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ATIVIDADE AVALIATIVA
MACEIÓ-AL
2023/3
JULIA THAINÁ PEREIRA SOARES
LETÍCIA NEMÉZIO DA ROCHA
ATIVIDADE AVALIATIVA
MACEIÓ-AL
2023/3
RESUMO
Acreditava que podia ter acesso a gênese dos processos psíquicos através do desenvolvimento
e seus estudos sobre a evolução com a educação.
Esteve presente em muitos momentos marcantes na história, como; as duas guerras mundiais,
avanço do racismo nos períodos entre as guerras, revoluções socialistas e guerras para a
libertação das colônias na África que afetaram a Europa: a França é seu país de origem.
Sempre foi bastante ativista, fazendo-se presente em muitos movimentos de protesto, era
esquerdista e sempre lutou contra o sistema! Deixando claro suas ações em prol da liberdade e
cidadania. Sua presença nesses tantos acontecimentos históricos, tenham evidenciado a
influência social sobre o desenvolvimento do pessoal humano. Após se formar em medicina,
se dedicou ao atendimento de crianças com deficiência em instituições psiquiátricas, também
como médico, serviu no exército francês em. 1914 e estava à frente de combate. Notou que
havia algo entre os efeitos que as lesões causavam nas condutas e habilidades desses soldados,
com postulados neurológicos que desenvolveu no atendimento das crianças com deficiência.
Foi requisitado para grandes responsabilidades como falar sobre “ a psicologia da criança” em
conferências e instituições de ensino superior. Uma delas foi soborne, em Paris. Em 1925
fundou um laboratório em uma escola na periferia de Paris. O laboratório era para pesquisas e
realizava atendimento clínico para crianças “normais” como diziam. O laborarão se manteve
ativo durante 14 anos!
“Criança turbulenta” foi a tese do seu doutorado, o mesmo foi publicado em 1925 e nesse
mesmo período a produção estava gigantesca. “Origem do pensamento da criança” também
foi publicado; foi o último livro e nesse mesmo tempo que os livros mais importantes foram
publicados. Lecionou no colégio defrauda ocupando a cadeira de psicologia da educação da
criança. Para facilitar as informações para educadores, criou a revista “Enfance” e divulgava
pesquisas no campo da psicologia. Eram temas variados, confirmando seu interesse pela
multiplicidade de campo onde se dá a atividade e o interesse da criança!
Participou do debate educacional da época, assim como outros movimentos ligados à
educação; estava no comitê responsável pela reformulação do sistema de ensino francês em
1944. A reforma proposta infelizmente não chegou a ser implementada, mas propagava
adequação às necessidades de uma sociedade democrática e as possibilidades características
psicológicas do indivíduo, seu foco sempre foi favorecer o máximo de desenvolvimento das
adaptações individuais e a formação de cada pessoa. Wallon esteve no Brasil em 1935,
“passaram o dia correndo escolas e o morro da mangueira”, segundo o sociólogo.
Wallon tinha uma visão muito ampla de lançava sobre a realidade, são questões amplas de seu
meio social. Essa visão ampla é o marco de sua teoria do desenvolvimento humano e da sua
atuação como ótimo psicólogo, médico e pesquisador.
Ele se dedicou a psicologia genética, observação é o principal método de pesquisa
preconizado pelo autor. Os estudos de psiquismo se situam entre os campos da ciência
naturais e sociais, para Wallon, ser indissociável biológico, ou seja, que não pode dissociar de
uma outra coisa ou de uma outra pessoa, está entre as exigências do organismo e sociedade. A
formação da inteligência é genética e organicamente social, ou seja, a intervenção cultural
vem para atualizar o que já tem construído. “Não podemos pensar em algo que não existe! ”
O sujeito constrói-se nas suas interações. Para entendermos o comportamento da criança e até
mesmo a própria criança, precisamos entender também o seu contato social, familiar e até
mesmo cultural. O desenvolvimento humano é visto em conjunto.
O desenvolvimento psíquico da criança está marcado por contradições, conflitos e resultados
das condições ambientais. Para Wallon, alguns momentos não são superamos e podem
aparecer ou reaparecer em alguma fase da vida e acaba ganhando novos sentidos, diferentes
condições e etc. Cada idade se estabelece um tipo próprio de interações entre o sujeito e seu
meio, essa determinação verdadeira entre a conduta da criança e seu meio, conferem um
caráter de relatividade ao processo de desenvolvimento.
Existem movimentos que provocam mudanças profundas em cada etapa vivida pela criança;
omi retrocessos e reviravoltas do desenvolvimento.
Conflitos podem ser resultados negativos, um desencontro/ desequilíbrio entre o
comportamento da criança e o ambiente exterior ou originários de fatores orgânicos, relativos
a maturação infantil
O desenvolvimento da pessoa se dá numa construção progressiva em que se sucedem fases
em que predominam aspectos afetivos, logo cognitivos. A essa tendência a predomínio de um
aspecto sobre o outro, Wallon dá o nome de predominância funcional. Existem cinco estágios
propostos por Wallon: “impulsivo-emocional” (primeiro ano de vida), “sensório-motor e
projetivo” (até o terceiro ano), o “personalismo” (dos três aos seis anos), “categorial”, e a
adolescência. Cada um desses estágios traz novas conquistas pela etapa anterior.
A comunicação humana em seus primórdios é indicada por Wallon a partir de criança com
sua dualidade e condições de existência. No início da vida há uma relação simbiótica com a
mãe, uma associação vital. Com o nascimento a criança tem que desenvolver a autonomia
respiratória, e todas as necessidades dependem da mãe ou quem cuida da criança. O recém-
nascido não se situa como diferente, só terá essa percepção através das interações sociais e
progressivamente. Durante o primeiro ano de vida, a criança oriente todos os seus atos úteis
em direção ás pessoas, expressões que visam satisfação das necessidades que necessita ter
supridas. É fundamental ressaltar o papel da emoção na teoria de Wallon, e o entendimento do
desenvolvimento da comunicabilidade do bebe. Para ele, a emoção encontra-se na origem da
consciência, operando a passagem do mundo orgânico para social, é importante diferenciar
emoção para afetividade. A emoção é uma manifestação da vida afetiva (como desejos e
sentimentos), porem afetividade é um conceito mais abrangente. As emoções são sempre
acompanhadas de alterações orgânicas (batimentos cardíacos, postura, etc), na forma como os
gestos são executados.
A reação do adulto com as expressões do bebe vão modelando um mutuo entendimento. Com
três meses, a criança já sabe se dirigir as pessoas a sua volta, não só com gritos e aos cuidados
que necessita, mas com sorrisos e sinais de contentamento, e outros. Por volta dos três anos, a
criança passa por um período muito importante do desenvolvimento da sua personalidade,
torna-se o que o Wallon chama de “constelação familiar”. Ela começa a compreender de certo
modo a posição que ocupa em sua família, delimitando sua personalidade, e ganhando
autonomia.
Para os ambientes de hoje, os ambientes das creches são espaços que parecem também
cumprir esse papel e provavelmente traz outras perspectivas para o desenvolvimento da
sociabilidade. Refletir sobre a proposição de Wallon compreende visar a importância do papel
dos espaços destinados a cada pessoa e relações estabelecidas (criança-criança, criança-
adulto, etc) e experiências coletivas que possuem suma importância para contribuição para o
desenvolvimento da criança.