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Tudo Sobre Afasias No Estado Do Rio de Janeiro
Tudo Sobre Afasias No Estado Do Rio de Janeiro
UNINORTE
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO:
FONOAUDIOLOGIA NAS LESÕES NEUROLÓGICAS
Professora: Regina Jakubovicz
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Professora Regina Jakubovicz
ETIOLOGIA
1 - TROMBOSE um trombo ou placa arterial bloqueia o fluxo sanguíneo numa área cerebral. É a
causa mais freqüente dos AVC. É ocasionado por uma arteriosclerose ou hipertensão
2 - EMBOLIA um coagulo é liberado de uma artéria do coração e entra na corrente sanguínea. O
embolo fica preso em local de bifurcação cerebral interrompendo o fluxo. Poderá haver sua migração
ou ele poderá desaparecer
3 - ANEURISMA desenvolvimento defeituoso nos vasos ou uma inflamação nos vasos. Poderá haver
ruptura ou não e a ruptura pode ocorrer por esforço físico ou por emoção
4 - TUMORES dependem da qualidade : Podem ser do tipo infiltrante ou não - Podem ser aquosos e
comprimem as estruturas cerebrais temporariamente. São responsáveis pelas afasias transitórias
5 - DOENÇAS DEGENERATIVAS a senilidade e a arteriosclerose
6 - DOENÇAS INFECCIOSAS abscesso cerebrais e inflamações da meninge
7 - TRAUMATISMO CRANIANO produzem sangramentos que invadem as estruturas e forames
Dados
O acidente vascular cerebral é a 3ª causa de morte em pessoas acima de 30 anos, só ultrapassado pelo
infarto do miocárdio:
Acontece tanto em homem como em mulher
Acontece mais depois dos 50 anos de idade
As conseqüências podem ser eliminadas pelas medidas preventivas
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Professora Regina Jakubovicz
Transposições lingüísticas
São chamadas transposições lingüísticas a entrada de um estímulo e a sua saída em outra área do
cérebro sem sofrer modificação, ou seja, o estimulo é repetido da mesma maneira como entrou.
REPETIÇÃO
Tem como canal de entrada o lóbulo temporal, especificamente no Girus de Heschl para tons puros e na
área de Wernicke para palavras e conceitos.
A saída da repetição se dá na área motora, especialmente usando a área de Broca e a área onde fica situado
o aparelho fonador no Homúnculo de Penfield.
EXPRESSÃO ORAL
Tem como canal de entrada, uma elaboração lingüística que utiliza todas as áreas cerebrais.
A saída se dá especificamente na área de Broca e outras áreas motoras já colocadas na transposição de
repetir
COMPREENSÃO
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Professora Regina Jakubovicz
DENOMINAÇÃO
Usa como canal de entrada o lóbulo occipital. É feita conceituação nas áreas de elaboração da linguagem.
O canal de saída será nas áreas motoras de Broca
DITADO e COPIA :
Usa como canal de entrada o lóbulo temporal. O canal de saída é a área motora responsável pela
movimentação da mão.
A copia tem como entrada a área visual e como saída ss áreas motoras responsáveis pelos movimentos da
mão.
A LEITURA EM VOZ ALTA
Tem sua entrada na área visual do lóbulo occipital. O canal de saída usa os movimentos do aparelho
fonador nas áreas motoras.
Nas pessoas altamente alfabetizadas a passagem é direta ao canal de saída sem haver reauditorização
do que foi lido.
