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Aluno(a): ___________________________________________________________ No ___

Ano/Série: 8º Turma: Data: / / 2023 Período:_____


Disciplina: História Atividade: Texto e atividade
Professor(a): Mary Anne de Holanda Sousa 013
REBELIÕES E CONJURAÇÕES NO BRASIL locais, não envolvendo deslealdade contra o rei. Com demorada
diplomacia, a Câmara de Recife foi restaurada e os senhores de
No dia 8 de novembro de 1799, na Praça de Nossa Senhora da engenho tiveram de se contentar em conviver com os novos
Piedade, na cidade de São Salvador, capitania da Bahia, foram membros da elite política regional.
enforcados quatro homens, acusados de conspirar contra a A guerra ficou conhecida como Guerra dos Mascates,
porque “mascate” foi o nome dado aos que tinham o comércio
Coroa portuguesa. Um deles era Luís Gonzaga das Virgens, de 38 como atividade econômica.
anos. Ele era neto de uma escrava, mas seu pai era português.
Foi soldado do exército colonial, na Bahia. Sabia ler e escrever, Minas Gerais
conhecimento raro na época, até mesmo para os mais Também foi assim no caso da Sedição de Vila Rica, de
enriquecidos. Luís Gonzaga participou da conspiração que foi 1720, em que os membros da Câmara se rebelaram contra a
chamada pelos historiadores de Inconfidência ou Conjuração taxação do quinto real e a criação das casas de fundição, que
deveriam fundir o ouro tradicionalmente comercializado em pó,
Baiana ou dos Alfaiates, ocorrida em 1798. Essa não foi a
e dele retirar o quinto, ou seja, 20% do seu valor.
primeira revolta ocorrida enquanto o Brasil era colônia de Temiam que acabassem pagando mais impostos ainda
Portugal nem muito menos a única. do que já o faziam.
Vila Rica foi palco de tumulto popular e de ações
Definindo os termos armadas durante semanas. O governador de Minas tomou uma
medida drástica: mandou prender, arrastar pelas ruas, enforcar
Termos como “liberdade”, “igualdade” e “fraternidade” estavam e esquartejar Felipe dos Santos, um dos líderes, mas não um dos
em alta na época em que Luís Gonzaga viveu. Eram os lemas da principais. A execução não cumpriu os procedimentos legais,
Revolução Francesa, vitoriosa em 1789, movimento que abalou mas conseguiu o objetivo de apavorar a população, o que era a
intenção do governador.
o absolutismo real e criou a forma de cidadania que até hoje
conhecemos: a de que todos os indivíduos são iguais. Punição real: o castigo exemplar

Revoltas, sedições, inconfidências e conjurações são expressões As leis portuguesas consideravam a “qualidade” dos
que indicam movimentos com o objetivo de lutar contra uma envolvidos para julgar e punir. Para um mesmo tipo de crime,
ordem estabelecida. Na época, a ordem estabelecida no Brasil era havia julgamentos e punições diferentes, dependendo da
a da Coroa portuguesa, com regime monárquico e absolutista. categoria do acusado, ou seja, de sua origem
Assim, homens foram punidos por crime de “lesa-majestade”, ou familiar e sua posição em relação ao rei, que estava no topo da
hierarquia social. Aos nobres e fidalgos não eram permitidas as
seja, contra o rei ou a sua autoridade.
penas vis, como o enforcamento, o corte de seus membros
(esquartejamento), as galés, os açoites, etc. Esses castigos eram
para o “peão”, ou seja, o homem comum, que andava a pé. Não
era cavaleiro, não andava a cavalo. Era a “desigualdade perante
a lei”.
Mas, aos envolvidos em crimes de sedição, ou de lesa-
majestade, a Lei previa a aplicação da penalidade máxima,
fossem eles de qualquer grupo social. Na prática, entretanto, a
posição social era considerada. Quando os acusados daqueles
Pernambuco: a Guerra dos Mascates crimes eram mais ricos e tidos como “homens bons”, eram
impostas penas leves, ou mesmo havia ausência de investigação,
Em Pernambuco, as disputas pelo controle da cobrança ainda que muitas vezes fossem denunciados como “cabeças”
dos impostos levaram a uma verdadeira guerra entre grupos (líderes) dos episódios.
poderosos. A forma mais comum de punição foi o uso do castigo
Os senhores de engenho dominavam a vila de Olinda, exemplar, ou seja, elegiam algum ou alguns dos envolvidos para
então capital da capitania, mas precisavam dos comerciantes de puni-los com a sentença máxima: enforcamento,
Recife para conseguir empréstimos. Os comerciantes de Recife esquartejamento e exposição no espaço público de partes de seu
eram mais ricos, mas não podiam participar da Câmara de corpo, pena denominada “morte natural para sempre”. Os outros
Olinda. Por isso, conseguiram que o rei aprovasse a elevação de poderiam ser punidos com o degredo ou desterro, que significava
Recife à categoria de Vila, em 1709. serem obrigados a sair do lugar onde moravam.
A Câmara de Olinda se recusou a registrar a separação,
pois ficaria sem os impostos cobrados de Recife. Começam as Inconfidências... ou Conjurações
Os olindenses queriam tomar a Câmara recém-fundada
de Recife. Até então, as revoltas tinham como objetivo atingir os
Os senhores de engenho armaram seus homens, administradores coloniais e exigir a diminuição dos impostos.
inclusive indígenas com arcos e flechas, e acamparam nos Entretanto, a partir de meados do século XVIII, elas passaram a
arredores de Recife. Gritavam palavras de ordem, como “Viva o se dirigir também à figura do rei, em particular durante o
rei e morra o governador”. governo de dom José I e de seu poderoso ministro, Sebastião
Em Lisboa, a notícia do acontecimento só chegou em José de Carvalho e Mello, o Marquês de Pombal.
1711, e os membros do Conselho Ultramarino indicaram um novo Uma delas ocorreu no arraial de Curvelo, no sertão da
governador com a tarefa de identificar e punir os envolvidos com capitania de Minas Gerais, entre 1760 e 1763, quando se abriu
moderação, pois entenderam que a guerra ocorreu entre grupos

