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RG Projetos raphael@rgprojeto.com.

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Storti e Freitas LTDA guilherme@rgprojeto.com.br

CNPJ: 46.975.624/0001-25
www.rgprojeto.com.br 16 9 9256 3667 / 16 9 9400 8589
São Carlos - SP

Sumário
1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................... 2

2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................................................................... 2

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ......................................................................................................... 2

4. PARÂMETROS ADOTADOS ....................................................................................................................... 3

4.1. POÇO DE SUCÇÃO E CASA DE BOMBAS ........................................................................................ 3

4.2. DEMAIS COMPONENTES DA EEE .................................................................................................... 3

4.3. VAZÃO ................................................................................................................................................... 3

5. MEMORIAL DE CÁLCULO ......................................................................................................................... 4

5.1. POÇO DE SUCÇÃO ............................................................................................................................... 4

5.2. PERDA DE CARGA NA COMPORTA DE ENTRADA DO POÇO DE SUCÇÃO ............................ 4

5.3. PERDA DE CARGA POR ATRITO NO CANAL DE GRADEAMENTO ........................................... 5

5.4. PERDA DE CARGA NO GRADEAMENTO ........................................................................................ 6

5.5. PERDA DE CARGA NA COMPORTA DE ENTRADA DO CANAL DE GRADEAMENTO ........... 7

5.6. TRONCO COLETOR.............................................................................................................................. 8

5.7. RESUMO ............................................................................................................................................... 11

6. ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................................................. 11

7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..................................................................................................... 12
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1. APRESENTAÇÃO
O presente trabalho, resultado da contratação da RG PROJETOS por Luiz Fernando Martinez, consiste no parecer
técnico relativo ao funcionamento hidromecânico da EEE Final no município de Cabreúva – SP.

2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Os setores mais profundos da EEE Final, a Casa de Bombas e o Poço de sucção, encontram-se atualmente em
construção e tiveram seus níveis de fundo alterados duas vezes com relação ao projeto inicial.

A primeira elevação ocorreu pelo fato das canaletas presentes no fundo da Casa de Bombas, caso posicionadas
na cota original de projeto, deveriam ser embutidas em leito rochoso. Tal condição inviabilizou a execução e
decidiu-se por elevar a estrutura.

A segunda elevação se deu durante a execução das obras, chuvas fortes causaram a elevação do lençol freático e
subsequente flutuação da laje de fundo e parte das paredes, que se encontravam já executadas. A flutuação ocorreu
de maneira não uniforme, de maneira que o conjunto se encontra levemente inclinado.

Além da estabilização estrutural, apontou-se que deveria ser feito o alteamento das paredes externas na mesma
proporção de um nivelamento na laje de fundo.

Pretende-se verificar o impacto dos fatos mencionados no funcionamento hidráulico da EEE Final.

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Para a elaboração deste estudo, foram utilizados os seguintes documentos como base:

• SAB-72-D-HD-2-101-R1 EEE FINAL

• SAB-72-D-HD-2-102-R1 EEE FINAL

• SAB-72-D-HD-2-103-R1 EEE FINAL

• SAB-72-D-HD-2-104-R1 EEE FINAL

• SAB-72-D-HD-2-105-R3 EEE FINAL

• SAB-72-D-HD-2-106-R1 EEE FINAL

• SAB-72-D-HD-2-107-R1 EEE FINAL LR

• Proposta EEE Final

• RT-EEE FINAL-OBRA-ETEJCRCBV-R01-1

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4. PARÂMETROS ADOTADOS
Dado que uma parte da estrutura da EEE Final sofreu alteração com relação ao projeto, existem muitas formas
de seguir a execução e, portanto, faz-se necessário esclarecer as considerações feitas. Além disso, o memorial de
cálculo do dimensionamento hidráulico da EEE Final não está disponível e assim é necessário determinar a vazão
baseando-se nas informações disponíveis.

4.1. POÇO DE SUCÇÃO E CASA DE BOMBAS


Considerou-se o projeto original mantido integralmente, com todas as distâncias e dimensões de paredes, calha,
comportas e aberturas mantidas exatamente iguais, salvo algumas exceções:

• Nivelamento da laje de fundo a partir do ponto mais alto levantado no relatório RT-EEE FINAL-OBRA-
ETEJCRCBV-R01-1, mantendo as diferenças de nível originais de projeto;

• Elevação da posição das bombas, para manter a distâncias destas em relação ao piso da laje de fundo;

• Alteamento das paredes laterais para coincidir a distância entre piso e cobertura com o projeto original.

