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A vibrante em posição de coda nas falas de graduandos da UFSC: Influências e

Identidades

Raul Felipe Schmidt Machado (UFSC)


Carolayne Loch Hinghaus (UFSC)

Resumo: A pesquisa pretende observar, através de entrevistas feitas com estudantes da UFSC,
as diferentes pronúncias do arquifonema /R/ em posição de coda, buscando comparar as
pronúncias de estudantes nascidos na região de Florianópolis com estudantes do interior do
estado de Santa Catarina e também com estudantes vindos de outros estados do Brasil, tanto
no início, quanto no final da graduação. O objetivo é verificar diferenças e semelhanças na
pronúncia e, principalmente, verificar se a pronúncia local influencia ou não a pronúncia do
estudante externo que inicialmente era diferente da local. Havendo influência, verificar se em
posição medial ou final e em que contexto seguinte na palavra.
Palavras-Chave: vibrante; coda; UFSC; sociolinguística; identidade

Introdução

Nossa pesquisa tem como objetivo a pronúncia da vibrante em posição de coda, ou seja,
o arquifonema /R/, falado por estudantes de graduação da UFSC. O objetivo é investigar a
pronúncia destes estudantes classificando-os por origem geográfica e se estão no início ou no
final do curso. Por origem geográfica temos quatro deslocamentos possíveis (1- Florianópolis;
2- Região Metropolitana de Florianópolis; 3- Interior de Santa Catarina; 4- Outros Estados
brasileiros). Com isto pretendemos observar, através de entrevistas sociolinguísticas,
diferenças e semelhanças na pronúncia do /R/ entre pessoas representantes dos quatro
deslocamentos possíveis, e em cada deslocamento, um de início e outro de final de curso de
graduação, para que então, observadas essas diferenças e semelhanças na pronúncia, possamos
analisar se pessoas dos deslocamentos três e quatro no final da graduação tem a sua pronúncia
influenciada pelo meio social em qual estão inseridos e, encontrada influência, verificar em
que posição e contexto ela ocorre na palavra.
A justificativa da pesquisa reside nestas duas questões finais apresentadas acima. Se as
pronúncias entre os deslocamentos possíveis nesta pesquisa são diferentes entre si, será que
aquelas pessoas que vieram do interior de Santa Catarina e de outros Estados do Brasil, com
suas variadas pronúncias do /R/, ao final da graduação, ou seja, já tendo residido em
Florianópolis por anos, começam a ter a sua pronúncia influenciada pela pronúncia daqueles
que nasceram em Florianópolis e na região metropolitana? Se sim, em que contexto? A
relevância da pesquisa consiste então em observar e analisar se o meio social influencia ou não
na pronúncia das pessoas, tendo aqui como locus uma universidade federal que abarca alunos
de diferentes regiões (e pronúncias), ao mesmo tempo em que está situada em uma cidade com
um falar muito pronunciado e particular e, portanto, possível de definição e observação. Cabe
analisar até que ponto o meio social influencia o local ou influencia aquele que veio de outra
região na pronúncia do /R/ em posição de coda, e até que ponto não influencia, havendo assim
uma posição de manutenção da identidade fonética de cada grupo.
Estamos, em última instância, trabalhando com influências e identidades
sociolinguísticas. Até que ponto o sujeito é influenciado pelo meio social, e até que ponto o
sujeito mantém a sua identidade e não se deixa influenciar?
O arquifonema /R/ em posição de coda, que será nossa variável pesquisada, pode ser
pronunciado no português brasileiro como vibrante dental, vibrante velar, retroflexa, tepe,
fricativa velar ou ainda haver o seu apagamento em final de palavra, e estas diferenças de
pronúncia estão relacionadas a falantes de regiões geográficas brasileiras também diferentes
(GREGIO, 2012).

