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Não aguento mais meu trabalho, quero mudar de vida!

Algumas vezes, ao longo da vida, questionamos as escolhas que fazemos. Em um determinado


momento, aquilo que pensávamos ser o ideal tempos atrás passa a ser um fardo a carregar e isso
acaba gerando angústia e insatisfação. Quem nunca passou por isso, não é mesmo? Mas nem todas
as pessoas tem a coragem necessária para mudar.
Por motivos dos mais diversos, como instabilidade, medo do desconhecido, insegurança e
incertezas do futuro nos acomodamos em uma zona de conforto que nem é tão confortável assim.
Nos submetemos ao que os outros esperam, das expectativas sociais, familiares. No campo
profissional, engolimos diversos “sapos” para sobreviver e pagar as contas ao fim do mês. E quando
tudo isso passa a ser pesado demais?
Selecionamos abaixo algumas reflexões e dicas para que esse conflito interno possa ser resolvido da
melhor maneira possível, sem tanto sofrimento.

Estou incomodado. Então por que continuo aqui?


A resposta parece simples: porque preciso do dinheiro para viver. Sim, é verdade. Mas até que
ponto o dinheiro deve ser priorizado às custas de viver infeliz?
Antes de decidir por uma mudança radical, que vá implicar em muitas dificuldades, vamos analisar
as razões mais profundas que podem causar a sensação de esgotamento e tentar buscar uma solução
que nem sempre conseguimos enxergar.
Qual é a raiz do meu descontentamento? - Você deve se perguntar.
Ela pode estar associada a algum tipo de falta de comunicação, por exemplo, que acaba desgastando
a rotina ou até o próprio ritmo dessa rotina, sem novos desafios ou motivações, pode acabar te
levando a um lugar comum e consequentemente a insatisfação.
Procure buscar onde encontra-se a falha e proponha uma melhora. De repente só uma conversa é o
bastante para acertar alguns pontos.
Outra possibilidade é que o cargo que você ocupa e sua função dentro da empresa não sejam aquilo
que você busca e isso cria um complexo a longo prazo.
Se a empresa oferece opção para troca de setor, não se sinta mal em conversar com seus superiores
e mostrar descontentamento. Nenhum empregador quer manter um funcionário em uma situação
desfavorável se ele puder ser produtivo em outra área e certamente alguém poderá auxiliá-lo em sua
nova etapa.

Eu amo o que faço?


Essa é, provavelmente, a maior das questões. Quando percebemos que a resposta é um absoluto
‘não’, sentimos estar presos a algo que acaba sendo tóxico no cotidiano.
Fazer algo que não oferece nenhum tipo de prazer ou satisfação em um local que você sente não
pertencer pela maior parte do seu dia com certeza causa danos enormes a sua autoestima, afeta a
motivação, a boa vontade e em casos mais extremos, pode afetar seriamente sua saúde mental.
Claro, em um mundo perfeito todos fariam aquilo que amam, mas no mundo real, é possível sim
amar o que se faz.
O primeiro passo para chegar a resposta dessa pergunta é afastar toda a negatividade. Procure não se
questionar nem tomar uma decisão definitiva se estiver tendo um dia ou uma semana ruim, de muita
correria e stress no ambiente de trabalho.
Também não se deixe levar por situações complicadas com colegas ou o chefe. Se mesmo assim,
você está num bom dia, dando seu melhor, pensando positivamente e sente como se o único bom
momento fosse a hora da saída, é hora de traçar um novo plano.

O que eu posso acrescentar na minha vida?


Você trabalha pela renda que isso gera, já estabelecemos isso, porém sabemos bem que a vida não
se resume a trabalhar, pagar contas e resolver problemas. Todo mundo tem propósitos.
Sejam quais forem os seus, mantenha-os em mente sempre que estiver tendo alguma crise de stress
ou estiver pensando em largar tudo sem um novo objetivo estabelecido. Esses motivos podem ser
concretos, como uma casa, um carro ou uma viagem, mas também podem ser abstratos como fazer
o bem para as pessoas ou defender uma causa importante.
Ter projetos paralelos é uma ótima forma de arranjar fôlego para alcançar o equilíbrio necessário.
Além disso, esses projetos novos podem resultar em uma busca por novas oportunidades, ajudando
a descobrir aspirações e habilidades talvez desconhecidas.

Lugar de trabalho é no trabalho


É comum as pessoas não conseguirem desligar suas mentes dos afazeres e problemas profissionais
após um dia conturbado de trabalho, interferindo nos poucos momentos de lazer de que dispõe e
esse é outro gatilho que leva à exaustão.
É sempre bom lembrar que o acontece no ambiente de trabalho pertence àquele local, àquela hora
do dia e, depois de terminado o expediente, não lhe diz mais respeito.
Os hobbys são imprescindíveis para manter uma mente sã, bem como todo o tempo que você
compartilha com seus parentes e amigos. Ir ao cinema, assistir uma série, ler um livro ou
simplesmente deitar no sofá e escutar música auxiliam na conexão consigo mesmo e ativam a
região do cérebro responsável pelo prazer.
Pode ser tudo que você precisa para recarregar as energias.

Se não há remédio, remediado está


Talvez nenhuma das dicas aqui oferecidas tenham sido efetivas para consertar sua relação com o
ambiente profissional, então é hora de tomar a tão temida decisão final.
A melhor dica neste caso é organizar-se. É importante ter um panorama geral das despesas fixas e
não deixar de considerar por quanto tempo consegue mantê-las sem precisar apelar para nenhum
recurso externo.
Aproveite a sensação de liberdade que sair de um emprego do qual você não gosta proporciona e
busque algo que corresponda com seus valores e expectativas pessoais.
Não há nada mais inspirador do que trabalhar naquilo que te cativa.

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