4.2. DEMAIS COMPONENTES DA EEE


O restante da estrutura foi considerado como sendo executado exatamente conforme o projeto original, com todas
as posições de elementos, distâncias e cotas de nível mantidas inalteradas.

4.3. VAZÃO
A Figura 4.1 a seguir apresenta as informações disponíveis sobre as bombas a serem instaladas na EEE Final.

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Figura 4.1: Especificações das bombas a serem instaladas

Dado que existem 4 bases para bombas indicadas em projeto, admite-se o caso limite em que funcionam 3 bombas
com uma reserva (3+1R) e estas são capazes de recalcar exatamente a máxima vazão afluente possível à Estação.
Assim:

𝑄𝑚á𝑥 = 3 ∙ 70 = 210 𝐿/𝑠 = 0,21 𝑚3 /𝑠

5. MEMORIAL DE CÁLCULO
Obtém-se os níveis d’água na EEE partindo-se do Poço de Sucção e computando-se sucessivamente as perdas de
carga.

5.1. POÇO DE SUCÇÃO


Mantendo-se as distâncias projetadas de 1,34 m entre a entrada das bombas e o N.A. mínimo e respeitando-se o
volume útil de 76,5 m³ para o poço, tem-se:

• N.A. mínimo: 735,19 m


• N.A. máximo: 737,19 m

5.2. PERDA DE CARGA NA COMPORTA DE ENTRADA DO POÇO DE SUCÇÃO


A distância resultante entre o fundo do Canal de Gradeamento e a soleira da comporta de entrada de sucção foi
de 0,66 m. Dessa forma, dado que as paredes da estrutura têm espessura de 25 cm e o N.A. máximo do Poço de
sucção encontra-se afogando a soleira da comporta, esta funcionará analogamente a um vertedor de parede
espessa com lâmina d’água afogada. O cálculo da vazão por este é feito como segue.

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𝑄𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑑𝑜𝑟 = 1,704 ∙ 𝐶𝑑 ∙ 𝑏 ∙ 𝐻 3/2

Sendo:

• 𝑄𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑑𝑜𝑟 : Vazão sobre o vertedor [m³/s];


• 𝐶𝑑 : Coeficiente de descarga, depende da espessura da parede e lâmina vertente sobre a soleira;
• 𝑏: Largura da soleira [m];
• 𝐻: Altura da lâmina d’água acima da soleira, a montante;
• ℎ: Altura da lâmina d’água acima da soleira, a jusante;

Como a descarga é afogada, deve-se corrigir o valor da vazão descarregada por um coeficiente que depende da
razão entre h e H, para o caso em que esse valor é de aproximadamente 0,5 o coeficiente de correção vale 0,937.

Sendo a espessura da parede 25 cm e a carga sobre a soleira entre 15 e 20 cm:

𝐶𝑑 = 0,936

A EEE conta com dois canais de gradeamento, então considera-se metade da vazão em cada um:

0,21
𝑄= = 0,105 𝑚3 /𝑠
2
Então, a altura da lâmina vertente será:

0,105 = 0,956 ∙ 1,704 ∙ 0,936 ∙ 1,00 ∙ 𝐻 3/2

𝐻 = 0,170269 ≈ 0,17 𝑚

Dado que a soleira se encontra no nível 737,11 m:

ℎ = 737,19 − 737,11 = 0,08 𝑚

ℎ 0,08
= = 0,471 ≈ 0,50 → 𝑜𝑘
𝐻 0,17

Finalmente, o nível d’água no Canal de Gradeamento será:

𝑁. 𝐴. = 737,11 + 0,17 = 737,28 𝑚

5.3. PERDA DE CARGA POR ATRITO NO CANAL DE GRADEAMENTO


Calcula-se a declividade da linha de energia utilizando a seguinte expressão.

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𝑛∙𝑄 2
𝐼𝑓 = ( )
𝐴 ∙ 𝑅ℎ2/3
Em que:

• 𝐼𝑓 : Declividade da linha de energia [m/m];


• 𝑄: Vazão [m³/s];
• 𝐴: Área molhada da seção [m²];
• 𝑅ℎ: Raio hidráulico da seção [m];
• 𝑛: Coeficiente que depende da rugosidade das paredes e fundo do canal, considerado 0,014 para o conreto.

