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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

Gabinete da Presidência
Teodomiro Braga da Silva
Chefe do Gabinete – Diretor

Diretoria de Educação e Tecnologia – DIRET


Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia

Serviço Social da Indústria – SESI


Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente do Conselho Nacional

SESI – Departamento Nacional


Robson Braga de Andrade
Diretor

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Superintendente

Paulo Mól Júnior


Diretor de Operações

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI


Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Nacional

SENAI – Departamento Nacional


Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral

Júlio Sérgio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor-Adjunto

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações

Instituto Euvaldo Lodi – IEL


Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Superior

IEL – Núcleo Central


Paulo Afonso Ferreira
Diretor-Geral

Eduardo Vaz da Costa Júnior


Superintendente

Diretoria de Inovação
Gianna Cardoso Sagazio
Diretora
LIVRO DO DOCENTE

Brasília
2020
© 2020. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico, fotocópia, de grava-
ção ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI.

SENAI/DN
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional
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Quadra 1 – Bloco C
Edifício Roberto Simonsen
70040-903 – Brasília-DF
Tel.: (0xx61) 3317-9000 Serviço de Atendimento ao Cliente – SAC
Fax: (0xx61) 3317-9994 Tels.: (61) 3317-9989 / 3317-9992
http://www.portaldaindustria.com.br/senai/ sac@cni.org.br
i 1
A Organização Curricular
2
Introdução Mundo do Trabalho
do Ensino Médio

p. 8 p. 11 p. 15

3 4
Orientações Didático-
5
Orientações para
Competências para a Vida -pedagógicas para o
Avaliação do Processo de
e para o Trabalho no Desenvolvimento das
Aprendizagem no
Século XXI Situações de Aprendizagem
Mundo do Trabalho
do Mundo do Trabalho

p. 19 p. 33 p. 49

6 7 R
O Acolhimento dos Situações de Aprendizagem
Referências
Estudantes para o Mundo do Trabalho

p. 61 p. 77 p. 223
Nas duas últimas décadas, a educação enfrentou desafios sem precedentes com as
mudanças radicais mobilizadas pelas novas tecnologias. O fato é que o volume de
informações produzido não mais permitia tratar o ensino com base no princípio do
acúmulo de conhecimentos. Para atender a esse novo paradigma, a formação do
estudante deveria ter como foco a construção e o desenvolvimento das competên-
cias que a sociedade do século XXI requer: a preparação científica e a capacidade
de utilizar diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação de forma eficiente e
eficaz, e a autonomia e disposição para se manter aprendendo ao longo da vida.
Assim, a implantação da reforma da educação, preconizada pela Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/1996), segundo educadores respon-
sáveis pela sua concepção, “trazia um novo enfoque educacional, mais moderno e
voltado para as exigências de uma sociedade em mudança, e um mundo do traba-
lho em processo de reorganização da sua capacidade produtiva” (CORDÃO, 2006).
A análise do cenário educacional brasileiro reafirma a importância de se esta-
belecer um compromisso com a democratização das conquistas e benefícios da
produção do conhecimento, na perspectiva da cidadania e da inclusão, com a
proposição de um novo ensino médio para atender à realidade social do país e
às legítimas aspirações da juventude. Reafirma-se, também, a importância da for-
mação técnica e profissional como fator decisivo para, de forma mais imediata, o
jovem entrar e permanecer no mundo do trabalho, a partir de modelos de ofertas
de ensino médio mais flexíveis.
Nessa perspectiva, o novo ensino médio, estabelecido pela Lei nº 13415/2017, traz
como horizonte uma formação plena e emancipatória que articule cultura geral e
cultura técnica, que favoreça a inserção do jovem no mundo do trabalho e a con-
tinuidade de seus estudos. Para isso, sua concepção deve considerar aportes de
naturezas diferenciadas, que passam pela garantia de acesso, pela permanência e
aprendizagem desse contingente de jovens nas escolas, pela integração curricular
entre a formação básica e a profissional, pela sintonia das ofertas educativas (com

8
definição de cursos, metodologias e currículos) com as vocações econômicas e culturais, arran-
jos produtivos locais e outras condições do contexto social dos educandos, além do processo
de formação continuada dos docentes.
O novo ensino médio brasileiro precisa responder não apenas aos desafios já mencionados, mas
também às novas exigências que estão colocadas pela realidade contemporânea. Vivemos em
uma época de crescimento e transformações exponenciais e estamos na quarta revolução in-
dustrial. Nesse cenário, já são observadas transformações significativas nas diferentes ocupa-
ções. As mudanças tecnológicas têm promovido o declínio das atividades manuais e rotineiras
e o aumento daquelas que exigem, por um lado, maior abstração para lidar com problemas
complexos e, por outro, mais sensibilidade para trabalhar de forma colaborativa e criativa.
O fato é que a lógica da sociedade atual e a organização do mundo do trabalho contemporâ-
neo estão pautadas em novos pilares que desafiam a estrutura atual do nosso sistema escolar.
Nessa perspectiva, a escola precisa desenvolver metodologias e abraçar novas tecnologias que
favoreçam o desenvolvimento de conhecimentos e competências que preparem crianças e jo-
vens para lidar com os desafios que o futuro aponta.
É nesse contexto que se insere a proposta SENAI – Mundo do Trabalho – com o objetivo de con-
tribuir de forma inovadora para a formação humana, profissional e técnica dos jovens, por meio
do desenvolvimento do autoconhecimento, do conhecimento de alternativas para a escolha da
profissão e do primeiro desenho de um projeto de vida e carreira.
Assim, este módulo, a ser inserido no primeiro ano de cursos de Ensino Médio, busca propor-
cionar ao estudante uma base para que, depois de cursar a Base Nacional Comum Curricular,
escolha de forma consciente um dos itinerários propostos, o que poderá incluir o V, de forma-
ção técnica e profissional.
É oportuno salientar que essa proposta está sustentada pela Metodologia SENAI de Educação
Profissional, devendo ser desenvolvida por meio de situações desafiadoras e contextualizadas
que conduzam o estudante ao protagonismo. Desse modo, o Mundo do Trabalho, com 200
(duzentas) horas de duração, será abordado por meio de situações desafiadoras, que serão pe-
dagogicamente consolidadas em situações de aprendizagens.

Finalmente, as situações desafiadoras devem privilegiar a mo-


dalidade projeto, tendo em vista que o resultado final será a ela-
boração de um Projeto de Vida e Carreira individual, que, conso-
lidado em documento, deve servir tanto como repositório das
reflexões de cada estudante quanto como referencial para sua
trajetória como profissional em formação ao longo da vida.

9
10
1 A Organização Curricular
do Ensino Médio

Na oferta do novo Ensino Médio, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ocupa 1.800 horas, distri-
buídas ao longo dos três anos de duração, e cada um dos possíveis itinerários formativos será desen-
volvido em 1.200 horas, também distribuídas ao longo do mesmo período.
A representação gráfica a seguir apresenta o novo Ensino Médio com a BNCC e os cinco possíveis iti-
nerários formativos com suas respectivas ênfases. Ressalta, ainda, que a opção pelo V – Formação Téc-
nica e Profissional, além de certificar o estudante como concluinte do Ensino Médio, como os demais
itinerários, o habilita como técnico, dando-lhe, logo após a formação, a oportunidade de inserção
imediata no mundo do trabalho.

NOVO ENSINO MÉDIO


Itinerários formativos

Habilitação
profissional técnica
Mundo do trabalho +
V - Formação módulo integrador +
de nível médio +
técnica e módulo específico certificado de
profissional (1.200 horas) Ensino Médio

Com ênfase em língua


portuguesa, língua
I - Linguagem e inglesa, língua Certificado de
Mundo do Trabalho

suas tecnologias estrangeira, educação Ensino Médio


física, artes (1.200
horas)
Ensino superior
BNCC 1.800 horas

II - Matemática e Com ênfase em Certificado de


suas tecnologias matemática (1.200 Ensino Médio
horas)

III - Ciências Com ênfase em Certificado de


Carlos André Marques de Andrade (2018)

naturais e suas Biologia, Física, Ensino Médio


tecnologias Química (1.200 horas)

VI - Ciências Com ênfase em


Humanas e História, Geografia, Certificado de
Sociologia, Filosofia Ensino Médio
sociais aplicadas (1.200 horas)

Figura 1 - Representação gráfica do novo Ensino Médio com ênfase no V Itinerário Formativo
Fonte: SENAI/DN (2020)

11
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Desse modo, sendo o itinerário formativo V – Formação Técnica e Profissional a proposta de formação
do SENAI para o Ensino Médio, cabem alguns esclarecimentos que serão feitos a seguir.
Mais do que a simples justaposição de dois currículos independentes, a oferta deve ser integrada, su-
pondo um planejamento em que os desempenhos previstos para serem alcançados pelos estudantes
no Ensino Médio sejam articulados em conjunto com o itinerário formativo, de forma que os primeiros
sejam os fundamentos dos seguintes.
Essa articulação deve respeitar tanto os tempos previstos para que a integração seja efetiva quanto a
graduação existente entre as complexidades de cada desempenho.
Observe a figura a seguir:

Itinerário V - formação técnica e profissional (1.200 horas)

1º ano 2º ano 3º ano

Mundo do
Formação técnica Trabalho
e profissional 200 horas
Módulo
integrador Módulo(s)
Linguagem e suas 400 horas específicos(s)
tecnologias 600 horas

Matemática e
Habilitação
suas tecnologias
800 horas profissional
técnica de nível
médio +
Ciências naturais 600 horas Certificado de
e suas Ensino Médio
tecnologias 400 horas

Ciências
Humanas e
sociais aplicadas
1.000 horas 1.000 horas 1.000 horas
Davi Leon (2020)

BNCC - 1.800 horas


* ao concluir o Ensino Médio mais o Curso técnico, o estudante recebe o diploma de Técnico.
Figura 2 - Fluxo de formação do novo ensino médio com itinerário V – Formação Técnica e Profissional
Fonte: SENAI/DN (2020)

Assim, para o primeiro ano, estão previstas 800 horas para o Ensino Médio e 200 horas para o Mundo
do Trabalho. A oferta desse módulo no primeiro ano é a estratégia adotada pelo SENAI para assegurar
que os estudantes façam suas opções por um Itinerário, fundamentando-se em:

12
CAPÍTULO 1 | A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

a) Autoconhecimento.
b) Visão contextualizada do mundo do trabalho.
c) Estabelecimento de um projeto de vida e carreira realista.

No segundo ano estão previstas 600 horas para o Ensino Médio e 400 horas para o V itinerário – For-
mação Técnica e Profissional, na modalidade curso técnico. A formação profissional no segundo ano
consiste em um Módulo Integrador, que mantém estreita relação com a área tecnológica em que o
curso técnico está inserido.
Por fim, no terceiro ano estão previstas 400 horas para o Ensino Médio e 600 horas para o V itinerário
– Formação Técnica e Profissional, na modalidade curso técnico. Essa formação no terceiro ano tem
como foco a ocupação profissional específica, tendo em vista a diplomação na respectiva habilitação
profissional técnica de nível médio.
Outra forma de ver essa proposta, com ênfase nas cargas horárias, está no quadro a seguir:

1° Ano 2° Ano 3° Ano


Ensino Médio For. Téc. e Prof. Ensino Médio For. Téc. e Prof. Ensino Médio For. Téc. e Prof.

800 h 200 h 600 h 400 h 400 h 600 h


1.000 horas 1.000 horas 1.000 horas

Ensino Médio: 1.800 horas

V Itinerário – Formação Técnica e Profissional – Curso Técnico: 1.200 horas

Total: 3.000 horas


Quadro 1 - Carga Horária do novo Ensino Médio, com o V itinerário formativo – Formação Técnica e Profissional, na modalidade Curso Técnico
Fonte: SENAI/DN (2020)

Como fica claro, outra condição indispensável para que a integração


se efetive entre os currículos do Ensino Médio e da Formação Técnica e
Profissional é que o currículo do primeiro esteja adequado aos requisi-
tos demandados pelo currículo da Educação Profissional.

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

14
2 Mundo do Trabalho

O Mundo do Trabalho, com 200 horas, integra-se ao currículo do curso técnico e à nova proposta
do ensino médio como parte inicial de todos os itinerários formativos, conforme descrito na Figura
“Fluxo de formação do novo ensino médio com itinerário V”, sendo conduzido por desafios que têm
por objetivo provocar os estudantes ao desenvolvimento de competências do profissional do futuro
e à construção de um projeto de vida e carreira. Esses desafios são o fio condutor das três etapas que
compõem o Mundo do Trabalho.

MUNDO DO TRABALHO
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3
Autoconhecimento Mundo do Trabalho Projeto de Vida e Carreira

Quadro 1 - Mundo do Trabalho


Fonte: SENAI/DN (2020)

2.1 ETAPA 1: AUTOCONHECIMENTO


A etapa do Autoconhecimento tem como objetivos:
• identificar interesses, sonhos, desejos e perspectivas de futuro;
• refletir sobre valores e crenças;
• identificar talentos, habilidades e inclinações profissionais;
• facilitar a relação do estudante consigo mesmo e com os outros;
• fortalecer a consciência do estudante sobre sua singularidade no processo de planejamento
da sua trajetória profissional.

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

2.2 ETAPA 2: MUNDO DO TRABALHO


A segunda etapa tem por objetivo a informação profissional e o desenvolvimento de competências
para o profissional do futuro, considerando que o estudante, nessa fase da vida, ainda não dispõe de
conhecimento sobre as competências futuras exigidas, a complexidade do mundo do trabalho e a gama
de profissões presentes, o que muitas vezes acarreta dificuldade de escolhas vocacionadas e factíveis.
Nesse contexto, essa etapa se propõe a ampliar o conhecimento do estudante sobre as funções de-
sempenhadas pelos distintos profissionais, buscando despertar seu interesse e abrir novas perspecti-
vas de trajetória profissional.
A ideia é oferecer oportunidade para que faça opções conscientes e mais bem fundamentadas com
relação às diferentes possibilidades de formação profissional, e construa sua trajetória desenvolven-
do, desde o início, competências necessárias para a vida e para o trabalho no século XXI.

Davi Leon (2020)

Nesse momento, é relevante, ainda, que o estudante entenda que o mundo do trabalho é dinâmico e
que, por isso, surgem novas funções e ocupações que convivem com profissões sólidas e tradicionais.
Além disso, um olhar mais atento permite observar que algumas profissões deixam de existir com-
pletamente e outras se modificam, tendo, inclusive, parte de suas funções substituídas por soluções
tecnológicas.

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CAPÍTULO 2 | MUNDO DO TRABALHO

2.3 ETAPA 3: PROJETO DE VIDA E CARREIRA


Na última etapa do Mundo do Trabalho, os estudantes elaboram um plano para concretizar a carreira
profissional almejada, a partir de seus interesses, talentos, desejos, suas inclinações e potencialidades.
O itinerário de formação que ele deverá cumprir para transformar seu sonho em realidade deve ser
concebido, estruturado e assumido no momento inicial do curso.

Davi Leon (2020)

Para isso, o jovem deverá planejar sua carreira, considerando aspectos pessoais e o cenário do mun-
do do trabalho, principalmente na sua região, estruturando um plano de carreira que consolide seus
sonhos em planos concretos.
Um plano ambicioso como este pode – e certamente vai – sofrer alterações ao longo do curso e da
vida. Mas sua função, como ponto de partida e consolidação de reflexões, estará cumprida.
A matriz curricular completa orienta você, docente, em relação às capacidades a serem desenvolvidas
e os conhecimentos a serem abordados ao longo do desenvolvimento do módulo com os estudantes.
Ela também permite uma visão completa do módulo e dos seus conteúdos, a fim de favorecer uma
abordagem integrada, que não deixe margem a fragmentações. Você encontra a matriz curricular
completa no Apêndice A.

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

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Competências para a Vida
e para o Trabalho no
Século XXI
O Mundo do Trabalho traz como reflexão central as competências para a vida e para o trabalho reque-
ridas no século XXI. O papel das competências para a aprendizagem ganhou maior espaço no debate
educacional no mundo inteiro após a publicação, em 1990, do primeiro Relatório do Desenvolvi-
mento Humano, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD (UNESCO, 1990),
que apontou a importância da educação no processo de preparação das pessoas para definir suas
escolhas e para transformar seu potencial em competências. Outra publicação fundamental para o
debate da importância de uma educação integral baseada no desenvolvimento de competências foi
o Relatório Jacques Delors (UNESCO, 1997), que recomendou que a educação deveria se organizar
em torno de quatro pilares:

• Aprender a conhecer para adquirir os instrumentos da compreensão.


• Aprender a fazer para adquirir não somente qualificação profissio-
nal, mas, de maneira mais ampla, as competências que tornam a pes-
soa mais apta a enfrentar numerosas situações, a trabalhar em equi-
pe e a agir sobre o meio.
• Aprender a conviver, a fim de desenvolver a compreensão do outro
e a percepção das interdependências para participar e cooperar com
os outros em todas as atividades humanas.
• Aprender a ser para melhor desenvolver a personalidade e agir com
cada vez maior capacidade de autonomia, de discernimento e de res-
ponsabilidade pessoal.

A partir da segunda metade dos anos 1990, o mundo inteiro assistiu, então, ao surgimento de uma
nova geração de reformas educacionais que consideravam o ser humano em sua integralidade e fo-
cavam em um aprendizado mais completo que impactasse no bem-estar ao longo de toda a vida.

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Tais mudanças preconizavam o desenvolvimento de competências que favorecessem aos estudantes


responder aos novos desafios da sociedade e às novas formas de organização do mundo do trabalho,
sendo protagonistas e impulsores de mudanças.
No entanto, longe de ser um tema novo, a concepção de uma educação integral que não se restringe
à transmissão de conteúdos e favorece o desenvolvimento pleno de crianças e jovens já faz parte do
debate educacional há muito tempo, tanto no Brasil como em outras partes do mundo. O que se ob-
serva é um esforço para repensar novos caminhos para a educação numa perspectiva contemporânea
que contemple os desafios da sociedade do século XXI.

Davi Leon (2020)

Para tanto, as escolas precisam redescobrir como inspirar e motivar os estudantes nos seus processos
de aprendizagem. Com estudos orientados, projetos e pesquisas, é possível ajudar os estudantes a
conhecer o que gostam de estudar, como preferem aprender, o que os faz desistir, em que costumam
errar, quais emoções os dominam quando fracassam ou são provocados. Em especial, é necessário
estimulá-los a descobrir seus sonhos e de que forma persistir para alcançá-los.
O fato é que o debate educacional contemporâneo colocou maior ênfase na importância das com-
petências socioemocionais para o aprendizado. Nos países de língua inglesa, essas competências
são denominadas Soft skills e Work-related-skills; nos de língua espanhola empregam-se os termos
competencias transversales, competencias conductuales e competencias blandas. Independente-
mente da maneira como são denominadas, essas competências podem fazer a diferença nas realiza-
ções presentes e nas conquistas futuras dos estudantes, ao favorecer tanto a autonomia necessária
para definir as próprias escolhas como a resiliência imprescindível para realizar seus sonhos e alcançar
seus objetivos. A inclusão das competências socioemocionais no currículo escolar pode favorecer ou-
tros impactos positivos, como:

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CAPÍTULO 3 | C O M P E T Ê N C I A S PA R A A V I D A E PA R A O T R A B A L H O N O S É C U LO X X I

• A melhoria nos resultados da aprendizagem dos estudantes, ao pro-


piciar um clima escolar mais favorável à construção significativa de
conhecimentos com melhores resultados nas disciplinas curriculares
tradicionais.
• A promoção do desenvolvimento integral, ao formar pessoas autô-
nomas e preparadas para viver e conviver na sociedade do século XXI.
• A redução da evasão, ao garantir uma educação que dialoga com os
anseios e interesses das crianças e jovens.
• A diminuição das desigualdades, ao promover a equidade por meio
da superação de carências de oportunidades.
• A geração de mudança cultural, ao transformar o papel da escola cul-
tivando a atitude cidadã e o desenvolvimento de uma cultura de paz.
• A promoção da empregabilidade, ao formar pessoas com um perfil
mais aderente às novas solicitações do mundo do trabalho.

A ênfase recentemente atribuída às competências socioemocionais pode ser medida pela grande
quantidade de estudos desenvolvidos para sua definição e classificação. A questão central que se
coloca é quais competências devem ser priorizadas no contexto escolar. No mundo inteiro e também
no Brasil é possível identificar diferentes iniciativas voltadas para definir o conjunto de competências
socioemocionais que precisam fazer parte do currículo escolar. Muitas dessas iniciativas tiveram como
base conceitual a Teoria Big Five, que se tornou um referencial mundialmente reconhecido e inspirou
a construção de outros modelos referenciais sobre competências socioemocionais.
A Teoria Big Five leva este nome porque organiza as competências socioemocionais em cinco dimensões:

Dimensão Significado

Inclinação a ser organizado, esforçado e responsável. O indivíduo consciente é


Consciência caracterizado como eficiente, organizado, autônomo, disciplinado, responsável,
esforçado, não impulsivo e orientado para seus objetivos (focado e dedicado).

Tendência a ser aberto a novas experiências estéticas, culturais e intelectuais. O


Abertura a novas
indivíduo aberto a novas experiências se caracteriza como imaginativo, artístico,
experiências excitável, curioso, não convencional e com amplos interesses.

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Dimensão Significado

Previsibilidade e consistência de reações emocionais sem mudanças bruscas de


Estabilidade
humor. O indivíduo emocionalmente estável é caracterizado como tranquilo,
emocional sereno, comunicativo, ponderado e autoconfiante.

Orientação de interesses e energia em direção ao mundo externo, pessoas


e coisas (ao invés do mundo interno da experiência subjetiva). O indivíduo
Extroversão
extrovertido é caracterizado como amigável, sociável, autoconfiante, energético,
aventureiro e entusiasmado.

Tendência a agir de modo cooperativo e não egoísta. O indivíduo amável ou


Amabilidade cooperativo se caracteriza como tolerante, altruísta, modesto, simpático, grato,
não teimoso e objetivo (direto quando se dirige a alguém).

Quadro 1 - Cinco dimensões das competências socioemocionais


Fonte: SENAI/DN (2020)

A Partnership for 21st Century Learning (Parceria para a Aprendizagem do Século XXI) foi fundada em
2002 nos Estados Unidos como coalizão que reúne a comunidade empresarial, líderes educacionais
e formuladores de políticas para posicionar a educação do país para os desafios do século XXI. A co-
alizão relaciona uma série de competências para que crianças e jovens possam ser bem-sucedidos
na vida, nos estudos e na profissão futura. Algumas delas fazem parte do universo das competências
socioemocionais, como:

• habilidades para o aprendizado e a inovação – criatividade e ino-


vação, pensamento crítico e resolução de problemas, comunicação e
colaboração;
• habilidades para a vida e a carreira – flexibilidade e adaptabilida-
de, iniciativa e autonomia, habilidades sociais e interculturais, produ-
tividade e capacidade de assumir compromissos, liderança e respon-
sabilidade.

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CAPÍTULO 3 | C O M P E T Ê N C I A S PA R A A V I D A E PA R A O T R A B A L H O N O S É C U LO X X I

Iniciativas dessa natureza são observadas em outros países como Canadá e Finlândia, que definiram
um grupo de competências socioemocionais para fazer parte do currículo escolar. Aqui no Brasil, o
Instituto Ayrton Senna vem desenvolvendo um conjunto de estudos e pesquisas em parcerias com
secretarias estaduais de Educação e organismos internacionais como a OCDE1, que têm como objeti-
vo embasar metodologias para o desenvolvimento e a avaliação das competências socioemocionais
no contexto educacional. A matriz proposta pelo Instituto Ayrton Senna contempla oito macrocom-
petências socioemocionais:

As oito macro- 1. Autoconheci- 2. Comunicação


competências mento
socioemocionais

3. Colaboração 4. Pensamento 5. Abertura para


crítico o novo

6. Resolução de 7. Responsabili- 8. Criatividade


problemas dade
Davi Leon (2020)

Como resultado da constatação da importância do desenvolvimento de competências no contexto


educacional, programas inovadores e novos modelos de escola têm despontado no Brasil nos últimos
anos. Nessa direção, o SENAI tem promovido um conjunto de profundas mudanças em sua metodo-
logia de ensino e aprendizagem e nos processos de capacitação dos seus docentes com o objetivo de
oferecer educação integral, que vai além da mera reprodução do conhecimento.
Observa-se também que a reflexão sobre a importância das competências socioemocionais no século
XXI transcende o campo educacional e vem ganhando cada vez mais espaço no contexto profissional.
Nos últimos anos, o perfil solicitado pelas empresas tem sofrido mudanças e novas competências
estão sendo requeridas. Diante dessa realidade, organizações como o Fórum Econômico Mundial e o
Banco Mundial têm desenvolvido pesquisas para identificar as competências essenciais para o pleno
exercício do trabalho na sociedade atual.

1 Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Davi Leon (2020)


O relatório The future of jobs (O futuro do emprego), divulgado em 2018 e 2020 pelo Fórum Econô-
mico Mundial, e o estudo do Banco Mundial, Developing social-emotional skills for the labor market
(Desenvolvendo habilidades socioemocionais para o mercado de trabalho), de 2014, destacam uma
série de competências requeridas pela nova organização do trabalho. Ambos os relatórios enfatizam
o descompasso entre a formação do jovem e as novas exigências do contexto laboral que refletem a
necessidade de mudanças no processo de formação e qualificação das pessoas.

Você pode acessar os relatórios The Future of Jobs e Developing Social-Emo-


tional Skills for the Labor Market nos seguintes endereços:
The Future of Jobs <www3.weforum.org/docs/WEF_Future_of_Jobs_2018.pdf>.
Você também pode acessar por meio do QR Code ao lado.

The Future of Jobs <www3.weforum.org/docs/WEF_Future_of_Jobs_2020.pdf>.


Você também pode acessar por meio do QR Code ao lado.

Developing Social-Emotional Skills for the Labor Market <http://documents.


worldbank.org/curated/pt/970131468326213915/pdf/WPS7123.pdf>.
Você também pode acessar por meio do QR Code ao lado.

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CAPÍTULO 3 | C O M P E T Ê N C I A S PA R A A V I D A E PA R A O T R A B A L H O N O S É C U LO X X I

Nessa perspectiva, o Mundo do Trabalho terá como eixo central o desenvolvimento de competências
consideradas essenciais para o jovem e está estruturado com base nos princípios orientadores da
Metodologia SENAI de Educação Profissional.

3.1 AS COMPETÊNCIAS NA METODOLOGIA SENAI DE EDUCAÇÃO


PROFISSIONAL
Na sua história, o SENAI tem buscado planejar e desenvolver suas ofertas formativas alinhadas às
mudanças na sociedade, no mundo produtivo, nas políticas públicas, na indústria e nas profissões,
considerando que, além das competências técnicas, exige-se que um profissional tenha iniciativa,
autonomia, capacidade de decisão e, principalmente, seja cidadão consciente de suas responsabi-
lidades, capaz de atuar de forma participativa, crítica e criativa, com mobilidade e flexibilidade, na
vida profissional e social. Enfim, uma educação profissional sintonizada com os novos desafios da
realidade contemporânea que propicia progressivamente ao estudante o domínio das competências
necessárias ao seu desenvolvimento integral.
Com o advento da chamada Indústria 4.0, o SENAI reafirma seu compromisso de promover a for-
mação de pessoas para atuarem num cenário de mudanças estruturais no mundo do trabalho e na
sociedade, em consequência das novas formas de organização e de gestão, do desenvolvimento e
emprego de tecnologias complexas agregadas à vida cotidiana, à produção e à prestação de serviços
e do surgimento de meios cada vez mais acessíveis para armazenamento, circulação e comunicação
de informações.

INDÚSTRIA
Davi Leon (2020)

25
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

O Parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE/CEB nº 16/1999), que aprovou as diretrizes curricula-
res nacionais para a educação profissional de nível técnico, concluiu que a educação profissional requer:

Além do domínio operacional de um determinado fazer, a compreensão global


do processo produtivo, com a apreensão do saber tecnológico, a valorização da
cultura do trabalho e a mobilização dos valores necessários à tomada de decisões
(BRASIL, 1999).

As atuais diretrizes estão descritas na Resolução nº 6/2012 e no Parecer CNE/CEB nº 11/2012.


Assim, em 1999, estava posto o contexto para que o SENAI iniciasse a elaboração de sua Metodologia
de Educação Profissional, estabelecendo o desenvolvimento de competências como o pressuposto
de seu sistema educacional. Como uma entidade da indústria, o SENAI considerou, tendo em vista a
formação do trabalhador cidadão, a busca da competitividade e da inovação.
No entanto é importante frisar que, se por um lado o desenvolvimento de competências ficou sistema-
tizado a partir da edição da referida metodologia, não foi só nessa época que o tema das competências
foi contemplado pelo SENAI. A Metodologia SENAI de Educação profissional é fruto de uma história
de êxitos na elaboração e utilização de métodos e metodologias que favoreceram essa forma de fazer
educação profissional numa perspectiva mais ampla que abarca a formação integral do estudante.
Em 2019, o SENAI fez mais uma revisão da sua Metodologia e reafirmou o seu compromisso de tradu-
zir, para o mundo da educação, as competências profissionais demandadas pelo mundo do trabalho.
Na nova edição, conceitos foram revisitados e atualizados com o objetivo de alinhar a formação pro-
fissional aos desafios impostos pela sociedade contemporânea.
Para definir as competências que serão contempladas em cada curso, o SENAI realiza Comitês Técni-
cos Setoriais (CTS) que, tendo em vista o perfil profissional de determinada ocupação, define as com-
petências requeridas que, posteriormente, são “traduzidas” para o campo da educação no momento
da elaboração do desenho curricular de cada curso do SENAI.
A Metodologia SENAI de Educação Profissional (SENAI/DN, 2019) classifica as competências profissio-
nais em dois tipos complementares:

26
CAPÍTULO 3 | C O M P E T Ê N C I A S PA R A A V I D A E PA R A O T R A B A L H O N O S É C U LO X X I

• Competências Específicas: Conjunto de funções, subfunções e seus


respectivos referenciais de qualidade que expressam os desempe-
nhos típicos de uma ocupação e permitem ao trabalhador realizar
com eficiência suas atividades profissionais, implicando, assim, o do-
mínio de conteúdos característicos como conhecimentos, procedi-
mentos, tecnologias, normas, entre outros.
• Competências Socioemocionais: referem-se aos aspectos de ges-
tão pessoal e profissional das atividades típicas da ocupação que
permitem ao trabalhador planejar, executar e avaliar suas atividades;
estabelecer relações interpessoais efetivas e responder ativa e criati-
vamente as situações que se apresentam no trabalho.

As competências específicas descritas no perfil profissional se desdobram no currículo em Capaci-


dades Básicas e Capacidades Específicas. As Competências Socioemocionais, por sua vez, desdo-
bram-se em Capacidades Socioemocionais.

A Metodologia SENAI de Educação Profissional propõe que o desenvol-


vimento dessas capacidades seja transdisciplinar, integrado ao currícu-
lo e contextualizado nas situações de aprendizagem.

As Capacidades Socioemocionais previstas nos currículos de cada curso do SENAI variam conforme o
perfil profissional da ocupação. No Mundo do Trabalho, foram definidas três capacidades considera-
das essenciais para o autodesenvolvimento do jovem e para sua capacidade de relação com o outro e
com o trabalho. Essas capacidades serão apresentadas a seguir.

27
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

3.2 A MATRIZ DE COMPETÊNCIAS PARA O MUNDO DO TRABALHO


A longa experiência na condução de Comitês Técnicos Setoriais (CTS), em âmbito estadual ou nacio-
nal, fez o SENAI acumular um extenso repertório de competências socioemocionais (e capacidades
socioemocionais) identificadas como necessárias para o desempenho das funções requeridas para
cada uma das ocupações discutidas pelos distintos CTS. Esses fóruns consultivos compreendem a
participação de representantes do SENAI, das empresas, de sindicatos patronais e de trabalhadores,
de associações, de órgãos de classe, do meio acadêmico e do poder público ligado à área da Ciência,
da Tecnologia, do Trabalho, entre outros, de forma a propiciar amplo debate sobre o que efetivamente
deve compreender o conjunto de competências profissionais para cada ocupação discutida.
A partir das indicações feitas pelos CTS, especialistas do SENAI em análise de perfis profissionais e
elaboração de Desenhos Curriculares promovem a tradução das competências identificadas pelos
respectivos fóruns em capacidades básicas, técnicas e socioemocionais.
Com base nesse acervo de capacidades socioemocionais identificadas ao longo dos anos, identifi-
cou-se considerável recorrência de algumas dessas na atuação dos profissionais do setor industrial, o
que permitiu identificar três capacidades socioemocionais que devem ser consideradas na formação
técnica e profissional para a área industrial. São elas:

• autonomia;
• trabalho em equipe;
• resolução de problemas.