Nas pessoas com poucos hábitos de leitura, e na aprendizagem, há necessidade de haver uma
auditorização no girus transversos de Heschl e adjacências
Processos cerebrais
Atenção ⇒ estado de vigília
Analise ⇒ é necessário que o cérebro se fixe numa propriedade independente das demais
Integração ⇒ permite unir todas as características do objeto a ser estocado
Ligação ⇒ depende de uma rede de neurônios
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Professora Regina Jakubovicz
NEUROLINGUSITICA
Estereotipia - Tã tã tã tã Só possui uma parte da linguagem, não consegue emitir a linguagem como
um todo
Agramatismo ou estilo telegráfico - MAÇÃ COMIU BOA não consegue organizar o nome do objeto
na frase,
Paresia - A Ã não consegue articular o nome do objeto, há uma imprecisão das consoantes
Distonia - MATZÃ fala o nome do objeto com força articulatória demasiada, chegando ao ponto de
distorcer a palavra
PARAFASIAS
MAPÃ erro por semelhança fonêmica – parafasia fonêmica
PERA erro por semelhança semântica – parafasia semântica
NAÇÃO erro por semelhança formal; as duas palavras se parecem no som – parafasia formal
DIFICULDADE EM EVOCAR
neologismo - MAÇÃNEIRA cria uma palavra para nomear
jargão - SAMBAGO emite uma palavra sem sentido para nomear
anomia - NÃO SEI não consegue nomear –
perífrase - É VERMELHA usa para nomear apenas um elemento captado: a cor –
PARAGRAFIA GRAFEMATICA
Grafar o fonema de maneira errada, exemplo: quintal quintau - velozvelos - palhaço palhasso
PARAGRAFIA LITERAL
Escrever o palavra de maneira errada com adição, substituição ou omissão de fonemas
exemplo: mancha lancha verdes vede trovão trovrão
ANOMIA
Inabilidade para denominar objetos, ações, idéias, etc. Temos 3 variedades:
1 ) o paciente não consegue emitir o nome do objeto
2 ) o paciente não dá o nome do objeto corretamente, emite uma parafasia, um neologismo ou um jargão
3 ) o paciente emite uma perífrase, isto é, ele descreve o objeto pelas suas qualidades ou pelo uso
NEOLOGISMO :
Frase ou sintagma que é empregado como se fosse um nome com sentido, é identificável, é
apropriado ao contexto mas não consta do dicionário - exemplo: falo fluente o inglês falo fluamente
o inglês – olhei no calendário -olhei no datador - fui cozinhar um ovo - fui ovar - neste plano não se
mexe este plano é imexível.
PERIFRASES
pente é para pentear o cabelo
banana é amarela, a gente tem de descascar, o macaco gosta muito...
JARGÃO
Discurso fluente, mas sem conteúdo semântico; discurso sem sentido. Pode conter: desvios fonêmicos,
verbais, semânticos. Podem haver agramatismos ou neologismos
Frase jargonada:
“Eu não faço sempre de condemar, mas para auger eu feria parolar. Senti que mim devia aflição tendar
audir. Isso é um esparodaso...”
Exercícios de neurolonguistica
Ele comeu....sabe o que é? .... Como chama? é vermelha. Eva comeu... Não sei
Como vai? Ti ti. Seu nome? Ti ti. Já passeou hoje? Ti ti.
Terça feira .... Hospital ....chegou.... Não estava....
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Sinapses
A sinapse é o ponto de encontro com dendritos de outros neurônios
neurônio ativo ===> “disparo” (corrente elétrica) (Potencial de ação)
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FUNÇÕES CORTICAIS
Lobo frontal Planejamento - Iniciativa
Hipocampo (no lobo temporal) Memorização
Cerebelo Equilíbrio - Coordenação motora
Lobo parietal Diferenciação de objetos, das cores das texturas
FUNÇÕES CEREBRAIS
Podem ser analisadas separadamente mas funcionam como um todo.
ORGANIZAÇÃO SIMBÓLICA capacidade de catalogar o material concreto recebido de forma
abstrata
JULGAMENTO DAS RELAÇÕES capacidade de usar o conhecimento adquirido para comparar
e avaliar dentro de certos critérios como: correto, completo, igual, útil, etc...
COGNIÇÃO capacidade de fazer descobertas por meio de etapas elaboradas raciocínio
indutivo, dedutivo, avaliativo, consciência da descoberta feita e depois ter possibilidade de
reconhecê-la a partir do que se conheceu ou se descobriu.
ATENÇÃO capacidade em concentrar-se numa atividade psíquica.
CONCENTRAÇÃO capacidade de manter a atenção por algum tempo numa determinada
atividade sem perda da atenção.
PERCEPÇÃO capacidade de reconhecer os estímulos auditivos, visuais, táteis ou gustativos.
RACIOCÍNIO INDUTIVO capacidade de gerar alternativas lógicas a partir de um determinado
fato.
