
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𝐿 𝑉²
∆𝐻𝐷 = 𝑓 ∗ ∗
𝐷 2𝑔
Em que:
0,25
𝑓= 2
𝜀 5,74
(𝑙𝑜𝑔 (3,7 ∗ 𝐷 + ))
𝑅𝑒𝑦 0,9
Em que:
𝜀: Rugosidade da tubulação, adotada 0,1 mm para o ferro fundido revestido com cimento;
𝑅𝑒𝑦: Número de Reynolds do escoamento
Sendo o número de Reynolds, para a água em tubulações sob escoamento forçado, calculado como:
𝑉∗𝐷
𝑅𝑒𝑦 =
10−6
5.3.4. PERDAS DE CARGA TOTAIS
A seguir apresentam-se as tabelas com o cálculo da perda de carga total para diversos valores de vazão.
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SUCÇÃO
Q(L/s) V*(m/s) V(m/s) Rey f ΔHL*(m) ΔHL(m) ΔHD(m) ΔH(m)
0 0,00 0,00 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,30 0,14 41528 0,022802 0,00 0,00 0,00 0,00
20 0,61 0,27 83055 0,020188 0,00 0,01 0,00 0,01
30 0,91 0,41 124583 0,019024 0,01 0,01 0,00 0,02
40 1,22 0,54 166111 0,018338 0,01 0,03 0,00 0,04
50 1,52 0,68 207639 0,017878 0,02 0,04 0,01 0,06
60 1,83 0,81 249166 0,017545 0,03 0,06 0,01 0,09
70 2,13 0,95 290694 0,017291 0,03 0,08 0,01 0,12
80 2,44 1,08 332222 0,017091 0,05 0,10 0,01 0,16
90 2,74 1,22 373749 0,016928 0,06 0,13 0,02 0,20
100 3,05 1,35 415277 0,016793 0,07 0,16 0,02 0,25
110 3,35 1,49 456805 0,016679 0,09 0,19 0,02 0,30
120 3,66 1,63 498333 0,016581 0,10 0,23 0,03 0,36
130 3,96 1,76 539860 0,016496 0,12 0,27 0,03 0,42
140 4,27 1,90 581388 0,016422 0,14 0,31 0,04 0,49
150 4,57 2,03 622916 0,016356 0,16 0,36 0,04 0,56
BARRILETE
Q(L/s) V*(m/s) V(m/s) Rey f ΔHL*(m) ΔHL(m) ΔHD(m) ΔH(m)
0 0,00 0,00 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00
10 0,54 0,20 49853 0,022261 0,00 0,01 0,00 0,01
20 1,09 0,39 99706 0,01994 0,02 0,03 0,00 0,05
30 1,63 0,59 149558 0,018929 0,04 0,08 0,00 0,12
40 2,18 0,78 199411 0,018343 0,07 0,13 0,01 0,21
50 2,72 0,98 249264 0,017955 0,11 0,21 0,01 0,33
60 3,26 1,17 299117 0,017678 0,16 0,30 0,02 0,48
70 3,81 1,37 348969 0,017468 0,22 0,41 0,02 0,65
80 4,35 1,56 398822 0,017303 0,29 0,53 0,03 0,85
90 4,90 1,76 448675 0,01717 0,37 0,68 0,04 1,08
100 5,44 1,95 498528 0,01706 0,45 0,84 0,05 1,33
110 5,98 2,15 548380 0,016968 0,55 1,01 0,06 1,61
120 6,53 2,34 598233 0,016889 0,65 1,20 0,07 1,92
130 7,07 2,54 648086 0,016821 0,76 1,41 0,08 2,25
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BARRILETE
Q(L/s) V*(m/s) V(m/s) Rey f ΔHL*(m) ΔHL(m) ΔHD(m) ΔH(m)
140 7,61 2,73 697939 0,016762 0,89 1,64 0,09 2,61
150 8,16 2,93 747791 0,016709 1,02 1,88 0,10 3,00
LINHA DE RECALQUE
Q(L/s) V(m/s) Rey f ΔHL(m) ΔHD(m) ΔH(m)
0 0,00 0 0 0,00 0,00 0,00
30 0,23 93758 0,0194279 0,01 0,04 0,06
60 0,46 187517 0,01758001 0,05 0,16 0,20
90 0,69 281275 0,0167753 0,10 0,34 0,44
120 0,92 375034 0,01630969 0,18 0,59 0,77
150 1,15 468792 0,0160019 0,28 0,90 1,18
180 1,38 562551 0,01578169 0,41 1,28 1,69
210 1,61 656309 0,01561557 0,56 1,72 2,28
240 1,84 750067 0,0154854 0,73 2,23 2,96
270 2,07 843826 0,0153804 0,92 2,81 3,73
300 2,30 937584 0,01529379 1,13 3,45 4,58
330 2,53 1031343 0,01522102 1,37 4,15 5,52
360 2,76 1125101 0,01515895 1,63 4,92 6,55
390 2,99 1218860 0,01510535 1,92 5,75 7,67
420 3,22 1312618 0,01505856 2,22 6,65 8,87
450 3,45 1406377 0,01501734 2,55 7,61 10,17
Assim, tem-se:
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As curvas do sistema estão mostradas nas Tabelas a seguir. Altura manométrica total mínima refere-se ao menor
desnível geométrico e altura manométrica total máxima refere-se ao desnivel geométrico máximo.