A identificação dessas capacidades socioemocionais levou em consideração os seguintes critérios:


• as mais recorrentes no nosso banco de desenhos curriculares;
• as que têm maior aderência às competências requeridas pelos estudos prospectivos para a
Indústria 4.0;
• as que resguardam forte correspondência com as competências socioemocionais descritas
pelos modelos referenciais.

Conheça cada uma das capacidades técnicas em detalhes a seguir.

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CAPÍTULO 3 | C O M P E T Ê N C I A S PA R A A V I D A E PA R A O T R A B A L H O N O S É C U LO X X I

3.2.1 AUTONOMIA
É a capacidade que um indivíduo tem de tomar suas próprias decisões, de fazer escolhas, de demonstrar
independência no desempenho de funções, atividades ou tarefas. É a capacidade de gerir a própria
vida, valendo-se de seus próprios meios, vontades e/ou princípios.
Pode-se afirmar que a autonomia é alcançada quando o indivíduo é capaz de se autogerir e de ter
pensamento crítico, o que envolve outras capacidades, conforme seguem:

• a autogestão envolve organização, disciplina, responsabilidade, con-


centração, gestão do tempo, objetividade, entre outras características;
• o pensamento crítico envolve capacidade de análise crítica, capaci-
dade de fazer conexões e correlações, entre outras.

Nesta proposta, para desenvolver e avaliar a capacidade socioemocional autonomia, optou-se por
considerar como indicadores as seguintes capacidades: autodidatismo, autoavaliação, flexibilida-
de e responsabilidade com suas respectivas rubricas.

3.2.2 TRABALHO EM EQUIPE


É a capacidade que um indivíduo tem de manter relações interpessoais satisfatórias, demonstrando
saber trabalhar em colaboração com os participantes de uma equipe para atingir objetivos definidos.
É também a capacidade de compartilhar informações, trabalhar em parceria, saber dar e receber fee-
dback e, inclusive, encorajar outros a participar de processos de tomada de decisão.
A capacidade de trabalho em equipe está assentada em competências relacionadas a comunicação,
colaboração e negociação, conforme segue:

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Competências O que envolvem


Comunicação Envolve prontidão para ouvir, expressão oral e escrita, empatia etc.

Colaboração Envolve liderar e ser liderado, persuasão, motivação etc.

Negociação Envolve estabelecimento de acordos para alcançar objetivos.

Quadro 2 - Competências relacionadas ao trabalho em equipe


Fonte: SENAI/DN (2020)

Nesta proposta, para desenvolver e avaliar a capacidade socioemocional trabalho em equipe, optou-
-se por considerar como indicadores as seguintes capacidades: foco na atividade, comprometimen-
to, cumprimento de prazo, relacionamento interpessoal com suas respectivas rubricas.

3.2.3 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS


É a capacidade que um indivíduo tem de executar um trabalho complexo e não rotineiro para o qual
até o momento não há ou não se conhece uma solução, constituindo-se, assim, um problema a ser
resolvido. Por ser uma capacidade de alto nível de complexidade intelectual, além de iniciativa e agi-
lidade mental, exige outras capacidades, tais como:
• capacidade de identificar problemas, suas causas e seus efeitos;
• capacidade de analisar as informações existentes para encontrar soluções adequadas;
• capacidade de pesquisar fontes de solução dos problemas;
• capacidade de comunicação eficiente com profissionais mais experientes.

Além das já citadas, há outras capacidades que se relacionam estreitamente com a capacidade de
resolução de problema:
• tomada de decisão;
• criatividade – compreendendo a capacidade de gerar novas ideias e soluções, e de fazer co-
nexões considerando-se outros contextos;
• flexibilidade – capacidade de mudar de rota, de ter adaptabilidade;
• espírito empreendedor – iniciativa, proatividade, resiliência, determinação, postura questio-
nadora, entre outras;
• abertura ao novo – curiosidade, abertura para novas experiências, busca de novas referências,
entre outras.

Nesta proposta, para desenvolver e avaliar a capacidade socioemocional resolução de problemas, op-
tou-se por considerar como indicadores as seguintes capacidades implicadas nesse processo: identi-
ficação de problemas, identificação das causas de problemas de diferentes níveis de complexi-
dade, proposição de soluções aos problemas, implementação de soluções dos problemas com
suas respectivas rubricas.

30
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

32
4 Orientações
Didático-Pedagógicas
para o Desenvolvimento das Situações de
Aprendizagem do Mundo do Trabalho

4.1 PRINCÍPIOS DA METODOLOGIA SENAI DE EDUCAÇÃO


PROFISSIONAL
Os princípios apresentados a seguir estão na base da Metodologia SENAI de Educação Profissional
(SENAI/DN, 2019) e se destinam a orientar você, docente, no desenvolvimento do Mundo do Trabalho.
Para trabalhar numa perspectiva educacional voltada para o desenvolvimento de competências, você,
docente, precisa estabelecer um novo contrato didático com o estudante, que favoreça um posicio-
namento que vá além da escuta passiva e da realização de exercícios repetitivos. Segundo Perrenoud
(1999, 2000):

é preciso priorizar o processo de ensino e aprendizagem centrado no estudante


meio da proposição de estratégias desafiadoras que promovam a resolução de
problemas e o desenvolvimento de projetos.

A proposição de desafios é sistematizada no planejamento de situações de aprendizagem concebidas


em conformidade com a Metodologia SENAI de Educação Profissional. Essas situações de aprendizagem
devem ser desafiadoras a fim de provocarem o desenvolvimento de capacidades pelos estudantes.

33
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Davi Leon (2020)


Tal enfoque favorece para que os conhecimentos sejam trabalhados de forma contextualizada, permi-
tindo uma relação entre os conhecimentos e sua utilização em contextos diversos. Nessa perspectiva,
o papel do docente como mediador da aprendizagem é essencial no sentido de incentivar nos estu-
dantes uma atitude mais autônoma, criativa e reflexiva (SENAI/DN, 2019).
Os princípios orientadores da Prática Docente do SENAI são os seguintes:

Este é o princípio central da Metodologia SENAI de Educação


Profissional, referindo-se a uma ação pedagógica que visa
promover no estudante o desenvolvimento de potenciais
relacionados ao desempenho de suas atividades profissio-
nais. Dessa forma, o desenvolvimento de capacidades supera
Desenvolvimento de
a ideia da simples aquisição de conhecimentos ou da mera
capacidades
execução de atividades prescritas, transcendendo a reprodu-
ção de conteúdos e a automatização de técnicas. O objetivo
da prática pedagógica, a partir desse princípio, permite ao
estudante planejar, tomar decisões e realizar com autonomia
determinadas funções em diferentes contextos.

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CAPÍTULO 4 | O R I E N TA Ç Õ E S D I D ÁT I C O - P E D A G Ó G I C A S PA R A O D E S E N V O LV I M E N T O D A S SA´S

Condição essencial ao exercício da docência, é um tipo de


interação que pressupõe planejamento e intencionalidade.
Mediação da
A mediação se caracteriza como a intervenção contínua de
aprendizagem
você, docente, que, em sua prática pedagógica, deve apoiar
o estudante em seu processo de aprendizagem.

Caracteriza-se por uma abordagem que articula diferen-


tes campos do conhecimento e as práticas profissionais, os
quais, dialogando entre si, favorecem o desenvolvimento
das capacidades requeridas no processo formativo. A prática
Interdisciplinaridade
pedagógica interdisciplinar rompe com a visão fragmentada
de ensino e promove maior flexibilização nas relações entre
docentes e estudantes, áreas do conhecimento, cursos e uni-
dades curriculares.

Significa vincular o conhecimento à sua aplicação e, conse-


quentemente, conferir sentido a fatos, fenômenos, conte-
údos e práticas. O conhecimento contextualizado favorece
Contextualização para que o estudante desenvolva e mobilize capacidades
para solucionar problemas em contextos apropriados, de
maneira a ser capaz de transferir essa capacidade futuramen-
te para os contextos reais do mundo do trabalho.

Refere-se à intencionalidade de você, docente, em despertar


no estudante a motivação para aprender, o interesse por que-
rer saber mais e melhor. Ao favorecer o autodidatismo, você
mobiliza no estudante a capacidade e a iniciativa de buscar
por si mesmo novos conhecimentos, propiciando a curiosi-
Ênfase no aprender
dade, a autonomia intelectual e a liberdade de expressão. No
a aprender
momento atual, em que o conhecimento aplicado hoje pode
não mais se aplicar amanhã, mobilizar o aprender a aprender
é fundamental para incentivar o estudante a descobrir suas
próprias ferramentas para enfrentar as mudanças constantes
e os desafios que elas acarretam.

É o desenvolvimento de atividades autênticas que tenham


Proximidade entre o utilidade e significado para o trabalho e para a vida. Tal apro-
mundo do trabalho ximação é facilitadora da inserção profissional e da manuten-
e as práticas sociais ção do trabalhador em atividade produtiva, pois favorece a
compreensão das diferentes culturas do mundo do trabalho.

35
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Implica garantir a complementaridade que se estabelece en-


tre essas duas dimensões, possibilitando ao estudante apli-
car fundamentos e capacidades em sua prática profissional
diária, tendo em vista que a teoria e a prática, isoladamente,
Integração entre não são capazes de promover a compreensão da totalidade
teoria e prática do conhecimento. A integração entre teoria e prática habilita
o estudante a avaliar e explicitar caminhos e alternativas na
resolução de problemas, além de possibilitar a transferência
das aprendizagens no enfrentamento de situações inusitadas
e mais complexas.

Refere-se ao incentivo à geração de novas ideias, a partir da


mobilização da criatividade dos estudantes, estimulando o li-
vre pensar, o interesse pelo novo, o pensamento divergente,
Incentivo ao a aceitação da dúvida como propulsora do pensar, a imagina-
pensamento criativo ção e o pensamento prospectivo com o objetivo de lançar o
e à inovação olhar para a inovação. Ao incentivar o pensamento criativo,
você, docente, oportuniza aprendizagens que vão além da
mera reprodução da realidade, propiciando a descoberta de
novas perspectivas e de soluções ainda não pensadas.

A aprendizagem significativa ocorre quando um novo co-


nhecimento e/ou capacidade se relaciona de forma efetiva e
não aleatória a outro(a) já existente. É preciso que exista uma
predisposição de você, docente, para que essa relação ocorra,
para que as capacidades já desenvolvidas por cada estudante
sejam associadas às novas que se pretende desenvolver. Ao
Aprendizagem
mesmo tempo, é necessário reciprocidade, disposição para
significativa
aprender, para conectar os novos conhecimentos e capaci-
dades às já existentes no seu repertório. Enfim, é necessária
uma situação de aprendizagem potencialmente significativa
que, planejada por você, docente, e assumida pelos estudan-
tes, leve em conta o contexto no qual estão inseridos, sua tra-
jetória e história e o uso social do objeto a ser estudado.

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CAPÍTULO 4 | O R I E N TA Ç Õ E S D I D ÁT I C O - P E D A G Ó G I C A S PA R A O D E S E N V O LV I M E N T O D A S SA´S

Implica planejar e utilizar a avaliação em tempos diversos


e com objetivos diferenciados. Considera a importância de
acompanhar o processo formativo do estudante, de refletir
sobre determinada realidade educacional e de julgar a per-
tinência ou o redirecionamento das estratégias e recursos
Avaliação da
empregados nos processos de ensino e aprendizagem. Confi-
aprendizagem com
gura-se como monitoramento e regulação da aprendizagem
função diagnóstica,
que permite verificar se as capacidades previstas em um de-
formativa e somativa
senho curricular foram desenvolvidas, bem como se sua mo-
bilização possibilita o pleno desenvolvimento das funções e
subfunções estabelecidas no Perfil Profissional. Deve permitir
a avaliação mútua, o balanço do desenvolvimento das capa-
cidades e a autoavaliação.

Visa à utilização das novas tecnologias de informação e co-


municação como ferramenta facilitadora da aprendizagem.
Incentivo ao uso As tecnologias alinhadas aos objetivos formativos são capa-
de tecnologias zes de promover novas experiências educacionais, como as
educacionais práticas colaborativas de aprendizagem, as quais valorizam
o diálogo e a participação. Além disso, tais tecnologias são
suporte essencial para a oferta na modalidade a distância.

37
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Assim, tendo em vista promover o desenvolvimento das competências para a vida e para o trabalho, a
situação de aprendizagem deve contemplar estratégias pedagógicas desafiadoras, e o Mundo do Tra-
balho, em cada uma de suas etapas, deve propor a realização de um projeto que tenha como objetivo
último a elaboração de um plano de vida e carreira.

1 Intencionalidade e reciprocidade
Intencionalidade pressupõe que você, docente, interaja deliberadamente com o estudante de forma a
favorecer a construção dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades. Você, docente, “de
forma consciente, assume a responsabilidade por colocar em prática as estratégias à sua disposição
para garantir o alcance das metas e dos objetivos” (MEIER; GARCIA, 2007).
Reciprocidade advém do fato de você e o estudante compartilharem essa intenção. Assim, o você,
docente, deve estar aberto às respostas do estudante, demonstrando satisfação com sua evolução.
Por sua vez, o estudante demonstra reciprocidade ao cooperar e se esforçar para mudar e se envolver
no processo de aprendizagem.
Intencionalidade e reciprocidade devem estar sempre associadas, pois, se o estudante não está moti-
vado para a aprendizagem, de nada adianta o seu esforço.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação da Intencionalidade e Reciprocidade, cabe a você, docente:

Apresentar a atividade de maneira motivadora e desafiadora para atrair


Provocar a curiosidade
a atenção e despertar a curiosidade e as expectativas do estudante.

Encontrar o meio apropriado para transmitir o raciocínio subjacente à


Compartilhar a intenção
seleção do conteúdo ou motivos que levaram à atividade.

Apresentar absurdos, contradições ou dados incompatíveis para atrair a


Criar desequilíbrio
atenção do estudante e ajudá-lo a criar a necessidade de aprender.

Expor o estudante ao mesmo estímulo, de forma repetida, facilitando a


Proporcionar exposição repetida
formação de hábitos.

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CAPÍTULO 4 | O R I E N TA Ç Õ E S D I D ÁT I C O - P E D A G Ó G I C A S PA R A O D E S E N V O LV I M E N T O D A S SA´S

2 Transcendência
A Transcendência é entendida como a orientação de você, docente, em manter uma interação que
não se limite apenas a resolver os problemas imediatos da aula. A transcendência é trabalhada quan-
do você, docente, cria, utilizando desafios, condições para que o estudante generalize o que foi apren-
dido para as situações do dia a dia e do trabalho e relacione a aprendizagem atual com suas apren-
dizagens anteriores e com possíveis situações futuras em outros contextos. Não se trata apenas de
transferência de aprendizagens. A transcendência deve ultrapassar o simples uso de técnicas, ferra-
mentas ou procedimentos em outros contextos de trabalho, levando-os a assimilar princípios que se
apliquem em várias condições de vida.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação da transcendência, cabe a você, docente:

Discernir elementos Fornecer ao estudante critérios para que ele possa distinguir aspectos
essenciais essenciais inerentes a atividades ou experiências.

Ajudar o estudante a generalizar e formular regras e princípios, indican-


Extrair e generalizar princípios
do a transferência e a sua utilidade em outros contextos.
Transcender as Orientar o estudante na direção de objetivos e necessidades futuras,
necessidades imediatas superando o aqui e o agora.

Ajudar o estudante a enriquecer o repertório de experiências por meio


Expandir o sistema de interesses de orientações não familiares e inovadoras, ampliando seu sistema de
interesses.

3 Significado
A mediação do Significado ocorre quando você, docente, favorece ao estudante apropriar-se da fina-
lidade das atividades propostas e de sua aplicabilidade. Consiste também em despertar o interesse
pelos temas que serão trabalhados. A aprendizagem vazia de significado não mobiliza o estudante e
conduz à simples memorização do conhecimento. Você, docente, pode, de forma verbal e não verbal,
ampliar a motivação do estudante, explicitando o valor e a relevância da atividade por meio do olhar,
da entonação da voz, dos gestos e das palavras.

39
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação do significado, cabe a você, docente:

Contribuir para que o estudante atribua significado para os diferentes conhecimentos objetos, experiências e
fenômenos.

Favorecer para que o Compartilhar com o estudante sentimentos e atitudes pessoais e


estudante atribua significado atribuir valores socioculturais universais para os vários aspectos das
afetivo e social experiências compartilhadas.

Colaborar para que o estudante Fornecer ao estudante critérios para diferenciar significados pessoais
diferencie significados (subjetivos) de significados universais (objetivos).

Estimular o estudante a buscar o significado das suas ações e a questio-


Encorajar a busca por significado nar os propósitos e valores das suas experiências de vida.

Complementam os critérios universais no caso de interven-


Critérios não ções mediadoras com alguma especificidade, enriquecendo
universais e potencializando os resultados das intervenções mediadoras
realizadas por você, docente.

1 Sentimento de competência
Mediar o sentimento de competência é a interação que se faz para melhorar a percepção que o estu-
dante tem de si mesmo. Significa reconhecer e destacar a competência que ele demonstra na resolu-
ção de um trabalho ou na realização de uma atividade, favorecendo a construção de uma autoima-
gem positiva. É seu papel propor atividades com graus de dificuldade adequados que permitam ao
estudante conquistar, progressivamente, a confiança na sua capacidade.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação do sentimento de competência, cabe a você, docente:

Propiciar situações equilibradas entre a familiaridade e a novidade por


Selecionar atividades
meio de atividades com graus de dificuldade que permitam ao estu-
equilibradas dante conquistar, progressivamente, uma autoimagem positiva.

Ajudar o estudante a tomar consciência de seu próprio raciocínio e dos


processos mentais subjacentes a seu funcionamento, tanto no caso de
Favorecer a metacognição
um comportamento apropriado e competente quanto para um resulta-
do deficiente e errôneo.
Atribuir valor e significado Reconhecer o desempenho do estudante, atribuindo valor social ao seu
ao sucesso comportamento eficiente.

Enfatizar os pré-requisitos das atividades e o nível de investimento


Prevenir a frustração
requerido para prevenir a frustração do estudante no caso de fracasso.

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CAPÍTULO 4 | O R I E N TA Ç Õ E S D I D ÁT I C O - P E D A G Ó G I C A S PA R A O D E S E N V O LV I M E N T O D A S SA´S

2 Comportamento de compartilhar
Mediar o comportamento de compartilhar tem como objetivo desenvolver nos estudantes a capaci-
dade de cooperar. Para isso, preciso criar situações em que os estudantes compartilhem entre si expe-
riências, tais como explicações a respeito de suas conclusões sobre algo, apresentação de estratégias
utilizadas, exposição de princípios e aplicações, sempre acompanhadas de justificativas. Nesse con-
texto, os estudantes desenvolvem a capacidade de se respeitarem mutuamente, escutar ativamente
e de se abrirem aos pontos de vista dos outros.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação do compartilhar, cabe a você, docente:

Conscientizar o estudante do Conscientizar o estudante dos interesses comuns subjacentes à sua


interesse comum interação, apesar das muitas diferenças que os separam.

Enfatizar a importância do raciocínio lógico como base da partilha de


Recorrer ao raciocínio lógico
ideias, apesar das diferenças de opinião.
Desenvolver tolerância para Encorajar o estudante para manifestar aceitação e tolerância para com
com os pares os outros.
Aquisição de vocabulário e Auxiliar o estudante a adquirir vocabulário necessário para uma comu-
dialética nicação clara e para desenvolver diálogos respeitosos com os outros.

3 Controle e regulação da conduta


Mediar o controle e regulação da conduta consiste em levar o estudante a lidar com a impulsividade,
isto é, evitar que ele apresente respostas sem a devida reflexão ou, ainda, que não apresente respos-
tas por inibição. O estudante deve ser incentivado a seguir o que foi planejado para seu trabalho, a
analisar e avaliar informações – em suma, a pensar. Ao utilizar esse tipo de mediação, você, docente,
fará que o estudante busque informações, processe-as durante certo tempo e só então apresente sua
resposta. Agindo assim, progressivamente, o estudante perceberá que tem mais possibilidades de
sucesso quando dá um tempo para a necessária reflexão.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação do controle e regulação da conduta, cabe a você, docente:

Assegurar que o estudante esteja consciente do nível de complexidade,


Indicar a complexidade
dificuldade e requisitos da atividade antes de tentar resolvê-la.

Assegurar o fornecimento dos pré-requisitos para o sucesso da realiza-


Fornecer pré-requisitos
ção da atividade ou resultado benéfico da experiência.

Quando o estudante demonstrar atitude impulsiva e prematura, levá-lo


Controlar a impulsividade
a refletir sobre sua resposta antes de verbalizá-la.

Encorajar a reação do estudante quando avalia que ele é capaz de


Incitar a resposta do estudante
responder aos requisitos da atividade.

41
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

4 Individuação e diferenciação psicológica


Mediar a individuação e a diferenciação psicológica é estimular respostas divergentes, “fora da caixa”
e encorajar o pensamento independente e original do estudante. Para tanto, é necessário que sejam
valorizados o processo pessoal de trabalho, as estratégias alternativas para solução de situações de-
safiadoras e a variedade de respostas. Desse modo, você, docente, criará condições para o desenvol-
vimento da autonomia e da criatividade do estudante.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação da individuação, cabe a você, docente:

Conscientizar o estudante sobre Levar o estudante a tomar consciência das diferenças individuais, ape-
diferenças interpessoais sar dos interesses comuns e das muitas experiências compartilhadas.

Reconhecer a legitimidade dos pontos de vista e atitudes divergentes e


Legitimar a divergência
manifestar respeito para com as crenças e convicções dos outros.
Assumir responsabilidade Encorajar o estudante a assumir gradativamente responsabilidades
pessoal pelos seus atos e decisões.

Encorajar o estudante a manter seus próprios pontos de vista apesar da


Resistir à pressão do grupo social
pressão exercida pelos pares.

5 Conduta de busca, planificação e realização de objetivos


Mediar a conduta de busca, planificação e realização de objetivos significa ajudar o estudante a esta-
belecer objetivos profissionais de curto, médio e longo prazos e planejar estratégias para alcançá-los.
Envolve também apoiar o estudante na definição clara das atividades que serão realizadas no curso,
orientando-o a levantar os dados disponíveis e os que deverão ser pesquisados, a decidir sobre o me-
lhor ponto de partida e a determinar critérios que possam orientar suas ações, bem como a avaliação
e revisão do seu trabalho.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação da busca, planejamento e realização de objetivos, cabe a você, docente:

Instigar o estudante a estabelecer novos objetivos e visualizar novas


Estabelecer novos objetivos
realizações, além das suas intenções presentes.

Ajudar o estudante a desenvolver a capacidade de antecipação e de


Desenvolver representação
representação mental necessária para o estabelecimento de objetivos
mental remotos e o adiantamento de meios que permitam sua realização.

Reconhecer a demonstração de perseverança na sua busca pelos objeti-


Valorizar a perseverança
vos preestabelecidos.

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CAPÍTULO 4 | O R I E N TA Ç Õ E S D I D ÁT I C O - P E D A G Ó G I C A S PA R A O D E S E N V O LV I M E N T O D A S SA´S

6 Desafio (busca pelo novo e complexo)


Mediar a aceitação do desafio para que o estudante aprenda a lidar com mudanças e com situações
que impliquem desequilíbrio. O foco desse critério de mediação é estimular o estudante a buscar
o que existe de novo na atividade de aprendizagem proposta, comparando-a com as anteriores e
percebendo os incrementos no grau de complexidade entre elas. Sem desanimar ou desistir: na me-
diação do desafio, você, docente, deve estimular a perseverança diante dos obstáculos, no sentido de
favorecer a superação do medo do desconhecido e a resistência diante das dificuldades inerentes aos
processos novos e complexos.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação do desafio (busca pelo novo e pelo complexo), cabe a você, docente:

Orientar para a novidade e a Expor o estudante a novas experiências e a situações complexas, apre-
complexidade sentando-as como desafios.

Transmitir ao estudante uma mensagem clara de confiança na sua com-


Comunicar confiança
petência e habilidade para superar situações difíceis.

Favorecer o sentimento de segurança e autoconfiança do estudante,


Gerar autoconfiança tanto física quanto emocional, para encorajá-lo a enfrentar incertezas e
a ousar trilhar por caminhos não familiares.

7 Consciência da modificabilidade humana


Para que o estudante tome consciência das mudanças na sua forma de pensar e de agir, é necessário
mediar a consciência da modificabilidade humana. O estudante deve perceber as transformações pe-
las quais está passando e desenvolver, progressivamente, a capacidade de autoanálise das mudanças
que ocorrem com ele. E várias são as situações em que ele ainda não consegue ter a consciência des-
sas mudanças. Algumas vezes por falta de repertório, outras por falta de maturidade. Nessa modalida-
de de mediação, você, docente, pode favorecer a metacognição com o objetivo de levar o estudante a
perceber os avanços em relação às operações mentais que realiza. É fundamental também que você,
docente, transmita a mensagem de que a mudança é bem-vinda e que ele espera avanços do estu-
dante ao longo do curso.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação da consciência da modificabilidade humana, cabe a você, docente:

Transmitir ao estudante uma sincera crença na sua aptidão para enfren-


Transmitir sistema de crença
tar novas situações e experimentar mudanças significativas.
Comparar competência presente Comparar capacidades presentes no estudante com desempenhos an-
e passada teriores, para amplificar a extensão e o valor das mudanças alcançadas.
Desmistificar o comportamento Ajudar o estudante a desmistificar as noções de inteligência e de criati-
inteligente vidade e enfatizar a acessibilidade ao desempenho eficiente.

43
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

8 Escolha da Alternativa Otimista


Mediar a escolha da alternativa otimista significa levar o estudante a perceber que existem possibili-
dades de resolver situações complexas e vencer os obstáculos que se apresentam. A mediação do oti-
mismo favorece ao estudante ver o mundo de uma perspectiva positiva. Há docentes que enxergam
as limitações de seus estudantes como a causa de seu próprio desânimo, mas há aqueles que optam
por uma postura mais construtiva, vendo a si mesmo e a seus estudantes como pessoas capazes de se
modificarem. No entanto otimismo não significa uma visão idealizada da realidade. Significa aceitar a
possibilidade de haver erros, medo, dúvidas e falsas percepções que podem ser modificadas por meio
da mediação do otimismo pelo docente.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação da escolha da alternativa otimista, cabe a você, docente:

Adotar uma abordagem otimista Encorajar o estudante a adotar uma visão confiante e otimista do futuro
e confiante e da sua evolução pessoal.

Orientar o estudante em direção à antecipação das dificuldades que


Prevenir frustração
podem impedir o sucesso, para prevenir a frustração.

Ajudar o estudante a construir uma autoimagem positiva e a alimentar


Formar autoimagem positiva o sentimento de competência, que favorecem um posicionamento
otimista.

9 Sentimento de pertença
Mediar o sentimento de pertença favorece a sensibilização do estudante em relação ao fato de per-
tencer a um grupo – à turma, ao curso, à escola, à profissão, à família – incentivando-o a reconhecer in-
teresses mútuos e a buscar objetivos comuns, levando-o a considerar aspectos individuais e grupais.
Mediar o sentimento de pertença é o contrário de impor condições para a participação: é incentivar
a participação (acolher) para que as regras para o pertencimento sejam assumidas com autonomia e
responsabilidade.

AMOSTRAS DE COMPORTAMENTO (©David Ron Sasson)

Na mediação do sentimento de pertença, cabe a você, docente:

Enfatizar os interesses comuns que formam a base para o sentimento


Reconhecer interesses comuns
de pertença do estudante e do próprio docente no grupo.
Incentivar a busca de objetivos Favorecer a escolha e a busca de objetivos comuns, compartilhados
comuns tanto pelo estudante quanto pelo grupo do qual ele faz parte.

Conscientizar o estudante da necessidade de pertencer a uma equipe


Considerar aspectos individuais
em detrimento de certos aspectos da liberdade individual e da privaci-
e grupais dade.
Reconhecer responsabilidades, Encorajar o estudante a assumir responsabilidades pessoais e insistir no
direitos e deveres respeito dos direitos e deveres emanados da pertença ao grupo.

44
CAPÍTULO 4 | O R I E N TA Ç Õ E S D I D ÁT I C O - P E D A G Ó G I C A S PA R A O D E S E N V O LV I M E N T O D A S SA´S

4.2 ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO


MUNDO DO TRABALHO
Cada uma das três etapas do Mundo do Trabalho apresenta a mesma estrutura para o desenvolvimen-
to de situações de aprendizagem, qual seja:

a) Quadro da proposta da etapa com:

• objetivo do Mundo do Trabalho;


• título da etapa;
• capacidades e conhecimentos;
• atividades e/ou estratégias de ensino e aprendizagem;
• resultados esperados.

b) Orientações gerais.
c) Situação desafiadora.
d) Título das atividades (para as segunda e terceira etapas).
e) Orientações específicas.
f) Estratégias de ensino e aprendizagem obrigatórias e, algumas vezes, outras que podem ser
alternativas a elas.
g) Proposta de avaliação:

• avaliação de desempenho individual e em equipe;


• avaliação crítica e individual dos resultados obtidos com o desenvolvimento da etapa;
• tabela com capacidades e seus respectivos critérios de avaliação;
• tabela de verificação de capacidades socioemocionais e seus respectivos indicadores e
rubricas.

A partir dessas informações, a ação sua ação tem de ser planejada de modo que, para cada uma das
etapas, sejam consolidados plano e cronograma.
É oportuno esclarecer que, para a elaboração do plano, devem ser seguidos os procedimentos espe-
cíficos de cada Departamento Regional e considerada a Metodologia SENAI de Educação Profissional.

45
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

A respeito do cronograma, convém salientar que você necessita elaborá-lo de modo a explicitar o
tempo previsto e a poder, ao longo do desenvolvimento da etapa, registrar o tempo realizado, uma
vez que precisa administrá-lo toda vez que houver algo que possa impedir uma ação definida. Para
isso, você deve observar os tempos previstos para o desenvolvimento de cada uma das atividades e
ou estratégias de ensino e aprendizagem, registrados ao lado de seu título. Desse modo, será neces-
sário distribuir o tempo por todas as ações definidas para a sua ação, incluindo as ações de avaliação
formativa e somativa.

Davi Leon (2020)

Para uma visão geral dos tempos previstos para o acolhimento e para cada uma das etapas do Mundo
do Trabalho, segue uma síntese.

MUNDO DO TRABALHO – ORGANIZAÇÃO CURRICULAR


PREVISÃO DE CARGA
BIMESTRE ACOLHIMENTO E ETAPAS
HORÁRIA/ horas
Acolhimento 06
10
Autoconhecimento 24

20 Mundo do trabalho – Raciocínio Lógico 60

3 0
Mundo do Trabalho – Pesquisa e Vivências das Profissões 60

40 Projeto de Vida e Carreira 50

TOTAL 200

Quadro 1 - Organização Curricular


Fonte: SENAI\DN (2020)

46
CAPÍTULO 4 | O R I E N TA Ç Õ E S D I D ÁT I C O - P E D A G Ó G I C A S PA R A O D E S E N V O LV I M E N T O D A S SA´S

Para melhor orientar você, docente, cabe esclarecer que a previsão de tempo leva em consideração
turmas de 40 estudantes. Ademais, embora para algumas estratégias o tempo já esteja distribuído
por todas as ações, pode acontecer de uma única ação indicar o tempo previsto, exigindo que o você
distribua o restante pelas demais.
De todo modo, por se tratar da indicação de tempo previsto, é importante que você considere, para
suas decisões, sua experiência docente e também as características e o ritmo da turma, adequando-as
ao tempo disponível e à necessidade dos estudantes.
O desenvolvimento do Mundo do Trabalho será apoiado por um Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA) que estará disponível tanto para docentes quanto para os estudantes. Assim, para saber como
melhor utilizá-lo, você, docente, deve conhecer o ambiente antes do início do módulo, isto é, antes do
desenvolvimento das aulas de Acolhimento. Além disso, é essencial que obtenha informações sobre
como ter acesso ao AVA e como o acesso aos estudantes pode ser disponibilizado.

