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Nome: Alexsander Macedo Reino n º1

Nome: Gabriely de Sales Tokyo nº13 1ºA-EM

Trabalho de História- Inconfidência Mineira

Antecedentes

A capitania de Minas Gerais era a mais rica do Brasil, em razão da extração de ouro e
diamantes na região. A exploração trouxe uma enorme riqueza e fez Minas Gerais
prosperar e crescer. A atenção da Coroa portuguesa sobre sua capitania mais
importante era redobrada e, no século XVIII, a relação entre os habitantes da capitania
e a Coroa começou a demonstrar sinais de desgaste.
Em 1720, por exemplo, aconteceu a Revolta de Vila Rica, motivada pela insatisfação
da população local com os altos impostos cobrados pela Coroa. Outras revoltas
aconteceram, mas não tinham o objetivo de separar a capitania da Coroa portuguesa.

Causas

A Inconfidência Mineira foi resultado da insatisfação da elite econômica da capitania


das Minas Gerais com a política fiscal imposta pela Coroa portuguesa. Essa
insatisfação existiu ao longo de todo o século XVIII, mas a partir da década de 1780
ganhou força e ares de separatismo, dando uma nova dimensão a esse movimento
político.
Não se sabe o momento preciso em que a elite das Minas Gerais começou a
conspirar contra a Coroa, mas se sabe que foi em algum ponto da década de 1780. Os
envolvidos com essa revolta tinham em mente que os impostos cobrados por
Portugal eram excessivos, mas também estavam imbuídos de outros ideais – como a
separação de Minas Gerais e sua transformação em uma república.
A conjuração foi resultado do ressentimento, mas também da percepção de que as
Minas Gerais tinham condições de existir sem a presença de uma Coroa
controladora. Eles tinham noção de que a capitania tinha condições econômicas de
se auto sustentar.
O estopim para a deflagração do movimento contra a Coroa aconteceu durante as
administrações de Luís da Cunha Meneses e do Visconde de Barbacena, ambos
governadores da capitania. O primeiro teve uma administração corrupta que
prejudicou interesses da elite local para favorecimento de seus amigos pessoais.
Já na administração do Visconde de Barbacena, foi enviada uma ordem para realizar
o cumprimento da cota de ouro anual, que era estipulada pela Coroa. Para cumprir
essa cota, foi autorizada a realização da “derrama”, a cobrança obrigatória com o
objetivo de alcançar as cem arrobas de ouro. Isso causou indignação porque a
economia local estava em crise, em virtude da queda na quantidade de ouro extraído.
O que ocorreu

Como reação às medidas de Barbacena, alguns membros destacados da sociedade


mineira da época decidiram organizar uma conspiração contra o governador e a
Coroa. Grande parte dos conspiradores era influenciada pelas ideias de liberdade
propagadas pelo Iluminismo francês – ideias essas que também dariam a tônica da
Revolução Francesa – e por outras vertentes filosófico-políticas do século XVIII.
Tiradentes, isto é, o alferes (membro da cavalaria dos Dragões de Minas) Joaquim
José da Silva Xavier, era conhecedor da legislação republicana do recém
independente Estados Unidos da América. Os poetas Tomás Antônio Gonzaga e
Cláudio Manuel da Costa haviam entrado em contato com as obras de autores
franceses em Coimbra, quando lá estiveram a estudar. Esses e outros conspiradores
rejeitavam o caráter autoritário de Barbacena e também o modelo político absolutista
de Portugal.
De todos os conspiradores, o mais radical foi o alferes Tiradentes, que chegou a
planejar a morte de Barbacena. Toda a programação da revolta contra o governo da
Capitania estava prevista para quando fosse aplicada a derrama de 1789. No entanto,
um dos conspiradores, Joaquim Silvério dos Reis, delatou ao governador Barbacena
toda a conspiração, dando inclusive o nome dos líderes. Silvério acreditava que, ao
fazê-lo, Barbacena perdoaria as dívidas que ele havia contraído. Tiradentes, único a
confessar o crime e assumir a culpa, foi aplicado um processo judicial que durou
quase quatro anos. Sua pena foi a mais dura de todas: foi condenado à morte na
forca.

As principais consequências da Inconfidência Mineira

- Todos os inconfidentes foram presos, enviados para a capital (Rio de Janeiro) e


acusados pelo crime de infidelidade ao rei. - Alguns inconfidentes ganharam como
punição o degredo para a África; e outros uma pena de prisão.
- Porém, Tiradentes, após assumir a liderança do movimento, foi condenado à forca
em praça pública.
- Portugal aumentou a fiscalização sobre a região aurífera para evitar outros
movimentos separatistas semelhantes ao da inconfidência.

Conclusão

Embora fracassada, podemos considerar a Inconfidência Mineira como um exemplo


valoroso da luta dos brasileiros pela independência, pela liberdade e contra um
governo que tratava sua colônia com violência, autoritarismo, ganância e falta de
respeito. Muitos dos seus ideais permaneceram no povo brasileiro e foram
fundamentais em outros movimentos de luta pela liberdade.

Referências
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foi-inconfidencia-mineira.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/inconfidencia-mineira.htm
https://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/inconfidencia_mineira.htm

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