RACIOCÍNIO DEDUTIVO capacidade de gerar conclusões lógicas a partir dos dados recebidos
CONTROLE DOS IMPULSOS capacidade de saber selecionar e controlar reações a
determinados estímulos de forma apropriada
MEMÓRIA capacidade de inserir e estocar dados e operações
RETENÇÃO capacidade de reter na memória os estímulos recebidos para futuro
reconhecimento
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Afasia de Wernicke
discurso com logorréia contendo neologismos e desvios fonemicos
anomia severa
muita dificuldade para repetir (sobretudo palavras longas e complexas)
dificuldade para fazer o ditado
dificuldade + ou – severa na compreensão oral
na escrita : supressão total ou jargonografias - poderá haver alexia associada ou não
região lesada pé da 1ª circunvolução temporal
REGIÃO PARIETAL
Anomia ou afasia Amnésica
dificuldade acentuada em nomear
muitas parafasias semanticas
muitas perifrases
compreensão normal ou quase (depende da complexidade do teste aplicado)
na escrita: disortografias - na escrita espontanea frases inacabadas - pode haver ligeira ou
severa dificuldade na compreensão da escrita
região lesada lesão parcial do girus angular
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Afasia infantil
Confusão na semiologia:designar da mesma maneira
AFASIA CONGÊNITA
E
AFASIA ADQUIRIDA
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Avaliação
O temo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim “valêre”, e refere-se a ter valor, ser
válido. Conseqüentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de
determinado indivíduo ou estado.
É um processo sistematizado de forma a propiciar adequado grau de confiança de um estado ou
serviço.
Avaliação da afasia
exame do afásico tem como finalidade investigar um dos 3 objetivos abaixo :
Obter o diagnóstico e a classificação da síndrome afásica no que diz respeito à sua localização
cerebral.
Fazer uma avaliação do nível de desempenho do paciente para determinação do início, controle e
evolução cronológica da afasia.
Fazer uma exploração funcional das possibilidades e déficit do paciente em todas as áreas da
linguagem, a fim de utilizá-las como guia terapêutica
A GRANDE VANTAGEM
Encontrar entre os sensórios qual o melhor caminho para a reabilitação:
áudio / fonatórios repetição
áudio / visual leitura labial
viso / fonatórios leitura
viso / manual copia
áudio / manual ditado
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transposições lingüísticas
repetição de palavras simples:
repetição de palavras complexas:
repetição de frases simples:
repetição de frases longas e complexas:
leitura de letras e de silabas:
leitura de rótulos e de palavras:
leitura de frases e de texto:
copia de letras de palavras e frases:
copia de memória
copia de números
soletração áudio-visual e áudio-gráfica:
soletração áudio/viso/gráfica
capacidade de organização metafórica :
ditado de letras e de palavras:
ditado de frases/texto
automatismos da escrita
assinatura
escrever os números de a 1 a 10
escrever as letras do alfabeto
linguagem escrita associativa:
ler e completar as frases:
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Relatório do caso
OS ITENS DO RELATORIO
Linguagem automática e coloquial com pequenas dificuldades
Compreensão da linguagem oral bons resultados
Expressão da linguagem oral grande dificuldade sobretudo na nomeação e evocação
Organização da linguagem oral enorme dificuldade para organizar frases
Transposições lingüísticas
Repetição consegue repetir palavras simples, mas grande dificuldade para repetir estímulos
complexos
Leitura bons resultados na leitura de letras, mas impossibilidade com palavra, frases e texto
Copia sem problemas
Soletração muita dificuldade
Ditado só realiza o ditado de letras
Expressão da escrita consegue escrever seu nome, mas não consegue escrever o alfabeto e
completar frases
Compreensão da escrita ótimos resultados
Expressão da escrita dificuldade na nomeação escrita e na evocação de nomes
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Apraxias:
Transtorno da atividade gestual onde o aparato de execução da ação está intacto e o indivíduo possui
conhecimento do ato que deve executar.