Para as situações em que você, docente, identifique indícios de des-


motivação nos estudantes, de desinteresse pelo módulo ou, ainda,
pelo curso técnico, e considere a necessidade de intervir na tentativa
de amenizar essas dificuldades, estão disponíveis, no Apêndice J, su-
gestões de estratégias de ensino e aprendizagem complementares às
já propostas, que podem ser incluídas em qualquer uma das etapas.
A finalidade é que auxiliem os estudantes a identificar as vantagens
do que estão fazendo e a se perceberem num mundo em constante
mudança, que lhes exige adaptação. No entanto é necessário que, para
isso, você, docente, replaneje suas ações, considerando tanto o tempo
necessário quanto o disponível e cuide para que o objetivo da etapa
seja alcançado. O conteúdo do Apêndice J está disponível também no
Livro do Estudante como Apêndice H.

Confira na sequência orientações para avaliação do processo de aprendizagem.

47
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

48
5
Orientações para Avaliação
do Processo de Aprendizagem no
Mundo do Trabalho

Nestas orientações, tão importantes quanto as demais, insere-se a relevante tarefa de avaliar e, em
especial, a de avaliar competências. Essa afirmativa, já apontada por muitos especialistas, pode ser
exemplificada pelo que diz Perrenoud (1999):

E mais fácil avaliar os conhecimentos de um aluno do que suas competências,


pois, para apreendê-las, deve-se observá-lo, lidando com tarefas complexas, o
que exige tempo e abre o caminho à contestação.

Embora a educação profissional, por sua própria natureza, tenha sempre requerido uma avaliação
que vai além da ponderação só do conhecimento, trata-se agora de concebê-la de forma adequada
à abordagem de competências. Isso significa dar ênfase aos pressupostos da Metodologia SENAI de
Educação Profissional em nossa prática pedagógica.
As características dos mais diversos tipos de avaliação de conteúdos tradicionalmente praticados se
diferenciam das características da avaliação de competências pela sua própria natureza. A primeira
prioriza a avaliação de conteúdos repassados aos estudantes e aprendidos por eles em uma relação
unidirecional. A segunda prioriza competências desenvolvidas em processos de formação centrados
naquele que aprende, tendo como foco a verificação de competências desenvolvidas nesses processos.
Avaliação de competências é um processo de coleta de evidências sobre o desempenho profissional
de uma pessoa, com o propósito de formar um juízo sobre sua competência em relação a um perfil
profissional e identificar áreas de desempenho que necessitem ser fortalecidas, mediante formação,
para alcançar o nível de competência requerido.

49
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

De acordo com a Metodologia SENAI de Educação Profissional, o perfil profissional é a referência para
o processo de elaboração do desenho curricular da oferta formativa. Uma educação profissional sin-
tonizada com os novos cenários do mundo do trabalho deve, portanto, propiciar progressivamente
ao estudante o domínio das capacidades básicas e técnicas relativas à área profissional em que atua
ou pretende atuar, assim como o desenvolvimento de capacidades socioemocionais, tais como comu-
nicação, autonomia e criatividade, provendo-lhe maior amplitude de possibilidades que o permitam
transitar por atividades profissionais afins.
As capacidades são compreendidas pela Metodologia SENAI de Educação Profissional como poten-
ciais que as pessoas podem desenvolver ao longo da vida e que as tornam aptas a realizar determi-
nadas ações, atividades ou funções. São transversais e independentes de conteúdos específicos de
determinada área, passíveis de serem transferíveis a problemas e contextos distintos. Não são atitudes
inerentes ou dons, mas são desenvolvidas para favorecer as aprendizagens e os desempenhos. Po-
dem se desenvolver nos domínios cognitivo, psicomotor e afetivo.
Algumas considerações sobre o processo avaliativo neste Mundo do Trabalho são feitas a seguir.

5.1 AVALIAÇÃO DE CAPACIDADES SOCIOEMOCIONAIS POR MEIO


DE RUBRICAS
Embora os educadores tendam a definir rubrica de maneiras ligeiramente diferentes, a definição de
Heidi Andrade, geralmente aceita, é que se trata de um documento que articula as expectativas de
uma tarefa, listando os critérios ou “o que conta” e descrevendo níveis de qualidade, hierarquizando
de “excelente” até “insuficiente”.
As rubricas são frequentemente usadas para classificar o trabalho dos estudantes, mas também po-
dem servir para outros papéis até mais importantes: elas podem ensinar e avaliar. Quando usadas
como parte de uma abordagem formativa centrada no estudante, as rubricas têm o potencial de aju-
dar a desenvolver compreensão e habilidade, bem como fazer julgamentos confiáveis sobre a qua-
lidade de seu próprio trabalho. Os estudantes devem poder e saber usar rubricas para esclarecer os
padrões para um desempenho de qualidade e orientar o feedback contínuo sobre o progresso em
direção a esses padrões.

5.1.1 COMO SÃO ELABORADAS?


Conforme descrito no Procedimento Instrumento de Avaliação do Sistema SENAI de Certificação de
Pessoas (SSCP) ANEXO II – ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO E REVISÃO DE EXAMES PRÁTICOS, as
rubricas são construídas por profissionais que dominam a área à qual a rubrica se refere.
A quantidade do “que conta”, aqui chamado de indicadores, pode variar em função do que está sendo
avaliado, mas deve ser única em todo o exame. Os indicadores são definidos em função da(s) ênfase(s)
e dos focos que se pretende desenvolver e avaliar para cada capacidade.

50
CAPÍTULO 5 | O R I E N TA Ç Õ E S PA R A AVA L I A Ç Ã O D O P R O C E S S O D E A P R E N D I Z A G E M N O
MUNDO DO TRABALHO

As rubricas de cada indicador são graduadas desde um desempenho mais simples até um desempe-
nho mais completo e desejável. Em outras palavras, a rubrica dá o suporte para uma escala de medi-
ção com possíveis pontos, numa linha crescente de qualidade, que podem ser numerados e pontua-
dos. Números mais altos correspondem aos melhores desempenhos. Recomenda-se usar um número
par de rubricas para evitar que a avaliação fique no meio da escala.
Por fim, é bom que fique muito claro que as rubricas podem ser suprimidas se a descrição dos indi-
cadores se adequar de tal modo à escala de medição que a simples menção do nível de gradação
seja suficiente para definir o grau do desempenho alcançado pelo candidato num determinado item.
Neste caso, devem-se empregar listas de verificação com escalas de cotejo (avaliação dicotômica).

5.1.2 COMO UTILIZAR RUBRICAS?


Antes do início de cada atividade proposta para o desenvolvimento do Mundo do Trabalho, as tabelas
de verificação com rubricas devem ser apresentadas para os estudantes, cabendo lembrar que a ava-
liação sempre deve ser clara para docentes e estudantes.
Assim:
• Entregar e discutir a tabela de verificação com rubricas.
• Verificar se existem dúvidas ou pontos de subjetividade na avaliação. Deve-se deixar claro o
que se espera para cada um dos níveis de desempenho de avaliação descritos (de 1 a 4).

Recomenda-se, ao término da estratégia e ou da atividade, que o estu-


dante realize sua autoavaliação, identificando a rubrica e seu respec-
tivo registro na tabela, e compare com a avaliação realizada por você,
docente, durante a atividade. Esse processo de validação da avaliação
é importante para a clareza do processo e o amadurecimento do es-
tudante nos desafios futuros no mundo do trabalho. A intervenção\
mediação de você, docente, deve ser anotada e comunicada aos estu-
dantes. Veja o exemplo a seguir:

51
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Trabalho em Equipe


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Atividade\
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
Na maior parte do Mantém-se consis-
Raramente se dedica Algumas vezes se
tempo se dedica a tentemente dedi- Colaborei sempre
atividade
Foco na

a executar as ativi- dedica a executar as Ótimo. Tente ser


executar as ativi- cado a executar as N3 A1 da Etapa 2 que fui chamado N3
dades e realizar as atividades e realizar mais proativo.
dades e realizar as atividades e realizar pelos colegas.
entregas. as entregas.
entregas. as entregas.

Executa as partes Executa sua parte na Executa sua parte na


Comprometi-

Deixa que outros


mento

que lhe cabem atividade com boa atividade e incentiva


façam as partes que N2 A1 da Etapa 2
somente quando co- vontade e responsa- os outros participan-
lhe cabem.
brado pela equipe. bilidade tes da equipe.
Cumprimento

Raramente entrega Entrega as ativida-


Entrega as ativi-
de prazo

Não entrega as atividades após o des sempre após


dades no prazo N2 A1 da Etapa 2
atividades. prazo previsto e o prazo previsto e
Indicadores

previsto
sempre justifica. justifica

Participa das dis-


Não participa de Participa ativamente Inicia e ou propõe
cussões somente N3 A1 da Etapa 2
discussões das discussões. discussões.
quando solicitado.

Raramente se Às vezes se desvia Sempre se mantém


Não se mantém no
mantém no tema da do tema das discus- no tema das discus- N3 A1 da Etapa 2
tema da discussão.
Relacionamento interpessoal

discussão. sões. sões.

Raramente respeita Às vezes respeita Sempre respeita


Não respeita a vez
a vez dos outros a vez dos outros a vez dos outros N3 A1 da Etapa 2
dos outros falarem.
falarem. falarem. falarem.

Presta atenção na
Nunca dá atenção à Raramente dá aten- Sempre escuta com
fala de colegas e do
fala dos colegas ou ção à fala dos cole- atenção a fala de co- N2 A1 da Etapa 2
docente só quando
do docente. gas ou do docente. legas e do docente.
é advertido.

Interage com os par- Promove interação


Não interage com Interage habitual-
ticipantes da equipe com os participantes
os participantes da mente com os par- N3 A1 da Etapa 2
somente quando da equipe e com as
equipe. ticipantes da equipe.
solicitado. demais equipes.

Quadro 1 - Exemplo de Lista Verificação com Rubricas – Capacidade socioemocional – Trabalho em Equipe
Fonte: SENAI\DN (2020)

52
CAPÍTULO 5 | O R I E N TA Ç Õ E S PA R A AVA L I A Ç Ã O D O P R O C E S S O D E A P R E N D I Z A G E M N O
MUNDO DO TRABALHO

Para mais informações sobre as três capacidades socioemocionais de-


finidas – autonomia, trabalho em equipe e resolução de problemas – a
serem desenvolvidas e avaliadas no Mundo do Trabalho, ver o item “3.2
A matriz de competências para o Mundo do Trabalho” deste livro.

5.2 AUTOAVALIAÇÃO E AVALIAÇÃO ENTRE PARES


A autoavaliação é realizada pelo próprio estudante que passa pela ação formativa, e a avaliação entre
pares é realizada entre os estudantes. Ambas dão subsídios para a avaliação docente, gerando indí-
cios para intervenções se necessário. Como ambas devem ser processuais, não devem gerar nota. Por
exemplo, é por meio da autoavaliação que o estudante está constantemente avaliando seu progresso
com o objetivo de avançar sempre.

Davi Leon (2020)

Para sua realização, os critérios, indicadores e rubricas que servirão como parâmetros de avaliação
neste módulo estão claramente definidos para você, docente, e devem ser conhecidos pelo estudan-
te. Nas situações de aprendizagem estabelecidas para o módulo, estão descritos momentos em que
devem ocorrer e os instrumentos já predefinidos.

53
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

5.3 RECUPERAÇÃO DAS APRENDIZAGENS


A recuperação das aprendizagens constitui parte integrante dos processos educacionais e tem como
princípio o respeito à diversidade de características e de ritmos de aprendizagem dos estudantes.
Deve ser entendida como contínua, devendo estar inserida no trabalho pedagógico realizado no dia
a dia da sala de aula e estar constituída de intervenções pontuais e imediatas, em decorrência da ava-
liação diagnóstica e sistemática do desempenho do estudante.
Assim, dadas as características do Mundo do Trabalho, é necessário que você, docente, acompanhe o
desenvolvimento dos estudantes ao longo do processo de aprendizagem para que, se necessário, a
recuperação seja imediata, durante o desenvolvimento de cada uma das estratégias propostas para
cada etapa. Se um estudante não estiver atingindo os resultados esperados, devem ser proporciona-
das novas oportunidades de aprendizagem, por meio da ajuda do próprio docente ou mesmo dos
demais estudantes que, com ele, formam uma equipe de trabalho, para que haja a superação das
dificuldades.
Outra estratégia para a recuperação dos estudantes, se disponível na escola, é o uso do AVA criado
para este Módulo. O AVA pode ser utilizado como suporte para o desenvolvimento das capacida-
des estabelecidas no currículo e, além disso, suas ferramentas permitem construir atividades como
a participação em chats e fóruns, elaboração de mapas conceituais, resolução de listas de exercícios,
criação de vídeo e podcast, entre outros.

Davi Leon (2020)

Se os desempenhos desfavoráveis do estudante disserem respeito a causas não específicas de sala de


aula, você, docente, deve recorrer à coordenação pedagógica da escola para que o estudante possa
receber o apoio necessário para superar suas dificuldades.

54
CAPÍTULO 5 | O R I E N TA Ç Õ E S PA R A AVA L I A Ç Ã O D O P R O C E S S O D E A P R E N D I Z A G E M N O
MUNDO DO TRABALHO

5.4 PORTFÓLIO
Uma proposta bastante adequada à avaliação formativa ou somativa com base em competências é o
uso do portfólio.
O portfólio é um instrumento que compreende a compilação de todos os trabalhos que vão sendo
realizados pelos estudantes durante um curso, um módulo ou uma unidade curricular. Inclui todo e
qualquer resultado concretizado pelo estudante, além de outros elementos, como registro de visitas,
resumos de textos, projetos, desenhos, listagens de softwares, fotos, áudios, vídeos, relatórios de pes-
quisa e anotações de experiências. Inclui também ensaios autorreflexivos que permitem aos estudan-
tes discutir como a experiência mudou sua vida.

Davi Leon (2020)

Um dos objetivos do uso desse instrumento é ajudar os estudantes a refletir sobre seu próprio apren-
dizado e desenvolver a capacidade de avaliar seu próprio trabalho. Além disso, o portfólio pode tam-
bém ser utilizado para:

55
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

a) demonstração de habilidades específicas, competências e va-


lores;
b) explicação da natureza do trabalho e o tipo de desenvolvimen-
to possibilitado pela atividade;
c) fornecimento de retroinformação (feedback) para os estudan-
tes, por você, docente, que avaliou o portfólio.

Segundo Klenowski (2003, p. 3), “princípios norteadores – a autoavaliação, a reflexão é a oportunidade


de o estudante revelar o processo pelo qual o trabalho é expresso no portfólio – constituem a centra-
lidade do portfólio”.
A utilização do portfólio como instrumento de avaliação permite sua vinculação ao trabalho pedagó-
gico em que o estudante participa das tomadas de decisão, formulando suas próprias ideias, fazendo
escolhas, e não cumprindo simplesmente as prescrições do docente e da escola.
Alguns princípios-chave regem o desenvolvimento do portfólio. Um deles é que ele deve ser constru-
ído pelo próprio estudante, de modo que possa fazer escolhas e tomar decisões. Isso requer que você,
docente, tenha clareza de que o trabalho de construção do portfólio deve estar direcionado para a
autonomia do estudante. Além disso, é necessário que tanto você, docente, quanto o estudante per-
cebam o portfólio como um aliado da aprendizagem.

Cabe ainda lembrar que a construção do portfólio é feita por meio da


reflexão, de modo que, além de incluir os resultados das atividades
previstas, o estudante decida o que mais incluir, como incluir e analise
suas produções, podendo refazê-las sempre que entender que pode
melhorá-las. Ademais, a utilização de portfólio considera que tanto a
construção quanto a reflexão favorecem o desenvolvimento da criati-
vidade do estudante.

56
CAPÍTULO 5 | O R I E N TA Ç Õ E S PA R A AVA L I A Ç Ã O D O P R O C E S S O D E A P R E N D I Z A G E M N O
MUNDO DO TRABALHO

Assim, no Mundo do Trabalho, cada estudante deve compilar seu portfólio, iniciando-o no acolhimento
e seguindo pelas três etapas do módulo – Autoconhecimento, Mundo do Trabalho e Projeto de Vida
e Carreira.
Reiterando, a recomendação é que todas as construções do estudante permaneçam no portfólio para
que tanto ele quanto você, docente, possam avaliar seu progresso. No entanto a reflexão no início do tra-
balho deve ser orientada por você, docente, para que o estudante se habitue a estabelecer articulações.
De acordo com o perfil da turma e os recursos disponíveis, os portfólios dos estudantes podem ser
físicos, armazenados em pastas e arquivos ou digitalizados, armazenados em repositórios virtuais.
Assim, utilizando sua criatividade, o estudante deve organizar o portfólio à sua maneira, escolhendo
formas diferentes de aprender. Você, docente, como mediador desse processo, vai estimulá-lo a estar
sempre trabalhando e tomando decisões, incentivando sua iniciativa para que busque novas ideias,
evitando as repetições.
Os princípios da organização, da reflexão e da criatividade, juntos, favorecem a abertura do caminho
para a autoavaliação.
Desse modo, a partir dos critérios de avaliação disponíveis e das tabelas de verificação com rubricas,
o estudante pode se autoavaliar, de modo a reconhecer suas potencialidades e fragilidades. Você,
docente, como mediador, tem o papel de ajudá-lo a observar seu crescimento intelectual e registrar
suas análises.
Os estudantes, aprendendo desde cedo a participar da formulação dos critérios para compilação do
portfólio – os quais devem atender também os objetivos pedagógicos da própria escola e os objetivos
educacionais mais amplos – ganharão para toda a vida a capacidade da autoavaliação. Dessa forma,
você, docente, e estudantes, com um trabalho compartilhado, assumem uma parceria que passa a ser
um princípio norteador das atividades educativas.

5.5 CONVERSÃO DO DESEMPENHO DO ESTUDANTE EM NOTA,


MENÇÃO OU CONCEITO
Depois que a situação de aprendizagem de cada etapa, considerando-se as atividades e as estratégias
a ela relacionadas, tiver sido avaliada de acordo com os critérios estabelecidos, você, docente, deve
demonstrar os resultados alcançados pelos estudantes por meio de conceitos, notas ou níveis, confor-
me as diretrizes de cada Departamento Regional do SENAI.
Para tanto, recomenda-se ter como referência uma tabela de descrição dos diferentes níveis de de-
sempenho que correspondam aos resultados que podem ser apresentados pelos estudantes, consi-
derando as diferenças de aprendizagem entre eles.
É importante salientar que não existe um número ideal de níveis de desempenho, podendo você,
docente, desde que alinhado com os critérios de avaliação estabelecidos no Regimento Escolar e em
outros documentos institucionais, determinar quantos níveis considerar necessários para realizar uma
avaliação criteriosa e válida.

57
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Como possibilidade de conversão dos desempenhos em conceitos, notas e níveis, apresenta-se o


Quadro a seguir como exemplo:

PROPOSTA DE CONVERSÃO DE DESEMPENHOS EM CONCEITOS, NOTAS E NÍVEIS


ESCALAS DE AVALIAÇÃO
DESCRIÇÃO DO DESEMPENHO DO ESTUDANTE
CONCEITOS NOTAS NÍVEIS
Desenvolveu a situação de aprendizagem atendendo a todos
os critérios de avaliação estabelecidos, obtendo o resultado A 9,0 a 10,0 4
esperado.

Desenvolveu a situação de aprendizagem atendendo a maior


parte dos critérios de avaliação estabelecidos, sem comprome- B 7,0 a 8,9 3
ter o resultado esperado.

Desenvolveu a situação de aprendizagem atendendo a poucos


critérios de avaliação estabelecidos, comprometendo o resulta- C 4,0 a 6,9 2
do esperado.

Não desenvolveu a situação de aprendizagem ou não atendeu


aos critérios de avaliação estabelecidos, comprometendo total- D 1,0 a 3,9 1
mente o resultado esperado.

Quadro 2 - Exemplo de Proposta de Conversão de Desempenho em Conceitos, Notas e Níveis


Fonte: SENAI/DN (2020)

Você foi apresentado à nova proposta de Ensino Médio e conheceu a estrutura do primeiro módulo,
denominado Mundo do Trabalho. A seguir, você conhecerá o perfil desses estudantes e terá orienta-
ções de como realizar o acolhimento para iniciar as etapas de estudos.

58
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

60
6 O Acolhimento dos
Estudantes

A proposição do acolhimento do Mundo do Trabalho como primeiro contato entre estudantes e entre
eles e você, docente, está assentada na crença de que a criação de vínculos e alianças é essencial para
que a aprendizagem ocorra.
Embora para o acolhimento dos estudantes devam ser aplicadas diferentes estratégias específicas
para facilitar a interação, é preciso considerar que este depende em muito do olhar de você, docente,
de seu desejo sincero de reconhecer nos estudantes possíveis tensões e sentimentos de insegurança
em relação ao novo, ao desconhecido para eles.
Assim, a atenção dispensada aos estudantes, explicitada pela postura, pelas atitudes e pelo comporta-
mento positivo de você, docente, no sentido de receber bem, dar ouvidos, atender e abrigar, somada
ao desenvolvimento das estratégias apresentadas a seguir, pode lhes garantir a qualidade de adap-
tação à proposta deste módulo, tendo em vista um crescimento pessoal que permita escolhas mais
adequadas para sua vida profissional futura.

6.1 CARACTERÍSTICAS DOS ESTUDANTES


É bastante relevante que, para as ações de acolhimento, você, docente, conheça as características
dos atuais estudantes e saiba o porquê de algumas expressões terem sido selecionadas para a comu-
nicação com eles no livro do estudante. Desse modo, seguem algumas informações que devem ser
consideradas.
Você já deve ter ouvido falar da geração Z, a geração dos nascidos após o surgimento da internet,
entre 1992 e 2010.

61
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

GERAÇÃO Z

Davi Leon (2020)


Os atuais estudantes do Ensino Médio fazem parte dessa geração, que não conhece o mundo sem
computadores, tablets e celulares, e que desde muito cedo já estão familiarizados com todas as possi-
bilidades da era tecnológica, aprendendo com facilidade como utilizá-la. Por isso, quando o assunto é
tecnologia digital, estão sempre um passo à frente dos mais velhos.
Essa é a primeira geração móvel que parece viver igualmente nos mundos digital e real. Os smartpho-
nes estão sempre por perto e ao seu alcance, são o hub social dessa geração, o epicentro de tudo.
Os jovens dessa geração criam um universo, um espaço virtualizado em que se envolvem. Nesse espa-
ço estão entretidos, por meio de atividades como música, jogos, redes sociais ou mensagens de texto,
com textos ou vídeos. De modo importante, dentro de sua “bolha”, os jovens da geração Z também se
expressam com os amigos por meio de criação frequente e compartilhamento de conteúdo digital.
Eles querem que suas conexões funcionem bem e rapidamente.
Inteligente, opinativa e ligada, a geração Z encontra a realização em seus dispositivos. Os jovens des-
sa geração têm muitas ideias interessantes para o futuro da tecnologia, preferem o Instagram ou o
YouTube, em geral, e entendem que vivem em um mundo pós-privacidade. Seus celulares os tornam
seguros e, cada vez mais, formam rituais e hábitos relacionados ao uso de seus dispositivos. A tecnolo-
gia é essencialmente uma parte indistinguível da sua identidade e está entrelaçada em sua vida diária
(CommScope, [s.d.]).

62
CAPÍTULO 6 | ACOLHIMENTO DOS ESTUDANTES

Davi Leon (2020)


As principais características da geração Z são:

• desejo de assumir responsabilidade social;


• ansiedade extrema;
• menos relações sociais;
• desapego das fronteiras geográficas;
• necessidade de expor opinião.

Quando o assunto é profissão, são desconfiados e, também, inseguros, pois não acreditam na ideia de
exercer apenas uma função pelo resto da vida. Estão ainda para chegar ao mercado, mas já se espera
dessa geração uma grande flexibilização nas relações de trabalho, com forte produção conectada à
velocidade da tecnologia.

63
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Diante desse cenário, um dos grandes desafios das escolas é se preparar para receber esse novo estu-
dante, capacitando todos os profissionais envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem a fazer
um uso adequado e significativo das ferramentas tecnológicas que estão à disposição.
Entretanto é importante não criar oposição entre o aprendizado e a tecnologia, como é comum acon-
tecer nas instituições tradicionais.

O seu papel dentro dessa realidade deve ser formar estudantes mais
críticos e criativos em relação ao uso das ferramentas tecnológicas, in-
corporando de fato a tecnologia no currículo escolar.

Você, docente, já deve saber lidar com essa realidade em sala de aula, pois é inegável que, com a
facilidade de acesso à internet atualmente, os estudantes dessa nova geração dificilmente ficam
concentrados em uma aula tradicional. Dessa forma, uma opção seria aceitar que os smartphones,
tablets e demais aparelhos façam parte das aulas. Esses dispositivos tecnológicos, se utilizados dentro
de um objetivo educacional bem definido, se tornam aliados do trabalho seu trabalho, despertando o
interesse dos estudantes e facilitando o processo de aprendizagem.
Davi Leon (2020)

64
CAPÍTULO 6 | ACOLHIMENTO DOS ESTUDANTES

Para que se consiga transformar esses recursos tecnológicos em aliados, você, docente, deve orientar
sobre o uso dessas ferramentas e levar os estudantes a refletir sobre o que é um uso saudável desses
recursos.
Partindo desse entendimento, é importante conhecer o glossário de termos que foi pensado para
dialogar com esse novo perfil de estudante.

GLOSSÁRIO
PARTIU! O termo “Partiu” aparecerá sempre que houver uma introdução.

O termo “Se liga” será utilizado sempre que aparecer alguma orientação para o
SE LIGA!
estudante.

O termo “Demorô” aparecerá sempre que houver uma situação desafiadora para o
DEMORÔ!
estudante resolver.

O termo “Bora Lá” aparecerá sempre que houver uma estratégia para o estudante
BORA LÁ!
desenvolver.

FECHÔ! O termo “Fechô” será utilizado sempre que aparecer um fechamento ou conclusão.

Quadro 1 - Glossário de termos utilizados no Livro do Estudante


Fonte: SENAI/DN (2020)

6.2 ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM


É comum o estudante ficar inseguro e ansioso no início das atividades escolares, considerando desde
a mudança na rotina das férias – como a necessidade de dormir mais cedo e de se deslocar para a
escola – até a incerteza com relação ao que vem pela frente. As dificuldades se agravam quando o
estudante é adolescente ou está mudando de escola. Estudantes que não se sentem pertencentes ao
ambiente escolar tendem a ser mais agressivos e a demonstrar maior irritabilidade, o que, em geral,
causa desentendimentos com a turma e dificulta o processo de aprendizagem.
Uma forma de abreviar a tensão enfrentada pelo estudante nesse período é praticar o acolhimento
apropriado, o que facilita o processo de transição para a nova realidade, favorece a integração dos
envolvidos e diminui a ansiedade comum no período. Dessa forma, para iniciar a execução do Mundo
do Trabalho, são propostas estratégias de ensino e aprendizagem com o objetivo de proporcionar
momentos de interação da turma, “quebrando o gelo”, contribuindo para a formação de alianças entre
os estudantes e entre estes e você, docente, além de incentivar neles o engajamento e o sentimento
de pertencimento.
Para esse momento, você pode aplicar algumas estratégias de ensino e aprendizagem propostas em
seguida, sempre avaliando sua adequação ao perfil da turma e ao tempo disponível:

65
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

• Bingo de Autógrafos.
• Comunicação Não Violenta.
• Apresentação dos Estudantes.
• A Ilha do Tesouro.
• Apresentação do Mundo do Trabalho.

Caso você identifique que não há tempo disponível para aplicar todas as estratégias de ensino e
aprendizagem propostas, podem ser suprimidas as seguintes, sem prejuízo ao atendimento do obje-
tivo do módulo:

• Comunicação Não Violenta.


• A Ilha do Tesouro.

Confira na sequência como desenvolver cada uma das estratégias apresentadas.

BINGO DE AUTÓGRAFOS Tempo previsto: 1h

O objetivo dessa estratégia de ensino e aprendizagem é apresentar os estudantes uns aos outros de
forma descontraída, propiciando a oportunidade da formação de alianças entre si.
Para essa atividade, você deverá:
a) Avaliar as características indicadas no bingo antes de imprimir as cópias para os estudantes e,
se considerar adequado, fazer as adaptações necessárias.

66
CAPÍTULO 6 | ACOLHIMENTO DOS ESTUDANTES

Possibilidade de adaptar a estratégia de ensino e aprendizagem: de-


pendendo da quantidade de estudantes na turma e se você, docente,
considerar adequado, a folha do bingo de autógrafos pode ser altera-
da, incluindo duas ou mais colunas para coleta de assinaturas, assim,
haverá maior interação entre a turma.

b) Informar aos estudantes o objetivo da estratégia, esclarecendo como funciona um bingo e


orientando para que, de posse da folha com 14 características, contatem os demais e solici-
tem que escrevam o nome à frente das características que acreditam ter.
c) Esclarecer que será considerado vencedor do Bingo o estudante que tiver a folha preenchida
em menos tempo. Para isso, o estudante que tiver a folha preenchida deve gritar “bingo”, in-
formando que já concluiu. Nesse momento, os demais devem parar o preenchimento da folha
do bingo.
d) Solicitar aos estudantes que comecem o bingo de autógrafos.
e) Solicitar ao estudante que concluiu primeiro o preenchimento da folha que conte aos demais
quais pessoas colocaram o nome na folha e qual característica indicaram. Solicitar aos demais
estudantes que contem aos demais as informações que também coletaram.
f) Concluir a estratégia, explorando um pouco mais as características indicadas pelos estudan-
tes, como:

• Você diz que gosta de ler. Que estilo de livro?


• Você diz que toca instrumento musical. Qual instrumento? Por que escolheu esse?

BINGO DE AUTÓGRAFOS
Nos próximos dez minutos, você vai contatar o maior número de estudantes na sala e encontrar aque-
les que têm as mesmas características aqui descritas.
O estudante que tiver uma das características deve colocar seu nome de forma legível na linha dispo-
nível. Só pode haver um nome por linha.
Será o vencedor quem conseguir as assinaturas em todos os itens primeiro!

67
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

1. Gosta de jogar futebol..............................................................................


2. Faz esporte radical......................................................................................
3. Nasceu no mesmo ano que eu..............................................................
4. Toca instrumento musical........................................................................
5. Gosta de ler...................................................................................................
6. Adora música clássica ..............................................................................
7. Tem mais de dois irmãos..........................................................................
8. Gosta de cantar............................................................................................
9. É bom contador de piadas .....................................................................
10. É meu xará (tem o mesmo nome)......................................................
11. Fala mais de dois idiomas......................................................................
12. Já fez curso no exterior...........................................................................
13. Gosta de cozinhar....................................................................................
14. Sabe o que quer como profissão........................................................

MATERIAIS • Folhas de papel A4 impressa com o Bingo de Autógrafos.


NECESSÁRIOS:
• Lápis ou caneta.

COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA Tempo previsto: 1h

Caso o você, docente, identifique que não há tempo disponível para


aplicar todas as estratégias de ensino e aprendizagem propostas, esta
pode ser suprimida sem prejuízo ao atendimento do objetivo da etapa.