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uma devassa para descobrir os autores de panfletos contendo frequentavam o padre Toledo e Melo, os coronéis Abreu Vieira,
ofensas ao rei e ao seu ministro. Oliveira Lopes e Joaquim Silvério dos Reis e o alferes Joaquim
Na cidade de Mariana, também na capitania de Minas José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes. Vários
Gerais, o vigário Ignácio Corrêa de Sá foi preso em 1769 por desses envolvidos eram contratadores que deviam grandes
blasfemar contra o rei, crime de inconfidência, somente sendo somas à fazenda real, e os responsáveis nada haviam feito para
solto em 1777. cobrar essas dívidas.
Mais ataques contra o rei e seu ministro ocorreram na Inspirados na independência norte-americana, alguns
comarca de Sabará, igualmente em Minas Gerais, em 1775. dos frequentadores dessas reuniões chegaram a idealizar um
Essas revoltas, que agora atingiam a honra do rei, não projeto de independência para a capitania. A ideia era proclamar
tinham como objetivo a separação do Brasil de Portugal. uma república com capital em São João del-Rei, que teria como
Os tempos, entretanto, estavam mudando. lema a frase em latim Libertas quae sera tamem (“Liberdade
ainda que tardia”); criariam uma universidade, uma casa da
Dona Maria I, a Viradeira, e o ouro do Brasil moeda e uma fábrica de pólvora. Contavam com o apoio da
população quando a derrama fosse anunciada. Nada deu certo.
O contexto da Conjuração Mineira envolvia, como em
quase todas que ocorreram anteriormente, uma questão fiscal: a A denúncia e o fim
ameaça da “derrama”.
Os tributos sempre foram um problema para a Em março de 1789, entretanto, o governador de Minas
população da colônia do Brasil. No ano de 1750, a Coroa Gerais suspendeu a derrama, porque soube da conspiração. O
portuguesa criou uma nova forma de cobrança: estipulou o peso denunciante foi Joaquim Silvério dos Reis, tenente-coronel que
de 100 arrobas de ouro anuais que os habitantes de Minas Gerais tinha seu próprio Regimento de Cavalaria Auxiliar. Também era
deveriam enviar ao tesouro real. um dos contratadores e sua dívida era de 220:423$149, uma
Dona Maria I era filha de dom José I, rei que teve o fortuna. Caso não pagasse, seus bens seriam confiscados. Em
Marquês de Pombal como ministro, você se lembra? Ela subiu ao troca do perdão de sua dívida, ele denunciou a conspiração.
trono em 1777 e, durante o seu reinado, a extração de ouro na Começaram as prisões.
capitania de Minas Gerais já não conseguia recolher as 100 Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi preso na
arrobas anuais ao governo português. Em 1788, a capitania devia cidade do Rio de Janeiro, onde fora divulgar as ideias de
à Real Fazenda a quantidade de 538 arrobas de ouro. O que emancipação do movimento. Os demais inconfidentes, como
acontecia com o ouro brasileiro? ficaram conhecidos os participantes daquelas reuniões, foram
Alguns achavam que o ouro estava sendo presos e enviados para o Rio de Janeiro, onde prestaram
contrabandeado, mas outros consideravam, com razão, que a depoimentos. A exceção foi Cláudio Manuel da Costa, que
extração estava diminuindo. O ouro do Brasil era, em sua maior prestou declarações em Vila Rica e, segundo nota oficial,
parte, de aluvião: facilmente encontrado e extraído, mas também suicidou-se.
rapidamente esgotável. Contrabando ou escassez, o fato é que os Somente Tiradentes foi enforcado. Os demais tiveram
habitantes de Minas Gerais se tornaram grandes devedores. sua penalidade mudada de enforcamento para o degredo na
Em 1788, Luís Antônio Furtado de Mendonça, o África.
visconde de Barbacena, assumiu o cargo de governador da
capitania de Minas Gerais, indicado pela metrópole e com a Tiradentes
obrigação de cobrar os impostos atrasados, medida conhecida
como derrama. A ameaça da derrama apavorou os habitantes Os livros de História costumam apresentar Joaquim
da região das minas. Foi nesse contexto que um grupo de pessoas José da Silva Xavier, o Tiradentes (assim chamado em razão de
da elite articulou a possibilidade de criar uma república. seu ofício), como um dos poucos homens pobres que
participaram da Conjuração Mineira. Mas se trata de uma
Conjuração Mineira informação equivocada. Pela lei da época, todos os bens de uma
pessoa acusada de tramar contra a Coroa deveriam ser
No final do século XVIII, havia em Vila Rica (atual Ouro confiscados. Da lista dos bens confiscados de Tiradentes
Preto) diversos homens letrados, formados em universidades constavam fazendas de gado, datas de exploração de ouro, terras
europeias, que se reuniam na forma de sesmaria e dezenas de escravizados. Não era pobre,
para discutir poesia e mas certamente era bem mais pobre e de posição social inferior
filosofia, as novas ideias à dos demais conjurados. Além do mais, falava muito.
iluministas, os últimos Onde quer que fosse, Tiradentes costumava discursar
acontecimentos do sobre seu descontentamento em relação ao governo português e
mundo (como a à cobrança dos impostos atrasados: nas hospedagens, nas
independência dos tabernas, nas casas de amigos. Também gostava de criticar o
Estados Unidos, domínio de Portugal sobre as Minas Gerais, o que considerava
proclamada em 1776) e o uma injustiça, e de defender a república que pretendia instaurar.
que acontecia no Brasil. Historiadores dizem que ele era um “falastrão”, ou seja,
Depois do uma pessoa que fala mais do que deve.
anúncio da derrama pelo
Visconde de Barbacena, Conjuração Baiana
novo governador da
capitania, a cobrança Em fins do século XVIII, a vida cotidiana na cidade de
imediata dos impostos São Salvador, capital da capitania da Bahia, era bastante
tornou-se o principal movimentada, principalmente porque havia um grande porto
assunto dessas reuniões. que colocava a cidade em contato frequente com os
O advogado e acontecimentos de várias partes do mundo, como os da Europa,
poeta Cláudio Manuel da das Índias e da África. Foi esse contato que permitiu a muitos de
Costa era o participante mais destacado dessas reuniões, porque seus habitantes conhecerem livros proibidos, como os que
era secretário do governo de Minas. Havia outros poetas, como traziam as “abomináveis ideias francesas”.
Tomás Antônio Gonzaga e Alvarenga Peixoto, mas também as

