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MELANIE
KLEIN
I
LUIS
CLAUDIO
FIGUEIREDO
E
ELISA
MARIA
DEULHÔA
CINTRA
PUBLIFOLHA
Copyright© 2008 Publifolho - Divisão de Publicações do Empreso Folho do Manhã SA
Todos os direitos reservados.Nenhuma porte desta obto pode ser reproduzido, arquivado
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Editor
Arthur Nestrovski
Editor-ossistente
Rodrigo Villelo
Produção grófico
Soraia Pauli Scorpo
Revisão
Daniel Bonomo e Marina Magalhães
Editoração eletrônica
Pólen Editorial
Copo
Publifolho
Imagem do copo
© Welcome Librory, Londres
Retroto de Melonie Klein, realizado em 1952 por Douglas Gloss
Ftgueiredo,Luís Clóudio
Melonie Klein,· luis Clóudio Figueiredo
e Elisa MQrio de Ulhôo Cintra 2-' ed. - Sóo Paulo
Publifolho. 2013 - (Folho Explico;v. 76)
PUBLIFOLHA
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO:
O UNIVERSO KLEINIANO ....................• 7
l. MELANIE KLEIN:
PESSOA,PERSONAGEME CONTEXTOS . . . . . . . . . 19
2. A DÉCADA DE 1920:
O INÍCIO DO PERCURSO ..................... 29
3. A DÉCADA DE 1930:
TRABALHANDO A PARTIR DO LUTO ...........• 39
4. A DÉCADA DE 1940:
RUMO AO MAIS PRIMITIVO ................... 55
5. A DÉCADA DE 1950:
UM PASSOA MAIS NA DIREÇÃO DAS RAÍZES ..... 71
6. O PROCESSOANALÍTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
CRONOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
1
Apresem,1çâo11
INVEJAE GRATIDÃO
Ouçamos, aqui, a voz da própria Melanie KJein, sem
tentar reduzir sua estranheza nem o impacto que nos
provoca, na ausência de alguma preparação, o encon-
tro com esta dimensão da vida psíquica:
PULSÃODE VIDA E
PULSÃODE MORTE
A saúde e a doença psíquicas decorrem de um jogo
entre forças instintivas (ou "pulsionais") antagônicas -
um conflito primário - e de uma relação entre a pes-
soa em processo de formação e o ambiente acolhedor
ou hostil, ao longo do tempo.
Para Melanie Klein, duas polaridades regem a
vida psíquica: a pulsão de vida é a tendência que con-
du? a uma maior integração do aparelho psíquico e ao
crescimento, enriquecimento e fortalecimento do
ego;já a pulsão de morte é a tendência à desintegra-
ção e à desorganização, pela destruição dos outros e de
si mesmo.A pulsão de vida expressa o investimento de
amor: conduz ao movimento de colocar libido e in-
teresse nas pessoas e no mundo e a fazer ligações ca-
pazes de produzir integração e sentido e, muito
14 Mela,1íe
Klem
Rebai.-..;:ar
consiste em aproximar da terra, en-
trar em comunhão com a terra concebida como
um princípio de absorção e, ao mesmo tempo, de
nascimento [... ]; significa entrar em comunhão
com a vida da parte inferior do corpo, a do ventre
e dos órgãos genitais, e, portanto, com atos como
o coito, a concepção, a gravidez, o parto, a ab~or-
ção de alimentos e a satisfação das necessidades na-
turais. Precipita-se não apenas para baixo, para o
nada da destruição absoluta, mas também para o
baixo produtivo, no qual se realizam a concepção e
o renascimento e onde tudo cresce profusamente.-1
SIMBOLIZAÇÃO
A falta de razão e medida de nosso modo mais pri-
mitivo de amar costuma ficar inconsciente, negada,
reprimida e irreconhecível por nós, em nossa vida co-
tidiana. O mais comum é nos defendermos dessa
"realidade" com grande horror, num movimento de
abjeção:"Nunca senti nada disso"; "Que exagero! que
nojo!","Como ela sabe que existe isso no bebê?".Vale
dizer, desde logo, que foi a partir das sessões de aná-
lise com seus primeiros pacientes infantis (à luz tam-
bém dos pacientes adultos em análise) que ela inferiu
a presença de uma força sádica no amor das origens,
com toda a sua dose de violência pulsional.