68
CAPÍTULO 6 | ACOLHIMENTO DOS ESTUDANTES

O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem proposta é abordar o tema Comunicação, es-
clarecendo os estudantes sobre alguns critérios importantes a serem considerados durante a convi-
vência com os colegas e abordando conceitos relacionados à Comunicação Não Violenta.
Para essa atividade, você deverá:
a) Informar aos estudantes o objetivo da estratégia, reforçando a importância da comunicação
para uma convivência harmoniosa. Você, docente, pode exemplificar a importância do cuida-
do com o uso da informação, recordando com os estudantes o que geralmente acontece na
brincadeira do telefone sem fio, em que a informação inicial é distorcida durante o jogo.
b) Providenciar para que todos os estudantes tenham uma folha de papel e um lápis.
c) Reforçar aos estudantes que todos deverão seguir as orientações dadas por você sem olhar
para o desenho que o colega está fazendo, o que minimizará a interferência de um no dese-
nho do outro.
d) Ser bem sucinto ao passar as orientações para os estudantes, reforçando que devem seguir as
instruções sem conversar com os colegas ou olhar para o desenho deles. As orientações de-
vem ser repassadas de forma pausada, permitindo que os estudantes façam o desenho antes
de receber a próxima instrução.
e) Todos deverão desenhar um monstro com as seguintes características:

• o corpo deve ter o formato oval e ser coberto de pelos;


• a cabeça deve ser grande;
• um olho deve ser arregalado;
• a boca deve ser grande;
• as orelhas devem ser iguais às orelhas de um gnomo;
• as pernas devem ser compridas;
• os pés devem ser grandes;
• os braços devem ser curtos;
• as mãos devem ser grandes e com garras.

f) Depois das instruções, orientar os estudantes a compartilharem o desenho com os colegas,


estimulando-os a identificarem as semelhanças e diferenças. Nesse momento, os estudantes
comprovarão que os desenhos ficaram diferentes, pois cada um desenhou de acordo com sua
compreensão das orientações dadas, evidenciando a influência das experiências passadas na
nossa maneira de reagir às situações.
g) Estimular o debate, sugerindo que os estudantes respondam ao questionamento:

• Se todos receberam as mesmas instruções, por que os desenhos


ficaram diferentes?

69
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

h) Depois do debate a respeito das diferentes interpretações que os estudantes fizeram dos
mesmos comandos, apresentar algumas dicas para evitar ruídos na comunicação, expondo
os quatro passos propostos por Marshall Rosenberg, psicólogo que desenvolveu a Comunica-
ção Não Violenta, forma de comunicação que propõe olhar para as necessidades básicas do
ser humano.

De forma resumida, os quatro passos essenciais para resolver uma situação de conflito são:

Passos O que fazer


Observar os fatos envolvidos, sem interpretações. Observar o que realmente aconte-
Observação ceu sem julgar as pessoas envolvidas ou possíveis intenções das pessoas envolvidas
na situação que gerou desconforto.

Identificar que sentimentos aquela situação despertou em si, evitando novamente


julgamentos relacionados a possíveis sentimentos ou intenções das demais pessoas
Sentimentos
envolvidas na situação. Identificar que necessidades suas não foram atendidas para
gerar a situação desconfortável.

Identificar e expressar as próprias necessidades é essencial para que a comunicação


possa fluir de maneira saudável. Nesse momento, é importante que se assuma a
responsabilidade pelo desconforto sentido, identificando por que se fica incomoda-
Necessidades
do com a situação e qual necessidade não foi atendida. Depois de observar os fatos,
identificar quais sentimentos eles despertaram em si: é o momento de verbalizar o
que é necessário.

Pedir é explicitar o que se espera do outro, fazendo um pedido explícito do que se


Pedido quer. O último passo é aprender a dizer o que precisa, a expressar necessidades de
forma clara.

Quadro 2 - Quatro passos essenciais para resolver uma situação de conflito


Fonte: SENAI/DN (2020)

i) Apresentar o vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8_xPKsp8lXQ> a


respeito da Comunicação Não Violenta.
j) Estimular os estudantes a debaterem a respeito dos conceitos apresentados, motivando-os a
citar exemplos cotidianos para aplicar a Comunicação Não Violenta.
k) Finalizar a estratégia reforçando que, durante todo o módulo, os estudantes serão estimula-
dos a trabalhar em equipe, e os passos sugeridos pela Comunicação Não Violenta serão úteis
para estabelecer uma convivência harmoniosa na turma.

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Vídeo: Como usar a comunicação não violenta nos re-
lacionamentos, disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=8_xPKsp8lXQ>.
• Folhas de papel A4.
• Lápis.

70
CAPÍTULO 6 | ACOLHIMENTO DOS ESTUDANTES

ENTREVISTA PARA A Tempo previsto: 2h


APRESENTAÇÃO DOS ESTUDANTES

O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é permitir que os estudantes se apresentem, pos-
sibilitando a criação de vínculos entre si. Além disso, orientar a respeito de segurança da informação.
Para essa atividade, você deverá:
a) Entregar aos estudantes metade de uma figura.
b) Orientar para que os estudantes encontrem o colega que está de posse da outra metade que
completa a figura.
c) Orientar os estudantes que, após terem completado a figura, formem uma dupla e, após iden-
tificar o nome completo do colega, realizem uma pesquisa na internet para que cada um
colha os dados disponíveis a respeito do outro.
d) Possibilidade de adaptação da estratégia de ensino e aprendizagem: caso não haja recursos
disponíveis para realizar a pesquisa na internet, os estudantes podem entrevistar o colega,
considerando os seguintes itens:
• nome;
• idade;
• bairro e ou cidade onde mora;
• escola em que estudou;
• o que gosta de fazer como lazer.

e) Orientar os estudantes para que, se necessário, anotem as informações uns dos outros, pois
um deverá apresentar o outro para a turma.
f) Solicitar aos estudantes para que façam as apresentações.
g) Apresentar-se aos estudantes, considerando os mesmos itens utilizados por eles.
h) Ao encerrar as apresentações, salientar aos estudantes a importância da segurança da infor-
mação no mundo atual, considerando a quantidade de dados pessoais disponíveis na inter-
net, tanto nas redes sociais quanto em outros sites, como o Escavador, por exemplo. Abordar
questões relacionadas à privacidade e aos riscos envolvidos na exposição sem controle, além
de citar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que dispõe sobre o tratamento de dados
pessoais, inclusive nos meios digitais, com o objetivo de proteger os direitos de liberdade e
de privacidade.
i) Apresentar dicas de segurança no uso de redes sociais, utilizando o vídeo <https://www.you-
tube.com/watch?v=QFdkggG34wo>. Havendo disponibilidade de tempo, passar também o
vídeo <https://www.youtube.com/watch?v=WrHjVd6k5j4>, uma reportagem a respeito dos
riscos envolvidos na disponibilização de informações pessoais na internet.
j) Apresentar, se considerar adequado, o vídeo <https://www.youtube.com/watch?v=skd9Wzu-
lAuo>, com dicas de dispositivos virtuais para ampliar a segurança de seus dados ao usar a
internet.

71
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

k) Estimular o debate a respeito da importância de usar de forma consciente e segura as redes


sociais, assim como as ferramentas de comunicação instantânea, esclarecendo também a res-
peito das implicações jurídicas, por exemplo, ao participar de um grupo de WhatsApp no qual
foram inseridas informações discriminatórias.
l) Finalizar a estratégia enfatizando que, durante todo o módulo, os estudantes terão a oportu-
nidade de se conhecer melhor e de exercitar o que aprenderam a respeito de segurança da
informação.

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Vídeos:
• Segurança na Internet, disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=QFdkggG34wo>.
• Veja dicas de como garantir segurança nas re-
des sociais, disponível em: <https://www.youtu-
be.com/watch?v=WrHjVd6k5j4>.
• Dez dicas de especialistas para se proteger na
internet, disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=skd9WzulAuo>.
• Conjunto de figuras cortadas pela metade, em número
suficiente para os estudantes.
• Computadores ou celulares com acesso à internet.

A ILHA DO TESOURO Tempo previsto: 1h

Caso você identifique que não há tempo disponível para aplicação de


todas as estratégias de ensino e aprendizagem propostas, esta pode
ser suprimida sem prejuízo ao atendimento do objetivo do módulo.

72
CAPÍTULO 6 | ACOLHIMENTO DOS ESTUDANTES

O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é aumentar a motivação da turma e estimular


o trabalho em equipe, além de proporcionar um momento de descontração ao grupo.
Para essa atividade, você deverá:
a) Orientar os estudantes a formarem duplas, entregar uma folha de jornal para cada dupla,
posicionando-as em um canto da sala e providenciando para que haja espaço disponível para
que elas atravessem a sala sem obstáculos físicos, como mesas e cadeiras.
b) Colocar a premiação em cima de uma folha de jornal do outro lado da sala, onde será o ponto
de chegada das duplas.
c) Orientar todas as duplas a se deslocarem ao mesmo tempo, até o outro lado da sala, pisando
na folha de jornal, na tentativa de alcançar o tesouro. A dupla deve manter os pés na folha de
jornal. Reforçar que será desclassificada a dupla que pisar fora da folha ou rasgá-la.
d) O jogo termina quando o tesouro for resgatado ou quando todas as duplas pisarem fora da
folha de jornal ou a rasgarem.
e) Quando terminar o jogo, esclarecer que a melhor maneira de alcançar o tesouro é convidar
outra dupla para formar um grupo — assim, as duplas podem alternar as folhas de jornal e
seguir passo a passo até a recompensa. No final, basta dividir o prêmio entre todos os vence-
dores!
f) Incentivar a turma a discutir a respeito da importância do trabalho em equipe para vencer
obstáculos, enfatizando o quanto saber trabalhar em equipe de forma harmoniosa é uma
competência valorizada no mercado de trabalho.
g) Finalizar reforçando que, durante todo o módulo, serão propostas estratégias de ensino e
aprendizagem a serem desenvolvidas em equipe e que os estudantes terão chance de desen-
volver ou aprimorar essa competência.

MATERIAIS • Premiação (tesouro) – sugere-se saco de balas ou doces,


NECESSÁRIOS: ou outro prêmio que possa ser dividido entre a turma.
• Folhas de jornal – quantidade suficiente para a quantida-
de de duplas.

73
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

APRESENTAÇÃO DO Tempo previsto: 1h


MUNDO DO TRABALHO

O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é apresentar aos estudantes o objetivo, o méto-
do de aprendizagem, a forma de avaliação e o cronograma do Mundo do Trabalho, além de apresen-
tar o ambiente virtual de aprendizagem.

Organizar com antecedência uma apresentação a seu critério, conten-


do, no mínimo, as seguintes informações:
• objetivo do Mundo do Trabalho no contexto do Ensino Médio
e do Curso Técnico;
• estrutura do Mundo do Trabalho com suas etapas;
• distribuição da carga horária e cronograma;
• a importância do portfólio como produto de cada etapa, lem-
brando que o resultado das estratégias de ensino e aprendi-
zagem deve ser colocado em pasta física ou em pasta digital,
num servidor local ou na nuvem;
• forma de avaliação utilizada (apresentar a tabela de critérios e
a matriz de rubrica para os estudantes);
• orientações a respeito do AVA.

Para essa atividade, você, docente, deverá:


a) Apresentar aos estudantes o Mundo do Trabalho, de acordo com as informações indicadas no
item Atenção.
b) Entregar pasta física ou definir um substituto que permita conservar os resultados das estra-
tégias desenvolvidas durante o módulo, ao orientar os estudantes em relação à importância
do portfólio.

74
CAPÍTULO 6 | ACOLHIMENTO DOS ESTUDANTES

c) Esclarecer que revisitar o portfólio será de grande valia no momento de construir o projeto de
vida e carreira.
d) Estimular os estudantes a compartilhar as informações do portfólio com os amigos próximos
e familiares, considerando as influências e contribuições de família e amigos na escolha pro-
fissional do jovem.
e) Apresentar o AVA, fazendo a projeção à turma de estudantes com o uso do mapa de navega-
ção e do vídeo de apresentação disponíveis no ambiente virtual. Podem também ser apresen-
tadas as formas de acesso ao ambiente virtual, testando os acessos com os estudantes (quan-
do o acesso a computadores com internet for possível), esclarecendo as dúvidas e divulgando
os canais de atendimento.
f) Finalizar a estratégia reforçando a importância do engajamento dos estudantes nas ativida-
des para que possam atingir o objetivo do módulo: desenvolver capacidades profissionais e
de autoconhecimento que propiciem tomada de decisão que resulte em um projeto de vida
e carreira.

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Apresentação elaborada por você, docente.
• Pastas transparentes, ou algo similar, entregues aos es-
tudantes para que possam arquivar os resultados das
atividades, compilando, assim, cada um seu respectivo
portfólio.
• Computadores com acesso à internet, caso haja disponi-
bilidade de recursos.

Agora que você já conheceu o perfil e realizou o acolhimento dos estudantes, o próximo capítulo
trará todas as informações necessárias para você desenvolver com eles as etapas Autoconhecimento,
Mundo do Trabalho e Projeto de Vida e Carreira.

75
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

76
7 Situações de Aprendizagem
para o Mundo do Trabalho

Realizado o acolhimento dos estudantes, você, docente, deve iniciar o desenvolvimento do que está
proposto para cada uma das etapas do Módulo – Autoconhecimento, Mundo do Trabalho e Projeto
de Vida e Carreira.
Cada uma das etapas se caracteriza, conforme já abordado, pela proposição de uma situação de
aprendizagem que apresenta orientações gerais para o desenvolvimento da etapa, situação desafia-
dora sistematizada, seguida de orientações específicas para a realização de atividades e aplicação de
estratégias de ensino e aprendizagem. O cumprimento destas e os resultados obtidos devem confir-
mar a você que não só a situação desafiadora foi solucionada, como também provocaram o desenvol-
vimento de capacidades pelos estudantes.
Cabe ainda reiterar que toda e qualquer ação didático-pedagógica sua deve estar fundamentada na
Metodologia SENAI de Educação Profissional e, especificamente, nos princípios educacionais e proce-
dimentos didático-pedagógicos apresentados nos capítulos anteriores deste livro.

7.1 AUTOCONHECIMENTO
Fazer escolhas profissionais não é tarefa fácil, principalmente no mundo em que vivemos, com suas
constantes e rápidas mudanças. A situação fica ainda mais complexa porque tal escolha geralmente
ocorre na adolescência, período em que há a busca de uma identidade e a presença de vários ques-
tionamentos. Esse período – compreendido como de transição entre os interesses de criança e res-
ponsabilidades do mundo adulto – também demanda do jovem que conheça seus valores e crenças,
sonhos e planos, talentos e habilidades, os quais o auxiliarão na formatação do um projeto de vida e
carreira futuros.

77
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Assim, a etapa de Autoconhecimento, que se inicia agora, contempla uma carga horária de 30 horas e
tem como propósito desenvolver as seguintes capacidades:

• Identificar características pessoais próprias, tendo em vista o auto-


conhecimento.
• Identificar normas e valores sociais relevantes à convivência cidadã.

O quadro a seguir descreve as capacidades a serem desenvolvidas e os conhecimentos a elas rela-


cionados, assim como os resultados esperados e as estratégias a serem utilizadas. Você deve se valer
dessas informações como referência para desenvolver as atividades propostas.

MUNDO DO TRABALHO

Objetivo geral: Desenvolver capacidades profissionais e de autoconhecimento que propiciem a tomada de decisão,
que resulte em um projeto pessoal de vida e carreira.

ETAPA 1 – AUTOCONHECIMENTO

Capacidades Conhecimentos Estratégias Resultados esperados

Identificar características • Valores e crenças. • Obrigatórias:


pessoais próprias tendo • Talentos e habilidades. • Brasão.
em vista o autoconheci- • Sonhos e planos. • Curtigrama.
mento. • Inclinações profissionais. • Quadro de adjetivos.
• Valores, crenças • Frases incompletas.
Identificar normas e • Urbanidade e convivência • Texto urbanidade. Portfólio com os resultados
valores sociais relevantes cidadã • Discussão das diferenças das estratégias sobre como
à convivência cidadã. • Direitos e deveres individu- individuais. o estudante se vê ao final
ais e coletivos. • Âncoras de carreira. desta etapa.

Reconhecer as caracte- • Complementares:


rísticas do trabalho em • Alguns minutos de fama.
• Diferenças individuais
equipe de forma cola-
• Tolerância no convívio • O que eu gostaria de estar
borativa, considerando
social. fazendo.
o respeito às diferenças
individuais. • Árvore das profissões.

Quadro 1 - Etapa 1 Autoconhecimento


Fonte: SENAI/DN (2020)

Na sequência, você terá as orientações gerais para o desenvolvimento das situações desafiadoras.

78
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Procurar manter o desenvolvimento das estratégias propostas para


esta Etapa de Autoconhecimento na sequência em que aparecem,
uma vez que foram planejadas para que os estudantes alcancem a culminância de suas
vivências na realização de âncoras de carreira. No entanto, se for inevitável a alteração
da sequência, esta pode ser realizada entre a terceira e a penúltima estratégia, de modo
que âncoras de carreira seja sempre a estratégia final. Ademais, deve ficar claro para
você, docente, que a inversão da sequência entre estratégias só pode ser realizada no
interior de uma mesma etapa e jamais entre etapas.
• Verificar a disponibilidade e funcionamento dos recursos didáticos e recursos
físicos.
• Testar previamente os links indicados para serem empregados como material
didático.
• Selecionar outros links ou materiais didáticos (alternativos, opcionais, comple-
mentares e/ou outras dinâmicas de grupo).
• Incentivar o estudante a atuar em equipes de forma colaborativa e a demons-
trar conduta de comprometimento com as atividades a serem realizadas.
• Maximizar a utilização das tecnologias relacionadas às ferramentas de produ-
tividade, colaboração, comunicação e recursos da Web, sempre que possível.
Quando não, fazer uso de técnicas diferenciadas que priorizem a participação
ativa do estudante, tendo em vista a interação com seus pares e a construção
do conhecimento.
• Dar ênfase à mediação da aprendizagem e à avaliação formativa durante todas
as fases de desenvolvimento das atividades.
• Considerar os resultados dos estudantes na avaliação somativa e na aplicação
de estratégias.
• Solicitar apoio do profissional de assistência social, coordenação pedagógica
ou orientação pedagógica da Unidade Operacional ou algum parceiro para
acompanhamento desta fase.
• Promover um ambiente motivador e agradável, em que o estudante seja o pro-
tagonista no processo de aprendizagem. A mediação, a contextualização e a
interdisciplinaridade são bases da Metodologia SENAI de Educação Profissio-
nal que devem estar presentes em todo o processo de ensino e aprendizagem.
Estratégias para manter os estudantes atentos, ativos e motivados devem ser
aplicadas, considerando a individualidade e o progresso destes.

79
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Conheça, a seguir, a Situação Desafiadora dessa etapa.

Fazer escolhas profissionais não é tarefa fácil, princi-


palmente no mundo em que vivemos, caracterizado
por constantes e rápidas mudanças e com o surgi-
mento de novas e diferentes profissões e carreiras.
A situação torna-se ainda mais complexa porque tal escolha geralmente ocorre na ado-
lescência, período em que há a busca de uma identidade e a presença de vários ques-
tionamentos.
Esse período, compreendido como de transição entre os interesses de criança e as res-
ponsabilidades do mundo adulto, também demanda do jovem que conheça seus va-
lores e crenças, sonhos e planos, talentos e habilidades, que o auxiliarão na formatação
do projeto de vida e carreira futuros.
Portanto, você é desafiado a conhecer a si mesmo e ser capaz de fazer escolhas, para a
construção de um Projeto de Vida e de Carreira ao final do Mundo do Trabalho.
Para isso, você deve ser protagonista de uma atividade realiza-
da individualmente e em equipes, com aplicação de distintos
conteúdos e estratégias, cujos resultados devem ser consolida-
dos em um portfólio.

ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
Você, docente, deve levar em conta que o objetivo da etapa é auxiliar o estudante a identificar, em si
mesmo e nos colegas, características pessoais que propiciem o autoconhecimento. Desse modo, se
considerar pertinente a adaptação de alguma estratégia e do tempo previsto, você, docente, deverá
ter sempre como referencial as capacidades presentes nesta Etapa de Autoconhecimento.
Você , docente, deverá:
a) Informar os estudantes sobre o tempo que têm para realizar a atividade, incentivando-os a
administrá-lo.

80
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

b) Orientar os estudantes à formação de equipes sempre que necessário para o desenvolvi-


mento de estratégias, com a definição de papéis e atribuições de cada participante. Cabe
lembrar que integrantes da equipe assumem papéis de participante e/ou de coordenador.
c) Considerar que os participantes possuem as seguintes atribuições:

• participar da definição do coordenador da equipe, em consenso com os demais parti-


cipantes;
• acatar as decisões tomadas em equipe e respeitar o papel da coordenação;
• identificar e administrar, de forma ética, conflitos que surgirem durante a realização do
trabalho em equipe;
• reportar ao coordenador a existência de conflitos não solucionados;
• planejar as atividades a serem realizadas, de acordo com as informações dadas pelo
docente;
• desenvolver as atividades, de acordo com o planejado;
• propor à equipe ações de replanejamento, quando considerar necessário;
• organizar, em equipe, as informações obtidas;
• avaliar os resultados obtidos com as atividades, considerando a proposta de trabalho;
• avaliar o seu desempenho como participante da equipe;
• avaliar, na equipe, o desempenho dos demais participantes, dando-lhes feedbacks.

d) Explicar que o coordenador, que acumula a função de participante, possui as seguintes atri-
buições:

• identificar e administrar, de forma ética, os conflitos que surgem na equipe;


• reportar ao docente, de forma ética, a existência de conflitos não solucionados na equi-
pe;
• envidar esforços para que as atividades sejam realizadas de acordo com o planejado e/
ou o replanejado;
• avaliar com a equipe o andamento das atividades e reportar ao docente;
• buscar esclarecimentos ou colaboração do docente, sempre que necessário, para o de-
sempenho da equipe.

e) Dar ênfase à mediação da aprendizagem e à avaliação formativa durante o desenvolvimento


das estratégias, de acordo com a tabela de critérios de avaliação e as tabelas de rubricas, apre-
sentadas no final desta etapa.
f) Considerar na avaliação somativa o portfólio construído pelos estudantes, com os resultados
das estratégias de ensino e aprendizagem realizadas sobre valores e crenças, características
pessoais, talentos, habilidades e sonhos e âncoras de carreiras.

81
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

1 – Observar que nesta etapa estão propostas estratégias de ensino


e aprendizagem alternativas a outras. Você, docente, deve optar pela
que deseja desenvolver, considerando as características da turma.
2 – Caso identifique que não há tempo disponível para aplicação de to-
das, podem ser suprimidas as seguintes, sem prejuízo ao atendimento
do objetivo do módulo:
• O que eu gostaria de estar fazendo.
• Árvore das Profissões.

Agora que você já conheceu a Situação Desafiadora e foi orientado sobre como conduzi-la, confira os
detalhes e as orientações para cada uma das atividades.

7.1.1 ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

1ª ESTRATÉGIA
VALORES E CRENÇAS – ALGUNS MINUTOS DE FAMA
Tempo previsto: 01h30

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é contribuir com o autoconhecimento e com o co-
nhecimento recíproco, buscando propiciar um clima de confiança e de sinceridade entre os estudantes.

Para realizar esta estratégia, você, docente deve:


a) Distribuir uma folha de papel a cada estudante, solicitando-lhes que imaginem ser uma pes-
soa famosa.
b) Solicitar que escrevam o nome dessa pessoa e três ações que fariam se fossem ela e que, em
seguida, dobrem a folha de papel.
c) Recolher os papéis dobrados e redistribuí-los de modo que cada estudante fique com a res-
posta de outro colega.
d) Solicitar que abram e leiam e tentem identificar, dentre os colegas, quem seria o autor. Após
isso devem escrever na folha de papel o nome do colega identificado como autor e, entre
parênteses, o nome de quem fez a identificação.

82
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

e) Recolher as folhas de papel e distribuir novamente, tomando os mesmos cuidados da redis-


tribuição anterior.
f) Solicitar aos estudantes que, um a um, leiam em voz alta o que está escrito e verifiquem se
concordam ou não com a identificação feita entre a pessoa famosa e um dos colegas da tur-
ma. Caso ele ou alguém da turma não concorde, deve levantar sua hipótese, justificando sua
não concordância.
g) Solicitar aos estudantes que identifiquem sua própria resposta e deem as razões de sua escolha.

MATERIAIS • Folhas de papel A4.


NECESSÁRIOS:
• Lápis ou caneta e borracha.

2ª ESTRATÉGIA
VALORES E CRENÇAS – BRASÃO
Tempo previsto: 03h

OBJETIVO
Esta estratégia de ensino e aprendizagem individual tem por objetivo auxiliar na identificação de ca-
racterísticas pessoais relacionadas a crenças e valores.

Para a realização desta atividade, você, docente, deve:


a) Fazer uma reflexão com os estudantes acerca da importância dos símbolos, principalmente
brasões4, para a humanidade
b) Orientar os estudantes a pensar sobre a sua história de vida, seus valores5 e crenças6. Para isto,
as seguintes perguntas podem ser utilizadas como norteadores:

• Em que eu acredito?
• O que gosto de fazer?

4 Brasão de armas ou, simplesmente, brasão, na tradição europeia medieval, é um desenho especificamente criado – obedecendo às
leis da heráldica – com a finalidade de identificar indivíduos, famílias, clãs, corporações, cidades, regiões e nações. Heráldica é a ciência e a
arte de identificação, descrição e criação de brasões de armas. É auxiliar da História por identificar o significado dos símbolos de um clã, de
uma família e/ou de uma corporação dentro de uma época.
5 Valores são o conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização que determinam a forma como a pessoa ou
organização se comporta e interage com outros indivíduos e com o meio ambiente. A palavra valor pode significar merecimento, talento,
reputação, coragem e valentia. Exemplos: honestidade; respeito; autoconfiança; empatia (pois propicia melhor convívio social); e tolerân-
cia às diferenças.
6 Crença é a ação de crer/acreditar na verdade ou na possibilidade de alguma coisa. Opinião adotada por alguém com convicção e fé, a
crença sempre supera o (vai além do) conhecimento, embora um conhecimento tenda a se tornar uma crença com o tempo. Exemplos: fé;
otimismo vence barreiras; honestidade atrai honestidade; os ricos são mais felizes; não tenho jeito para isso; não é possível viver do que se
ama; você não faz nada direito.

83
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

• O que eu considero importante?


• O que me dá prazer?
• O que acho certo?
• O que acho errado?
• Do que tenho medo?
• Como transponho e supero obstáculos?
• Se eu tivesse um bilhão de reais, em que eu gastaria?
• O que eu mudaria no mundo?

c) Solicitar a cada um dos estudantes que crie um brasão que o represente, considerando as
respostas dadas às indagações anteriores.
d) Orientar os estudantes a posicionarem-se em círculo para que cada um apresente o seu brasão
aos demais colegas, explicando os símbolos e cores que o constituem e o significado para ele.

MATERIAIS • Folhas de papel A4 com a estrutura de um brasão im-


NECESSÁRIOS: pressa (Anexo A).
• Lápis de várias cores.
• Canetas coloridas.

Estrutura de um brasão
Davi Leon (2020)

Observação:
As respostas dadas às indagações sobre Crenças e Valores podem fornecer subsídios para as ações do
Curtigrama a ser preenchido mais à frente.

84
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

3ª ESTRATÉGIA
VALORES E CRENÇAS – CURTIGRAMA
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
O objetivo é discutir o tema, sem estudo prévio, para levantar opiniões e posicionamentos pessoais
dos estudantes sobre ele.

Para o desenvolvimento deste painel, você, docente, deve:


a) Entregar aos estudantes o quadro Curtigrama.
b) Orientar os estudantes sobre o preenchimento, solicitando que tentem escrever 10 ações
para cada quadrante. Você deve considerar que muitas vezes para o estudante é difícil ter um
elenco de 10 ações para cada quadrante.
c) Solicitar aos estudantes que preencham individualmente cada um dos quadrantes, de acordo
com o tema.
d) Reunir os estudantes em equipes de 5 participantes, para que discutam os temas entre si,
podendo complementar os quadrantes durante a discussão. Nesse momento, o objetivo é
identificar as convergências e as divergências de ideias sobre os temas.
e) Acompanhar os debates, prestando os esclarecimentos necessários às equipes de estudantes.
f) Com o uso da técnica da entrevista, você deve fazer perguntas aos estudantes de modo que
cada um apresente suas ações descritas por quadrante. As perguntas (*) não precisam ser
exaustivas, mas são fundamentais para que as ações descritas pelos estudantes possam ser
bem compreendidas e analisadas pelos demais e por você. Convém, ainda, salientar que o
compartilhamento dessas informações contribui para a expansão do conhecimento de carac-
terísticas individuais e para a identificação de cada colega em relação aos demais.

(*) Sugestões de Perguntas para cada quadrante do Curtigrama


1 – Gosto e Faço (realizações): Este quadrante é o das preferências e realizações. Você
deve aprofundar as respostas dos estudantes, entendendo como são as atividades por eles
descritas, e ampliar com os assuntos que se referem à atividade que eles selecionaram.
Por exemplo, se o estudante colocou que gosta de “Ler”, é importante saber: o que gosta
de ler? Quais são os assuntos de que gosta? Qual o último livro/revista que leu? Quando
e onde costuma ler? O mesmo procedimento deve ser adotado para as demais ações.

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Você não precisa necessariamente saber tudo sobre o universo do estudante. Se este
cita atividades, filmes, livros ou programas de TV que você desconhece, é importante
que seja solicitado a explicar do que se trata, de modo que ele mesmo possa compreen-
der sua preferência e a habilidade requerida para tal atividade.
Mesmo os itens que se referem nitidamente a lazer devem ser bem pesquisados, pois po-
dem trazer dicas sobre interesses profissionais. Por exemplo, um jovem que gosta de assis-
tir à TV pode revelar, no inquérito, que gosta de assistir a programas sobre o Egito Antigo
na Discovery Channel, revelando assim seu interesse por História Antiga e Humanidades.
2 – Gosto e não faço (sonhos): Neste quadrante, você deve entender por que o estu-
dante não realiza aquelas atividades de que gosta. Quais são os impedimentos: falta de
dinheiro? Restrições familiares? Falta de tempo, de empenho? Muitas vezes a partir das
respostas se pode compreender melhor a dinâmica familiar e a forma como o estudante
lida com suas frustrações.
3 – Não gosto e faço (deveres): Compreender as razões que levam o estudante a não
gostar dessas atividades é de grande valia para a escolha profissional – saber do que
não gosta já é um grande passo para a escolha –, pois poderá ajudar a eliminar aquelas
que realmente não quer. Neste quadrante podem aparecer tanto atividades ligadas ao
cotidiano (como serviços domésticos, acordar cedo, andar de ônibus, de metrô, entre
outros) quanto matérias escolares de que não gosta. Ao mesmo tempo, é importante
perceber como o estudante lida com determinados valores, como disciplina e respon-
sabilidade, como se configuram aspectos de personalidade, como força de vontade e
resistência à frustração, e, até mesmo, como lida com lutos oriundos desta fase da vida,
como, por exemplo, deixar de ser criança para ser adolescente.
4 – Não gosto e não faço (valores): Compreender as razões pelas quais o estudante
quase sempre não consegue descrever este quadrante. Neste quadrante, normalmente
aparecem atividades que o estudante não desempenharia, como, por exemplo, ativida-
des esportivas, da escola e do dia a dia da casa.

g) Finalizar a estratégia de ensino e aprendizagem, considerando as conclusões a que cada equi-


pe chegou e:

• complementar as informações dos quatro quadrantes do Curtigrama sobre o processo


de autoconhecimento;
• correlacionar os quadrantes do Curtigrama com a representação dos valores, sonhos,
realizações e deveres, de acordo com o quadro a seguir.

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Gosto e faço Gosto e não faço

REALIZAÇÕES SONHOS

Não gosto e faço Não gosto e


DEVERES não faço
VALORES

Davi Leon (2020)


Caso você identifique que há tempo disponível e considerar adequado
ao perfil da turma e das famílias, a estratégia de ensino e aprendizagem
proposta pode ser complementada com a construção do Curtigrama
da Turma e/ou Curtigrama da Família. Caso se opte pela elaboração
do Curtigrama da Família, definir como atividade extraclasse para os
estudantes, solicitando que envolvam seus familiares na sua constru-
ção. Retomar no próximo encontro.

MATERIAIS • Folhas de papel A4 com o Curtigrama.


NECESSÁRIOS:
• Lápis e borracha.

87
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

4ª ESTRATÉGIA
VALORES E CRENÇAS – O QUE EU GOSTARIA DE ESTAR
FAZENDO NESTE MOMENTO?
Tempo previsto: 01h

Caso você, docente, identifique que não há tempo disponível para apli-
cação de todas as estratégias de ensino e aprendizagem propostas, esta
pode ser suprimida sem prejuízo ao atendimento do objetivo da etapa.

