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MOTRICIDADE OROFACIAL

Daniela Diniz

Joana Filipe

Maria Borralho

Raquel Carreiras

ESSLEI- IPLEIRIA
MOTRICIDADE OROFACIAL

Caso da Sr.ª S.I.

Daniela Diniz nº5210445

Joana Filipe nº 5210458

Maria Borralho nº 5210463

Raquel Carreiras nº5210468

ESSLEI- IPLEIRIA

UNIDADE CURRICULAR: Motricidade Orofacial II

DOCENTE: Patrícia Correia

Leiria, abril de 2023


ESTUDO DE CASO

LISTA DE ABREVIATURAS
CIF – Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

OE – Objetivo Específico

OG – Objetivo Geral

UC – Unidade Curricular

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ESTUDO DE CASO

ÍNDICE
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................5
PERFIL FUNCIONAL – CIF ........................................................................................................................6
PLANO DE INTERVENÇÃO .......................................................................................................................9
PLANO DA 1ª SESSÃO DE INTERVENÇÃO ..............................................................................................10
CONCLUSÃO .........................................................................................................................................15
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................16

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ESTUDO DE CASO

INTRODUÇÃO
No âmbito da Unidade Curricular (UC) de Motricidade Orofacial II, lecionado no segundo
semestre do segundo ano do Curso de Licenciatura em Terapia da Fala, foi solicitado pela
docente Patrícia Correia a realização do presente trabalho projeto.

Primeiramente, através da análise dos dados presentes na anamnese, no relatório de


avaliação e nos vídeos disponibilizados pela docente, foi possível o desenvolvimento do perfil
funcional da paciente tendo por base o Modelo da Classificação Internacional da
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) (Leitão, 2004).

De seguida, tendo por base o Perfil Funcional, foi elaborado um plano de intervenção onde
são estabelecidos os objetivos gerais e específicos com o intuito de perceber que áreas
devem ser mais trabalhadas e o tipo de abordagem, privilegiando sempre o bem-estar e
melhora da paciente.

Por fim, e dando seguimento ao ponto anteriormente referido, foi realizado o plano da primeira
sessão de intervenção. Onde foram estipulados os objetivos de sessão, as atividades,
métodos e técnicas que serão desempenhadas, o material a ser usado, as estratégias a serem
desenvolvidas e o comportamento que se espera ser alcançado durante a intervenção.

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ESTUDO DE CASO

PERFIL FUNCIONAL – CIF

Fatores pessoais

Nome: S.I.

Sexo: Feminino

Idade: 45a

Escolaridade: --

Profissão: Auxiliar Pedagógica

Estado Civil: Solteira

Lateralidade: --

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ESTRUTAS E FUNÇÕES

b1263 – Estabilidade Psíquica – Muito descontente com toda a situação em geral,


sobretudo devido ao acompanhamento médico ao nível do seguro do trabalho, no qual
este trauma abrange. (-)

b1343 – Qualidade do sono – Tem um sono agitado, fragmentado e apneia com


necessidade de CPAP. Realiza bruxismo noturno. (-)

b1400 – Manutenção da atenção – Demonstrou um nível elevado de atenção enquanto


realizava os exercícios pedidos pela Terapeuta da Fala. (+)

b2402 – Tontura ou sensação de cair – Faz medicação para as tonturas/vertigens. (-)

b2800 – Dor localizada – Sente dor à palpação nos músculos temporal, masséter,
trapézio e esternocleidomastóideo. (-)

b28010 – Dor na cabeça e no pescoço – Apresenta dor nos músculos da mastigação e na


atm. (-)

b28013 – Dor nas costas – Apresenta hérnias na coluna vertebral e dores acentuadas na
coluna cervical e escapular. (-)

b320 – Funções da articulação – Realiza uma ligeira distorção na produção de sons


fricativos, tem uma articulação cerrada e apresenta um ruido articular (estalo). (-)

b4152 – Funções da coagulação – Em 2016 desenvolveu uma trombose venosa,


necessitando de fisioterapia. (-)

b440 – Funções da respiração – Apresenta bronquite, rinite e sinusite. (-)

b440 – Funções da respiração – Apresenta respiração média/superior e um modo


oronasal. (-)

b450 – Funções respiratórias adicionais – Apresenta dificuldade no bocejo, no espirro. (-)

b5102 – Mastigar – Apresenta mastigação anterior. (-)

b5102 – Mastigar – Apresenta mastigação anterior. (-)

b5103 – Manipulação dos alimentos na boca – Apresenta dificuldades na manipulação


dos alimentos. (-)

b5105 – Deglutição – Apresenta dificuldade na deglutição. (-)

b5105 – Deglutição – Apresenta resíduos na boca após a deglutição do alimento. (-)

b535 – Funções de manutenção do peso – Apresenta obesidade. (-)

b540 – Funções metabólicas gerais – Apresenta alterações metabólicas desde que


realizou a cirurgia bariátrica. (-)

