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A NAVEGAÇÃO DO RIO

PARNAÍBA

A navegação interior no Piauí foi iniciada em 1859, depois de criada a Companhia de


Navegação do rio Parnaíba.

O tráfego nesta hidrovia motivou o surgimento de núcleos populacionais ribeirinhos e


estimulou o desenvolvimento dos já existentes. Além do mais, promoveu o comércio
entre estes centros urbanos, fazendo sua articulação com o litoral. Muitos produtos
foram levados para regiões mais distantes do território piauiense e maranhense,
atingindo até Goiás.

No século XX, a navegação no rio Parnaíba iria tomar novo impulso, alcançando maior
desenvolvimento nas décadas de trinta e quarenta. Em 1942 existiam dezesseis
companhias de navegação e dois comboios que transportavam passageiros e
produtos do fundo do vale para o deita; de retorno, traziam mercadorias procedentes
de outros estados brasileiros e do exterior.

Na década de cinquenta constata-se o declínio da navegação interior no Piauí,


ocasionado pela concorrência das rodovias, do declínio da navegação de cabotagem,
da falta de porto marítimo, dentre outras causas.
Nos últimos anos foram feitas algumas tentativas de retorno da navegação no rio
Parnaíba, entretanto o assoreamento da hidrovia, a não conclusão das eclusas na
barragem de Boa Esperança e do Porto de Luís Correia, além de outros obstáculos,
impediram o sucesso do empreendimento.

O edifício da Companhia Editorial do Piauí (COMEPI), construído provavelmente em


1860 destinava-se a abrigar o maquinário da oficina de fundição das embarcações a
vapor do rio Parnaíba. Embora tenha passado por restaurações, perdeu muito do seu
estilo original.

Fazendo um paralelo entre o ontem e o hoje, constata-se o declínio entre as


embarcações utilizadas na fase de maior desenvolvimento e as pequenas lanchas que
atualmente trafegam no rio Parnaíba.

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