Na posição de coda silábica no PB, podem ocorrer as seguintes manifestações fonéticas


de róticos: tepes, vibrantes, aproximantes e fricativas. A literatura do PB (CALLOU et
al, 1997; SILVA, 2002; BARBOSA e ALBANO, 2004) aponta a produção da variante
fricativa em falantes de Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e cidades da região
Nordeste do país, como Salvador (BA) e Recife (PE). Já a variante tepe é encontrada
em São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS); a variante vibrante pode ser observada em
algumas regiões de São Paulo (SP). A variante retroflexa é verificada na fala de sujeitos
de cidades do interior, caracterizando o falar “caipira” (GREGIO, 2012)

Em Florianópolis e região metropolitana temos a produção hegemônica da variante


fricativa, igualmente aos falantes do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife, como
nos mostra a citação acima.
A partir destes dados, e com o intuito de verificar influências e identidades fonéticas
nas falas de pessoas em contato, mas que nasceram em diferentes localidades (ou seja, observar
variações ou não nas falas), nossa pesquisa se sustenta na sociolinguística variacionista, que
por sua vez tem em Labov o seu maior nome. Labov vai situar a língua, o objeto da linguística,
no meio social, mais precisamente na fala social dos indivíduos em comunicação uns com os
outros (LABOV, 2008).

Não é possível realizar uma análise das relações estruturais dentro de um sistema
linguístico para só depois recorrer a relações externas (LABOV, 2008, p. 214)

A partir daí Labov vai buscar padrões e variações nas falas destes indivíduos
socialmente contextualizados. A variação pode decorrer por variadas e múltiplas possibilidades
de estratificação social (faixa etária, escolaridade, classe social, status social e prestígio, região
rural ou urbana, profissão, etnia, imigração, contato, etc.).
A língua para Labov, logo, é variável e está em constante transformação, e os “motores”
para tais variações são sociais, mas são sempre variações dentro do possível, dentro de limites
linguísticos, controladas e motivadas por fatores linguísticos e extralinguísticos, e por isso
mesmo, são observáveis, passíveis de pesquisa e análise (LABOV, 2008).
Nesta pesquisa iniciaremos com uma breve revisão bibliográfica, trazendo o aporte de
outros trabalhos sobre o tema, depois iremos elucidar de forma objetiva a nossa pergunta de
pesquisa, nossa hipótese e nossos objetivos, posteriormente apresentaremos nossa
metodologia, e por fim, nossos dados e análises preliminares.

Revisão bibliográfica

No trabalho de Gregio (2012), a autora trabalha também com a verificação da variação


na pronúncia da vibrante em posição de coda silábica, tanto em posição medial quanto final na
palavra, entrevistando quatorze pessoas (duas de cada local: Nordeste, Porto Alegre, São Paulo,
Interior paulista, Santos, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), e o material coletado foi analisado
através do software PRAAT. A autora encontra na sua pesquisa quatro variações básicas de
pronúncia: fricativa (Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Nordeste), tepe (São Paulo e Porto
Alegre), vibrante (São Paulo) e retroflexa (Interior paulista).
Temos também o trabalho de Brescancini e Monaretto (2008) que, utilizando dados do
Projeto VARSUL1, encontraram que na fala sulista predominava a produção de vibrantes e
fricativas do arquifonema /R/, havendo no caso do uso de vibrantes um forte condicionamento
geográfico (ou seja, a diferença da pronúncia do /R/ se dá principalmente por diferença de
origem geográfica, podendo ser muito bem visível esta diferença em um atlas linguístico, por
exemplo).
Em Antunes e Lourdes (2016), as autoras pesquisaram a pronúncia do /R/ em coda
silábica em três cidades de Minas Gerais e identificaram que, além do fator geográfico, o fator
sexo também influenciava na variação da pronúncia. A produção da retroflexa era majoritária
em Uberlândia e Varginha, e a produção de fricativa predominante em Patos de Minas, mas
independentemente da cidade, apenas um homem produziu a fricativa, todos os outros homens