Melanie Klein enfatizou a descoberta freudiana
de que sexualidade infantil é "polimorfa" e exibe tra-
ços de violência e sadismo. Trata-se de uma formação
heterogênea, berçário de todas as ansiedades (ou an-
gústias) arcaicas.
Essas fantasias inconscientes de desejo e angús-
tia só se transformam em algo tolerável, benéfico e
enriquecedor por meio de um trabalho do pensa-
mento, chamado simbolização.Esse processo coincide
com o trabalho psicanalítico que é, simultaneamente,
uma arte de cuidar, curar e propiciar o desenvolvi-
mento da capacidade de pensar, de reparar e criar,
emancipada das figuras parentais e dos mestres.
Coube a Wilfred Bion a tarefa de elaborar uma
sofisticada teoria do pensar a partir das raízes l<leinianas.
Não se trata do pensamento puramente intelectual,
18 Mcl,1111c
Klcm
PRIMEIROSTRABALHOS
Melanie Klein começou a fazer suas observações clí-
nicas, a escrever e apresentar seus trabalhos em con-
gressos a partir da década de 1920. Nesse período,
ainda não existia um pensamento kleiniano estrutu-
rado, mas ela já era capaz de chamar a atenção de seus
mestres e colegas pela originalidade de suas intuições
e pela coragem de suas propostas clínicas e teóricas.
Analisando crianças psicóticas, neuróticas obses-
sivas graves e também crianças mais saudáveis, Mela-
nie Klein descobriu formas de violência associadas à
sexualidade, como já vimos na Apresentação. Por isso
mesmo que a preocupação com o excesso, a desme-
sura e a insaciabilidade do desejo marcou o seu pen-
samento desde os primórdios.
Nesses primeiros textos da década de 1920, Klein
falou da voracidade,presente nos dinamismos oral, anal e
falice. Na dinâmica oral, ocorrem a fantasia inconsciente
de sucção vampiresca e a incorporação oral do objeto de
amor. Em sua dimensão sádico-anal, a voracidade se ex-
pressa pelo desejo excessivo de posse, assim como pelo
desejo de controle e completo donúnio muscular sobre
o objeto - o que leva o dinamismo "esfincteriano" à fan-
tasia inconsciente de estreitar e estrangular o objeto.
Em sua forma uretra! e falica, trata-se da ambição
desmesurada ou ainda da competição e da fantasia in-
consciente de penetrar, tomar posse e triunfar sobre o
objeto de amor. Em seu texto "Tendências criminosas
em crianças normais" (1927), por exemplo, ela sugere
que o imaginário sádico e ideias ,emelhantes às que
levaram aos piores crimes também estão presentes no
desenvolvimento normal de crianças absolutamente
saudáveis.5
5 Para melhor conhcçer e'>Y t:-poc:J, pode-,c..•recorn:r JO\ texto, c,c..:ntosentre 1920
t' 1932 ou seJa,até .1data de eJ1ç:io do seu livro l':;icm1álisrdr a1,mç,1l-, qul· \l' cn-
contr.un no pnme1ro volume da, obras completas. Um e,tudo mu1unoso dc,,e pro-
co,,1,ccm.1 kle1mano pode ser encontrado no primem:> volumt· J.1 obra dt' Pétot .
.\fcla,11,· J..:kml. SJ.o P.1ulo: Pí'r,pt't:t1v;;a.
1987
J2 Me/ame
Klern
PRINCÍPIOSDA ANÁLISEINFANTIL
O período entre 1926 e 1928 foi bastante fecundo
para a elaboração dos "princípios da análise infantil".
Foi quando se realizou também um simpósio sobre o
assunto, em que Anna Freud apresentou concepções
diferentes, gerando uma polêmica que ajudaria a con-
soüdar a técnica psicanalítica do brincar, a importân-
cia de centralizar a receptividade do analista nas
angústias e culpas da criança e a liberdade de inter-
pretar os conflitos infantis baseando-se na neurose de
transferência, tal como se fazia na análise de adultos.
Nesse período, Klein publicou um texto mar-
cante: "Estágios iniciais do complexo edipiano"
(1928).Já em 1926,Melanie Klein afirmara que o su-
perego existia antes da resolução do conflito edipiano,
contrariando o que tinha sido postulado por Freud,
para quem o superego era o "herdeiro do complexo
de Édipo". Esse superego primitivo, composto de
identificações surgidas nas fases oral e sádico-anal, re-
presentava um grande peso para a criança e uma das
A ,ficadadei9zo 35
A PSICANÁLISEDE CRIANÇAS
O livro A psicanálisede crianças,de 1932, traz vários
escritos anteriores e um relato mais sistematizado de
18 análises infantis, com elementos clínicos que fo-
ram as fontes de inspiração para a criação de suas teo-
rias sobre o funcionamento mental. Embora editado
na década de 1930, esse livro reúne o que de mais im-
portante Melanie Klein produzira na década de 1920.