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Essas ideias estimularam um grupo de pessoas letradas
a propor mudanças radicais. As propostas apareceram em O fim de um sonho
“papéis sediciosos” afixados nos prédios da cidade de Salvador Os que escreveram os papéis achavam que o povo ia
em 12 de agosto de 1798. Entre os temas, estavam: aumento do aderir imediatamente à revolta, mas o temor foi maior e a
soldo dos soldados das tropas, independência da capitania da população nada fez. O sonho de alguns foi exterminado com
Bahia do domínio de Portugal e formação de uma “República estardalhaço pelas
Bahiense” em que “todos serão iguais, não haverá diferença, só autoridades coloniais.
haverá liberdade, igualdade e fraternidade”. Em alguns desses O governador da
papéis, constava a assinatura “anônimos republicanos”. Bahia realizou a execução
Imediatamente o governador da capitania da Bahia, com pompa, um verdadeiro
dom Fernando José de Portugal, ordenou uma devassa para espetáculo para ser visto por
descobrir os autores dos textos. No dia 22, mais papéis foram todos. Mandou construir
afixados. uma forca nova e maior do
A composição da população, com muito mais que a anterior, na praça da Piedade, em frente ao Convento de
indivíduos escravos do que livres, e muito mais negros e mestiços Nossa Senhora da Piedade, centro mais concorrido da cidade de
do que brancos, provocava verdadeiro terror nas autoridades. Salvador.
Elas estavam receosas de se repetir o que houve no Haiti, onde Para esse tipo de punição, as leis indicavam o lugar mais
os escravos se rebelaram, aboliram a escravidão, proclamaram a público possível. Era o castigo exemplar. Luís Gonzaga das
independência em relação à França e criaram uma república, que Virgens e Lucas Dantas de Amorim Torres, ambos soldados, o
começou em 1791, com a morte de todos os brancos da ilha. aprendiz de alfaiate Manuel Faustino dos Santos Lira e o mestre-
Por isso, as tropas militares foram orientadas a reprimir alfaiate e dono de alfaiataria João de Deus do Nascimento foram
violentamente o movimento. A partir dos interrogatórios de enforcados e esquartejados na tarde de 8 de novembro de 1799.
vários suspeitos, 59 pessoas foram presas, mas somente 34 Presos desde o ano anterior, tiveram seus últimos dias
foram acusadas: onze militares, dez alfaiates e os demais com acompanhados por um padre, que deixou um relato detalhado
atividade não informada. sobre eles.
Muitos indivíduos ricos e da elite foram presos, mas Segundo o relato, dois deles tentaram o suicídio, sem
logo liberados. Caso de Cipriano Barata, diplomado em medicina sucesso, e outros dois, Luís Gonzaga das Virgens e o mestre
pela Universidade de Coimbra, dono de lavouras e de escravos, alfaiate João de Deus do Nascimento, estavam enlouquecidos.
libertado em 1799 por falta de provas. O tenente Hermógenes Mais sete pessoas condenadas pelo mesmo delito foram
Pantoja e José Gomes de Oliveira Borges, ambos brancos, foram obrigadas a assistir ao enforcamento, sendo depois desterradas
perdoados. para a África. Depois do enforcamento, partes dos corpos dos
O soldado Luís Gonzaga das Virgens, nosso quatro foram penduradas em locais de passagem da população.
personagem do início do capítulo, era conhecido das Apesar de muitos terem se envolvido nas articulações
autoridades, pois havia desertado do Exército três vezes. Apesar para a revolta, inclusive pessoas ricas e da elite, somente esses
de ter sido punido com trabalhos forçados, foi perdoado. Mas quatro homens tiveram a pena máxima: morte por enforcamento
continuou não gostando da atividade, tendo confidenciado a um e esquartejamento, punição para crime de lesa-majestade.
escravo que a rotina o deixava “agoniado e capaz de morrer”. Os quatro enforcados eram homens pardos,
Além do mais, o soldo estava sempre atrasado e eram obrigados descendentes de escravos e pobres, mas sabiam ler e escrever, o
a usar fardas gastas e remendadas, porque não lhes forneciam que lhes permitiu perceber as injustiças existentes na sociedade
novas, o que alguns consideravam humilhante. Foi o em que viviam: uma sociedade desigual, que punia ainda mais os
reconhecimento de sua letra, em uma assinatura nos seus que tiveram a ousadia de conhecer a palavra escrita.
processos de deserção, que o incriminou, pois os juízes
consideraram ser a mesma letra dos papéis sediciosos.