1
Variação Linguística na Região Sul do Brasil.
entrevistados produziram a variante retroflexa, já em relação às mulheres o fator relevante na
variação de pronúncia foi o geográfico.
E Almeida (2018), se utilizando de dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB)
referente ao centro-oeste brasileiro, encontra que a variante de pronúncia do /R/ predominante
na região é a retroflexa, tanto medial quanto final na palavra, e que o apagamento foi mais
produtivo em não-verbos.
O que estes trabalhos demonstram é a importância do fator geográfico na variação de
pronúncia do /R/ em coda silábica, tanto medial quanto final na palavra. Partindo, então, da
premissa que pessoas de diferentes lugares irão pronunciar a vibrante em posição de coda
silábica de diferentes maneiras, cabe investigar se, estes falares diversos estando em contato
entre si por um tempo importante, se influenciam mutuamente (e em que contextos?), ou se há
reforço de identidades.

Questão

Os graduandos dos Deslocamentos 3 e 4, ao final do curso, aproximam a sua pronúncia


do /R/ em coda silábica da pronúncia dos graduandos dos Deslocamentos 1 e 2?
Variável dependente: produção fonética do arquifonema /R/ em posição de coda
silábica medial e final.
Variáveis independentes linguísticas: produção de tepe, fricativa, retroflexa, vibrante
ou apagamento; posição medial ou final na palavra; contexto seguinte na palavra.
Variáveis independentes extralinguísticas: fator geográfico; fator tempo de curso.

Hipótese

Nossa hipótese é de que haverá sim, mesmo que através de poucas ocorrências, e em
determinados contextos específicos, a influência do falar predominante de Florianópolis e
região metropolitana (a fricativa) no falar de graduandos vindos do interior de Santa Catarina
e de outros Estados do Brasil em final de curso que não serão encontradas nos alunos deste
mesmo aspecto em início de curso.

Objetivo

O objetivo central da pesquisa é encontrar ocorrências de influência da pronúncia do


/R/ em posição de coda silábica da variação da região de Florianópolis nos falares das variações
do interior de Santa Catarina e de outros estados brasileiros quando estas variações estão em
contato durante anos, através de graduandos da UFSC. Encontrar se em relação a um aspecto
fonético, neste caso a pronúncia do /R/ em posição de coda, há ocorrência de influência do
meio social na variação ou não.
Como objetivos secundários, pretendemos verificar em que contexto na palavra esta
influência ocorre, se em posição medial ou final, e em que contexto da letra seguinte. Além
disso, observar as diferenças nas pronúncias conforme a região de origem do falante.

Metodologia

Através dos dados de entrevistas sociolinguísticas produzidas por pós-graduandos em


Linguística da UFSC nos anos de 2019 e 2022, feita com graduandos da UFSC de diversos
cursos, utilizaremos especificamente oito entrevistas, sendo duas de cada um dos quatro
Deslocamentos possíveis (1- Florianópolis; 2- Região Metropolitana de Florianópolis; 3-
Interior de Santa Catarina; 4- Outros Estados brasileiros), sendo uma de alguém do início do
curso e a outra de alguém do final de curso.
Cada entrevista selecionada terá anotada as trinta primeiras ocorrências encontradas de
fala do /R/ em posição de coda silábica2, sendo anotado sobre a ocorrência a sua produção
fonética, a posição na palavra e o seu contexto seguinte na palavra.
Em posse destes dados, nós verificaremos as ocorrências de alunos dos Deslocamentos
3 e 4 em final de curso que pronunciam nosso objeto de pesquisa de forma semelhante à
pronúncia predominante dos alunos dos Deslocamentos 1 e 2, verificando nestes casos de
influência também a posição na palavra e o contexto seguinte.