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia é promover o autoconhecimento, desenvolver a interação da turma de
forma descontraída, trabalhar com as competências trabalho em equipe e tomada de decisão e,
ainda, contribuir com a consciência grupal e com o exercício do ato de fazer escolhas.

Para o desenvolvimento desta estratégia, você, docente deve:


a) Solicitar aos estudantes que formem equipes de mesmo número de participantes, sempre
lembrando de que devem respeitar as regras para formação de equipes.
b) Distribuir folhas de papel para todos os estudantes.
c) Solicitar, que cada equipe discuta o quê e onde cada participante de uma outra equipe gos-
taria de estar fazendo neste momento. Para melhor organização, a equipe 1 escreve sobre
os participantes da equipe 2; a equipe 2 escreve sobre a equipe 3 e assim sucessivamente.
d) Orientar que os estudantes escrevam as respostas em folha de papel separada, uma por par-
ticipante, sem identificação.
e) Orientar cada estudante da primeira equipe a apresentar a folha de resposta. Os participantes
das outras equipes deverão descobrir qual delas lhes diz respeito, ou seja, identificar onde e o
que gostariam de estar fazendo no momento e, em seguida, ficar em frente ao colega que
está com a resposta escolhida.
f) Orientar os estudantes a conferir os acertos e contar os pontos para aqueles que concordaram
com as respostas dadas. O mesmo deve ser feito com o outro grupo.

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Observação:
Ao serem conferidas as respostas das equipes, dar-se-á a oportunidade de todos justificarem as razões
das escolhas feitas.
g) Orientar os estudantes a inserirem no portfólio a folha que corresponde à sua resposta escolhida.

MATERIAIS • Folhas de papel A4.


NECESSÁRIOS:
• Lápis ou caneta.
• Borracha.

5ª ESTRATÉGIA
CARACTERÍSTICAS PESSOAIS – ADJETIVOS –
QUALIDADES
Tempo previsto: 01h30

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é auxiliar os estudantes a identificar a per-
cepção que têm de si mesmos e conhecer as que os colegas têm sobre eles, obtendo subsídios para
reflexão sobre características pessoais que os identificam ou que os demais percebem a seu respeito. 

Para a realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Entregar aos estudantes o quadro de adjetivos – qualidades (a seguir) para que escolham,
individualmente, os cinco que mais identificam as suas qualidades.
b) Solicitar aos estudantes que realizem uma pesquisa sobre o significado de cada uma das qua-
lidades, utilizando os recursos disponíveis – indicados no item Materiais Necessários. (0h20)
c) Discutir com os estudantes os possíveis significados encontrados, tendo em vista uniformizar
o conhecimento de cada um a esse respeito. (0h10)
d) Reunir os estudantes em equipes de 5 participantes, e orientar que atribuam qualidades a si
mesmos separadamente, devendo, para isso, anotar os respectivos nomes. (0h10)
e) Solicitar que os estudantes selecionem, para cada participante da equipe, três qualidades que
o identifiquem, de acordo com o quadro de adjetivos, anotando-as ao lado do respectivo
nome. (0h10)

89
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

f) Solicitar aos estudantes que leiam na equipe as qualidades que percebem em cada um dos
participantes, devendo cada um anotar as que lhe foram atribuídas. (0h20)
g) Solicitar aos estudantes que comparem as qualidades que definiram para si com as que lhes
foram atribuídas. (0h10)
h) Incentivar os estudantes a discutir as diferenças identificadas entre as suas percepções e as
dos demais participantes. (0h10)

MATERIAIS • Folhas de papel A4 impressas com o Quadro de Ad-


NECESSÁRIOS: jetivos – Qualidades.
• Dicionários de Língua Portuguesa impressos ou em
meio digital.
• Computador ou celular e rede Wi-fi para conexão.
• Caneta ou lápis.

QUADRO DE ADJETIVOS – QUALIDADES


1- Lutador 2- Organizado 3- Flexível 4- Disponível

5- Curioso 6- Persistente 7- Compreensivo 8- Honesto

9- Rápido 10- Reservado 11- Alegre 12- Empreendedor

13- Confiante 14- Minucioso 15- Otimista 16- Prestativo

17- Inovador 18- Sincero 19- Sociável 20- Confiável

21- Competidor 22- Sensato 23- Negociador 24- Sensível

25- Audacioso 26- Metódico 27- Entusiasta 28- Responsável

6ª ESTRATÉGIA
TALENTOS E HABILIDADES – FRASES INCOMPLETAS
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
A identificação de talentos e habilidades tem como propósito levar o estudante à reflexão a respeito
das características que interferem em suas escolhas. Para isso, o estudante deve completar as frases de
uma lista. Para completar cada uma das frases o estudante deve coletar informações sobre si mesmo.

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Essa estratégia de ensino e aprendizagem é relevante para o momento da construção do projeto de


vida e carreira, última etapa do Mundo do Trabalho.

Para a realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Entregar aos estudantes o formulário com as frases incompletas e direcionadoras.
b) Orientar os estudantes a completar as frases de acordo com a visão que cada um tem de si
mesmo. (0h40)
c) Reunir os estudantes em duplas para que troquem os formulários respondidos, cada um leia
o do colega e identifique as diferenças existentes entre si. (0h40).
d) Abrir painel de discussão com toda a turma e solicitar aos estudantes que leiam e comentem
as frases agora completas. (0h40)

Essa estratégia permite o diagnóstico dos talentos e habilidades dos


estudantes, e, sendo assim, é importante o aprofundamento das res-
postas apresentadas e o esclarecimento de aspectos que o docente
entende como pertinentes para o autoconhecimento.

Observação:
Vale ressaltar que o docente pode readequar as frases ao contexto da turma, às características regio-
nais e à maturidade dos estudantes.

MATERIAIS • Folhas de papel A4 impressas com frases a serem


NECESSÁRIOS: completadas.
• Lápis ou caneta.
• Borracha.

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

COMPLETE AS FRASES A SEGUIR COM INFORMAÇÕES A RESPEITO DE SI MESMO


1. Meu nome é .....................................................................................................................e tenho...........................anos.
2. Quando penso no futuro, eu me vejo.........................................................................................................................
3. Quando estou num grupo novo, eu me sinto..........................................................................................................
4. Quando entro numa sala cheia de pessoas, eu normalmente sinto................................................................
5. Quando estou preocupado com uma nova situação, eu comumente...........................................................
6. Sinto-me confortável num grupo em que o líder...................................................................................................
7. As normas sociais fazem-me sentir..............................................................................................................................
8. Em situações confusas, não estruturadas, eu...........................................................................................................
9. Eu sou mais feliz quando.................................................................................................................................................
10. As coisas que mais me descontrolam são...............................................................................................................
11. O que mais me inibe em reuniões de grupo é......................................................................................................
12. Quando não sou reconhecido, eu..............................................................................................................................
13. Quando estou sozinho, geralmente..........................................................................................................................
14. O que agora sinto é.........................................................................................................................................................
15. No meio das pessoas, eu...............................................................................................................................................
16. Eu me integro no grupo, quando...............................................................................................................................
17. A emoção que mais dificuldade sinto em controlar é........................................................................................
18. Meu ponto fraco é............................................................................................................................................................
19. Tenho medo de.................................................................................................................................................................
20. Creio em...............................................................................................................................................................................
21. Tenho vergonha de..........................................................................................................................................................
22. O que mais me alegra é..................................................................................................................................................
23. O que mais me deixa nervoso é..................................................................................................................................
24. O que mais me entristece é..........................................................................................................................................
25. A maior esperança que tenho é..................................................................................................................................
26. A pessoa que mais admiro é........................................................................................................................................
27. O que mais aprecio em mim é.....................................................................................................................................
28. Para mim, receber ordens de outras pessoas me causa.....................................................................................

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

ESTRATÉGIA ALTERNATIVA À 6ª ESTRATÉGIA (FRASES INCOMPLETAS)


DINÂMICA DA VIDA
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
Os objetivos desta estratégia de ensino e aprendizagem são:
• proporcionar de forma descontraída e motivadora o autoconhecimento e o conhecimento
mútuo da turma;
• melhorar o relacionamento intergrupal;
• aproximar as pessoas por meio da identificação de diferenças e semelhanças;
• exercitar o ouvir e o falar.

Esta estratégia está disponível também no Livro do Estudante,


no Anexo A.

Para a realização desta atividade, você, docente deve:


a) Solicitar que os estudantes se sentem em um círculo, no chão ou em colchonetes.
b) Fornecer a cada estudante uma bexiga e dar a seguinte orientação: “vocês deverão encher a
bexiga sem se preocupar com as papeletas contidas em seu interior, evitando que estoure”.
c) Aguardar que todos encham as bexigas.
d) Sugerir à turma um treino inicial para que todos joguem as bexigas uns aos outros ao mesmo
tempo e tenham conhecimento deste jogo tradicional e antigo. (0h10)
e) Convidar os estudantes a jogar “Escravos de Jó”, informando que ao término cada participante
deverá estourar a bexiga que estiver na sua mão e resgatar a papeleta com seis frases incom-
pletas que estavam em seu interior. (0h20)
f) O estudante deverá ler e refletir, individualmente, por aproximadamente 20 minutos, sobre
as seis frases incompletas. Depois desse tempo, solicitar que algum estudante inicie o relato
das frases escritas e de sua reflexão sobre elas, seguindo até que todos façam o relato. (01h)

93
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

g) Finalizar a estratégia, fazendo uma roda de conversa com a reflexão sobre a experiência vivi-
da. (0h30)
h) Orientar os estudantes que anotem as respostas das frases que estavam dentro da sua bexiga
e insiram no portfólio.

MATERIAIS • Bexigas coloridas contendo 6 papeletas com frases


NECESSÁRIOS: incompletas no seu interior. As frases podem ser
aproveitadas da listagem da estratégia Frases In-
completas ou criadas por você levando em conside-
ração seu público-alvo, características da turma e a
regionalidade. As frases, que serão comuns a todos,
devem ser iniciadas com verbos como, por exemplo,
Adoro... Detesto... Entre outros.
• Colchonetes (optativo).

Sugestões de frases incompletas:


1. Adoro.......................................................................................................................................................................................
2. Detesto...................................................................................................................................................................................
3. Fico feliz quando.................................................................................................................................................................
4. Sinto que estou integrado(a) no grupo quando.....................................................................................................
5. Uma das coisas que mais me deixa triste é...............................................................................................................
6. Tenho medo de....................................................................................................................................................................
7. Nada me irrita mais do que.............................................................................................................................................
8. Uma lembrança que sinto saudade é..........................................................................................................................
9. O amor significa para mim..............................................................................................................................................
10. Minha maior esperança é..............................................................................................................................................
11. Sinto-me envergonhado(a) quando..........................................................................................................................
12. Para mim, o que existe de mais importante é........................................................................................................
13. Diante do espelho, eu me acho..................................................................................................................................
14. Quando penso na morte, sinto...................................................................................................................................

94
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

15. Se me restasse um ano de vida, eu............................................................................................................................


16. A emoção que tenho maior dificuldade de controlar é.....................................................................................
17. Os outros dizem que eu.................................................................................................................................................
18. Diante de uma dificuldade, eu....................................................................................................................................
19. Se não fosse eu mesmo, eu seria................................................................................................................................
20. Se eu pudesse mudar algo na minha vida..............................................................................................................
21. O que mais gosto em mim é........................................................................................................................................
22. Um lugar especial para mim é.....................................................................................................................................

7ª ESTRATÉGIA
VALORES E CRENÇAS, CARACTERÍSTICAS PESSOAIS, TALENTOS E
HABILIDADES – ELABORAÇÃO DE TEXTO SOBRE AS
DESCOBERTAS REALIZADAS SOBRE SI MESMO
Tempo previsto: 01h30

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é, por meio da elaboração de um texto pelo
estudante, propiciar o aprofundamento da reflexão a respeito de seus valores e crenças, suas caracte-
rísticas como pessoa, seus talentos, habilidades e sonhos, levando-o a concluir sobre o quanto estes
podem ou não interferir em suas escolhas para a construção de um projeto de vida e carreira, última
etapa do Mundo do Trabalho e, mais que isso, contribuir para seu desempenho como cidadão e para
uma convivência saudável no mundo do trabalho.

Assim, após a aplicação das estratégias anteriores, você, docente, deve:


a) Despertar o interesse dos estudantes para refletir a respeito de como são suas atitudes quan-
do se relacionam com as pessoas. Reforçar que viver em sociedade exige o respeito a diversas
regras de convivência que nem sempre estão explícitas. Muitas pessoas acabam apenas exi-
gindo que seus direitos sejam garantidos e esquecem de cumprir com seus deveres de cida-
dão. Não jogar lixo no chão, respeitar a fila da padaria, dar preferência aos idosos e pessoas
com deficiência, respeitar os assentos preferenciais no transporte coletivo e auxiliar a quem
precisa são apenas alguns exemplos de comportamentos adequados para uma convivên-
cia cidadã saudável. Estimular os estudantes a refletir a respeito disso, a partir dos seguintes
questionamentos:

• Como acontece o respeito mútuo no seu cotidiano? Como as suas características pesso-
ais interferem no respeito ao próximo? Ajudam ou atrapalham?

95
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

• Você respeita seus colegas e professores na escola? As suas características pessoais o


auxiliam ou o atrapalham na convivência com colegas e professores na escola?
• O que você faz quando vê uma pessoa idosa em pé em um meio de transporte lotado e
você está sentado?
• E o que você faz quando vê uma pessoa cadeirante com dificuldade em acessar um
meio de transporte?
• Como você avalia a sua convivência em sociedade? Quais características pessoais o aju-
dam a conviver de forma harmoniosa com as pessoas ao seu redor?
• O que você anda fazendo para melhorar a sua cidade, a sua escola ou o seu bairro? Como
as suas características pessoais podem ajudar a melhorar o ambiente ao seu redor?

b) Esclarecer com os estudantes os conceitos abordados:

• Urbanidade é a civilidade, a cortesia no trato com as pessoas.


• Convivência cidadã é a manutenção da familiaridade ou do trato diário que considera
direitos e deveres de cada uma das pessoas.

c) A partir das reflexões, propor aos estudantes a elaboração de um texto que, inclusive, pode
ser publicado em um blog (ver Apêndice D).
d) Apresentar aos estudantes o tema a ser considerado – “Como seus valores e crenças, talentos e
habilidades identificados podem contribuir ou não para a urbanidade e a convivência cidadã”.
e) Solicitar que os estudantes elaborem o texto a partir das descobertas feitas, uma vez que o
ato de escrever consolida a visão sobre si mesmo.
f) Solicitar aos estudantes que insiram o texto no portfólio, uma vez que será subsídio para a
terceira etapa do Mundo do Trabalho.
g) Finalizar a estratégia, reforçando que é comum se observar as pessoas discutindo a respeito
do que o governo deveria fazer pela cidade, por exemplo, mas também se observa essas mes-
mas pessoas desrespeitando a faixa de pedestres, jogando lixo na rua e depredando patrimô-
nios de uso comum, como bancos de praça e pontos de ônibus.

As boas maneiras que levam à convivência cidadã pressupõem que cada


um faça sua parte, pensando nas consequências dos seus atos. O respei-
to ao próximo é construído com diversas atitudes durante o nosso dia,
ouvindo atentamente durante um diálogo, conversando de forma res-
peitosa, cumprindo com os compromissos assumidos, pedindo descul-
pas quando estiver errado e respeitando as opiniões diferentes das suas.
É importante lembrar que as pessoas formam suas opiniões de acordo
com as experiências que viveram e daí cada um tem a sua. Assim, não
há certo ou errado, apenas opiniões diferentes. Por isso, o respeito é
essencial para uma boa convivência!

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

MATERIAIS • Folhas de papel A4.


NECESSÁRIOS:
• Lápis ou caneta e borracha, se o texto for manuscrito.
• Computador e impressora, se o texto for digitalizado.

8ª ESTRATÉGIA
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E TOLERÂNCIA NO CONVÍVIO SOCIAL –
DISCUSSÃO COLETIVA
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é ampliar a discussão coletiva sobre as dife-
renças individuais e a importância do respeito e da tolerância no convívio social, considerando que,
além de fortalecerem as relações sociais e o entendimento de si mesmo e do outro, contribuem para
o incremento da cidadania.

Para realizar essa estratégia de ensino e aprendizagem, você, docente deve:


a) Avaliar e selecionar, antes da realização, o vídeo mais adequado, considerando a realidade
dos estudantes:

• Sensibilizar para a Diferença, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-


2Z8sCb018XQ – (sugerimos passar a partir do minuto 1:22);
• Dumbo – Trabalhando as diferenças com as crianças, disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=aLSSXrkm3Sk;
• A importância de cada um no grupo e o respeito, disponível em: https://www.youtu-
be.com/watch?v=vb-3NdH75d0;
• Respeito às diferenças, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=m3cHS8F-
CsV0;
• Somos diferentes, mas precisamos uns dos outros, disponível em: https://www.you-
tube.com/watch?v=ldH4ZkANZ20.

b) Reunir os estudantes em um círculo.


c) Propor aos estudantes que, após a apresentação do vídeo, se organizem em equipes de 4
participantes.
d) Orientar sobre os procedimentos necessários à participação efetiva nas discussões, conside-
rando a importância do respeito às ideias de cada um dos estudantes.

97
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

e) Orientar para que discutam sobre as diferenças individuais e a importância do respeito e da


tolerância no convívio social.
f) Finalizar a discussão, apresentando a síntese do que foi concluído pelos estudantes.
g) Orientar os estudantes que insiram no portfólio a síntese da discussão em sua equipe.

MATERIAIS • Computador com projetor


NECESSÁRIOS:
• Vídeo a ser selecionado por você, docente, disponí-
veis nos links:

• Sensibilizar para a Diferença, disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=2Z8s-
Cb018XQ – (sugerimos passar a partir do mi-
nuto 1:22);
• Dumbo – Trabalhando as diferenças com as
crianças, disponível em: https://www.youtu-
be.com/watch?v=aLSSXrkm3Sk;
• A importância de cada um no grupo e o res-
peito, disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=vb-3NdH75d0;
• Respeito às diferenças, disponível em: ht-
tps://www.youtube.com/watch?v=m3cHS8F-
CsV0;
• Somos diferentes, mas precisamos uns dos
outros, disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=ldH4ZkANZ20.

98
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

9ª ESTRATÉGIA
INFLUÊNCIAS – ÁRVORE DAS PROFISSÕES
Tempo previsto: 01h30

1 – Caso você, docente, identifique que não há tempo disponível para


aplicação de todas as estratégias de ensino e aprendizagem propostas,
esta pode ser suprimida sem prejuízo ao atendimento do objetivo do
módulo.
2 – Orientar os estudantes na aula antes da realização da estratégia
para que coletem informações sobre as profissões de seus familiares,
incluindo as atividades executadas e a percepção do familiar em rela-
ção à profissão – considerando que é comum os estudantes não terem
essa informação.

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é auxiliar os estudantes a identificarem as pro-
fissões dos familiares e as características relacionadas a elas.

Para realizar a estratégia, você, docente deve:


a) Orientar os estudantes em relação ao objetivo da estratégia. (0h15)
b) Confirmar se os estudantes coletaram informações sobre as profissões de seus familiares, in-
cluindo as atividades executadas e a percepção do familiar em relação à profissão.
c) Informar os estudantes que a árvore das profissões ou Genoprofissiograma é uma represen-
tação gráfica de uma família, considerando as profissões de cada um dos seus membros – ou
seja, uma “árvore genealógica profissional”. Quanto mais detalhada for a árvore, maior conhe-
cimento se terá sobre as características profissionais dos familiares.

99
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

d) Abordar com os estudantes os conceitos relacionados à árvore genealógica e sua estrutura,


orientando estes a completá-la com as informações referentes às profissões dos familiares:

“A árvore genealógica é a representação gráfica e simbólica do histórico das


ligações familiares de um indivíduo, apresentando de forma organizada os seus
ascendentes e descendentes“ (SIGNIFICADOS, 2017, p. 1).

EXEMPLO DE UMA ÁRVORE DAS PROFISSÕES:

Vô Pedro Vó Maria Vô Paulo Vó Cida


Técnico em Técnica em Técnico em Dona de
mecânica administração infomática casa

Tia Jessé Tio João Pai Mãe Tio Fábio


Engenheira Técnico em Engenheiro Técnica em Técnico em
química logística mecânico mecânica rede de
computadores

Eu
Davi Leon (2020)

Estudante

e) Orientar os estudantes a desenharem a árvore da profissão das suas famílias, usando os mate-
riais disponíveis, a partir das informações coletadas antecipadamente com os familiares. (0h30)
f) Orientar os estudantes que se organizem em equipes de 4 participantes e compartilhem as
árvores construídas, indicando se há alguma das profissões com a qual se identifiquem ou
que tenha despertado curiosidade. (0h20)
g) Orientar os estudantes que, após o compartilhamento nas equipes e a escolha das profissões
que mais despertaram interesse, socializem-nas com a turma. (0h15)
h) Finalizar a atividade salientando que é comum às profissões dos familiares influenciarem na
escolha profissional do jovem, principalmente no que se refere à percepção que o familiar
tem da profissão. (0h10)
i) Reforçar a importância de pesquisarem a respeito de profissões que tenham lhes despertado
o interesse.

100
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

MATERIAIS • Papel pardo, cartolina ou papel A4.


NECESSÁRIOS:
• Canetas hidrográficas, giz de cera, lápis e caneta.
• Borracha.
• Régua.

10ª ESTRATÉGIA
INCLINAÇÕES PROFISSIONAIS – ÂNCORAS DE CARREIRA
Tempo previsto: 05h

OBJETIVO
A identificação de inclinações profissionais, também chamadas de âncoras de carreira por Edgar
Schein, vai auxiliar o estudante nas tomadas de decisão e no direcionamento da sua carreira no mo-
mento da construção do projeto de vida.
De acordo com o autor:

a âncora de carreira é reflexo de toda a bagagem adquirida ao longo das diver-


sas experiências que um indivíduo tem em sua vida pessoal e profissional. Uma
pessoa pode ter várias âncoras de carreira, que representem o “Eu” na essência e
evidenciam seus ideais e preceitos com relação ao trabalho. São elas que apoiam
o direcionamento profissional, alinhando-o às motivações e talentos pessoais.

Dessa forma, o propósito desta estratégia é levar o estudante à reflexão a respeito das características
pessoais que interferem ou direcionam suas escolhas profissionais.
Para a realização desta estratégia de ensino e aprendizagem, você, docente, deve seguir fielmente a
sequência indicada, tendo em vista evitar que as respostas dos estudantes possam ser influenciadas
pela descrição das âncoras de carreira:
a) Entregar a cada estudante o Questionário sobre Âncoras de Carreira.
b) Orientar os estudantes a responder os itens de acordo com a legenda disponibilizada. (0h50)
c) Solicitar aos estudantes que respondam a todos os itens, individualmente, sem troca de ideias
com os colegas e de maneira sincera.

101
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

d) Entregar a Folha de Tabulação das Âncoras de Carreira.


e) Orientar os estudantes a transpor os resultados das respostas, de acordo com os procedimen-
tos, para a folha de tabulação, considerando também a legenda disponibilizada.
f) Solicitar aos estudantes que realizem a transposição dos valores atribuídos a cada item para
a Folha de Tabulação. (0h50)
g) Entregar a cada estudante a Descrição das Âncoras de Carreira.
h) Solicitar aos estudantes que interpretem suas âncoras de carreira, de acordo com as descri-
ções apresentadas. (0h50)
i) Reunir os estudantes em equipes de quatro participantes, de acordo com suas âncoras de
carreira, para que possam identificar profissões que sejam aderentes aos resultados obtidos.
(0h30)
j) Abrir painel de discussão com toda a turma e solicitar aos estudantes que comentem sobre
suas âncoras e informem sobre as possíveis profissões com as quais se identificam. (01h)
k) Orientar os estudantes a inserir os resultados das âncoras de carreiras no portfólio. (0h20)

MATERIAIS • Folhas de papel A4 impressas com o Questionário


NECESSÁRIOS: sobre Âncoras de Carreira.
• Folhas de papel A4 impressas com a Folha de Tabula-
ção das Âncoras de Carreira.
• Folhas de papel A4 impressas com a Descrição das
Âncoras de Carreira (Anexo B).
• Lápis e borracha.

102
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

QUESTIONÁRIO SOBRE ÂNCORAS DE CARREIRA (ANEXO B)

Nome completo:......................................................................................................................................................................

Para cada um dos 40 itens seguintes, avalie o quanto cada um se aplica a você, de um modo geral,
atribuindo-lhe um número de 1 a 6. Quanto maior o número, mais aquele item reflete o que você
verdadeiramente pensa a seu respeito.
Por exemplo: Se o item diz “Sonho em ser Presidente de uma Empresa”, você deverá marcar da
seguinte forma:

1 Se a afirmação jamais se aplica a você

2 ou 3 Se a afirmação pode se aplicar a você

4 ou 5 Se a afirmação frequentemente se aplica a você

6 Se a afirmação se aplica totalmente a você

QTD PERGUNTAS NRS


1. Sonho em ser tão bom no que faço que minha opinião de especialista seja sempre solicitada.

Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando consigo integrar e dirigir o trabalho de outras pesso-
2.
as.

Sonho em ter uma carreira que me dê a liberdade de executar meu trabalho a meu modo e dentro do
3.
meu horário.

4. Considero segurança e estabilidade mais importantes do que liberdade e autonomia.

5. Estou sempre à procura de ideias que me permitam dar início a um empreendimento próprio.

Somente considerarei minha carreira um sucesso se achar que contribuí verdadeiramente para o bem-
6.
-estar da sociedade.

Sonho com uma carreira que me possibilite solucionar problemas ou vencer em situações extrema-
7.
mente desafiadoras.

Prefiro sair da empresa onde estou a ocupar um cargo que prejudique a possibilidade de satisfazer
8.
meus interesses pessoais e familiares.

Só vou achar que minha carreira é um sucesso se puder aperfeiçoar minha capacidade técnica ou fun-
9.
cional até o mais alto nível de competência.

10. Sonho estar à frente de uma organização complexa e tomar decisões que afetem muitas pessoas.

Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando tenho inteira liberdade de definir minhas tarefas,
11.
horários e métodos.

12. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que coloque em risco minha segurança.

Acho mais importante tocar minha própria empresa do que ocupar um alto cargo administrativo em
13.
uma empresa alheia.

Sinto-me mais realizado em relação à minha carreira quando coloco minha capacidade a serviço de
14.
meus semelhantes.

15. Somente vou considerar minha carreira um sucesso se enfrentar e superar situações muito difíceis.

103
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

QTD PERGUNTAS NRS


Sonho com uma carreira que me permita conciliar minhas necessidades pessoais, familiares e profissio-
16.
nais.

Tornar-me diretor técnico na área de minha especialidade me atrai mais do que tornar-me Diretor
17.
Geral.

18. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se me tornar Diretor de alguma organização.

19. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se conseguir total autonomia e liberdade.

20. Procuro empregos em organizações que me proporcionem uma sensação de segurança e estabilidade.

Sinto-me mais realizado em minha carreira quando consigo construir algo que seja inteiramente resul-
21.
tado de minhas ideias e esforços.

Acho mais importante utilizar minhas aptidões para fazer deste mundo um lugar melhor para se viver e
22.
trabalhar do que para alcançar um alto cargo administrativo.

Sinto-me mais realizado em relação à minha carreira quando resolvo problemas aparentemente insolú-
23.
veis ou venço em situações muito adversas.

Somente acho que minha vida está sendo bem-sucedida quando consigo contrabalançar exigências
24.
pessoais, familiares e profissionais.

Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo em esquema rotativo que me afaste de minha
25.
área de especialidade.

Tornar-me diretor geral é mais interessante para mim do que ocupar o cargo de diretor técnico do
26.
primeiro escalão da minha área de especialidade.

Mais do que ter segurança, considero importante a oportunidade de realizar o trabalho do meu modo,
27.
livre de regras e limitações.

Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando acho que tenho inteira segurança financeira e esta-
28.
bilidade no emprego.

Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se conseguir criar ou construir algo que seja uma
29.
produção ou ideia inteiramente minha.

30. Sonho em ter uma carreira que dê uma verdadeira contribuição para a humanidade e sociedade.

Procuro oportunidades profissionais que desafiem minha capacidade de solucionar problemas e/ou
31.
minha competitividade.

Para mim é mais importante conciliar as atividades de minha vida pessoal e profissional do que alcan-
32.
çar um alto cargo administrativo.

33. Sinto-me mais realizado em um trabalho quando sou capaz de utilizar minhas aptidões e talentos.

34. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que me afaste da carreira administrativa.

35. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que reduza minha autonomia e liberdade.

36. Sonho em seguir uma carreira que me permita sentir segurança e assegure estabilidade.

37. Sonho em começar e fazer crescer meu próprio negócio.

Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que prejudique minha habilidade de ser útil aos
38.
outros.

Acho mais importante solucionar problemas quase insolúveis do que alcançar uma alta posição admi-
39.
nistrativa.

Sempre procurei oportunidades profissionais que interferissem o mínimo possível em meus interesses
40.
pessoais ou familiares.
Quadro 2 - Perguntas sobre Âncoras de Carreira
Fonte: SENAI/DN (2020)

104
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

FOLHA DE TABULAÇÃO DE ÂNCORAS DE CARREIRA (ANEXO B)

Nome completo:......................................................................................................................................................................

Releia suas respostas e localize os itens aos quais você atribuiu mais pontos.
Escolha os 3 itens que mais se aplicam a você e acrescente a cada um 4 pontos.
Marque o total de pontos.
Copie os números que atribuiu aos itens na tabela a seguir.
Some as colunas e divida por 5 (o número de itens) a fim de obter a média de cada uma das 8 dimen-
sões de pontos de referência profissional.
Não se esqueça de acrescentar os 4 pontos extras para cada um dos 3 principais itens antes de somar
e tirar a média de seus resultados.
A média resultante representa a avaliação de quanto esses itens, verdadeiramente, se aplicam a você.

CT CG IA SE CE DC PD QV

1 2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31 32

33 34 35 36 37 38 39 40

TOTAL

MÉDIA
Dividido
por 5

Tabela 1 - Tabulação das Âncoras de Carreira


Fonte: SENAI/DN (2020)

LEGENDA:
CT – Competência Técnico-Funcional CG – Carreira Gerencial

IA – Autonomia e Independência SE – Segurança e Estabilidade

CE – Criatividade Empreendedora DC – Dedicação a uma Causa ou Serviço

PD – Puro Desafio QV – Qualidade de Vida


Quadro 3 - Tabulação
Fonte: SENAI/DN (2020)

105
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

A descrição de Âncoras de Carreira está disponível no Anexo B.

CONCLUSÃO DA ETAPA AUTOCONHECIMENTO


AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO E DOS RESULTADOS
Tempo previsto: 03h

Para conclusão da etapa você, docente, deve:


a) Orientar os estudantes para que realizem a avaliação crítica dos desempenhos individuais
e da equipe, considerando as atribuições definidas e as estratégias aplicadas durante esta
etapa:

• avaliar o desempenho individual do participante na equipe;


• avaliar o desempenho da equipe;
• identificar possibilidades de melhoria de desempenho em trabalhos em equipe;
• consolidar os resultados da avaliação crítica individual e coletiva e incluir no portfólio.

b) Orientar os estudantes para que realizem a avaliação crítica, individual, dos resultados
obtidos com a aplicação de todas as estratégias desta etapa e insiram no portfólio.
c) Orientar aos estudantes que no portfólio construído nesta etapa devem estar presentes no
mínimo dez resultados, mais especificamente sobre crenças e valores, características pesso-
ais, talentos, habilidades e sonhos, texto elaborado sobre as descobertas sobre si mesmo e
inclinações profissionais (âncoras de carreira).
d) Orientar os estudantes para que realizem as avaliações, considerando a tabela de critérios de
avaliação e as tabelas de verificação com rubricas a seguir apresentadas:

106
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Critérios de Avaliação
Capacidades Critérios de avaliação

Identifica o próprio modo de agir com relação ao seu meio social.