𝐴 = 𝐵 ∙ 𝑦 = 1,00 ∙ 0,83 = 0,83 𝑚²

𝐴 0,83
𝑅ℎ = = = 0,31 𝑚
2 ∙ 𝑦 + 𝐵 2 ∙ 0,83 + 1

0,014 ∙ 0,105 2
𝐼𝑓 = ( ) = 1,50 ∙ 10−5 𝑚/𝑚
0,83 ∙ 0,312/3

Dadas as distâncias a serem percorridas nos canais da Estação, a perda de carga por atrito é desprezível.

Velocidade no canal de gradeamento:

𝑄 0,105
𝑉= = = 0,13 𝑚/𝑠
𝐴 0,83

5.4. PERDA DE CARGA NO GRADEAMENTO


Dado que não há parâmetros específicos fornecidos sobre o gradeamento, considera-se uma grade mecanizada
tipo cremalheira em sua aplicação usual, como gradeamento médio.

• Seção das barras: retangular;


• Espessura das barras: t = 9,5 mm;
• Espaçamento entre as barras: a = 19 mm;
• Ângulo de inclinação (medido no projeto): 81°.

A perda de carga no gradeamento é calculada como segue.


4
𝑡 3 𝑉𝑏2
∆𝐻𝑔𝑟𝑎𝑑𝑒 = 𝛽 ∙ ( ) ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) ∙
𝑎 2∙𝑔

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Em que:

• 𝛽: Coeficiente que depende da seção transversal das barras, e vale 2,42 para as retangulares;
• 𝑡: Espessura das barras [mm];
• 𝑎: Espaçamento entre barras [mm];
• 𝜃: Ângulo entre as barras da grade e a horizontal;
• 𝑉𝑏: Velocidade do líquido entre as barras da grade [m/s];
• 𝐴𝑏 : Área total entre as barras da grade [m²];
• 𝑦: Altura de água no canal [m];
• 𝑛: Número de barras na grade;
• B: Largura do canal [m]
• 𝑔: Aceleração da gravidade [m/s²].

Inicialmente calcula-se a velocidade do líquido entre as barras da grade, considerando que metade dos espaços
entre as barras estejam obstruídos por detritos.

𝑉𝑏 = 𝑄/𝐴𝑏

𝐴𝑏 = 0,50 ∙ ((𝑛 − 1) ∙ 𝑎) ∙ 𝑦

𝐵−𝑎 1,00 ∙ 1000 − 19


𝐵 = 𝑛 ∙ 𝑡 + (𝑛 − 1) ∙ 𝑎 → 𝑛 = →𝑛= = 34,42 ≈ 34
𝑡+𝑎 9,5 + 19

19
𝐴𝑏 = 0,50 ∙ ((34 − 1) ∙ ) ∙ 0,83 = 0,26 𝑚²
1000

0,105
𝑉𝑏 = = 0,40 𝑚/𝑠
0,26
4
9,5 3 0,402
∆𝐻𝑔𝑟𝑎𝑑𝑒 = 2,42 ∙ ( ) ∙ 𝑠𝑒𝑛(81°) ∙ = 0,008 ≈ 0,01 𝑚
19 2 ∙ 9,81

Assim, o nível d’água a montante da grade será:

𝑁. 𝐴. = 737,28 + 0,01 = 737,29 𝑚

5.5. PERDA DE CARGA NA COMPORTA DE ENTRADA DO CANAL DE


GRADEAMENTO
Na entrada do canal de gradeamento tem-se outra comporta, porém a elevação de fundo, ao contrário da entrada
do Poço de Sucção, não tem dimensões consideráveis para caracterizar um vertedor. Assim, dada as maiores
dimensões do canal de entrada, a montante, trata-se a comporta como um orifício de grandes dimensões.

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A perda de carga será:

1 𝑉²
∆𝐻𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 = ∙
𝐶𝑣² 2 ∙ 𝑔

Em que:

• Cv: Coeficiente de velocidade, razão entre velocidade teórica e real, adotado usualmente como 0,98;
• V: Velocidade do líquido na comporta [m/s];
• 𝑔: Aceleração da gravidade [m/s²].

𝑄 0,105
𝑉= = = 0,30 𝑚/𝑠
𝐴 0,35 ∙ 1,00

1 0,302
∆𝐻𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 = ∙ = 0,005 𝑚
0,98² 2 ∙ 9,81

Admite-se a perda de carga na comporta como desprezível, pois sequer aproxima-se de 1,0 cm.