Descrição e Análise preliminares

Conforme mencionado anteriormente, foram analisadas oito entrevistas, sendo duas de


cada deslocamento (início e fim de curso de graduação da UFSC). Abaixo é possível observar
um panorama das entrevistas analisadas:

Entrevistado Deslocamento Nascimento Curso

Entrevistado 1 1 Florianópolis - SC Início

Entrevistado 2 1 Florianópolis - SC Final

Entrevistado 3 2 São José - SC Início

2
A análise será iniciada após os dez minutos iniciais da entrevista, pois no período inicial da entrevista há maior
probabilidade dos entrevistados policiarem suas falas, o que não seria interessante para a presente pesquisa.
Entrevistado 4 2 São José - SC Final

Entrevistado 5 3 Mafra - SC Início

Entrevistado 6 3 Cunha Porã - SC Final

Entrevistado 7 4 São Paulo Início

Entrevistado 8 4 São Paulo Final

Após análise dos dados coletados podemos afirmar que, assim como afirmam
Brescancini e Monaretto (2008), há predominância da pronúncia do /R/ em posição de coda
como fricativa por parte dos alunos provenientes dos deslocamentos 1 e 2, ou seja, moradores
de Florianópolis e suas proximidades. Os alunos pertencentes ao deslocamento 1 fazem uso,
quase que categórico, da fricativa velar desvozeada [x], tanto em coda medial quanto final. As
únicas variações observadas, por parte dos entrevistados do deslocamento 1, ocorreram na coda
em posição final, quando a palavra seguinte era iniciada por vogal. A variação nesses casos
ocorreu com uso do tepe [ɾ], tal variação pode ser observada por ambos os entrevistados. Veja
os exemplos de variação encontrados:

Palavra com /R/ em Coda Palavra Seguinte Execução do /R/

por ele [ɾ]

por enquanto [ɾ]

por obrigação [ɾ]

melhor amigo [ɾ]

Já no deslocamento 2, apesar da predominância do uso da fricativa velar desvozeada


[x], ocorreram variações com o tepe [ ɾ ] em posição medial e final, mesmo a palavra seguinte
não iniciando com vogal, conforme as ocorrências:

Entrevistado 3: Entrevistado 4:
Ao contrário do que ocorre nas variações observadas pelos falantes provenientes do
deslocamento 1, no deslocamento 2, não foram observados padrões para explicar a motivação
para a variação, podemos apenas constatar que tal variação se deu em coda final, nos dados do
entrevistado 3 e em coda medial no entrevistado 4. É importante destacar que, das sete
ocorrências da palavra “perto” na análise do entrevistado 4, ocorreram quatro usos do tepe [ɾ],
ou seja, [ˈpɜɾtu] e três ocorrências da fricativa velar desvozeada [ x ], [ˈpɜxtu]. Podemos
observar que a mesma pessoa varia os usos do /R/ em posição de coda, porém a motivação não
pôde ser encontrada apenas com a análise desses dados. Podemos apenas supor que seja
interferência de pessoas de seu convívio ou dos meios de comunicação nacionais, por exemplo.
Ao analisarmos os usos do /R/ em coda na fala do entrevistado 5, nascido em Mafra-
SC, podemos observar o uso categórico da variante retroflexa [ ɹ ], nos exemplos analisados.
Pelo fato do estudante estar no início do curso, acreditamos que esse curto período de tempo,
em que ele mora em Florianópolis não foi o suficiente para que o meio influenciasse sua fala.
Já na análise dos dados do entrevistado 4 podemos observar o uso da vibrante múltipla [ ř ] em
96,7% das ocorrências de /R/ em coda, mas também uma ocorrência (3,3%) da fricativa velar
desvozeada [ x ]. Algumas ocorrências:

Palavra com /R/ em Coda Execução do /R/

particular [x]

morte [ ř ]

importante [ ř ]

parte [ ř ]

perto [ ř ]

Como podemos observar no quadro acima, a variação com a fricativa velar desvozeada
[ x ] ocorreu na palavra “particular”. A fim de formularmos hipóteses para tal variação,
observamos também as outras ocorrências do /R/ antes de “t”, porém como podemos observar
acima, não houve variação. Sendo assim, podemos supor que o meio esteja influenciando,
mesmo que de forma lenta, na fala do entrevistado 6, uma vez que a realização predominante
do /R/ em coda na região de Florianópolis é a fricativa [ x ].
Por fim, no deslocamento 4, analisando os usos do /R/ por parte do entrevistado 7,
podemos afirmar que o falante produz a vibrante em posição de coda de duas formas, utilizando
por vezes a retroflexa [ ɹ ] e o tepe [ ɾ ]. O entrevistado não deixa transparecer qual forma ele
prefere já que os usos de ambas as vibrantes ocorrem quantitativamente de forma basicamente
igual. Alguns exemplos:

Palavra com /R/ em Coda Execução do /R/

transporte [ɾ]

norte [ɹ]

parte [ɾ]

certo [ɹ]
Mas quais motivações levam o entrevistado 7 a realizar tais variações? Estaria ele
tentando não usar a vibrante retroflexa, variante comum do seu local de origem, para se
aproximar da variante utilizada no novo meio? Apenas com base nos exemplos analisados não
é possível afirmar quais as motivações por detrás dessas variações, podemos apenas levantar
algumas hipóteses, para as quais seriam necessárias maiores investigações, a fim de comprová-
las ou refutá-las.
Já o entrevistado 8, vindo também de São Paulo, apesar de morar mais tempo em
Florianópolis, varia muito menos seus /R/ em posição de coda. Veja a variação realizada pelo
entrevistado 8:

O entrevistado 8 utiliza quase que na totalidade dos exemplos analisados a vibrante


retroflexa [ ɹ ] e varia apenas em duas palavras com o uso do tepe [ ɾ ], nas palavras “porque”
e "curso". A palavra “curso” aparece três vezes na amostra analisada, sendo duas vezes falada
com a vibrante retroflexa [ˈkuɹsu] e uma vez com uso do tepe [ˈkuɾsu].
Analisando apenas os dados dos entrevistados 6 e 8, ou seja, vindos de outras regiões e
que estão morando a mais tempo em Florianópolis podemos observar os seguintes usos da
vibrante em coda:
Podemos observar que nossa hipótese inicial não se concretiza, pois dos sessenta
exemplos analisados apenas um teve a vibrante fricativa [ x ], a qual é a variante predominante
em Florianópolis.

Considerações Finais

Com base no estudo realizado podemos observar que, apesar de ocorrerem variações
quanto aos usos da vibrante em posição de coda, não encontramos ocorrências suficientes de
influência da pronúncia do /R/ em posição de coda silábica da variação da região de
Florianópolis nos falares das variações do interior de Santa Catarina e de outros estados
brasileiros. Nossa hipótese inicial era de que os alunos vindos de outras regiões de Santa
Catarina e até de fora do estado, uma vez convivendo com o “sotaque” florianopolitano,
poderiam ser influenciados e assim incorporar ao seu modo de falar aspectos fonéticos do novo
meio. Porém tal hipótese não se comprova a partir dos dados analisados.
Nos parece que a produção fonética do /R/ em posição de coda silábica no português
brasileiro, que tem na questão geográfica um importante fator de variação, porém, sem haver
nenhuma pronúncia específica que se sobressaia em prestígio nacional em relação às outras, e
nem uma que sofra mais preconceito do que as outras (talvez apenas a retroflexa?), a influência
do meio social, neste quesito específico, não tenha tanta força. A identidade linguística, frente
a isso, tem a tendência a se manterem, diferentemente do caso de outras possíveis variações
fonéticas.

Referências

ALMEIDA, E. de F. de. Os róticos em coda silábica na região centro-oeste do Brasil.


Dissertação. Mestrado em Estudos da Linguagem. UEL, Londrina. 2018
ANTUNES, L. B; LOURDES, R. L. de. A variação do fonema /R/ em coda silábica nas cidades
de Patos de Minas, Uberlândia e Varginha. Caleidoscópio. Ouro Preto-MG, v.4 n.7, jul/dez
2016

BRESCANCINI, C; MONARETTO, V. N. de O. Os róticos no sul do Brasil: panorama e


generalizações. SIGNUM: estudos linguísticos. Londrina, n. 11/2, dez 2008

GREGIO, F. N. Variantes do “r” em posição de coda silábica: um estudo fonético-acústico.


Revista Intercâmbio. São Paulo: LAEL, PUCSP, 2012

LABOV, W. Padrões Sociolinguísticos. São Paulo, Editora Parábola. 2008

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