Identifica as próprias qualidades.
Avalia as próprias qualidades a partir da percepção que os outros têm a seu respeito.
Identifica as próprias crenças.
Identifica as próprias habilidades.
Identificar características Identifica os próprios interesses profissionais.
pessoais próprias, tendo
em vista o autoconheci- Identifica as próprias realizações.
mento. Identifica os próprios deveres.
Identifica os próprios sonhos.
Identifica os próprios valores.
Identifica as próprias inclinações profissionais (âncoras de carreira).
Correlaciona as próprias inclinações profissionais (âncoras de carreira) com as possíveis
profissões.

Identifica os próprios valores.


Identificar normas e Identifica as próprias crenças.
valores sociais relevantes
à convivência cidadã. Avalia o próprio comportamento frente ao meio em que está inserido.
Avalia a importância do respeito às diferenças individuais.

Reconhece as características pessoais dos participantes da equipe.


Reconhece a importância do respeito à individualidade de cada participante durante o traba-
lho em equipe.
Reconhecer as carac-
Reconhece a importância do respeito à opinião de cada participante no trabalho em equipe.
terísticas do trabalho
em equipe de forma Escuta e fala na hora adequada.
colaborativa.
Reconhece a importância da proatividade no trabalho em equipe.
Reconhece a importância da empatia no trabalho em equipe.
Reconhece a importância do respeito à hierarquia no trabalho em equipe.

Quadro 4 - Critérios de Avaliação – Etapa 1: Autoconhecimento


Fonte: SENAI/DN (2020)

107
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

LISTA DE VERIFICAÇÃO COM RUBRICAS


Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Autonomia
Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
Busca outras fontes Busca esponta-
Não busca outras Propõe novas
para estudo e neamente outras
fontes para estudo fontes para estudo
Autodidatismo pesquisa além das fontes para estudo
e pesquisa além das e pesquisa além das
fornecidas em aula, e pesquisa além das
fornecidas em aula. fornecidas em aula.
se demandado. fornecidas em aula.

Relaciona o
Relaciona o desem-
Não é capaz de Descreve o desem- desempenho
penho demonstra-
descrever o que penho demonstra- demonstrado com
Autoavaliação do com um ideal
se espera do seu do sem relacioná-lo o ideal desejável,
desejável, sem usar
desempenho. com um referencial. descrito no perfil de
um referencial.
referência.

Tem dificuldades Argumenta em fa-


Resiste teimosa- para argumentar vor de sua postura Adota novas posi-
mente às mudanças em favor da sua tentando adequar ções e ou pontos
Flexibilidade e não aceita pontos postura, mas não pontos de vista de vista diferentes
de vista diferentes aceita pontos de diferentes do seu à em consenso com a
do próprio. vista diferentes do sua própria forma equipe.
próprio. de se expressar.

Entende a relação
Rejeita as conse- Julga que as
causa-efeito entre Entende a relação
quências das suas consequências são
suas escolhas, mas causa-efeito e assu-
Responsabilidade escolhas e busca injustas e busca
não assume conse- me consequências
culpar outra pessoa por desculpas e ou
quências de suas de suas decisões.
e ou circunstância. justificativas.
decisões.

Quadro 5 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Autonomia


Fonte: SENAI/DN (2020)

108
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M Ó D U LO M U N D O D O T R A B A L H O

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Trabalho em Equipe


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
A maior parte do Mantém-se consis-
Raramente se dedica Algumas vezes se
tempo se dedica a tentemente dedi-
a executar as ativi- dedica a executar as
Foco na atividade executar as ativi- cado a executar as
dades e realizar as atividades e realizar
dades e realizar as atividades e realizar
entregas. as entregas.
entregas. as entregas.

Executa as partes que Executa a sua parte Executa a sua parte


Deixa que outros
Comprometi- lhe cabem somente na atividade, com na atividade e incen-
façam as partes que
mento quando cobrado pela boa vontade e com tiva os outros partici-
lhe cabem.
equipe. responsabilidade. pantes da equipe.

Raramente entrega
Entrega as atividades
Cumprimento de Não entrega as ativi- atividades após o Entrega as atividades
sempre após o prazo
prazo dades. prazo previsto, e no prazo previsto.
previsto e justifica.
sempre justifica.

Participa das dis-


Não participa de Participa ativamente Inicia e ou propõe
cussões somente
discussões. das discussões. discussões.
quando solicitado.

Raramente se man- Sempre se mantém


Não se mantém no Às vezes se desvia do
tém no tema das no tema das discus-
tema das discussões. tema das discussões.
discussões. sões.

Raramente respeita Às vezes respeita Sempre respeita


Não respeita a vez
a vez dos outros a vez dos outros a vez dos outros
Relacionamento dos outros falarem.
falarem. falarem. falarem.
interpessoal
Presta atenção na Sempre escuta com
Nunca dá atenção à Raramente dá aten-
fala de colegas e/ou atenção a fala de
fala dos colegas e/ou ção à fala dos colegas
do docente só quan- colegas e/ou do
do docente. e/ou do docente.
do é advertido. docente.

Interage com os par- Promove interação


Não interage com Interage habitual-
ticipantes da equipe com os participantes
os participantes da mente com os parti-
somente quando da equipe e/ou com
equipe. cipantes da equipe.
solicitado. demais equipes.
Quadro 6 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Trabalho em Equipe
Fonte: SENAI/DN (2020)
109
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Resolução de problemas


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
Identifica problemas
Não identifica pro- Identifica, às vezes, em contextos defini-
Identifica problemas
Identificação de blemas em contextos problemas em dos e previsíveis, e, às
em contextos diver-
problemas definidos e previsí- contextos definidos e vezes, em contextos
sos e imprevisíveis.
veis. previsíveis. diversos e imprevi-
síveis.

Identificação Identifica sempre as


das causas de Identifica, às vezes, as causas de problemas Identifica as causas
Não identifica as cau-
problemas de causas de problemas simples e, às vezes, de problemas sim-
sas de problemas.
diferentes níveis simples. de problemas com- ples e complexos.
de complexidade plexos.

Propõe soluções para


Proposição de Propõe, às vezes, Propõe soluções para
Não propõe soluções problemas simples e,
soluções aos soluções para proble- problemas simples e
a problemas. às vezes, para proble-
problemas mas simples. complexos.
mas complexos.

Coloca em prática
Coloca em práti-
Implementação Não coloca em Coloca em prática, às soluções para pro-
ca soluções para
de soluções dos prática soluções dos vezes, soluções para blemas simples e, às
problemas simples e
problemas problemas. problemas simples. vezes, para proble-
complexos.
mas complexos.

Avalia a efetividade
Avalia a efetividade
Não avalia a efetivi- Avalia, às vezes, a da solução que
Avaliação dos da solução que
dade da solução dos efetividade da solu- foi implantada aos
resultados da foi implantada aos
problemas que foi ção implantada para problemas simples e,
solução problemas simples e
implantada. problemas simples. às vezes, aos proble-
complexos .
mas complexos.

Quadro 7 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Resolução de Problemas


Fonte: SENAI\DN (2020)

110
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

ENTREGA FINAL DA ETAPA 1 AUTOCONHECIMENTO – RESULTADOS


Entrega Final da Etapa 1 Autoconhecimento – Resultados
Brasão do estudante.
Curtigrama e, se for o caso, o Curtigrama da Família.
O que eu gostaria de estar fazendo.
Quadro de adjetivos.
Frases Incompletas ou Dinâmica da Vida.
Texto Urbanidade.
Portfólio
Discussão diferenças individuais.
Árvore das profissões.
Âncoras de carreira.
Autoavaliação.
Avaliação da equipe.
Avaliação crítica, individual, dos resultados obtidos.

Quadro 8 - Entrega Final da Etapa 1: Autoconhecimento


Fonte: SENAI/DN (2020)

Agora que você concluiu com seus estudantes a etapa de Autoconhecimento, o próximo tópico dará
a você as informações necessárias para desenvolver com eles a etapa Mundo do Trabalho.

7.2 MUNDO DO TRABALHO


A Etapa de Autoconhecimento permitiu aos estudantes obter conhecimentos a respeito de seus va-
lores e crenças, talentos e habilidades, planos e sonhos e inclinações profissionais que auxiliarão no
desenvolvimento de um projeto de vida e carreira. No entanto, esta nova etapa, Mundo do Trabalho,
que contempla uma carga horária de 120 horas, tem como propósito desenvolver as capacidades de:

111
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

• atuar em equipes de forma colaborativa, respeitando as diferenças


individuais e níveis hierárquicos;
• demonstrar conduta de comprometimento em suas atividades
pessoais e profissionais;
• empregar ferramentas de produtividade, colaboração, comunica-
ção, recursos da web e suas funcionalidades, visando a melhoria ou
a criação de processo, produto ou serviços;
• resolver problemas do cotidiano pessoal, escolar e de trabalho de
forma criativa e inovadora;
• identificar as características das profissões7, considerando o con-
texto de trabalho em que estão inseridas e a trajetória de formação.

A proposta para desenvolvimento do presente módulo está sustentada pela Metodologia SENAI de
Educação Profissional, sendo realizada por meio de situações desafiadoras relacionadas ao seguinte
contexto:
O mundo do trabalho é vasto e complexo, e nele convivem as mais distintas profissões que, principal-
mente hoje, sofrem transformações motivadas pelas mudanças tecnológicas e organizacionais. Esse
fato exige a permanente atualização dos profissionais nele inseridos e acarreta aos jovens grandes
dificuldades nas escolhas que devem fazer a respeito da sua futura profissionalização.
Exemplificando, pode-se citar a indústria, que tem sofrido grande e constante evolução com a incor-
poração de novas tecnologias e a adoção de novos métodos e técnicas de trabalho, como a manufa-
tura avançada, a eficiência energética e a inovação.
Neste contexto, surgem novas funções8 e ocupações9 que convivem com profissões sólidas e tradi-
cionais. Além disso, um olhar mais atento permite observar que algumas profissões deixam de existir
completamente e outras se modificam, tendo parte de suas funções substituídas por soluções tecno-
lógicas. A partir disso, os estudantes desenvolverão o raciocínio lógico e abstrato e, posteriormente,
irão explorar o mundo do trabalho, as diferentes profissões e possibilidades de carreira.

7 Profissão, do latim professĭo, é a ação e o efeito de professar – exercer um ofício, uma ciência ou uma arte. Pode ser entendida como
o ofício especializado para o qual alguém se preparou e que o legitima a fazer alguma coisa. A profissão é, assim, o trabalho habitual que
alguém exerce e pelo qual recebe uma retribuição econômica.
8 A função representa cada uma das grandes etapas ou processos de trabalho, descritos por conjuntos de atividades significativas e afins
que são desempenhadas por um profissional.
9 A ocupação, enquanto ato de trabalhar ou serviço, é uma forma de dizer qual a profissão de alguém. Usualmente pode se dizer tam-
bém que ocupação é aquilo com que a pessoa se ocupa no dia a dia de trabalho. Por exemplo, pode-se ter como profissão o jornalismo,
mas ter como ocupação a revisão de textos em uma editora ou empresa jornalística. Embora as ocupações existentes no Brasil sejam
apresentadas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), convém considerar que o dinamismo do mundo do trabalho faz surgir de
tempos em tempos novas ocupações relacionadas às profissões.

112
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M Ó D U LO M U N D O D O T R A B A L H O

Para tanto, é importante que você, docente, utilize os materiais referenciados e siga as orientações gerais descritas neste roteiro.
O quadro a seguir descreve os conhecimentos relacionados a cada capacidade a ser desenvolvida, assim como os resultados esperados e as estratégias a serem
utilizadas. Você, docente, deve utilizar essas informações como referência para desenvolver as atividades propostas.

MUNDO DO TRABALHO

Objetivo geral: Desenvolver capacidades profissionais e de autoconhecimento que propiciem a tomada de decisão, que resulte em um projeto pessoal de vida e carreira.

ETAPA 2– MUNDO DO TRABALHO

Capacidades Conhecimentos Atividades Estratégias Resultados esperados

• Raciocínio lógico: indutivo, dedutivo, hipotético, infe-


rencial e Lógica de programação (Arduíno).
• Criatividade, pesquisa e Inovação.
Resolver problemas do • Pensamento crítico.
cotidiano pessoal, escolar • Gestão de recursos físicos, humanos, financeiros e de
e de trabalho de forma tempo.
criativa e inovadora. • Análise de variáveis em tabelas e gráficos, e previsão
de consequências. • Formação de equipes
Portfólio com problemas
• Tomadas de decisão embasadas por comportamentos • Definição de papéis e atribuições de cada partici-
do cotidiano solucionados,
éticos. • Raciocínio lógico pante.
com aplicação da lógica de
• Proposição de desafios.
• Colaboração e cooperação. programação.
• Desenvolvimento da solução dos desafios.
• Comunicação: saber ouvir e saber quando usar a
Reconhecer as caracte- palavra
rísticas do trabalho em
• Liderança.
equipe de forma colabo-
• Definição de papéis.
rativa, considerando o
respeito às diferenças. • Compromisso com objetivos e metas.
• Características pessoais: autocontrole, adaptabilidade,
flexibilidade e empatia.

113
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

ETAPA 2– MUNDO DO TRABALHO

Capacidades Conhecimentos Atividades Estratégias Resultados esperados

Atuar em equipes de
forma colaborativa, • Níveis hierárquicos, atribuições nas organizações e
respeitando as diferen- níveis de comunicação.
ças individuais e níveis • Identificação e administração de conflitos.
hierárquicos.
• Formação de equipes.
• Responsabilidade. • Definição de papéis e atribuições de cada participan-
• Engajamento. te da equipe.
Demonstrar conduta de • Atenção. • Realização de pesquisa sobre profissões:
comprometimento em • planejamento; Portfólio com profissões
• Organização pesquisadas e consolida-
suas atividades pessoais Pesquisa e vivência
• Precisão. • desenvolvimento;
e profissionais. das em mapas mentais ou
das Profissões • avaliação.
• Zelo. outro recurso e apresenta-
• Resiliência. das por meio de vivências.
• Proposição da apresentação das profissões:
Empregar ferramentas de • Mídias sociais. • planejamento das vivências;
produtividade, colabo- • Ambiente de nuvem. • desenvolvimento e apresentação das vivências;
ração, comunicação, • Ferramentas de comunicação instantânea. • avaliação.
recursos da web e suas
• Segurança da informação
funcionalidades visando
a melhoria ou criação de • Ética no uso das mídias sociais.
um processo, produto ou • Direito Autoral.
serviços. • Ferramentas da qualidade.

114
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M Ó D U LO M U N D O D O T R A B A L H O

ETAPA 2– MUNDO DO TRABALHO

Capacidades Conhecimentos Atividades Estratégias Resultados esperados


Profissões:
• O que, como e onde faz e que recursos utiliza o pro-
fissional?
• Características pessoais necessárias para a profissão e
• Formação de equipes.
tendências futuras.
• Definição de papéis e atribuições de cada participan-
• Situações de risco à integridade pessoal (doenças
te da equipe.
ocupacionais, insalubridade, periculosidade, assédio,
agentes agressores, posições não ergonômicas de • Realização de pesquisa sobre profissões:
Identificar as caracte-
trabalho, acidentes de trabalho e uso de EPI e EPC). • planejamento; Portfólio com profissões
rísticas das profissões,
pesquisadas e consolida-
considerando o contexto • Situações de riscos ao meio ambiente (geração e Pesquisa e vivência • desenvolvimento;
das em mapas mentais ou
de trabalho em que estão destinação não adequadas de resíduos, uso racional das Profissões • avaliação. outro recurso e apresenta-
inseridas e a trajetória de de recursos e sustentabilidade).
das por meio de vivências.
formação. • Setores da economia (primário, secundário, terciário • Proposição da apresentação das profissões:
e quaternário) e setores da sociedade (1º, 2º e 3º) em • planejamento das vivências;
que está inserido.
• desenvolvimento e apresentação das vivências;
• Tendências da profissão, empregabilidade10 e empre-
• avaliação.
endedorismo11 .
• Órgãos de Classe e registros profissionais.
• Trajetória de formação exigida, tendências futuras e
faixa salarial.

Quadro 9 - Etapa 2: Mundo do Trabalho


Fonte: SENAI/DN (2020)

10 Empregabilidade é a capacidade ou possibilidade que um profissional tem de conseguir um emprego e nele se manter. É composta pelas competências técnicas e socioemocionais que a pessoa possui e que definem
se está apta ou não para uma vaga no mercado de trabalho. Isto é, a empregabilidade está diretamente relacionada com o valor profissional que uma pessoa consegue ter.

11 Empreendedorismo é a capacidade de resolver um problema ou situação complicada, identificar oportunidades e transformá-las, agregando-lhes valor. É essencial nas sociedades, pois é por meio dele que as empre-
sas buscam a inovação e se preocupam em transformar conhecimentos em novos produtos.
Para melhor entender esse conceito é relevante identificar as características do empreendedor – indivíduo com atitude proativa, altamente motivado, arrojado, que tem boas ideias e sabe como implementá-las de modo a
alcançar objetivos, acredita em seu potencial, tem liderança, sabe trabalhar em equipe e considera que um fracasso é apenas uma oportunidade de aprender e ser melhor, não se deixando abalar com isso.
O empreendedor é encontrado em cargos de liderança em empresas ou mesmo como dono de seu próprio negócio. (com base em https://www.significados.com.br/ 07/05/2020)

115
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Procurar manter o desenvolvimento das estratégias propostas para


esta Etapa do Mundo do Trabalho na sequência em que aparecem,
uma vez que foram planejadas para que os estudantes alcancem a culminância do
aprendizado com a realização da Proposição da Apresentação das Profissões – Vivências
e para isso exercitem o raciocínio lógico. Ademais, deve ficar claro para você, docente,
que a inversão da sequência entre estratégias só pode ser realizada no interior de uma
mesma etapa e jamais entre etapas.
• Verificar a disponibilidade e funcionamento dos recursos didáticos e recursos
físicos.
• Testar previamente os links indicados para serem empregados como material
didáticos.
• Selecionar outros links ou materiais didáticos (alternativos, opcionais ou com-
plementares).
• Incentivar o estudante a atuar em equipes de forma colaborativa e a demons-
trar conduta de comprometimento com as atividades a serem realizadas.
• Maximizar a utilização das tecnologias relacionadas às ferramentas de produ-
tividade, colaboração, comunicação e recursos da Web, sempre que possível.
Quando não, fazer uso de técnicas diferenciadas que priorizem a participação
ativa do estudante, tendo em vista a interação com seus pares e a construção
do conhecimento.
• Dar ênfase à mediação da aprendizagem e à avaliação formativa durante todo
o processo de desenvolvimento das atividades.
• Considerar, na avaliação somativa, os resultados dos estudantes na aplicação
de estratégias.
• Promover um ambiente motivador e agradável, em que o estudante seja o pro-
tagonista no processo de aprendizagem. A mediação, a contextualização e a
interdisciplinaridade são bases da Metodologia SENAI de Educação Profissional
que devem estar presentes nos processos de ensino e aprendizagem. Estraté-
gias para manter os alunos atentos, ativos e motivados devem ser aplicadas,
considerando a individualidade e o progresso destes.

116
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

O mundo do trabalho é vasto e complexo, e nele


convivem as mais distintas profissões, que, principal-
mente hoje, sofrem modificações motivadas pelas
mudanças tecnológicas e organizacionais. Esse fato exige a permanente atualização
dos profissionais nele inseridos e acarreta aos jovens grandes dificuldades nas escolhas
que devem fazer a respeito da sua futura profissionalização.
Exemplificando, pode-se citar a indústria, que tem sofrido grande e constante evolução
com a incorporação de novas tecnologias e a adoção de novos métodos e técnicas de
trabalho, como a manufatura avançada, a eficiência energética e a inovação.
Neste contexto, surgem novas funções e ocupações que convivem com profissões só-
lidas e tradicionais. Além disso, um olhar mais atento permite observar que algumas
profissões deixam de existir completamente e outras têm parte de suas funções substi-
tuídas por soluções tecnológicas.
Sendo assim, agora que você já possui conhecimentos suficientes a respeito de seus
valores e crenças, talentos e habilidades e planos e sonhos, vai ter a oportunidade de
realizar atividades que irão lhe permitir:
• Desenvolver o raciocínio lógico e abstrato por meio da utilização de dispositi-
vos programáveis “interfaceados” por sensores e atuadores ou por meio do uso
de outros recursos.
• Explorar o mundo do trabalho, as diferentes profissões e
possibilidades de carreira.
• Identificar os requisitos de qualidade, saúde, seguran-
ça e meio ambiente que estão presentes nas diferen-
tes profissões.
• Aplicar ferramentas de qualidade, produtividade e ge-
renciamento de projeto nas atividades do cotidiano.

Agora que você já conheceu a Situação Desafiadora, confira os detalhes e as orientações para cada
uma das atividades.

117
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

1 - RACIOCÍNIO LÓGICO

ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
a) Conduzir uma discussão inicial sobre raciocínio lógico que deve anteceder a apresen-
tação das orientações desta atividade, para que os estudantes tenham clareza de que
o raciocínio lógico não pode ser desenvolvido diretamente, devendo ser aprendido
por meio da resolução de exercícios lógicos, com o uso de ferramentas adequadas.
b) Tais exercícios contribuem para o desenvolvimento de algumas habilidades mentais e para a
organização e esclarecimento de situações cotidianas ou não, preparando os estudantes para
circunstâncias mais complexas.
c) É relevante enfatizar que o raciocínio lógico é, então, a capacidade de organização e
estruturação do pensamento de forma sequencial para analisar, justificar, argumentar,
propor ou confirmar alguns raciocínios que são fundamentados em dados que podem ser
comprovados.

Assim, pode-se dizer que toda ideia organizada é um raciocínio e acon-


tece de acordo com um mínimo de três elementos principais:
• primeiro, a proposição de uma afirmação sobre uma situação ou
problema;
• segundo, considerações sobre o assunto, que é a reunião e análise
de informações sobre a afirmação;
• terceiro, a conclusão, que é a resolução do problema ou a melhoria
da situação.

d) Finalizando, os estudantes devem compreender que o raciocínio lógico é o pensamento tra-


balhando em uma sequência analítica, tendo como objetivo identificar todas as possibilida-
des para resolver um problema.

118
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

e) Discutir com os estudantes os exemplos apresentados e também solicitar que apresentem


exemplos do cotidiano, tendo em vista que concretizem o conceito.
f) Informar os estudantes sobre o tempo que têm para realizar a atividade, incentivando-os a
administrá-lo.
g) Incentivar o estudante a resolver problemas do cotidiano de forma criativa e inovadora com
base no desenvolvimento do raciocínio lógico, utilizando a lógica de programação. Desse
modo, se considerar pertinente a adaptação de alguma estratégia, deverá ter sempre como
referencial as capacidades presentes na etapa Mundo do Trabalho.
h) Realizar as atividades de raciocínio lógico, empregando lógica de programação, de acordo
com os desafios propostos.

Se por falta do material necessário isso não for possível, pode-se fazer a
substituição com a elaboração de fluxogramas e, na formação de equi-
pes, trabalhar com os papéis participante, coordenador e relator (ver
Apêndice B).

i) Orientar os estudantes informando que a proposição dos desafios tem como base o uso da
Placa de Desenvolvimento Arduíno e a Scratch for Arduino (S4A).
j) Orientar os estudantes a montar e testar previamente os componentes do kit com Arduíno e
realizar troca de algum componente defeituoso. A composição do kit Arduíno está no Apên-
dice C.
k) Dar ênfase à avaliação formativa e à mediação da aprendizagem durante o desenvolvimento
e a avaliação da atividade, incluindo a identificação de melhorias.
l) Considerar, na avaliação somativa, as entregas dos estudantes: aplicação dos conhecimentos
definidos para cada desafio, fluxograma, algoritmo, montagem e funcionamento do Arduíno
e registros da avaliação crítica.
m) Orientar os estudantes a incluir no portfólio os resultados obtidos em cada desafio, incluindo
fotos, listagens, prints, entre outros, assim como suas próprias conclusões sobre as aplicações
das ferramentas de raciocínio lógico aprendidas.

119
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Por padrão, a atividade de Raciocínio Lógico aqui proposta utiliza o Arduíno, sua IDE e a Scratch
for Arduino (S4A). Caso haja indisponibilidade dos recursos ou, ainda, por decisão de você, do-
cente, em conjunto com a coordenação pedagógica, é possível adotar outras estratégias. 
O importante é que, ao se adotar qualquer outra estratégia, se tenha como norteador as capaci-
dades técnicas e socioemocionais indicadas neste material bem como o engajamento da turma
com algo dinâmico e alinhado às demandas do mercado de trabalho e ao perfil da turma. Veja
algumas sugestões de alternativas para operacionalização desta estratégia.

Quando não há hardware suficiente para a turma, ou até mes-


mo como estratégia complementar, podem ser utilizados sof-
twares simuladores como, por exemplo, o TinkerCAD.
O TinkerCAD é um sistema online gratuito mantido pela Au-
todesk que simula não apenas o Arduíno como também cir-
cuitos eletrônicos com outros componentes, podendo ser
utilizado pelos estudantes em outros momentos de sua vida
escolar (em aulas de Física, por exemplo).
Para iniciantes em programação, este sistema possui ainda
a possibilidade de programar sem a necessidade de digitar
linhas de código, utilizando apenas blocos de instruções. É
executável no modo online e não depende de nenhuma ins-
talação específica no computador.
Arduino por meio do
TinkerCAD Você, docente, tem liberdade para escolher outro simulador
que tenha familiaridade.
Para saber mais sobre o TinkerCAD acesse <https://www.
tinkercad.com/learn/circuits> ou o QR CODE.

120
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

O Scratch é um projeto do grupo Lifelong Kindergarten no


Media Lab do MIT que foi projetado inicialmente para jovens
entre 8 e 16 anos, mas pode ser usado por pessoas de todas
as faixas etárias. Além de ser disponibilizado gratuitamente,
possui grande volume de materiais e guias para docentes
aplicarem em seu dia a dia. Nele, os estudantes podem pro-
gramar histórias interativas, animações e jogos.
Para saber mais sobre o Scratch acesse <https://scratch.mit.
edu/educators/>  ou o QR CODE.
Scratch

Minecraft é um jogo do tipo sandbox conhecido mundial-


mente. Em 2019 atingiu a marca de 112 milhões de jogadores
ativos.
Há uma versão educacional deste jogo, com módulos para
desenvolvimento de diversas áreas de conhecimento. E há
também um módulo específico para desenvolvimento do ra-
ciocínio lógico e da lógica de programação.

Minecraft: Education Para saber mais sobre o Minecraft acesse <https://code.org/


Edition – Code minecraft> ou o QR CODE.
Builder

121
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

LEGO Mindstorms é uma linha do famoso brinquedo de mon-


tar voltada à educação tecnológica.
Algumas unidades do SENAI e do SESI já possuem e utilizam
este recurso.
Para saber mais sobre o LEGO Mindstorms acesse <https://
www.lego.com/pt-br/product/lego-mindstorms-ev3-31313>
ou o QR CODE.

LEGO Mindstorms

Os fluxogramas são importantes ferramentas para apoio ao


desenvolvimento do raciocínio lógico. Trata-se de uma re-
presentação visual (gráfica) da condução de um processo. O
Fluxograma pode ser empregado com estratégias digitais ou
sem elas. Jogos de tabuleiro, dinâmicas, situações problema,
entre outros, utilizando “testes de mesa”, podem ser usados
para validar as soluções desenvolvidas pelos estudantes.
Para saber mais sobre Fluxogramas acesse <https://www.he-
flo.com/pt-br/modelagem-processos/como-fazer-um-fluxo-
grama-de-processos/> ou o QR CODE.
Fluxogramas

122
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

7.2.1 ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

1ª ESTRATÉGIA
FORMAÇÃO DE EQUIPES
Tempo previsto: 02h

A primeira estratégia da etapa Mundo do Trabalho é a formação das equipes de estudantes para o
desenvolvimento da Atividade 1 – Raciocínio lógico.
Para realizar esta estratégia, você, docente, deve:
a) Utilizar um baralho (Anexo C) composto por 10 conjuntos de 4 cartas que trazem, cada qual, 4
distintas características de 10 super-heróis, tais como: armas, veículos, vestimentas e símbolos
utilizados, rivais e fisionomia.
b) Orientar cada estudante a selecionar uma carta da característica do personagem que mais
gosta. 
c) Orientar para que as equipes sejam formadas por até 4 estudantes que selecionaram as carac-
terísticas de determinado personagem.

DEFINIÇÃO DE PAPÉIS E ATRIBUIÇÕES DE CADA PARTICIPANTE DA EQUIPE


Formadas as equipes, você, docente, deve orientar a turma com relação às atribuições e responsabili-
dades dos integrantes de cada equipe:

PARTICIPANTE
Todos os integrantes da equipe têm este papel, que possui as seguintes atribuições:
• identificar a solução para o problema;
• acatar as decisões tomadas em equipe;
• identificar e administrar, de forma ética, conflitos que surgem durante a realização do traba-
lho em equipe;
• reportar ao docente a existência de conflitos não solucionados;
• planejar as atividades a serem realizadas, de acordo com as informações dadas pelo docente,
seguindo o modelo de plano de ação 5W2H;
• desenvolver as atividades de acordo com o planejado;
• avaliar os resultados obtidos com as atividades, considerando a proposta de trabalho;
• avaliar o próprio desempenho como participante da equipe;
• avaliar na equipe o desempenho dos demais participantes, dando-lhes feedbacks. 

123
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

PROGRAMADOR
O papel do programador, que deverá ser alternado entre os participantes da equipe para cada situa-
ção problema, dispõe das seguintes atribuições:
• estruturar algoritmo que represente a solução do problema;
• utilizar IDE específica para programação do Arduíno;
• realizar upload do algoritmo para o microcontrolador do Arduíno;
• realizar as correções de código necessárias e apontadas pelo Testador.

MONTADOR
O papel do montador, que deverá ser alternado entre os participantes da equipe para cada situação
problema, possui as seguintes atribuições:
• conectar os Shields e componentes de acordo com os tutoriais do Arduíno e sua aplicação;
• realizar as correções de montagem necessárias e apontadas pelo Testador.

TESTADOR
O papel do testador, que deverá ser alternado entre os participantes da equipe para cada situação
problema, possui as seguintes atribuições:
• avaliar o funcionamento do Arduíno de acordo com o algoritmo definido e os tutoriais de
montagem;
• identificar a causa do não funcionamento do Arduíno;
• solicitar a correção para o Programador ou Montador, quando for o caso.

RELATOR
O papel do relator, que deverá ser alternado entre os participantes da equipe para cada situação pro-
blema, possui a seguinte atribuição:
• apresentar para o docente o funcionamento do Arduíno, o algoritmo utilizado e a forma como
a equipe chegou à solução do problema.

124
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

2ª ESTRATÉGIA
EXPOSIÇÃO DIALOGADA E CONSTRUÇÃO DE
FLUXOGRAMA
Tempo previsto: 02h

Para realizar esta estratégia, você, docente deve:


a) Apresentar aos estudantes o conteúdo sobre raciocínio lógico conforme informações dadas
nas orientações específicas para esta atividade.
b) Discutir com os estudantes o raciocínio lógico presente nos exemplos que seguem e levá-los
a exemplificar aplicações da capacidade de raciocínio lógico, tendo em vista a apreensão do
conceito.

EXEMPLO 1
A rua onde está o ponto em que normalmente pegamos o ônibus está interditada por algum moti-
vo. Nesta rua não há nenhuma placa de indicação do local do ponto provisório. Caso o ponto tenha
sido realmente deslocado para algum outro local, é provável que a maioria das pessoas consiga
encontrá-lo. Mas como? Cada um pode raciocinar de maneiras diferentes para conseguir resolver
este problema.
E você, como faria?
• Esperaria na esquina de uma rua próxima até ver algum ônibus passar?
• Andaria pelas ruas paralelas mais próximas?
• Tentaria observar o fluxo de pessoas para segui-los até o possível local?

Podemos discutir o que é mais ou menos eficiente, mas não há uma resposta certa. Todas estas
opções podem levá-lo ao resultado esperado – encontrar o ponto de ônibus (SENAI/DN, PRINT,
2019).

Vamos agora pensar em outras situações do cotidiano para trabalharmos o raciocínio lógico!

125
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

EXEMPLO 2
Um casal planeja ir ao cinema. Para que este programa seja perfeito, eles têm que levar em conta
os seguintes aspectos:
• o filme deve ser do gosto de ambos;
• o cinema deve ter sala 3D; e
• se estiver chovendo, eles precisarão ir de carro.