Assim, o nível d’água no canal de entrada, dadas as perdas desprezíveis por atrito, é igual ao nível à montante da
grade.

5.6. TRONCO COLETOR


De acordo com os cálculos efetuados, a altura de água na saída do coletor deve ser de 0,50 m, e, para determinar
o comportamento do escoamento dentro da tubulação, calcula-se o nível d’água dentro deste em condições
normais e escoamento uniforme.

𝑛∙𝑄 2
𝐼𝑓 = ( )
𝐴 ∙ 𝑅ℎ2/3
𝜃 − 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝐴 = 𝐷² ∙
8
1 − 𝑠𝑒𝑛(𝜃)/𝜃
𝑅ℎ = 𝐷 ∙
4
Os elementos enunciados da seção circular estão mostrados na Figura 5.1 a seguir.

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Figura 5.1: Elementos da seção circular

O cálculo da altura de água para a vazão de 0,21 m³/s está apresentado a seguir.
2

0,014 ∙ 0,21
0,0335 =
𝜃 − 𝑠𝑒𝑛(𝜃) 1 − 𝑠𝑒𝑛(𝜃)/𝜃 2/3
(0,8² ∙ ) ∙ (0,8 ∙ )
( 8 4 )

→ 𝜃 ≈ 1,887 𝑟𝑎𝑑

𝜃 1,887
1 − cos (2) 1 − cos ( 2 )
𝑦0 = 𝐷 ∙ = 0,8 ∙ = 0,165 𝑚
2 2
Portanto, a altura de água de 0,50 m na saída do Coletor, sendo maior que sua altura normal para a vazão
considerada, causará remanso à montante.

Verifica-se a condição do escoamento uniforme:

𝑄 0,21 𝑦𝑐
5 = 5/2
≈ 0,37 → ≈ 0,35 → 𝑦𝑐 = 0,28
0,8 𝐷
𝐷2
𝑦0 < 𝑦𝑐 → 𝐸𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑢𝑟𝑏𝑢𝑙𝑒𝑛𝑡𝑜

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Calcula-se a linha de remanso utilizando o “step-method” um método iterativo em que se utiliza a seguinte
expressão:

∆𝐸
∆𝑥 =
𝐼0 − 𝐼𝑓

Em que:

• ∆𝑥: Comprimento entre duas seções consecutivas do canal [m];


• ∆𝐸: Variação da energia específica do escoamento entre as duas seções consecutivas do canal [m];
• 𝐼0 : Declividade de fundo do canal [m/m];
• 𝐼𝑓 : Declividade da linha de energia entre as duas seções consecutivas do canal [m].

Ressalta-se que a energia específica do escoamento é dada por:

𝑉²
𝐸 =𝑦+
2∙𝑔

A tabela abaixo mostra a marcha de cálculo, de jusante para montante, da linha de remanso no coletor.

Tabela 5.1: Marcha de cálculo da linha de remanso no coletor

ymed A E
y (m) 𝜽 E (m) Rh (m) A*Rh(2/3) If (m/m) x (m) x (m) y (m)
(m) (m2) (m)
0,50 3,647 0,33 0,521 0,00 0,50
0,49 0,495 3,595 0,32 0,512 -0,009 0,225 0,12 0,00059 -0,27 -0,27 0,49
0,48 0,485 3,544 0,31 0,503 -0,009 0,223 0,12 0,00063 -0,27 -0,54 0,48
0,47 0,475 3,493 0,31 0,494 -0,009 0,221 0,11 0,00067 -0,27 -0,81 0,47
0,46 0,465 3,443 0,30 0,485 -0,009 0,218 0,11 0,00071 -0,27 -1,08 0,46
0,45 0,455 3,392 0,29 0,477 -0,009 0,216 0,11 0,00077 -0,26 -1,34 0,45
0,44 0,445 3,342 0,28 0,468 -0,008 0,213 0,10 0,00082 -0,26 -1,60 0,44
0,43 0,435 3,292 0,28 0,460 -0,008 0,211 0,10 0,00088 -0,26 -1,86 0,43
0,42 0,425 3,242 0,27 0,451 -0,008 0,208 0,10 0,00096 -0,25 -2,11 0,42
0,41 0,415 3,192 0,26 0,443 -0,008 0,205 0,09 0,00103 -0,25 -2,36 0,41
0,40 0,405 3,142 0,25 0,436 -0,008 0,202 0,09 0,00112 -0,24 -2,60 0,40
0,39 0,395 3,092 0,24 0,428 -0,008 0,198 0,08 0,00122 -0,24 -2,84 0,39
0,38 0,385 3,042 0,24 0,421 -0,007 0,195 0,08 0,00133 -0,23 -3,07 0,38
0,37 0,375 2,991 0,23 0,414 -0,007 0,192 0,08 0,00146 -0,22 -3,29 0,37
0,36 0,365 2,941 0,22 0,407 -0,007 0,188 0,07 0,00161 -0,21 -3,50 0,36
0,35 0,355 2,891 0,21 0,400 -0,006 0,185 0,07 0,00177 -0,20 -3,70 0,35
0,34 0,345 2,840 0,20 0,394 -0,006 0,181 0,07 0,00196 -0,19 -3,89 0,34
0,33 0,335 2,790 0,20 0,389 -0,006 0,177 0,06 0,00218 -0,18 -4,07 0,33
0,32 0,325 2,739 0,19 0,384 -0,005 0,173 0,06 0,00243 -0,16 -4,23 0,32