Formas de apraxias:
Construtiva > impossibilidade de desenhar espontaneamente ou de copiar um desenho
Ideomotora > impossibilidade de fazer o gesto sem o modelo dificuldade em idealizar o gesto
ideatória > dificuldade em realizar a seqüência dos gestos
De vestir-se > dificuldade em realizar os atos de vestir-se
Buco-facial > dificuldade com as mímicas da língua
Cinética > dificuldades com os movimentos no ar
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- rir
- estalar a língua
- tossir
- inflar as bochechas
- tocar as bochechas com a ponta da língua
- lamber os lábios
- mostrar como se dá um beijo
- ficar triste e depois rir
Agnosias
Ausência de reconhecimento de sinais ou símbolos recebidos pela audição ou pela visão.
Formas de agnosias:
Visual > falhas em identificar, descrever ou copiar, letras, desenhos ou objetos
Viso/ espacial > (apractognosia) dificuldade em colocar em duas dimensões figuras de uma
dimensão, (transpor no espaço)
anosognosia > não reconhecimento da doença
Das cores > não percepção das cores
autopagnosia > inabilidade em identificar partes do corpo
Auditiva > (surdez verbal) inabilidade em reconhecer sons da língua
amusia > inabilidade em reconhecer as musicas
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PARTE I - colocar na frente da pessoa apenas os quadrados e círculos grandes e dar as ordens:
CERTO ERRADO
mostre o círculo vermelho
mostre o quadrado verde
mostre o quadrado vermelho
mostre o circulo azul
mostre o circulo amarelo
mostre o circulo verde
mostre o quadrado amarelo
mostre o quadrado azul
mostre o circulo branco
mostre o quadrado branco
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DISARTRIA
Lesão específica nas áreas motoras que ocasiona dificuldade no controle dos movimentos.
Características motoras:
Atetóides ( movimentos balísticos )
Espásticos ( resistência aumentada )
Rigidez ( tonus aumentado)
Distonia ( tonus irregular)
Hipotonia ( resistência reduzida )
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Fonação
a) tonalidade - procurar a tonalidade "ótima" - variar a inflexão: ca-réé-ca.
b) intensidade - sustentar a vogal na mesma intensidade
c) qualidade vocal - trabalhar o ataque vocal mais prolongado nas vogais- (carééééca), trabalhar
o ataque vocal suave - tentar evitar escapes de ar obtendo fonação.
Ressonância:
Conseguir o fechamento da válvula do palato; em geral os exercícios oro-faciais não ajudam
muito. Haverá a necessidade de usar compensações; como:
abrir mais a boca
treinar a percepção dos escapes nasais
colocar prótese nos casos mais severos
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Prosódia:
Treinar a ênfase diferente em cada sílaba variando a intensidade, a tonalidade e a duração na
vogal mais acentuada; prolongar, na vogal menos acentuada tentar falar mais rápido.
Respiração:
Não adianta muito aumentar a capacidade vital de respiração do paciente, pois serão os
movimentos articulatórios que irão determinar o melhor uso da coluna de ar.
Compensações necessárias:
falar com o pulmão cheio
não falar usando ar residual
falar em frases curtas
treinar as variações do sopro expiratório
treinar encher e esvaziar o pulmão
Acessórios à terapia:
- levantador de palato
- injeção de teflon
- inibir os movimentos involuntários:
- morder um cachimbo para imobilizar a mandíbula
- colocar uma prótese dentaria em acrílico entre os molares e morder
- amplificação auditiva para levar o paciente a se ouvir melhor
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Dificuldade com o abstrato só consegue lidar com as coisas ou assuntos bem concretos (o que
pode ver e sentir). Não consegue imaginar ou simbolizar.
Inconsistência das respostas consegue dar a resposta certa ou executar bem uma tarefa num
dia ou numa hora e a seguir não consegue mais. Não há retenção do aprendizado.
ALTERAÇÕES VERBAIS
Perseveração continuar com ato ou palavra que era apropriado a uma situação anterior mas
não é mais à próxima. Dificuldade em mudar de atitude.
Estereotipias repetir sempre a mesma palavra ou gesto, seja apropriado ou não. Fica sendo
a única forma de comunicação.
Tema de predileção falar sempre do mesmo assunto ou ficar repetindo a mesma palavra
misturada a outras. Ligada à dificuldade em mudar de assunto.
Ecolalia repetir a ultima palavra ou frase escutada.