Proposta de solução, empregando fluxograma:

Fluxograma é uma representação visual estruturada que é


amplamente utilizada para ilustrar a condução de um processo.

Vamos ao cinema!

Não
Filme ok?

Sim

Não
Cinema ok?

Sim

Sim Não
Chove?

Ir de Ir de
carro ônibus
Davi Leon (2020)

Assistir o filme

Figura 1 - Exemplo 2: fluxograma de raciocínio lógico


Fonte: SENAI/DN (2020)

Será que os estudantes têm outras soluções, igualmente corretas?

126
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

c) Apresentar aos estudantes as formas usualmente utilizadas para a organização de um fluxo-


grama, conforme segue:

Para compreender o fluxograma anterior é importante que você conheça algumas formas padroniza-
das que são utilizadas para facilitar sua organização.

Os retângulos com cantos arredondados indicam o início


ou o fim do processo .

As setas indicam o fluxo que devemos seguir.

Os losangos são utilizados para estruturar decisões.

Os retângulos indicam os demais processos.

Quando utilizamos um fluxograma para organização, conseguimos visualizar todo o processo com
maior clareza, facilitando inclusive a identificação de possíveis melhorias.
Observe a seguir um exemplo de utilização do fluxograma para padronização do atendimento em
uma sala de espera.

EXEMPLO 3
Em uma loja, enquanto os clientes aguardam o atendimento, é oferecido um copo de suco que
pode ser de Maracujá ou Limão.
O recepcionista ou a recepcionista deve seguir o fluxo de atendimento a seguir:

127
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Início

Informar ao cliente que


enquanto aguarda o
atendimento é servido
suco de limão ou maracujá
e seguir o seguinte fluxo.

Aceita beber Não


algo?

Sim

Servir Pedir para


Suco de Sim suco de Não Fim
Com açucar? aguardar
Maracujá? maracuja na sala de
Não Sim espera

Servir suco Colocar 1 colher


de limão de açucar

Não Não Sim


Com açucar? É o suficiente?

Sim

Colocar 1 colher
de açucar
Davi Leon (2020)

Não Sim
É o suficiente?

Figura 2 - Exemplo 3: fluxograma de raciocínio lógico


Fonte: SENAI\DN (2020)

Note que a ação “colocar 1 colher de açúcar” se repete, pois é uma ação comum para os dois “ca-
minhos” (suco de limão ou maracujá). Neste caso, observe que se pode realizar uma mudança que
facilite a organização do processo SENAI\DN, (2020).

d) Fazer o fechamento desta estratégia, enfatizando aos estudantes que, ao desenvolver o racio-
cínio lógico, a pessoa se torna cada vez mais capaz de identificar caminhos possíveis para re-
solver problemas de maneira rápida e certeira. Com as constantes mudanças e o surgimento
de diversas tecnologias aplicadas ao cotidiano pessoal e profissional, esta capacidade, inde-
pendentemente do contexto de atuação, é fundamental.

128
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Após o trabalho realizado para apreensão do conceito de raciocínio ló-


gico, se a escola reúne as condições de aplicação de raciocínio lógico
empregando lógica de programação devem ser apresentados aos es-
tudantes os 4 desafios da estratégia a seguir, de acordo com a proposta
para cada um deles.
No entanto, reitera-se que, se isso não for possível por falta do material
necessário, você, docente, em consenso com sua coordenação, pode
fazer a adaptação para o emprego de fluxogramas. Para isso, deve ser
consultado o Apêndice A.

3ª ESTRATÉGIA
RESOLUÇÃO DE DESAFIOS
Tempo previsto: 46h

PROPOSIÇÃO DO DESAFIO (TEMPO PREVISTO: 2H)


Na proposição dos desafios a serem solucionados empregando raciocínio lógico e implementando as
soluções em Arduíno, você, docente, deve apresentar 4 situações-problema para as equipes, a saber
(ver Apêndice A):

Informação dos usuários sobre uma ação realizada automaticamente. Exemplo: acendi-
Feedback
mento de uma lâmpada indicadora.

Segurança dos usuários em uma operação executada automaticamente. Exemplo:


Segurança
acionamento de um elevador após liberação das portas.

Monitoramento e controle de dispositivos visando economia de recursos energéticos.


Economia
Exemplo: torneira com sensor.

Comunicação com os usuários sobre resultados de processamento. Exemplo: exibição


Informação de uma mensagem de retorno de um micro-ondas quando finaliza o aquecimento de
um alimento.

129
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Davi Leon (2020)


Observação:
Preferencialmente deve ser utilizada a programação orientada a eventos (gráfica). Sugere-se o uso da
IDE Scratch for Arduino (S4A), disponível no site http://s4a.cat/ – caso esta atividade seja desenvolvida
com o Arduíno.

O método para a aprendizagem deve cumprir a sequência a seguir:


1ª fase: propor a análise e execução de programa simples, indicados por você, docente, com as corres-
pondentes conexões eletrônicas do Arduíno. Esta 1ª fase deve ser conduzida inteiramente por você. 
2ª fase: propor uma alteração no programa inicial, envolvendo também as correspondentes cone-
xões eletrônicas com o Arduíno a fim de ampliar suas funcionalidades.
3ª fase: propor o desenvolvimento de novo programa ou alteração do programa inicial, envolvendo
também as correspondentes conexões eletrônicas com o Arduíno a fim de executar novas funciona-
lidades.
4ª fase: propor para a turma de estudantes uma discussão a partir de perguntas que os levem a pen-
sar sobre o que aprenderam ao resolver cada desafio.

Você, docente, deve ter um gabarito com explicações sobre cada ra-
ciocínio ou lógica exigida para a solução dos desafios a fim de poder
conduzir a discussão para as conclusões corretas.

130
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Para cada sequência anterior, você, docente, deverá apresentar a interrelação existente entre o racio-
cínio lógico empregado para resolver o desafio, a programação realizada e os conhecimentos a seguir
elencados:

Feedback Constantes e variáveis.

Segurança Operadores lógicos.

Economia Laço de repetição.

Informação Laços de decisão.

Você, docente, deve ficar atento a fim de orientar as equipes que con-
seguirem solucionar os desafios em menor tempo para que auxiliem as
equipes com maior atraso no desenvolvimento.

Algumas considerações são necessárias à respeito da 4a fase de cada desafio, mais especificamen-
te para as seguintes provocações: “descreva o processo de resolução do desafio, incluindo o tipo de
raciocínio que está presente” e “em que situações da vida real você poderia se beneficiar com uma
solução como as que foram desenvolvidas?”
Ao fazer essas provocações, você, docente, deve levar os estudantes a observarem a relação existente
entre as duas e as consequências que a primeira pode gerar se aplicada na vida real.
Para saber conduzir essa discussão, você deve inspirar-se no exemplo que segue:

EXEMPLO 4
Se para a provocação “descreva o processo de resolução do desafio, incluindo o tipo de racio-
cínio que está presente” uma equipe diz que utilizou tentativa e erro para chegar à solução do
problema, então, para a provocação “em que situações da vida real você poderia se beneficiar
com uma solução como as que foram desenvolvidas?”, você, docente, deve conduzir a discus-
são de modo que os estudantes percebam que, na vida real, “tentativa e erro” pode não ser  o
método mais adequado, quando há:
• um custo elevado para cada tentativa – – se quero saber se a tinta modelo X é a melhor
para pintura externa, não posso pintar a casa toda para descobrir depois;

131
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

• um risco – – um eletricista não pode colocar um disjuntor para uma corrente X para saber
depois se é o mais adequado;
• muito tempo entre tentativas – não é adequado cursar o primeiro ano de vários cursos
para ver qual é mais adequado ao meu perfil.

Em contrapartida, muitos cozinheiros e artistas, por exemplo, trabalham com este método, expe-
rimentando ingredientes e materiais diferentes para suas criações.

DESENVOLVIMENTO DA SOLUÇÃO DOS DESAFIOS (TEMPO TOTAL: 44H) 


O estudante deverá desenvolver os desafios de acordo com os roteiros a seguir.

DESAFIO 1: Feedback (Tempo previsto: 11h) 


Toda vez que um dispositivo é acionado, é preciso saber se ele realmente foi ligado e se irá atender
ao comando.
É comum ver-se o efeito de feedback ao se pressionar o botão de chamada do elevador: o botão se
ilumina para avisar que a solicitação será atendida. Da mesma forma, quando se tecla no celular ou se
faz uma foto, ouve-se um clique, indicando que a digitação foi aceita.
Por outro lado, sente-se a falta deste feedback ao se ativar o semáforo de pedestres: são raros os que
ativam uma luz para avisar que a solicitação será atendida.
Como exemplo de aplicação de feedback em sistemas programáveis, pode-se usar um algoritmo que
verifica o status de um botão e ativa uma luz quando o botão estiver ligado.

1ª FASE: 
• Montar o dispositivo programável conforme diagramas e orientação do docente.
• Analisar o fluxograma do algoritmo apresentado pelo docente.
• Comparar a lógica do fluxograma com o programa no Scratch (S4A). 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

132
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Novos conhecimentos associados a esta Fase: algoritmo, fluxograma e programa.

Descrição da sequência de ações que visa a execução de uma tarefa ou a


Algoritmo solução de um problema. Esta sequência pode ser descrita em forma textual
ou gráfica.

Representação gráfica de algoritmo por meio de blocos padronizados interli-


Fluxograma
gados por setas que indicam o processo de execução das ações do algoritmo.

Transcrição de um algoritmo ou fluxograma numa linguagem (textual ou grá-


Programa
fica) capaz de ser reconhecida, interpretada e executada por um computador.

2ª FASE: 
• Alterar o programa da fase anterior a fim de que o dis-
positivo passe a ativar 3 luzes a partir do acionamento
de um único botão.
• Montar o dispositivo programável para permitir a
nova forma de funcionamento.
• Alterar o fluxograma do algoritmo da fase anterior a
fim de atender a nova proposta.  
• Alterar o programa no Scratch (S4A), de acordo com o
novo fluxograma. 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua
Davi Leon (2018)

operação está em conformidade com o fluxograma.

Novos conhecimentos associados a esta Fase: constante e variável.

Texto ou número armazenado na memória do computador durante a execu-


Constante
ção do programa que será usado sem sofrer alterações.

Texto ou número armazenado na memória do computador que sofrerá alte-


Variável
rações durante a execução do programa.

133
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

3ª FASE: 
• Alterar o programa da fase anterior a fim de que o dispositivo passe a verificar o status de 3
botões e ativar 3 luzes – de forma que cada botão controle uma única luz.
• Montar o dispositivo programável para permitir a nova forma de funcionamento.
• Alterar o fluxograma do algoritmo da fase anterior a fim de atender a nova proposta.  
• Alterar o programa no Scratch (S4A), de acordo com o novo fluxograma. 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

4ª FASE:
• Propor para a turma de estudantes uma discussão a partir das seguintes provocações: 

• Qual das soluções criadas foi a mais simples? A mais eficaz? A mais original?
• Qual foi a maior dificuldade?
• Onde houve maior facilidade para solucionar o problema?
• Haveria uma outra forma de solucionar o problema?
• O que foi mais interessante de aprender ou descobrir?
• Descreva o processo de resolução do desafio, incluindo o tipo de raciocínio que está
presente.
• Em que situações da vida real você poderia se beneficiar com uma solução como as que
foram desenvolvidas?

• Orientar os estudantes para que concluam o desafio com uma avaliação crítica do próprio
desempenho, dos desempenhos dos colegas de equipe e do desempenho da equipe como
um todo.
• Orientar os estudantes para que realizem as avaliações, considerando os critérios de avaliação
e as tabelas de verificação com rubricas apresentadas no final da atividade.

134
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

DESAFIO 2: Segurança (Tempo previsto: 11h)

Antes de
embarcar no
elevador, certifique-se
de que ele
está parado
no seu andar.

Davi Leon (2020)

“Antes de embarcar no elevador, certifique-se que ele está parado no seu andar”.
Todos já devem ter visto avisos como este. 
Mas em que circunstâncias um elevador deve abrir suas portas no seu andar? Quando ele for chama-
do (ele não pode estar ali por acaso ou por engano) e quando ele estiver alinhado com o seu andar
(ele não pode ainda estar chegando e/ou já estar saindo do andar). Isso é uma medida para garantir a
segurança do usuário do elevador.
Por outro lado, pode-se sentir falta dessa segurança nas portas de ônibus, trens e metrôs!
Como exemplo de aplicação de segurança em sistemas programáveis, será usado um algoritmo que
simula a operação da porta do elevador, descrita anteriormente: ela se abre caso o elevador tenha
sido chamado e já esteja estacionado e estabilizado no andar. 

135
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

1ª FASE: 
• Montar o dispositivo programável conforme diagramas e orientação do docente.
• Analisar o fluxograma do algoritmo apresentado pelo docente.  
• Comparar a lógica do fluxograma com o programa no Scratch (S4A). 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

Novo conhecimento associado a esta fase: operadores lógicos.

Comandos para testar ou manipular dados binários (bits) na execução do


programa. Os operadores lógicos básicos são:

Operador lógico – E: seu resultado é verdadeiro se TODOS os bits testados forem verdadeiros.
– OU: seu resultado é falso se TODOS os bits testados forem falsos.
– NÃO: seu resultado é SEMPRE o inverso do bit testado.

2ª FASE: 
• Alterar o programa da fase anterior a fim de que o dispositivo passe a considerar mais uma
condição para a abertura da porta do elevador: ele só pode abrir as portas se não estiver lo-
tado.
• Montar o dispositivo programável para permitir a nova forma de funcionamento.
• Alterar o fluxograma do algoritmo da fase anterior a fim de atender a nova proposta.  
• Alterar o programa no Scratch (S4A), de acordo com o novo fluxograma. 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

3ª FASE: 
• Alterar o programa da fase anterior a fim de que o dispositivo, além de verificar as 3 condições
já implantadas (botão de chamada, posicionamento correto no andar e não estar lotado), só
atenda os usuários se a chave de serviço (no interior do elevador) não estiver ligada.
• Montar o dispositivo programável para permitir a nova forma de funcionamento.
• Alterar o fluxograma do algoritmo da fase anterior a fim de atender a nova proposta.  
• Alterar o programa no Scratch (S4A), de acordo com o novo fluxograma. 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

4ª FASE:
• Propor para a turma de estudantes uma discussão a partir das seguintes provocações: 

• Qual das soluções criadas foi a mais simples? A mais eficaz? A mais original?
• Qual foi a maior dificuldade?
• Onde houve maior facilidade para solucionar o problema?
• Haveria uma outra forma de solucionar o problema?
• O que foi mais interessante de aprender ou descobrir?
• Descreva o processo de resolução do desafio, incluindo o tipo de raciocínio que está
presente.
• Em que situações da vida real você poderia se beneficiar com uma solução como as que
foram desenvolvidas?

• Orientar os estudantes para que concluam o desafio com uma avaliação crítica do próprio
desempenho, dos desempenhos dos colegas de equipe e do desempenho da equipe como
um todo.
• Orientar os estudantes para que realizem as avaliações, considerando os critérios de avaliação
e as tabelas de verificação com rubricas apresentadas no final da atividade.

DESAFIO 3: Uso racional de recursos (Tempo previsto: 11h) 


O mundo vive uma crise de escassez. Água, combustíveis e energia são recursos finitos e, atualmente,
têm sido usados de maneira desordenada, gerando desperdício e a consequente falta. Muitas locali-
dades já implantaram medidas drásticas para controle do consumo.
Tomando como exemplo a energia elétrica, quanto desperdício há em ambientes que, mesmo vazios,
continuam com luzes e ar-condicionado ligados! As escadas e esteiras rolantes mais antigas continu-
am a se movimentar em velocidade normal mesmo quando não há ninguém usando!
Davi Leon (2020)

137
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Como exemplo de aplicação de economia de recursos em sistemas programáveis, será usado um al-
goritmo que simula uma sala em que trabalham 2 pessoas e que tem 2 lâmpadas de teto e um apare-
lho de ar-condicionado. Quando qualquer uma das duas pessoas entra, as luzes e o ar-condicionado
devem ligar; quando as 2 pessoas tiverem saído, as luzes devem desligar após 5 segundos e o ar-con-
dicionado, após 10 segundos.
Novo conhecimento associado a esse desafio: laço de repetição condicional.

Comando de um programa que permite a repetição de um trecho


do programa se uma condição for satisfeita. Pode ser dos seguintes
Laço de repetição tipos:
condicional – repetição por certo número de vezes;
– repetição dependendo do resultado de um teste.

1ª FASE: 
• Montar o dispositivo programável conforme diagramas e orientação do docente (um botão
indica funcionário entrando e outro, funcionário saindo).
• Analisar o fluxograma do algoritmo apresentado pelo docente.  
• Comparar a lógica do fluxograma com o programa no Scratch (S4A). 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

2ª FASE: 
• Alterar o programa da fase anterior a fim de que o dispositivo passe a considerar a quantida-
de de pessoas no ambiente para controlar iluminação e ar-condicionado: quando uma das
pessoas entra, somente a luz de sua mesa e o ar-condicionado devem ligar; quando cada uma
das 2 pessoas sai, a respectiva luz deve desligar após 5 segundos. O ar-condicionado deve ser
desligado após 10 segundos, somente se as 2 pessoas tiverem saído.
• Montar o dispositivo programável para permitir a nova forma de funcionamento (um botão
indica funcionário entrando e outro, funcionário saindo)
• Alterar o fluxograma do algoritmo da fase anterior a fim de atender a nova proposta.  
• Alterar o programa no Scratch (S4A), de acordo com o novo fluxograma. 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

3ª FASE: 
• Alterar o programa da fase anterior a fim de que o dispositivo passe a considerar a quantida-
de de pessoas no ambiente para controlar iluminação e ar-condicionado: quando uma das
pessoas entra, somente a luz de sua mesa e o ar-condicionado devem ligar; quando cada uma
das 2 pessoas sai, a respectiva luz deve desligar após 5 segundos. O ar-condicionado deve ser
desligado após 10 segundos, somente se as 2 pessoas tiverem saído.
• Montar o dispositivo programável para permitir a nova forma de funcionamento: um único
botão indica funcionário entrando (botão ligado) e/ou saindo (botão desligado).
• Alterar o fluxograma do algoritmo da fase anterior a fim de atender a nova proposta.  
• Alterar o programa no Scratch (S4A), de acordo com o novo fluxograma. 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

4ª FASE:
• Propor para a turma de estudantes uma discussão a partir das seguintes provocações: 

• Qual das soluções criadas foi a mais simples? A mais eficaz? A mais original?
• Qual foi a maior dificuldade?
• Onde houve maior facilidade para solucionar o problema?
• Haveria uma outra forma de solucionar o problema?
• O que foi mais interessante de aprender ou descobrir?
• Descreva o processo de resolução do desafio, incluindo o tipo de raciocínio que está
presente.
• Em que situações da vida real você poderia se beneficiar com uma solução como as que
foram desenvolvidas?

• Orientar os estudantes para que concluam o desafio com uma avaliação crítica do próprio
desempenho, dos desempenhos dos colegas de equipe e do desempenho da equipe como
um todo.
• Orientar os estudantes para que realizem as avaliações, considerando os critérios de avaliação
e as tabelas de verificação com rubricas apresentadas no final da atividade.

139
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

DESAFIO 4: Comunicação (Tempo previsto: 11h) 


Enquanto os dispositivos programáveis estão em operação, os usuários precisam ficar informados so-
bre o que está acontecendo. Fazer um download, formatar um drive e assistir um vídeo são exemplos
em que o sistema nos informa quanto tempo ou quais tarefas ainda restam para o fim da operação.
Por outro lado, por exemplo, há sistemas de transporte coletivo que ainda não informam quanto tem-
po vai levar até a chegada do próximo carro.
Como exemplo de aplicação de comunicação com usuários em sistemas programáveis será usado um
algoritmo que simula a operação de um semáforo que informa o tempo restante para a troca de sinal:
ao mudar para o verde, uma barra de 4 luzes indicadoras se acende e, a cada 2 segundos, uma delas
se apaga, como numa contagem regressiva. 

1ª FASE: 
• Montar o dispositivo programável conforme diagramas e orientação do docente.
• Analisar o fluxograma do algoritmo apresentado pelo professor.  
• Comparar a lógica do fluxograma com o programa no Scratch (S4A). 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

Novo conhecimento associado a esta fase: rotina de delay.

É um laço de repetição condicional que consome um tempo determina-


Rotina de delay do para ser executado. Sua aplicação é permitir que os resultados de um
(atraso) processamento, obtidos muito rapidamente por um computador, possam ser
usados no mundo físico.

2ª FASE: 
• Alterar o programa da fase anterior a fim de que o intervalo de tempo suba de 2 para 4 se-
gundos, “aninhando” as rotinas de tempo.
• Montar o dispositivo programável para permitir a nova forma de funcionamento.
• Alterar o fluxograma do algoritmo da fase anterior a fim de atender à nova proposta.  
• Alterar o programa no Scratch (S4A), de acordo com o novo fluxograma. 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

140
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

3ª FASE: 
• Alterar o programa da fase anterior a fim de que o dispositivo continue indicando o tempo
restante do sinal verde, com o apagamento sequencial da barra de luzes, e passe a indicar o
tempo restante do sinal vermelho com o acendimento sequencial da barra de luzes.
• Montar o dispositivo programável para permitir a nova forma de funcionamento (um botão
indica que o sinal está verde e outro, que está vermelho).
• Alterar o fluxograma do algoritmo da fase anterior a fim de atender a nova proposta.  
• Alterar o programa no Scratch (S4A), de acordo com o novo fluxograma. 
• Executar o programa no dispositivo e verificar se sua operação está em conformidade com o
fluxograma.

Novo conhecimentos associados a esta fase: funções e laços incondicionais.

Laço de repetição Comando de um programa que permite a repetição de um trecho do progra-


incondicional ma de forma contínua.

Parte de um programa estruturado que atua como um subprograma ou


Função programa auxiliar.

4ª FASE:
• Propor para a turma de estudantes uma discussão a partir das seguintes provocações: 

• Qual das soluções criadas foi a mais simples? A mais eficaz? A mais original?
• Qual foi a maior dificuldade?
• Onde houve maior facilidade para solucionar o problema?
• Haveria uma outra forma de solucionar o problema?
• O que foi mais interessante de aprender ou descobrir?
• Descreva o processo de resolução do desafio, incluindo o tipo de raciocínio que está
presente.
• Em que situações da vida real você poderia se beneficiar com uma solução como as
que foram desenvolvidas?

• Orientar os estudantes para que concluam o desafio com uma avaliação crítica do próprio
desempenho, dos desempenhos dos colegas de equipe e do desempenho da equipe como
um todo.
• Orientar os estudantes para que realizem as avaliações, considerando os critérios de avaliação
apresentados a seguir.

141
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

CONCLUSÃO DA ATIVIDADE 1
Orientar os estudantes a incluir no portfólio os resultados obtidos com a solução dos quatro desafios,
suas conclusões sobre as aplicações das ferramentas de raciocínio lógico aprendidas nesta atividade
e todos os resultados de autoavaliação e avaliação em equipe.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Capacidades Critérios de avaliação

• Aceita as características pessoais dos participantes da equipe.


• Acata as ideias propostas para discussão pelos participantes da equipe.
• Acata as orientações dadas pelo docente.
Atuar em equipes de forma cola-
• Contribui para o alcance dos objetivos da equipe.
borativa, respeitando as diferenças
individuais e níveis hierárquicos. • Avalia criticamente os desempenhos individuais e da equipe de acordo
com os critérios estabelecidos. 
• Dá feedbacks aos seus pares, tendo em vista a melhoria de desempe-
nhos.

Demonstrar conduta de comprome- • Realiza atividades dentro dos prazos estabelecidos.


timento em suas atividades pessoais • Cumpre com suas atribuições na equipe.
e profissionais. • Auxilia demais participantes da equipe em suas atividades.

• Propõe soluções para o problema identificado com base em raciocínio


lógico.
• Descreve raciocínios lógicos por meio de fluxogramas.
• Aplica variáveis e constantes na resolução de problemas por meio de
Resolver problemas do cotidiano raciocínio lógico.
pessoal, escolar e de trabalho de • Aplica operadores lógicos na resolução de problemas por meio de
forma criativa e inovadora, planejan- raciocínio lógico.
do, desenvolvendo e avaliando as • Aplica operadores aritméticos na resolução de problemas por meio de
atividades realizadas. raciocínio lógico.
• Aplica laços de repetição incondicionais na resolução de problemas por
meio de raciocínio lógico.
• Aplica laços de repetição condicionais na resolução de problemas por
meio de raciocínio lógico.

Quadro 10 - Critérios de Avaliação – Etapa 2: Mundo do Trabalho – Raciocínio Lógico


Fonte: SENAI/DN (2020)

142
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M Ó D U LO M U N D O D O T R A B A L H O

LISTA DE VERIFICAÇÃO COM RUBRICAS

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Autonomia


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
Busca outras fontes Busca esponta-
Não busca outras Propõe novas
para estudo e neamente outras
fontes para estudo fontes para estudo
Autodidatismo pesquisa além das fontes para estudo
e pesquisa além das e pesquisa além das
fornecidas em aula, e pesquisa além das
fornecidas em aula. fornecidas em aula.
se demandado. fornecidas em aula.

Relaciona o
Relaciona o desem-
Não é capaz de Descreve o desem- desempenho
penho demonstra-
descrever o que penho demonstra- demonstrado com
Autoavaliação do com um ideal
se espera do seu do sem relacioná-lo o ideal desejável,
desejável, sem usar
desempenho. com um referencial. descrito no perfil de
um referencial.
referência.

Tem dificuldades Argumenta em fa-


Resiste teimosa- para argumentar vor de sua postura Adota novas posi-
mente às mudanças em favor da sua tentando adequar ções e ou pontos
Flexibilidade e não aceita pontos postura, mas não pontos de vista de vista diferentes
de vista diferentes aceita pontos de diferentes do seu à em consenso com a
do próprio. vista diferentes do sua própria forma equipe.
próprio. de se expressar.

Entende a relação
Rejeita as conse- Julga que as
causa-efeito entre Entende a relação
quências das suas consequências são
suas escolhas, mas causa-efeito e assu-
Responsabilidade escolhas e busca injustas e busca
não assume conse- me consequências
culpar outra pessoa por desculpas e ou
quências de suas de suas decisões.
e ou circunstância. justificativas.
decisões.

Quadro 11 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Autonomia


Fonte: SENAI/DN (2020)

143
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Trabalho em Equipe


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
A maior parte do Mantém-se consis-
Raramente se dedica Algumas vezes se
tempo se dedica a tentemente dedi-
a executar as ativi- dedica a executar as
Foco na atividade executar as ativi- cado a executar as
dades e realizar as atividades e realizar
dades e realizar as atividades e realizar
entregas. as entregas.
entregas. as entregas.

Executa as partes que Executa a sua parte Executa a sua parte


Deixa que outros
Comprometi- lhe cabem somente na atividade, com na atividade e incen-
façam as partes que
mento quando cobrado pela boa vontade e com tiva os outros partici-
lhe cabem.
equipe. responsabilidade. pantes da equipe.

Raramente entrega
Entrega as atividades
Cumprimento de Não entrega as ativi- atividades após o Entrega as atividades
sempre após o prazo
prazo dades. prazo previsto, e no prazo previsto.
previsto e justifica.
sempre justifica.

Participa das dis-


Não participa de Participa ativamente Inicia e ou propõe
cussões somente
discussões. das discussões. discussões.
quando solicitado.

Raramente se man- Sempre se mantém


Não se mantém no Às vezes se desvia do
tém no tema das no tema das discus-
tema das discussões. tema das discussões.
discussões. sões.

Raramente respeita Às vezes respeita Sempre respeita


Não respeita a vez
a vez dos outros a vez dos outros a vez dos outros
Relacionamento dos outros falarem.
falarem. falarem. falarem.
interpessoal
Presta atenção na Sempre escuta com
Nunca dá atenção à Raramente dá aten-
fala de colegas e/ou atenção a fala de
fala dos colegas e/ou ção à fala dos colegas
do docente só quan- colegas e/ou do
do docente. e/ou do docente.
do é advertido. docente.

Interage com os par- Promove interação


Não interage com Interage habitual-
ticipantes da equipe com os participantes
os participantes da mente com os parti-
somente quando da equipe e/ou com
equipe. cipantes da equipe.
solicitado. demais equipes.
Quadro 12 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Trabalho em Equipe
Fonte: SENAI/DN (2020)

144
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M Ó D U LO M U N D O D O T R A B A L H O

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Resolução de problemas


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
Identifica problemas
Não identifica pro- Identifica, às vezes, em contextos defini-
Identifica problemas
Identificação de blemas em contextos problemas em dos e previsíveis, e, às
em contextos diver-
problemas definidos e previsí- contextos definidos e vezes, em contextos
sos e imprevisíveis.
veis. previsíveis. diversos e imprevi-
síveis.

Identificação Identifica sempre as


das causas de Identifica, às vezes, as causas de problemas Identifica as causas
Não identifica as cau-
problemas de causas de problemas simples e, às vezes, de problemas sim-
sas de problemas.
diferentes níveis simples. de problemas com- ples e complexos.
de complexidade plexos.

Propõe soluções para


Proposição de Propõe, às vezes, Propõe soluções para
Não propõe soluções problemas simples e,
soluções aos soluções para proble- problemas simples e
a problemas. às vezes, para proble-
problemas mas simples. complexos.
mas complexos.

Coloca em prática
Coloca em práti-
Implementação Não coloca em Coloca em prática, às soluções para pro-
ca soluções para
de soluções dos prática soluções dos vezes, soluções para blemas simples e, às
problemas simples e
problemas problemas. problemas simples. vezes, para proble-
complexos.
mas complexos.

Avalia a efetividade
Avalia a efetividade
Não avalia a efetivi- Avalia, às vezes, a da solução que
Avaliação dos da solução que
dade da solução dos efetividade da solu- foi implantada aos
resultados da foi implantada aos
problemas que foi ção implantada para problemas simples e,
solução problemas simples e
implantada. problemas simples. às vezes, aos proble-
complexos .
mas complexos.

Quadro 13 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Resolução de Problemas


Fonte: SENAI\DN (2020)

145
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

2 - PESQUISA E VIVÊNCIA
DAS PROFISSÕES
Tempo previsto: 60h

ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
Para esta atividade você deverá:
a) Levar em conta que o objetivo da atividade é o desenvolvimento de capacidades por meio
da disseminação de informações a respeito das profissões. Desse modo, se considerar perti-
nente a adaptação de alguma estratégia, deverá ter sempre como referencial as capacidades
presentes nesta etapa – Mundo do Trabalho.
b) Informar os estudantes sobre o tempo que têm para realizar a atividade, incentivando-os a
administrá-lo.
c) Realizar as atividades de pesquisa e de apresentação das profissões, conforme segue:

• Planejamento – definição das atividades a serem realizadas e estabelecimento da se-


quência de realização, uma vez que esta fase se caracteriza como um momento crítico
do trabalho.
• Desenvolvimento – realização das atividades propriamente ditas, de acordo com o pla-
nejado.
• Avaliação – verificação dos resultados das atividades e do desempenho da equipe, bem
como de cada um dos estudantes, incluindo a identificação das possibilidades de me-
lhoria.

d) Dar ênfase à mediação da aprendizagem e à avaliação formativa durante as fases de planeja-


mento, desenvolvimento e avaliação.
e) Considerar, na avaliação somativa, os resultados dos estudantes, tais como: o cronograma,
a pesquisa, a consolidação dos resultados da pesquisa com a utilização de pelo menos um
recurso, a apresentação e os registros da avaliação crítica.
f) Promover um ambiente motivador e agradável, em que o estudante seja o protagonista no
processo de aprendizagem. A mediação, a contextualização e a interdisciplinaridade são ba-
ses da Metodologia Senai de Educação Profissional que devem estar presentes no processo
de ensino e aprendizagem. O uso de estratégias para manter os estudantes atentos, ativos e
motivados deve ser considerado, levando em conta sua individualidade e seu progresso.