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ymed A E
y (m) 𝜽 E (m) Rh (m) A*Rh(2/3) If (m/m) x (m) x (m) y (m)
(m) (m2) (m)
0,31 0,315 2,688 0,18 0,379 -0,004 0,169 0,06 0,00273 -0,14 -4,37 0,31
0,30 0,305 2,636 0,17 0,376 -0,004 0,165 0,05 0,00307 -0,12 -4,49 0,30
0,29 0,295 2,584 0,16 0,373 -0,003 0,161 0,05 0,00348 -0,09 -4,58 0,29
0,28 0,285 2,532 0,16 0,372 -0,002 0,157 0,05 0,00396 -0,06 -4,63 0,28

Observa-se que a linha d’água calculada atinge a altura crítica 4,63 m a montante da saída do coletor e dado que
este tem 10,76 m de comprimento, infere-se que o estado inicial do escoamento dentro do coletor é turbulento
com lâmina d´água menor que 28 cm.

Assim, conclui-se que o PV-01 não se encontra afogado.

5.7. RESUMO
Apresenta-se na Tabela 5.2 a seguir um resumo dos principais parâmetros do funcionamento da EEE.

Tabela 5.2: Resumo dos setores da EEE Final

N.A. (m) y (m) V (m/s)


Poço de sucção 737,19 3,74 -
Canal de gradeamento 737,28 0,83 0,13
Canal de entrada 737,29 0,50 0,17
Tronco coletor 737,29 0,50 0,64 / 2,68

6. ANÁLISE DOS RESULTADOS


O cálculo sucessivo das perdas de carga e níveis d’água, de jusante para montante, mostrou que o PV-01 não
estará afogado e, portanto, há carga hidráulica suficiente no sistema para veiculação da vazão entre a rede de
coleto e o Poço de Sucção.

Para o volume útil considerado em projeto, o nível máximo do Poço de Sucção afoga o Canal de Gradeamento e
o canal de entrada na EEE. Essa condição gera lâminas d´água altas e consequentemente baixas velocidades,
chegando a 0,13 m/s no Canal de Gradeamento. É recomendada uma velocidade mínima de 0,40 m/s em canais
de esgoto para promover o arraste de sólidos, além de que velocidades muito baixas favorecem a sedimentação
de areia e sólidos grosseiros, com estes ficando retidos no fundo dos canais.

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7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A elevação do nível do Poço de Sucção com manutenção do volume útil não inviabiliza completamente a
veiculação da vazão através da EEE Final, uma vez que a carga hidráulica disponível é suficiente. Porém, surgem
problemas da ordem operacional, uma vez que as baixas velocidades resultarão em constantes acúmulos de
sólidos nos fundos dos canais, demandando frequentes intervenções para limpeza e manutenção.

Vazões menores do que a considerada neste estudo agravam os problemas supracitados uma vez que os canais
continuariam afogados e as velocidades seriam ainda menores. Simples mudanças na posição das comportas não
são suficientes para sanar as deficiências apontadas no processo.

Recomenda-se a elaboração de uma revisão no Projeto Hidromecânico, considerando as novas condições


existentes em campo, para garantir o funcionamento eficiente da EEE Final.

David Bruno Franco da Rocha


Engenheiro Civil
CREA/SP: 5070872597
rochadavid463@gmail.com
(19) 9 7415-2145

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