No conjunto, ela propõe que o ego forma um
mundo interno, de figuras internalizadas, que intera-
gem com os objetos reais pelo processo de projeção
e introjeção. Como resultado do sadismo para com
seus objetos, o ego sofre de ansiedade. Sua principal
tarefa é elaborar suas ansiedades psicóticas,
que aos pou-
cos, à medida que o desenvolvimento se dá, transfor-
mam-se em ansiedades neuróticas.
Aqui, o conceito de "ansiedades psicóticas" re-
fere-se à intensidade e à destrutividade das ansiedades
que ocorrem nas etapas pré-genitais, como já vimos.
De início são ansiedades de perseguição e aniquila-
mento; em seguida, são ansiedades relacionadas à
perda do objeto amado, destruído ou danificado pelo
próprio sujeito. No conjunto, são as ansiedades co-
nhecidas como "terror inominável".
Nesse livro aparecem as primeiras noções de maior
alcance, como a discriminação entre angústia persecu-
tória e culpa, e a importância de transformar o supe-
rego arcaico em um superego desenvolvido, capaz de
experimentar o sentimento de culpa e capaz de levar o
outro em consideração. Quando isso ocorre, no lugar
das ansiedades psicóticas podem emergir as ansiedades
neuróticas, relacionadas ao confronto entre o desejo e
as interdições, o que produz culpa: são angústias peno-
sas, mas bem mais suportáveis que as anteriores.
3. A DÉCADA DE 1930:
TRABALHANDO A PARTIR
DO LUTO
pós o livro de 1932, vinculado à produ-
ção dos anos 1920, Melanie Klein escre-
veu dois textos muito significativos, nos
quais trabalhou intensivamente, sobre o
conceito de "posição depressiva". São eles:"Uma con-
tribuição à psicogênese dos estados maníaco-depressi-
vos", de 1935, e "O luto e suas relações com os estados
maníaco-depressivos", de 1940, que a ajudaram a ela-
borar o luto pela morte de Hans, seu filho mais velho.
Essa perda levou-a a um profundo trabalho de
luto e a um mergulho nas regiões mais escuras e pri-
mitivas de sua história, com perda do apetite para a
vida e certo isolamento do convívio social. O luto é
um processo de aprofundamento da relação do sujeito
com seus objetos internos, a vivência de um despe-
daçamento do mundo interno, que leva à sensação de
caos. A reconstrução do mundo interior e da capaci-
dade de interessar-se novamente pelas pessoas e pelo
mundo envolve, muitas vezes, a criação de uma obra
A dicada
de1930 41
OBJETOPARCIALE OBJETOTOTAL
REPARAÇÃO
A reparação é um mecanismo de defesa que Melanie
Klein havia observado nas sessões de análise, sempre
que as crianças sentiam culpa pelos ataques imaginá-
rios a seus objetos de amor e desejavam devolver a
eles a sua integridade ferida. Nesses momentos, é
muito frequente que as crianças façam desenhos,
queiram colar e consertar os brinquedos quebrados e
expressem com toda clareza a aspiração ao bem-estar
e à saúde das pessoas que amam.
As operações de reparação nem sempre aconte-
cem na medida necessária, podendo ser excessivas,
transformando-se então no que foi chamado de "defe-
sas maníacas". Estas últimas expressam o desejo de anu-
lar todos os ataques realizados na posição paranoide e
devolver a vida e a integridade a todos os objetos ata-
cados. Com a anulação mágica dos efeitos dos ataques
sádicos, são dissolvidos igualmente os perseguidores.As
defesas maníacas libertam a criança da culpa e do medo.