Exercício

1. As penas para os crimes na sociedade portuguesa eram diferentes dependendo da condição social do acusado. Mas qual era o
motivo de não haver distinção para o crime de inconfidência, em que se previa a pena máxima, a morte?
2. O que foi a derrama?
3. Qual foi o papel de Joaquim Silvério dos Reis na Conjuração Mineira de 1789?
4. Indique quais relações é possível estabelecer entre os fatos históricos abaixo:
a) Inconfidência Mineira.
b) Revolução Francesa.
c) Independência dos Estados Unidos.

5. O título de um artigo sobre a Inconfidência Mineira, do historiador Tarcísio de Souza Gaspar, é “Quem tem boca vai à forca”.
(Disponível em: <http://www. historia.uff.br/impressoesrebeldes/wp-content/uploads/2017/02/Quem-tem-boca-vai-%C3%A0-
forca-Revista-de-Hist%C3%B3ria.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2018.)
A quem o autor do título estava se referindo?
6. A repressão violenta ao movimento de revolta, pelo governo da Bahia, tem explicação? Qual?
7. Justifique o fato de a Conjuração Baiana também ser conhecida como Conjuração dos Alfaiates.
Por que a frase a seguir é falsa?
A Inconfidência ou Conjuração Mineira foi vitoriosa, formando um governo republicano em Minas Gerais.

8. O texto de um dos papéis afixados em prédios em Salvador, em 12 de agosto de 1798, dizia:


Animai-vos, povo bahinense, que está para chegar o tempo feliz da liberdade. O tempo em que todos seremos irmãos, o
tempo em que todos seremos iguais.

• Além de “liberdade”, indique quais palavras do texto acima demonstram as duas outras máximas da Revolução Francesa:
igualdade e fraternidade.

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