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CONTEÚDO
O CONTEÚDO da linguagem pode ser trabalhado levando o paciente a falar sobre o que ele sabe dos
objetos e/ou eventos. As afasias de compreensão
FORMA
Para estimular a FORMA da linguagem temos de levar o paciente a usar o código e as regras
utilizadas pelo falante da língua nos níveis:
1. fonético
2. fonológico
3. semântico
4. morfo-sintáxico
As afasias de expressão e anomias
Disturbios semânticos
Trabalhar o vocabulário e as relações conceituais
Exercícios:
Com antônimos: grande / pequeno , etc
Com classes: roupas } casaco - calça - meia
Com paradigmas: casa} grande - velha - bonita
Com análise/síntese: serve para beber água copo - puxa a carroça cavalo
Com associações: o inverno faz pensar em lareira – casaco , etc. - ventilador faz pensar em
vento - calor – etc.
Com verbos: quebrar o ..... lavar ........ ler o .....
Com adjetivos: o clima é ...... o dia está .....
DISTURBIOS DA MORFO/SINTAXE
Verbos usar ou combinar verbos no tempo presente - passado – futuro
Adjetivos pedir as qualidades de pessoas e objetos (grande - vazio - útil)
Advérbios exercícios com os lugares: em cima / em baixo; de tempo: antes / depois; de modo:
depressa / devagar, etc
Preposições exercícios para preencher as lacunas: casa de campo - ir para o interior
Conjunções exercícios para preencher as lacunas: entrar ou sair - Maria e João, etc
Artigos usar ou combinar o masculino ou feminino: o livro - a casa - os amigos –
Pronomes usar um ou outro : ele/ ela - nós / eles – nossos / deles, etc
USO
Para trabalhar o USO da linguagem seriam feitos exercícios da pragmática:
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Uso da linguagem
Exercícios:
Usa-se objetos ou situações do dia a dia e pede-se ao paciente para:
Dar ou pedir uma informação
Recusar coisas ou situações
Comprar e vender coisas
Trocar objetos com o terapeuta
Falar sobre uma necessidade
Pedir opinião sobre algo
Perguntar sobre ações já passadas
Falar sobre ações a serem feitas
Tp Quero dar um presente, o que vai ser? Uma carteira de moedas ou uma gravata?
Pc prefiro uma carteira
Tp O que vai comprar? um sorvete ou um suco?
Pc um sorvete
Tp porque?
Pc está muito calor
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A COMPREENSÃO AUDITIVA
Processamento primário psico-fisiológico
aspectos da intensidade, freqüência e duração do som
Processamento secundário aspectos da cognição
associações
categorização
reconhecimento
retenção
memória
estado de alerta e de vigília
FACILITANDO A COMPREENSÃO
Repetir várias vezes - usar a redundância
Controlar o barulho de fundo
Dosar o tempo de atenção
Procurar falar sempre de frente para a pessoa
Usar de vez em quanto sinais de alerta (“olha para mim”ou “atenção agora” )
Falar com o paciente em ritmo de fala mais lento
Fazer muitas pausas (para dar tempo ao paciente de processar a informação)
Usar gestos significativos
Dar sempre um feedback para que o paciente possa saber se está acertando ou não
Tentar não mudar a rotina
Usar desenhos ou escrever como apoio
Ensinar ao paciente a fazer perguntas para quando ele não estiver compreendendo
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Professora Regina Jakubovicz
Alexia angular
alexia total (não consegue soletrar, nem ler palavras por outros canais)
perda da leitura de números
escrita impossível (nem ditado nem copia )
desorientação direita/esquerda
Leitura
Apontar as letras e as sílabas escutadas
Escutar letras em seqüência e apontar a seqüência correta
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Professora Regina Jakubovicz
Escreva:
Uma palavra com lh: folha
Uma palavra com ma:
Uma palavra com na:
Uma palavra com sa:
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Professora Regina Jakubovicz
CONCEITO DE RECUPERAÇÃO
Expectativas diferentes em vários segmentos da sociedade
Sociedade só aceita indivíduos pluriaptos
Família deseja o paciente como era antes
Fonoaudiologo quer o melhor que o paciente puder dar
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