Habitualmente, as crianças gostam de assistir a
desenhos animados na televisão. Neles, muitas vezes os
personagens caem de grandes alturas, devoram-se, es-
traçalham-se, fragmentam-se, voltando logo em se-
guida à sua condição íntegra e à vida. Pode-se dizer
que as defesas maníacas têm essa mesma onipotência,
capaz de fazer e desfazer a morte e anular, pela cura,
todos os ferimentos. Há nas defesas maníacas sempre
44 MelanitKlein
POSIÇÃODEPRESSIVA
E POSIÇÃOPARANOIDE
Um dos resultados patológicos mais graves da oscila-
ção entre depressão e mania são as psicoses maníaco-
-depressivas, os estados bipolares e todas as formas de
depressão e melancolia.
Durante os primeiros cinco anos de vida, ocorre
urna alternância entre posições paranoides e depressi-
vas muito característica, embora, ao longo de toda a
vida, haja uma certa oscilação entre as duas posições e
isso faça parte da saúde mental. Melanie Klein consi-
derou que a elaboração da posição depressiva é o ponto
mais importante do desenvolvimento infantil: nos ca-
sos mais bem-sucedidos, ocorre um predomínio da
posição depressiva sobre a posição paranoide, o que
significa uma firme introjeção do objeto bom, aspecto
que será decisivo para a capacidade de amar e de repa-
rar. Sem isso,as defesas maníacas continuarão prevale-
cendo, e o retorno à posição paranoide será inevitável.
Mas o que significa introjeção do objeto bom?
A introjeção, ao lado da projeção, é um dos me-
canismos de defesa mais fundamentais. Ambos são res-
ponsáveis pela constituição do aparelho psíquico e dos
objetos internos. São também mecanismos regulado-
res de prazer e desprazer.
4b Klein
Mei,111ie
6
CJ.bt"~henur .iqm que o termo em mftl~ por eLt u\.ado - 11u1m~:h- corn.-sponde
•·111c.tmto,". mJ, C'i\J traduç.io mgle'íJ do termo alem.lo Tnrh é bJ.'ít.lntedt\l"unda
,1
J
dt 1930 49
A di<.ida
'
A ,Jicada
de1930 51
O LUTO
O texto de l 940, "O luto e suas relações com os es-
tados maníaco-depressivos", começa falando do luto
e relembrando que é preciso tempo para que se cum-
pra o processo de luto e para que se aceite a perda de
alguém, conformando-se com o veredicto da reali-
dade. Aqui devemos sublinhar a questão do tempo.
É preciso tempo, o tempo da infancia inteira (e ainda é
muito pouco), para elaborar o caos de emoções ambi-
valentes e aceitar, acolhendo-as, tanto a realidade psí-
quica quanto a realidade externa, com suas exigências,
J
52 MeianítKlein
7
O termo sr[{refere-se, no, texto, de Mebme Kle111,ao conJunto dos elemento, da
persorulidade do su1e1to- o que mdu1 c.imo o ego. \eu\ metam\1110) de defesa e Je
mccg:raçãoe ,uas attv1dade,de cemura (o ,upcrego). quanto a vida puls1on.1l.ou 111\•
tmnv.1 que Freud h.w,a alorado no 1d
58 Me/ameKle111
INTROJEÇÃO,PROJEÇÃO,AMOR
Se a identificação projetiva foi apresentada, em pri-
meiro lugar, como uma relação agressiva, como pode
ocorrer a projeção do amor?
O leitor que vem acompanhando a lógica
"agressiva" desse mecanismo surpreende-se ao en-
contrar a descnçào de que aspectos amorosos são
também expelidos e projetados. Nesse caso, os excre-
A decada
de1q40 67
A INVEJACOMO ESTRUTURA
DO DESEJO
Existe na inveja um componente libidinal, uma forte
nostalgia por um estado pleno de satisfação, que se
74 ,\,fef,mie
Klein
A GRATIDÃO
A fruição daquilo que é bom, por outro lado, dá ori-
gem à gratidão e diminui a voracidade e a agressivi-
dade; é necessário sentir gratidão para poder saborear
o que há de bom em si mesmo e nos outros.
A gratidão nasce de um sentimento de perten-
cer, de poder unir-se com o outro e estar feliz: cor-
responde a um sentimento de riqueza interna que
decorre da introjeção de todas as experiências de con-
tato íntimo e feliz que se pôde ter. Esse núcleo de
70 Mei1111íe
Kleí11
\
elanie Klein morreu em 1960, com
78 anos. Sua fama já estava consolidada
na Sociedade Britânica, bem como em
algumas sociedades de psicanálise mais
jovens e dependentes da formação na Inglaterra,
como as latino-americanas. Franceses e, principal-
mente, norte-americanos resistiram durante muito
mais tempo às suas ideias.