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b710 – Funções da mobilidade das articulações – Apresenta pouca mobilidade de


lateralização da mandibula para ambos os lados. (-)

b7301 – Funções de músculos de um membro – Efetua força nos lábios durante a


mastigação. (-)

b735 – Funções do tónus muscular – Apresenta um fraco tónus da língua. (-)

b765 – Funções dos movimentos involuntários – Exerce briquismo e bruxismo

s310 – Estrutura do nariz – Apresenta narinas pequenas e assimétricas. (-)

s320 – Estrutura da boca – Apresenta uma abertura da boca reduzida. (-)

s3200 – Dentes – Apresenta falta de dentição. (-)

s32040 – Palato duro – Apresenta um palato profundo e ogival. (-)

s3203 – Língua – Apresenta língua geográfica. (-)

s3301 – Orofaringe – Apresenta hipertrofia das amígdalas. (-)

s7103 – Articulações da região cabeça e pescoço – Apresenta pouca mobilidade de


mandibula. (-)

s7108 – Estrutura da região da cabeça e pescoço, outra especificada – Apresenta uma


face longa e assimétrica. (-)

FATORES CONTEXTUAIS E AMBIENTAISFATORES CONTEXTUAIS E AMBIENTAIS

e1100 – Alimentos - Evita trincar e ingerir alimentos grandes, não comendo alimentos
demasiados duros e/ou que seja necessária maior abertura mandibular para a incisão. (-)

e1101 – Medicamentos – Faz farmacoterapias para tonturas e vertigens e, também para


dores. (-)

e355 – Profissionais de saúde – É acompanhada por uma Terapeuta da fala e foi


acompanhada por um Fisioterapeuta e um Estomatologista. (+)

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ESTUDO DE CASO

ATIVIDADES E PARTICIPAÇÃO

d330 – Falar – Apresenta uma ligeira distorção na produção dos sons fricativos, devido a
ausências dentárias. (-)

d4452 – Empurrar – Apresenta dificuldade em empurrar as bochechas com a língua. (-)

d130 – Imitar – Durante a sessão de terapia, imitou os exercícios que a terapeuta da fala
realizou como forma de explicação. (+)

d850 – Trabalho remunerado – Falta bastante ao trabalho devido às consultas e aos


períodos mais dolorosos. (-)

PLANO DE INTERVENÇÃO

Objetivo Geral (OG) 1.: S.I. pretende adequar a sua respiração, tendo em conta as suas
limitações anatomofisiológicas, em todos os contextos.

• Objetivo Específico (OE) 1.1.: S.I. pretende consciencializar-se do seu modo


respiratório.
• OE1.2.: S.I. pretende adotar o hábito da higiene nasal, diária.
• OE1.3.: S.I. pretende consciencializar-se do seu padrão respiratório.
• OE1.4.: S.I. pretende adequar o seu modo respiratório, em repouso.
• OE1.5.: S.I. pretende adequar o seu modo respiratório, durante a mastigação.
• OE1.6.: S.I. pretende adequar o seu modo respiratório, durante a deglutição.
• OE1.7.: S.I. pretende adequar o seu padrão respiratório, em todos os contextos.
• OE1.8.: S.I pretende adequar a sua coordenação pneumofonoarticulatória, permitindo
uma respiração mais eficaz.

OG2.: S.I. pretende adequar a motricidade orofacial, tendo em conta as suas limitações
anatomofisiológicas, em todos os contextos.

• OE2.1.: S.I. pretende consciencializar-se da sua amplitude mandibular.


• OE2.2.: S.I. pretende consciencializar-se dos hábitos nocivos.
• OE2.3.: S.I pretende adequar a sua amplitude mandibular, durante a produção da fala.
• OE2.4.: S.I. pretende adequar a sua amplitude mandibular, durante a incisão.
• OE2.5.: S.I. pretende adequar a sua amplitude mandibular, durante a mastigação.

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OG3.: S.I. pretende adequar a mastigação, tendo em conta as suas limitações


anatomofisiológicas, em todos os contextos.

• OE3.1.: S.I. pretende consciencializar-se da sua mastigação.


• OE3.2.: S.I. pretende adequar a sua incisão durante a mastigação, tendo em conta as
várias texturas dos alimentos.

OG4.: S.I. pretende adequar a deglutição, tendo em conta as suas limitações


anatomofisiológicas, em todos os contextos.

• OE4.1.: S.I. pretende consciencializar-se da sua deglutição.


• OE4.2.: S.I. pretende adequar a musculatura envolvida durante a deglutição.
• OE4.3.: S.I. pretende reduzir os residuos após a deglutição.

PLANO DA 1ª SESSÃO DE INTERVENÇÃO

Contexto: Clínico.

Intervenientes: Terapeuta Da Fala e Utente.

Tempo de Sessão: 45 Min.

Estrutura De Sessão: Individual.

Conversação Inicial. Cerca De 5 A 10min.

OG1.: S.I. pretende adequar a sua respiração, tendo em conta as suas limitações
anatomofisiológicas, em todos os contextos.

• OE1.2.: S.I. pretende adotar o hábito da higiene nasal, diária.