Tabela 13: Curva do sistema - AMT mínima
AMT Mínima
Q(L/s) H(m)
0 19,91
30 19,98
60 20,18
90 20,50
120 20,93
150 21,49
180 22,17
210 22,97
240 23,88
270 24,92
300 26,08
330 27,35
360 28,74
390 30,26
420 31,89
450 33,64
AMT Máxima
Q(L/s) H(m)
0 21,61
30 21,68
60 21,88
90 22,20
120 22,63
150 23,19
180 23,87
210 24,67
240 25,58
270 26,62
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AMT Máxima
Q(L/s) H(m)
300 27,78
330 29,05
360 30,44
390 31,96
420 33,59
450 35,34
A determinação do ponto de funcionamento considera a operação simultânea de 2 bombas (2+1R) para a vazão
inicial e de 3 bombas (3+1R) para a vazão final.
50,00
45,00
40,00
35,00
30,00
Sistema AMT min
H (m)
5,00
0,00
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
Q (L/s)
Para fim de plano obteve-se 292 L/s @ 27,5 mca para AMT máxima e 314 L/s @ 26,7 mca para AMT mínima.
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50,00
45,00
40,00
35,00
30,00
Sistema AMT min
H (m)
5,00
0,00
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
Q (L/s)
Para início de plano obteve-se 228 L/s @ 25,2 mca para AMT máxima e 244 L/s @ 24,0 mca para AMT mínima.
5.4. NPSH
Verifica-se o NPSH disponível na sucção das bombas.
𝑝𝑎 − 𝑝𝑣
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑 = + 𝑍 − ∆𝐻𝑠
𝛾
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Observa-se que 9,37 m atendem com folga a máxima vazão em cada bomba que é de 376,8 m³/h.
Bombas paradas:
65 ∗ 1000
𝑃= = 514,12 𝑠 = 8,57 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
126,43
Bombas funcionando:
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65 ∗ 1000
𝑓= = 639,95 𝑠 = 10,67 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
228 − 126,43
Ciclo de operação:
Bombas paradas:
65 ∗ 1000
𝑃= = 227,71 𝑠 = 3,80 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
285,45
Bombas funcionando:
65 ∗ 1000
𝑓= = 9923,66 𝑠 = 165,39 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
292 − 285,45
Ciclo de operação:
5.6. EMISSÁRIO
Verifica-se as condições de escoamento no emissário para as declividades adotadas, considerando as vazões de
início e fim de plano. As equações utilizadas para a determinação da altura d’água dentro do condutor estão
mostradas a seguir.
𝑛∙𝑄 2
𝐼𝑓 = ( )
𝐴 ∙ 𝑅ℎ2/3
𝜃 − 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝐴 = 𝐷² ∙
8
1 − 𝑠𝑒𝑛(𝜃)/𝜃
𝑅ℎ = 𝐷 ∙
4
Os elementos enunciados da seção circular estão mostrados na Figura a seguir.
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𝜎 = 𝛾 ∗ 𝑅ℎ ∗ 𝐼
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𝑛∙𝑄 2
𝐼𝑓 = ( )
𝐴 ∙ 𝑅ℎ2/3
Em que:
Dadas as distâncias a serem percorridas nos canais da Estação, a perda de carga por atrito é desprezível.
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Em que:
𝛽: Coeficiente que depende da seção transversal das barras, e vale 2,42 para as retangulares;
𝑡: Espessura das barras [mm];
𝑎: Espaçamento entre barras [mm];
𝜃: Ângulo entre as barras da grade e a horizontal;
𝑉𝑏: Velocidade do líquido entre as barras da grade [m/s];
𝐴𝑏 : Área total entre as barras da grade [m²];
𝑦: Altura de água no canal [m];
𝑛: Número de barras na grade;
B: Largura do canal [m]
𝑔: Aceleração da gravidade [m/s²].
Inicialmente calcula-se a velocidade do líquido entre as barras da grade, considerando que metade dos espaços
entre as barras estejam obstruídos por detritos.
𝑉𝑏 = 𝑄/𝐴𝑏
𝐴𝑏 = 0,50 ∙ ((𝑛 − 1) ∙ 𝑎) ∙ 𝑦
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1 𝑉²
∆𝐻𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 = ∙
𝐶𝑣² 2 ∙ 𝑔
Em que:
Cv: Coeficiente de velocidade, razão entre velocidade teórica e real, adotado usualmente como 0,98;
V: Velocidade do líquido na comporta [m/s];
𝑔: Aceleração da gravidade [m/s²].
𝑄 0,285
𝑉= = = 0,52 𝑚/𝑠
𝐴 0,55 ∙ 1,00
1 0,552
∆𝐻𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 = ∙ = 0,016 ≈ 0,02 𝑚
0,98² 2 ∙ 9,81
𝑄 0,126
𝑉= = = 0,42 𝑚/𝑠
𝐴 0,3 ∙ 1,00
1 0,422
∆𝐻𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 = ∙ = 0,009 ≈ 0,01 𝑚
0,98² 2 ∙ 9,81
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6. CONCLUSÕES
A elevação do nível do Poço de Sucção não inviabiliza a operação da EEE Final, uma vez que o reposicionamento
de canais e comportas permite o adequado funcionamento hidráulico da Estação.
As alterações de declividade no Emissário Piraí foram verificadas e o escoamento neste está dentro dos valores
adequados de lâmina d’água, velocidade e tensão trativa, para as vazões de início e fim de plano.
As bombas projetadas têm capacidade suficiente para recalcar a vazão de projeto durante todo o horizonte de
projeto, mantendo sempre um dos equipamentos instalados como reserva.
A redução no volume útil do Poço de Sucção, quando comparado com o projeto inicial, não prejudica o
funcionamento da EEE Final. Os tempos de detenção estão sempre abaixo de 30 minutos e os ciclos de operação
configuram menos de 5 partidas por hora em ambos os casos.
23