Depois dt.>seu falecimento, a influ<7:ncia de Klein
não cessou de se estender pelo mundo afora, tendo
uma forte incidência na psicanálise que se praticava
e ensinava na Argentina e no Brasil nas décadas de
1960 e 1970, bem como, naturalmente, no seio do
grupo kleiniano de Londres.
Passaremos agora rapidamente em revista al-
guns marcos da evolução e da difusão do pensa-
mento kleiniano.
Na Inglaterra, Elizabeth Spillius organizou dois
importantes volumes intitulados .\lc/a,1ic K/611 1bday
l1L....--..-------
ed!fwão 91
Evo/11ç;Jes
'
CRONOLOGIA
1882 - Nasce, no dia 30 de março, em Viena (Áus-
tria), Melanie Reizes, filha de Mariz Reizes
e Libussa Deutsch.
SITES
Bibliografia kleiniana:
http://homepage.ntlworld.com/kate. broom/ ths/Klei
n/klein_biblio.htm
SOBREOS AUTORES
Luís Claudio Figueiredo é psicanalista, mestre, doutor
e livre-docente em psicologia pela USP. Professor do
Instituto de Psicologia da USP e do Programa de
Pós-graduação em Psicologia Clínica da PUC/SP, é
autor de dezenas de artigos e capítulos publicados em
revistas e coletâneas especializadas no Brasil, Argen-
tina, Inglaterra e EUA, e escreveu mais de dez livros
sobre psicologia e psicanálise, publicados no Brasil e
no Chile. Entre eles, destacam-se A1atri.:::cs do pc11sa-
mc11topsicol6gico(1991), Rcvisita11doas psicoloiias: da
à éticados dismrsospsicológicos(1995, 3 1 ed.
epistc111ologia
revista e ampliada, 2004), ambos pela Editora Vozes; e
A i1111e11çqodo psicológico.Quatro séwlos de subjetiuação
(1992), Etica e téwica em psicanálise,em coautoria com
Nelson Coelho Junior (2000, 2ª ed. revista e ampliada,
2008) e Psica11álise:elementospara a clínicaco11te111poránea
(2003), todos pela editora Escuta.
1MACACOS Drauzio
Yarella
2 OSALIMENTOS
TRANSGÊNICOSMarcelo
leite
3 CARLOS
DRUMMOND
DEANDRADE
francisco
Achcar
4 A ADOLESCÊNCIA Contardo
Calligaris
s NIETZSCHE Oswaldo
Giacoia
Junior
6 O NARCOTRÁFICO ManoMagalhães
7 O MALUFISMO Maurício
Puls
a A DOR joáo
Augusto
Figueiró
9 CASA-GRANDE
& SENZALA Roberto
Ventura
10 GUIMARÃES
ROSA WalniceN~eiraGalváo
11 AS PROFISSÕES
DOFUTURO Gilson
Schwartz
12 A MACONHA Fernando
Gabeira
13 O PROJETO
GENOMAHUMANOMônicaTeixeira
14 INTERNET Maria
Ercilia
e
Amorno
Graeff
15 2001: UMAODISSEIANOESPAÇO Arnir!,ibaki
16 A CERVEJA JosimarMelo
17 SÃOPAU LO RaquelRolnik
18 A AI DS MarceloSoares
19 O DÓLAR JoãoSayad
20 A FLORESTA AMAZÔNICA Marceloleite
21 O TRABALHO INFANTIL AriC1pola
22 O PT AndréSinger
23 O PFL flianeCantanhêde
24 A ESPECULAÇÃO FINANCEIRA GustavoPatu
25 JOÃOCABRAL DEMELONETOJoão AlexandreBarbosa
26 JOÃOGILBERTO ZuraHomemdeMello
27 A MAGIA Antôruo
Ra\io Pieruco
28 O CÂNCER RiadNaimYoones
29 A DEMOC RACIA RenatoJanine
Ribeiro
30 A REPÚBLICA RenatoJanine
Ribeiro
31 RACISMO NOBRASIL Lilia
MorinSchwarcz
32 MONTAIGNE Marcelo
Coelho
33 CARLOS GOMES Lorenzo
Mamm1
34 FREUD Luiz
Tenório0lileira
Lima
35 MANUEL BANDEIRA Murilo
Marcondes
deMoura
36 MACUNAÍMA ~oemiJaffe
37 O CIGARRO Mano CesarCarvalho
38 O ISLÃ PauloDaniel
Farah
39 A MODA Erika
Palomino
40 ARTEBRASILEIRA HOJE AgnaldoFarias
41 A LINGUAGEM MÉDICA MoacyrScliar
42 A PRISÃO luisFrancisco
Camlho Filho
43 A HISTÓRIADOBRASIL
NOSÉCULO 1920 (1900-1920) OscarPilagallo
44 O MARKETINGELEITORAL CarlosEduardoLlnsdaSilla
45 O EURO ~lmBinencoun
46 A CULTURADIGITAL Rogério
daCosta
47 CLARICELISPECTOR Yudith
Rosenbaum
48 A MENOPAUSA Silm
Campolim
49 A HISTÓRIADOBRASIL
NOSÉCULO 1920 (1920-1940) OscarPilagallo
50 MÚSICAPOPULAR
BRASILEIRAHOJE Anhur
Nestro~~
(org.)
