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Antecedentes históricos. A relação entre colonos e a Coroa nunca foi boa, mas,
ao longo do século XVIII, ela foi piorando à medida que os impostos aumentavam. Ao
longo desse século, diversas revoltas aconteceram naquela capitania, e, a partir da
década de 1750, a situação agravou-se porque a política fiscal de Portugal tornou-se
mais rigorosa. Na década de 1750, Portugal era administrada pelo Marquês de
Pombal, e sua administração, conhecida como pombalina, impôs um aumento de
impostos sobre a colônia, visando a reconstrução de Lisboa, que tinha sido destruída
pelo terremoto de 1755. A continuidade de pesados impostos levou os colonos
à conspiração.
Como citado, a razão direta que levou à conspiração foi a insatisfação com a política
fiscal praticada por Portugal. Essa contrariedade sempre existiu, mas alguns
acontecimentos específicos da década de 1780 fortaleceram a ideia de rebelião e
levaram a elite local a organizá-la.
A insatisfação foi transformada em ação contra Portugal, por conta das gestões
de Luís da Cunha Meneses e do Visconde de Barbacena, ambos governadores da
capitania. O primeiro foi governador de Minas Gerais entre 1783 e 1788, e seu
governo ficou marcado pela corrupção e pelo abuso de poder. Ainda conseguiu
irritar as elites locais ao prejudicar os interesses dessas em benefício de seus amigos
mais próximos.
Proclamar uma república inspirada nos moldes existentes nos Estados Unidos;
Silvério acabou sendo seduzido pela possibilidade de acabar com suas dívidas
contando todos os detalhes que sabia da conspiração para a Coroa. Em posse de
informações valiosas, o Visconde de Barbacena cancelou a derrama e iniciou as
prisões e interrogatórios dos nomes que foram denunciados. Em 18 de maio de 1789,
começou a correr a notícia de que a conspiração havia sido denunciada e que todos
os envolvidos estavam em perigo.
O julgamento dos presos estendeu-se por três anos. Entre eles, estava Tiradentes,
que foi preso quando estava no Rio de Janeiro. A sentença saiu em abril de 1792, e as
penas foram diversas: alguns foram condenados à expulsão da colônia e enviados
para a África (degredo), outros foram condenados à prisão perpétua e alguns
foram condenados à morte por enforcamento.
Entre os condenados à morte por enforcamento, todos foram perdoados pela rainha
de Portugal, d. Maria, exceto uma pessoa. Tiradentes foi o único que teve sua pena de
morte mantida e, por isso, foi enforcado no dia 21 de abril de 1792.