• OE1.4.: S.I. pretende adequar o seu modo respiratório, em repouso.
• OE1.7.: S.I. pretende adequar o seu padrão respiratório, em todos os contextos.

OG2.: S.I. pretende adequar a motricidade orofacial, tendo em conta as suas limitações
anatomofisiológicas, em todos os contextos.

• OE2.3.: S.I pretende adequar a sua amplitude mandibular, durante a produção da fala.
• OE2.4.: S.I. pretende adequar a sua amplitude mandibular, durante a incisão.
• OE2.5.: S.I. pretende adequar a sua amplitude mandibular, durante a mastigação.

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Objetivo de sessão Atividade Material Estratégias Abordagens/métodos/técnicas Comportamento esperado

1.2.1. S.I. pretende


realizar a higiene nasal, 1
vezes em cada narina, no
início da sessão. Deverá ser realizada a
higiene nasal no início
Soro fisiológico, É esperado que a utente tome
de cada sessão, Terapia funcional e abordagem
seringa 20 ml, Reforço positivo consciência da sua higiene nasal
limpando uma narina de genérica
lavatório e a pratique em casa.
cada vez (com recurso a
1.2.2. S.I. pretende
soro fisiológico).
realizar a higiene nasal, 1
vezes em cada narina,
diariamente.

Deverá ser explicado à


utente a forma como irá
1.3.1. S.I. pretende
decorrer a atividade. De É esperado que a utente tenha
identificar na terapeuta o Reforço positivo,
seguida a terapeuta irá Terapia funcional e abordagem consciência de qual padrão
seu padrão respiratório, pistas visuais e táteis
posicionar as mãos da genérica respiratório é o mais adequado e
utilizando a perceção tátil e modelagem
utente junto ao saber produzi-lo.
e visual.
diafragma, de modo a
ser percecionado.

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Objetivo de sessão Atividade Material Estratégias Abordagens/métodos/técnicas Comportamento esperado

A respiração deverá ser


realizada em pé,
sentada e deitada (com
1.3.2. S.I. pretende recurso à maca).
É esperado que a utente consiga
conseguir respirar de um Cronómetro, maca, 2/3 Reforço positivo e Terapia funcional e abordagem
realizar um modo respiratório
modo nasal, durante 2 livros modelagem genérica
adequado no seu dia a dia.
minutos. A respiração deverá ser
realizada deitada com 2-
3 livros em cima do
abdómen.

2.3.1. – S.I. pretende


realizar os exercícios Deverá ser explicado à
É esperado que a utente consiga
propostos acerca da utente de forma como a
realizar os exercícios propostos
coordenação muscular e atividade irá decorrer. A Mioterapia - exercícios isotónicos,
Reforço positivo e com mais facilidade no decorrer
estabilidade dos atividade será composta abordagem específica
modelagem das sessões e que os consiga
movimentos por: abertura da boca (Bacha et al., 2004; Ferraz, 2001)
realizar em casa com menos
mandibulares, 3 vezes rapidamente e fechar
dificuldade
durante 10 segundos lentamente.
cada.

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Deverá ser explicado á


utente a forma como a
atividade irá decorrer. A Mioterapia - exercícios isotónicos,
Reforço positivo e
atividade será composta abordagem específica.
modelagem
por: lateralização da (Bacha et al., 2004; Ferraz, 2001)
mandibula de forma
continua.

Deverá ser explicado á


utente a forma como a
Mioterapia - exercícios isotónicos,
atividade irá decorrer. A Reforço positivo e
abordagem específica.
atividade será composta modelagem
(Bacha et al., 2004; Ferraz, 2001)
por: protrusão da
mandibula.

Deverá ser explicado á


utente a forma como a
Mioterapia - exercícios isotónicos,
atividade irá decorrer. A Reforço positivo e
abordagem específica.
atividade será composta modelagem
(Bacha et al., 2004; Ferraz, 2001)
por: mastigação de boca
fechada (humming).

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Deverá ser explicado á


utente a forma como a
Mioterapia - exercícios isotónicos,
atividade irá decorrer. A Reforço positivo e
Mordedor abordagem específica.
atividade será composta modelagem
(Bacha et al., 2004; Ferraz, 2001)
por: mordida com o
recurso a mordedor.

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CONCLUSÃO

Com a elaboração deste trabalho, foi possível aprofundar os conteúdos lecionados ao longo
da Unidade Curricular de Motricidade Orofacial II.

Através deste trabalho aprofundamos os nossos conhecimentos sobre o Perfil Funcional –


CIF (Leitão, 2004) e para além disso, o mesmo permitiu que compreendêssemos melhor a
elaboração de um plano de intervenção e a construção de um plano para a primeira sessão
de intervenção referente ao caso da S.I.

A elaboração deste trabalho foi muito enriquecedora para o nosso futuro enquanto futuras
terapeutas da fala pois permitiu-nos adquirir bases para um melhor desempenho profissional,
no que toca à intervenção e mais especificamente, ao planeamento de sessão.

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REFERÊNCIAS

Leitão, A. (2004). Classificação Internacional De Funcionalidade, Incapacidade E Saúde.

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