51 OSSERTÕES Robeno
Ventura
52 JOSÉCELSO MARTINEZCORRÊA Atmar
L"lba~
53 MACHADODEASSIS Alfredo
Bosi
54 O DNA Marcelo
leite
55 A HISTÓRIADOBRASIL
NOSÉCULO 1920 (1940-1960) OscarPilagallo
56 A ALCA Rubens
Ricupero
57 VIOLÊNCIAURBANA Paulo
Sergio
Pinheiro
e
Guilherme
Assis
deAlmeida
58 ADORNO Mareio
Seligrnann-~11-a
59 OSCLONES Mama
L"lchterrnacher-Triunfol
60 LITERATURABRASILEIRA
HOJE Manuel
daCosta
Pinto
61 A HISTÓRIADOBRASIL
NOSÉCULO 1920 (1960-1980) OscarPilagallo
62 GRACILIANORAMOS Wander
Melo
Miranda
63 CHICO BUARQUE Fernando
deBarros
eSilva
64 A OBESIDADE Ricardo
Cohen
e
Maria
Rosaria
Cunha
65 A REFORMA
AGRÁRIA Eduardo
xolese
66 A ÁGUA jose
Galiz1a
Tundisi
e
Takako
Matsumura
Tundi~
67 CINEMABRASILEIRO HOJE Pedro
Butdier
68 CAETANOVELOSO Guilherme
Wisnik
69 A HISTÓRIADOBRASIL
NOSÉCULO 1920 (1980-2000) Oscar Pilagallo
70 DORIVALCAYMMI Francisco
Bosco
71 VINICIUSDEMORAES Eucanaã
Ferraz
72 OSCARNIEMEYER Ricardo
Ohtake
73 LACAN Vladimir
Safatle
74 JUNG TitoR.deA.Cavalcanti
75 O AQUECIMENTO
GLOBAL Claudio
Angelo
76 MELANIEKLEIN luísClaudio
figueiredo
e
Elisa
Maria
deUlhôa
Gntra
77 TOMJOBIM CacaMachado
78 MARX jorge
Grespan
79 ROBERTOCARLOS Oscar
Pilagallo
80 DARWIN Marcelo
le11e
81 PAULOFREIRE Fernando
josé
deAlmeida
a2 VILLALOBOS Fábio
Zanon
83 FUTEBOL
BRASILEIRO
HOJE jose
Geraldo
Couto
84 POLÍTICAS
PÚBLICASMana
M.Assumpção
Rodrigues
85 MÚSICACLÁSSICA
BRASILEIRA
HOJE Sidney
Molina
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Bembo e ~ .e1!, e wnp,-euo
om junho do 2013 pelo Co,pnnt,
sobre pope4 oHwt 90 g.mi
FOLHA I
PsicanálisE
EXPLICA
MElANIE
KLEIN
LUÍS
CLAUDIO
FIGUEIREDO A
ELISA
MARIA
DEULHOA
CINTRA
A estranheza dos formações do inconsciente e dos experiências
primordiais desafia todas as nossas medidas de bom-senso. Foi
Melanie Klein ( 1882-1960), depois de Freud, quem mais contribuiu
para que se compreendo o funcionamento psíquico.
Demanda grandioso de amor, destinado ao desespero e
à angústia: é isso que Klein considera o caráter infantil - quer
dizer, insociável e desamparado - de todo desejo humano, em
sua fonte mais inconsciente e arcaico.
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