146
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

7.2.2 ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

1ª ESTRATÉGIA
FORMAÇÃO DE EQUIPES
Tempo previsto: 2h

A primeira estratégia da atividade Pesquisa e Vivência das Profissões, da etapa Mundo do Trabalho, é
a formação das equipes, considerando o autoconhecimento que os estudantes adquiriram na etapa
anterior, cujo resultado está consolidado em portfólio.

DEFINIÇÃO DE PAPÉIS E ATRIBUIÇÕES DE CADA PARTICIPANTE DA EQUIPE


Para realizar esta estratégia, você, docente, deve:
a) Orientar os estudantes a formar equipes de trabalho, as quais devem obedecer a alguns
critérios:

• equipes de no máximo cinco estudantes;


• diversidade de características pessoais dos estudantes na equipe, considerando os mo-
tivadores de carreira identificados com a aplicação da estratégia Âncoras de Carreira, na
etapa anterior.

b) Orientar os estudantes a definir papéis e atribuições para cada um dos participantes da


equipe, considerando o papel do participante e o do coordenador, conforme segue.

PARTICIPANTE
Todos os integrantes da equipe têm este papel, que possui as seguintes atribuições:
• Participar da definição do coordenador da equipe, em consenso com os demais participantes.
• Acatar as decisões tomadas em equipe e respeitar o papel da coordenação.
• Identificar e administrar, de forma ética, conflitos que surgirem durante a realização do trabalho
em equipe.
• Reportar ao coordenador a existência de conflitos não solucionados.
• Planejar as atividades a serem realizadas de acordo com as informações dadas pelo docente e se-
guindo o modelo de plano de ação 5W2H12.

12 O plano de ação 5W2H é composto de atividades específicas para criar e organizar um projeto com o objetivo de realizá-lo com o
máximo de clareza e eficiência. O nome 5W2H se refere às iniciais (em inglês) das sete diretrizes que o método define – 5W: What (o que
será feito?); Why (por que será feito?); Where (onde será feito?); When (quando?); Who (por quem será feito?); 2H: How (como será feito?); e
How much (quanto vai custar?).

147
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

• Desenvolver as atividades de acordo com o planejado:

• levantar informações sobre as profissões;


• propor à equipe ações de replanejamento, quando considerar necessário;
• organizar, em equipe, as informações obtidas.

• Avaliar os resultados obtidos com as atividades, considerando a proposta de trabalho.


• Avaliar o seu desempenho como participante da equipe.
• Avaliar, na equipe, o desempenho dos demais participantes, dando-lhes feedback.

COORDENADOR
Acumula a função de participante e possui as seguintes atribuições:
• Identificar e administrar, de forma ética, os conflitos que surgirem na equipe.
• Reportar ao docente, de forma ética, a existência de conflitos não solucionados na equipe.
• Envidar esforços para que as atividades sejam realizadas de acordo com o planejado e/ou o
replanejado.
• Avaliar com a equipe o andamento das atividades e reportá-las ao docente.
• Buscar esclarecimentos ou colaboração do docente sempre que necessário para o desempe-
nho da equipe.

Observação:
Para a apresentação da pesquisa, o papel de coordenador pode ser mantido pelo mesmo participante
da equipe ou ser assumido por outro.

2ª ESTRATÉGIA
O ENSINO MÉDIO E SEUS ITINERÁRIOS FORMATIVOS
EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Tempo previsto: 2h

Para realizar esta estratégia, você, docente, deve:


a) Esclarecer os estudantes sobre as Figuras “Representação gráfica do novo ensino médio, com
ênfase no itinerário formativo V” e “Fluxo de formação do novo ensino médio, com ênfase no
itinerário V – Formação técnica e profissional”, apresentando:

• o ensino médio e seus componentes curriculares;


• os itinerários formativos do ensino médio:

148
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

• Linguagens e suas tecnologias;


• Matemática e suas tecnologias;
• Ciências naturais e suas tecnologias;
• Ciências humanas e sociais aplicadas;
• Formação técnica e profissional.

• o itinerário de formação técnica e profissional, com o curso técnico;


• as possibilidades de realização do ensino superior a partir dos itinerários do ensino médio;
• a entrada no mundo do trabalho, considerando cada um dos cinco itinerários – em especial
o de formação técnica e profissional, pela vantagem de qualificar para o trabalho logo após a
conclusão do ensino médio.

NOVO ENSINO MÉDIO


Itinerários formativos

Habilitação
profissional técnica
Mundo do trabalho +
V - Formação módulo integrador +
de nível médio +
técnica e módulo específico certificado de
profissional (1.200 horas) Ensino Médio

Com ênfase em língua


portuguesa, língua
I - Linguagem e inglesa, língua Certificado de

Mundo do Trabalho
suas tecnologias estrangeira, educação Ensino Médio
física, artes (1.200
horas)
Ensino superior
BNCC 1.800 horas

II - Matemática e Com ênfase em Certificado de


suas tecnologias matemática (1.200 Ensino Médio
horas)

III - Ciências Com ênfase em Certificado de


Carlos André Marques de Andrade (2018)

naturais e suas Biologia, Física, Ensino Médio


tecnologias Química (1.200 horas)

VI - Ciências Com ênfase em


Humanas e História, Geografia, Certificado de
Sociologia, Filosofia Ensino Médio
sociais aplicadas (1.200 horas)

Figura 3 - Construto do novo ensino médio, com ênfase no itinerário formativo V


BNCC: Base Nacional Comum Curricular
Fonte: SENAI/DN (2020)

149
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Itinerário V - formação técnica e profissional (1.200 horas)

1º ano 2º ano 3º ano

Mundo do
Formação técnica Trabalho
e profissional 200 horas
Módulo
integrador Módulo(s)
Linguagem e suas 400 horas específicos(s)
tecnologias 600 horas

Matemática e
Habilitação
suas tecnologias
800 horas profissional
técnica de nível
médio +
Ciências naturais 600 horas Certificado de
e suas Ensino Médio
tecnologias 400 horas

Ciências
Humanas e
sociais aplicadas
1.000 horas 1.000 horas 1.000 horas

Davi Leon (2020)


BNCC - 1.800 horas
* ao concluir o Ensino Médio mais o Curso técnico, o estudante recebe o diploma de Técnico.

Figura 4 - Fluxo de formação do novo ensino médio, com ênfase no itinerário V – Formação técnica e profissional
BNCC: Base Nacional Comum Curricular
Fonte: SENAI/DN (2020)

3ª ESTRATÉGIA
REALIZAÇÃO DE PESQUISA SOBRE AS PROFISSÕES
Tempo previsto: 29h

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Orientar os estudantes de acordo com as seguintes exigências:

• a pesquisa deve abarcar os cinco itinerários formativos possíveis para o ensino médio
citados anteriormente;
• dentre as profissões a serem pesquisadas pela equipe, pelo menos uma de cada itinerá-
rio formativo do ensino médio deve ter representatividade na região geográfica em que
os estudantes estão inseridos.

A estratégia contempla as fases de planejamento, desenvolvimento e avaliação.

150
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

FASE DE PLANEJAMENTO DA PESQUISA (TEMPO PREVISTO: 8H)


Para realizar esta fase, você, docente, deve:
a) Orientar os estudantes, informando que, para pré-selecionar as profissões a serem pesquisa-
das, as equipes devem:

• consultar, minimamente, as fontes de informação referenciadas na sequência; e/ou


• buscar informações por meio da realização de entrevistas com pessoas que exerçam as
profissões; e/ou
• realizar visitas técnicas a ambientes em que as profissões são exercidas. Por exemplo,
em museus, hospitais, escolas, shoppings, portos, aeroportos, ferrovias, empresas e ór-
gãos públicos, entre outros, uma série de distintas profissões estão presentes.

O estudante deverá respeitar as regras de direito autoral13 na pesqui-


sa e na elaboração do trabalho, as boas práticas de segurança da in-
formação e os princípios éticos no uso de mídias sociais.

b) Orientar as equipes para que:

• façam a pré-seleção de, no mínimo, quatro profissões que considerem relacionadas a


cada um dos itinerários formativos do ensino médio, o que dará um total de 20 profis-
sões para cada equipe;
• apresentem aos demais grupos as profissões pré-selecionadas para que, por consenso,
seja definida uma por itinerário formativo, totalizando cinco profissões a serem pesqui-
sadas. A intenção é que aquelas definidas para uma equipe não sejam definidas para ou-
tra. Caso haja repetições de uma ou mais profissões, o docente deve incentivar os estu-
dantes a apontar outras profissões relacionadas à mesma área de atuação profissional,
por exemplo: médico, enfermeiro, técnico em enfermagem, radiologista, entre outros;
• norteiem a pesquisa de cada profissão pela caracterização do profissional, pelo con-
texto de trabalho em que está inserido, indicando, inclusive, a trajetória de formação
necessária. Para isso, seguir os itens propostos no Quadro – Pesquisa de profissões.

13 Direito autoral, direitos autorais ou direitos de autor são as denominações utilizadas para se referir ao conjunto de direitos que os
autores têm sobre suas obras intelectuais, sejam elas literárias, artísticas ou científicas. Esse direito é amparado pela Lei nº 9.610/1998, que
confere ao autor direitos patrimoniais e morais sobre sua obra.

151
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

• definam cronograma de trabalho de acordo com as datas de entrega estipuladas pelo


docente e considerando o tempo a ser destinado para:
• Levantar as informações sobre as profissões de acordo com os itens e subitens
apresentados no Quadro “Pesquisa de profissões” inserido ao final desta fase de
planejamento.
• Organizar as informações obtidas. Estas podem ser consolidadas em mapas men-
tais, painéis, mídias sociais (por exemplo, blogs, podcasts), relatórios, entre outros
(ver Apêndice D).
• Definir as entregas, com suas respectivas datas.
• Avaliar os resultados obtidos com a pesquisa e determinar seu tempo de realiza-
ção.
• Avaliar o desempenho de cada participante das equipes e determinar seu tempo
de realização.

c) Orientar o coordenador da equipe para que relate ao docente sobre o andamento do traba-
lho, as dificuldades encontradas durante a pesquisa e como foram solucionadas ou, se não
foram, que tipo de ajuda a equipe necessita.

PESQUISA DE PROFISSÕES
Título da profissão

Itinerário de formação do ensino médio em que se insere a profissão

Caracterização do profissional
O que executa no trabalho? (O que faz?)

Como executa o seu trabalho? (Como faz?)

Que recursos utiliza? (ferramentas, equipamentos, instrumentos etc.)

Em que ambiente (local) atua?

152
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Características pessoais do profissional


Quais são as características pessoais necessárias para a profissão hoje?

Quais são as características pessoais necessárias para a profissão num futuro próximo?

Contexto de trabalho em que o profissional está inserido


Situações de risco à integridade pessoal, sujeitando o profissional a:

Uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC)


Sim ____ Quais? __________
Não ____

Insalubridade
Sim ____ Quais? __________
Não ____

Periculosidade
Sim ____ Quais? __________
Não ____

Posições não ergonômicas de trabalho


Sim ____ Quais? __________
Não ____

Agentes agressores
Sim ____ Quais? __________
Não ____

Assédio
Sim ____ Quais? __________
Não ____

Acidentes de trabalho
Sim ____ Quais? __________
Não ____

153
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Doenças ocupacionais
Sim ____ Quais? __________
Não ____

Situações de risco ao meio ambiente

Geração e destinação não adequadas de resíduos


Sim ____ Quais? __________
Não ____

Uso não racional de recursos e falta de sustentabilidade


Sim ____ Quais? __________
Não ____

Contexto social
Órgãos de classe e registros profissionais

Sim ____ Quais? __________


Não ____

Setores da economia (ver Apêndice E)

Em qual setor da economia a profissão está inserida?


( ) Primário
( ) Secundário
( ) Terciário
( ) Quaternário

Setores da sociedade (ver Apêndice F)

Em qual setor da sociedade a profissão está inserida?


( ) Primeiro setor
( ) Segundo setor
( ) Terceiro setor

Tendências da profissão

Tecnologias aplicadas

154
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Empregabilidade e empreendedorismo
A profissão dá oportunidade à empregabilidade e/ou permite ações de empreendedorismo?

Trajetória de formação exigida

Se a profissão está no itinerário de formação técnica e profissional do ensino médio, indique o respectivo itinerá-
rio de formação oferecido pelo SENAI na área tecnológica.
A partir dele, indicar os cursos que você considera interessantes para essa trajetória.

Faixa salarial da profissão pesquisada

Fontes de informação profissional

Assinale com um “x” as fontes utilizadas:


( ) Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)
( ) Catálogo Nacional de Cursos Técnicos
( ) Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia
( ) InfoEscola
( ) Guia do Estudante
( ) Futura Profissão
( ) Relatórios do Fórum Econômico Mundial
( ) Informações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
( ) Informações da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
( ) Informações do Banco Mundial
( ) Entrevista com pessoas que exercem a profissão
( ) Visitas técnicas
( ) Outras: ________________________________________________________
_________________________________________________________________

Quadro 14 - Pesquisa de profissões – Etapa 2: Mundo do Trabalho


Fonte: SENAI/DN (2020)

155
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

FONTES DE INFORMAÇÃO PROFISSIONAL – ACESSO


Acesse a seguir as fontes de informações pelos sites ou por meio dos QR Codes.

Classificação Brasileira de Ocupações


Site: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/
pages/home.jsf

InfoEscola
Site: https://www.infoescola.com/

Catálogo Nacional de Cursos Técnicos


Site: http://portal.mec.gov.br/observato-
rio-da-educacao/30000-uncategorised/
52031-catalogo-nacional-de-cursos-tecni-
cos

Catálogo Nacional de Cursos Superiores


de Tecnologia
Site: http://portal.mec.gov.br/catalogo-nacio-
nal--dos-cursos-superiores-de-tecnologia-

156
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

• Guia do Estudante.
• Futura Profissão.
• Relatórios do Fórum Econômico Mundial, da Organização para a Cooperação e Desenvolvi-
mento.
• Econômico (OCDE), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Banco Mundial, entre
outros.
• Entrevista com pessoas que exerçam as profissões.
• Visitas técnicas a ambientes em que as profissões são exercidas.

FASE DE DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA (TEMPO PREVISTO: 15h)


Para realização desta fase, você, docente, deve:
a) Orientar as equipes para desenvolver a pesquisa de acordo com o planejamento e o cro-
nograma elaborados:
• levantar informações sobre as profissões, considerando os passos indicados no planeja-
mento e fazendo uso do Quadro “Pesquisa de profissões”, já apresentado;
• replanejar o trabalho de pesquisa quando a equipe considerar necessário;
• organizar as informações obtidas, consolidando-as com o uso de diferentes recursos:
• A primeira consolidação deve ser feita com o uso de mapa mental à mão livre, isto
é, sem recurso tecnológico. Para mais informações, consultar o Apêndice G.
• Num segundo momento, a consolidação deve ser realizada com o uso de outros
recursos, tais como: painéis, blogs, redes sociais, entre outros, preferencialmente
em meio digital e disponibilizado em ambiente colaborativo em nuvem.
• Caso não haja disponibilidade de aplicativos tecnológicos, as informações poderão
ser digitadas ou até mesmo manuscritas.

b) Definir e disponibilizar para os estudantes ferramentas de:


• qualidade – mapa mental, MindMeister, brainstorm, PDCA, 5S, 5W2H, entre outras;
• gerenciamento de projetos, como Trello, Evernote, KanbanFlow, entre outras;
• comunicação instantânea – Skype, Hangouts, WhatsApp, entre outras, baseadas ou não
na web.

Observação
É necessário esclarecer que a ênfase está na aplicação da ferramenta, e não na sua definição e no seu
histórico.

157
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

FASE DE AVALIAÇÃO DA PESQUISA (TEMPO PREVISTO: 06h)


Para realização desta fase, você, docente, deve:
a) Orientar as equipes a fazer a avaliação crítica dos desempenhos individuais e da equipe
durante a realização da pesquisa, considerando as ações de planejamento e desenvolvimento
do trabalho e as atribuições, e utilizando as listas de verificação (com rubricas) das capacida-
des socioemocionais a seguir apresentados: (Tempo previsto: 3h)
• avaliar o desempenho individual do participante na equipe;
• avaliar o desempenho da equipe;
• identificar possibilidades de melhoria de desempenho em trabalhos em equipe;
• consolidar os resultados da avaliação crítica individual e coletiva e incluí-los no portfólio.

b) Orientar as equipes para a realização da avaliação crítica dos resultados obtidos com a pes-
quisa sobre profissões do mundo do trabalho. Esta avaliação deve ser realizada individual-
mente, considerando: (Tempo previsto: 3h)
• as profissões com as quais o estudante se identifica;
• as profissões com as quais não se identifica;
• ambientes de trabalho nos quais gostaria de trabalhar, considerando infraestrutura e
condições;
• ambientes de trabalho nos quais não gostaria de trabalhar, considerando infraestrutura
e condições;
• com que tipo de pessoas gostaria de trabalhar;
• quais atividades gostaria de realizar;
• quais atividades não gostaria de realizar;
• o tipo de retorno que deseja do seu trabalho, considerando remuneração, valorização
profissional, visibilidade social, bem-estar e resultado social do trabalho.

c) Orientar os estudantes para que realizem as avaliações considerando também os critérios e as


listas de verificação com rubricas apresentadas ao final da 4ª estratégia.
d) Orientar os estudantes a consolidar os resultados da avaliação crítica individual e incluí-los no
portfólio.

158
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

4ª ESTRATÉGIA
APRESENTAÇÃO DAS VIVÊNCIAS DAS PROFISSÕES
Tempo previsto: 27h

Para realização desta fase, você, docente, deve:


a) Orientar os estudantes para a apresentação das vivências das profissões, de acordo com os
seguintes critérios: (Tempo previsto: 2h)
• utilizar as informações obtidas com a pesquisa de profissões realizada, tendo em vista
incentivar a disseminação das informações entre os estudantes;
• manter a equipe que realizou a pesquisa;
• escolher uma ou duas das estratégias propostas de acordo com o tempo disponível.
Para esse trabalho são bastante indicadas:
• Representação artística.
• Vídeo com representação artística.
• Roda de conversa.

Outras estratégias poderão ser propostas pelos estudantes, e cabe ao


docente avaliar sua pertinência, autorizando ou não sua execução.

Esta estratégia contempla as fases de planejamento, desenvolvimento e avaliação.

159
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

FASES DE PLANEJAMENTO E DE DESENVOLVIMENTO DAS VIVÊNCIAS DAS


PROFISSÕES (TEMPO PREVISTO: 25h)
Para realização desta fase, você, docente, deve:
a) Orientar os estudantes para que cada equipe selecione as estratégias que pretende utilizar,
considerando que as apresentações terão no máximo 20 minutos de duração e devem estar
de acordo com as seguintes exigências:
• A representação artística deve contemplar:

• No mínimo duas profissões, cada uma relacionada a um itinerário formativo do ensino


médio.
• As características mais relevantes de cada uma das profissões, considerando as fases da
pesquisa realizada: planejamento, desenvolvimento e avaliação.
• O planejamento da vivência, considerando: (Tempo previsto: 6h)
• definição do tipo de representação artística;
• elaboração do roteiro com:
• A sequência de ações a serem realizadas.
• Informações sobre a apresentação propriamente dita.
• Levantamento dos recursos necessários.
• Definição dos papéis de cada participante da equipe.
• Elaboração de cronograma com a definição do tempo de realização de cada item do
roteiro.
• O desenvolvimento da vivência de acordo com o planejamento realizado. (Tempo pre-
visto: 8h)

• Vídeo com representação artística

• Esta estratégia exige planejamento e desenvolvimento, devendo obedecer à mesma se-


quência da representação artística. No entanto, deve ser adaptada para as exigências da
realização de um vídeo com qualidade (iluminação, áudio, enquadramento).
• O vídeo da representação artística deve ser protagonizado, filmado e editado pela equipe.
• A carga horária para planejamento e desenvolvimento é a mesma proposta para a vi-
vência anterior – representação artística. (Tempo previsto: 6h e 8h, respectivamente)

• Roda de conversa

• A roda de conversa deve ser planejada e desenvolvida como as propostas abordadas


acima.
• O planejamento e o desenvolvimento devem ser realizados conforme segue: (Tempo
previsto: 14h)
• Definição da profissão a ser apresentada.
• Identificação do profissional a ser convidado.
• Convite ao profissional identificado.
• Elaboração do roteiro da roda de conversa, incluindo:

160
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

• definição das questões que balizarão a conversa, de acordo com as fases do


planejamento da pesquisa;
• definição da dinâmica a ser aplicada durante a conversa;
• definição e aprovisionamento dos recursos necessários;
• definição dos papéis de cada participante da equipe – um mediador e debate-
dores, podendo incluir toda a turma neste último papel.
• Elaboração de cronograma com a definição do tempo de realização de cada item da
preparação e também da apresentação.

Observação
A reincidência da estratégia de roda de conversa em mais de uma equipe exigirá a contemplação de
profissionais de distintos itinerários formativos do ensino médio.

b) Orientar aos estudantes que as apresentações das profissões ou vivências são a culminân-
cia das fases de planejamento e desenvolvimento desta estratégia, daí a sua relevância
para demonstrar a qualidade do trabalho em equipe.
c) Reforçar para os estudantes que o tempo total previsto para as apresentações é de 4h,
devendo cada equipe dispor de 20 minutos. Se o número de equipes for maior, o tempo
disponível poderá ser ajustado.
d) Orientar as equipes para que realizem a apresentação de acordo com o que foi planejado e
desenvolvido.

FASES DE AVALIAÇÃO DAS VIVÊNCIAS DAS PROFISSÕES


Para realização desta fase, você, docente, deve:
a) Orientar os estudantes para que realizem a avaliação crítica dos desempenhos individuais
e da equipe considerando as ações de planejamento, desenvolvimento e apresentação das
vivências: (Tempo previsto: 5h)

• avaliar o desempenho individual do participante na equipe, considerando as atribui-


ções definidas;
• avaliar o desempenho da equipe, considerando as atribuições definidas;
• identificar possibilidades de melhoria de desempenho em trabalhos em equipe;
• consolidar os resultados da avaliação crítica individual e coletiva e incluí-los no portfólio.

b) Orientar os estudantes para que, ao final da atividade, realizem a avaliação crítica individual
dos resultados obtidos com a realização das vivências das profissões do mundo do trabalho,
considerando as fases de planejamento, desenvolvimento e apresentação. (Tempo previsto: 2h)
c) Orientar os estudantes para que realizem as avaliações considerando os critérios de avaliação
e as listas de rubricas apresentadas:

161
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Critérios de Avaliação
Capacidades Critérios de avaliação

• Aceita as características pessoais dos participantes da equipe.


• Acata as ideias propostas pelos participantes da equipe para discussão.
Atuar em equipes de • Acata as orientações dadas pelo docente.
forma colaborativa, res-
• Acata as orientações dadas pelo coordenador da equipe.
peitando as diferenças
individuais e os níveis • Contribui para o alcance dos objetivos da equipe.
hierárquicos. • Avalia criticamente os desempenhos individuais e da equipe de acordo com critérios esta-
belecidos.
• Dá feedback aos seus pares tendo em vista a melhoria de desempenho.

Demonstrar conduta de • Realiza atividades dentro dos prazos estabelecidos.


comprometimento em
• Cumpre suas atribuições na equipe.
suas atividades pessoais
e profissionais. • Auxilia demais participantes da equipe em suas atividades.

• Seleciona ferramenta de produtividade a ser utilizada na atividade.


• Utiliza a ferramenta de produtividade de acordo com suas funcionalidades.
Empregar ferramentas
• Seleciona ferramenta de colaboração a ser utilizada na atividade.
de produtividade, cola-
boração, comunicação, • Utiliza a ferramenta de colaboração de acordo com suas funcionalidades.
recursos da web e suas • Seleciona ferramenta de comunicação a ser utilizada na atividade.
funcionalidades, visando • Utiliza a ferramenta de comunicação de acordo com suas funcionalidades.
à melhoria ou à criação • Seleciona recursos da web a serem utilizados na atividade.
de processos, produtos
• Utiliza recursos da web de acordo com suas funcionalidades.
ou serviços.
• Cita a fonte dos materiais pesquisados e utilizados na pesquisa.
• Utiliza boas práticas de segurança da informação no uso de ferramentas da web.

• dentifica o contexto das profissões.


Identificar as caracte- • Identifica as características dos profissionais e das profissões.
rísticas das profissões,
• Identifica a trajetória de formação exigida pelas profissões.
considerando áreas e
segmentos profissionais. • Identifica as tendências futuras das profissões.
• Identifica a faixa salarial das profissões.

Quadro 15 - Critérios de Avaliação – Etapa 2: Mundo do Trabalho – Pesquisa de profissões


Fonte: SENAI\DN (2020)

162
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M Ó D U LO M U N D O D O T R A B A L H O

LISTA DE VERIFICAÇÃO COM RUBRICAS


Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Autonomia
Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
Busca outras fontes Busca esponta-
Não busca outras Propõe novas
para estudo e neamente outras
fontes para estudo fontes para estudo
Autodidatismo pesquisa além das fontes para estudo
e pesquisa além das e pesquisa além das
fornecidas em aula, e pesquisa além das
fornecidas em aula. fornecidas em aula.
se demandado. fornecidas em aula.

Relaciona o
Relaciona o desem-
Não é capaz de Descreve o desem- desempenho
penho demonstra-
descrever o que penho demonstra- demonstrado com
Autoavaliação do com um ideal
se espera do seu do sem relacioná-lo o ideal desejável,
desejável, sem usar
desempenho. com um referencial. descrito no perfil de
um referencial.
referência.

Tem dificuldades Argumenta em fa-


Resiste teimosa- para argumentar vor de sua postura Adota novas posi-
mente às mudanças em favor da sua tentando adequar ções e ou pontos
Flexibilidade e não aceita pontos postura, mas não pontos de vista de vista diferentes
de vista diferentes aceita pontos de diferentes do seu à em consenso com a
do próprio. vista diferentes do sua própria forma equipe.
próprio. de se expressar.

Entende a relação
Rejeita as conse- Julga que as
causa-efeito entre Entende a relação
quências das suas consequências são
Responsabili- suas escolhas, mas causa-efeito e assu-
escolhas e busca injustas e busca
dade não assume conse- me consequências
culpar outra pessoa por desculpas e ou
quências de suas de suas decisões.
e ou circunstância. justificativas.
decisões.

Quadro 16 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Autonomia


Fonte: SENAI/DN (2020)

163
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Trabalho em Equipe


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
A maior parte do Mantém-se consis-
Raramente se dedica Algumas vezes se
tempo se dedica a tentemente dedi-
Foco na ativi- a executar as ativi- dedica a executar as
executar as ativi- cado a executar as
dade dades e realizar as atividades e realizar
dades e realizar as atividades e realizar
entregas. as entregas.
entregas. as entregas.

Executa as partes que Executa a sua parte Executa a sua parte


Deixa que outros
Comprometi- lhe cabem somente na atividade, com na atividade e incen-
façam as partes que
mento quando cobrado pela boa vontade e com tiva os outros partici-
lhe cabem.
equipe. responsabilidade. pantes da equipe.

Raramente entrega
Entrega as atividades
Cumprimento Não entrega as ativi- atividades após o Entrega as atividades
sempre após o prazo
de prazo dades. prazo previsto, e no prazo previsto.
previsto e justifica.
sempre justifica.

Participa das dis-


Não participa de Participa ativamente Inicia e ou propõe
cussões somente
discussões. das discussões. discussões.
quando solicitado.

Raramente se man- Sempre se mantém


Não se mantém no Às vezes se desvia do
tém no tema das no tema das discus-
tema das discussões. tema das discussões.
discussões. sões.

Raramente respeita Às vezes respeita Sempre respeita


Não respeita a vez
a vez dos outros a vez dos outros a vez dos outros
Relacionamento dos outros falarem.
falarem. falarem. falarem.
interpessoal
Presta atenção na Sempre escuta com
Nunca dá atenção à Raramente dá aten-
fala de colegas e/ou atenção a fala de
fala dos colegas e/ou ção à fala dos colegas
do docente só quan- colegas e/ou do
do docente. e/ou do docente.
do é advertido. docente.

Interage com os par- Promove interação


Não interage com Interage habitual-
ticipantes da equipe com os participantes
os participantes da mente com os parti-
somente quando da equipe e/ou com
equipe. cipantes da equipe.
solicitado. demais equipes.
Quadro 17 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Trabalho em Equipe
Fonte: SENAI/DN (2020)

164
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M Ó D U LO M U N D O D O T R A B A L H O

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Resolução de problemas


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
Identifica problemas
Não identifica pro- Identifica, às vezes, em contextos defini-
Identifica problemas
Identificação de blemas em contextos problemas em dos e previsíveis, e, às
em contextos diver-
problemas definidos e previsí- contextos definidos e vezes, em contextos
sos e imprevisíveis.
veis. previsíveis. diversos e imprevi-
síveis.

Identificação
Identifica sempre as
das causas de
Identifica, às vezes, as causas de problemas Identifica as causas
problemas de Não identifica as cau-
causas de problemas simples e, às vezes, de problemas sim-
diferentes níveis sas de problemas.
simples. de problemas com- ples e complexos.
de complexi-
plexos.
dade

Propõe soluções para


Proposição de Propõe, às vezes, Propõe soluções para
Não propõe soluções problemas simples e,
soluções aos soluções para proble- problemas simples e
a problemas. às vezes, para proble-
problemas mas simples. complexos.
mas complexos.

Coloca em prática
Coloca em práti-
Implementação Não coloca em Coloca em prática, às soluções para pro-
ca soluções para
de soluções dos prática soluções dos vezes, soluções para blemas simples e, às
problemas simples e
problemas problemas. problemas simples. vezes, para proble-
complexos.
mas complexos.

Avalia a efetividade
Avalia a efetividade
Não avalia a efetivi- Avalia, às vezes, a da solução que
Avaliação dos da solução que
dade da solução dos efetividade da solu- foi implantada aos
resultados da foi implantada aos
problemas que foi ção implantada para problemas simples e,
solução problemas simples e
implantada. problemas simples. às vezes, aos proble-
complexos .
mas complexos.

Quadro 18 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Resolução de Problemas


Fonte: SENAI\DN (2020)

165
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

ENTREGA FINAL DA ETAPA MUNDO DO TRABALHO – RESULTADOS


Entrega Final da Etapa Mundo do Trabalho – Resultados
Atividade 1 – Raciocínio Lógico:

• Desafio1.
• Desafio 2.
• Desafio 3.
• Desafio 4.
• Autoavaliação.
• Avaliação da equipe.
• Avaliação crítica individual dos resultados obtidos.

Atividade 2 – Pesquisa e Vivência das Profissões:

• Pesquisa de profissões:
Portfólio
• tabela das profissões preenchida;
• mapa mental;
• aplicação de algum outro recurso ou aplicativo (opcional).
• Vivência das Profissões – apresentação:
• representação artística; ou
• vídeo de representação artística; ou
• roda de conversa;
• resultados das fases de planejamento e desenvolvimento;
• fotos e/ou vídeos das apresentações.
• Autoavaliação.
• Avaliação da equipe.
• Avaliação crítica individual dos resultados obtidos.

Quadro 19 - Entrega final da Etapa 2: Mundo do Trabalho


Fonte: SENAI/DN (2020)

Concluída esta etapa, a seguir você terá as informações necessárias para desenvolver com seus estu-
dantes a etapa Projeto de Vida e Carreira.

166
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

7.3 PROJETO DE VIDA E CARREIRA


A etapa de Autoconhecimento levou os estudantes a conhecer seus valores e crenças, talentos e ha-
bilidades, planos e sonhos e inclinações profissionais. Já a etapa do Mundo do Trabalho permitiu-lhes
obter conhecimentos a respeito das diferentes profissões presentes nas áreas de conhecimento de
linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnolo-
gias, ciências humanas e sociais aplicadas e formação técnica e profissional. Agora, a vivência em
ambas auxiliará os estudantes no desenvolvimento de um projeto de vida e carreira.
Esta etapa, Projeto de Vida e Carreira, contempla uma carga horária de 55 horas e tem como propósito
desenvolver as seguintes capacidades:

• Estabelecer relação entre a formação escolar e a construção da sua


carreira profissional.
• Avaliar as oportunidades de desenvolvimento e crescimento pro-
fissional, considerando o próprio potencial, o mundo do trabalho e
as necessidades de investimento na formação.
• Estabelecer objetivos e metas profissionais, avaliando as condições
e os recursos necessários para seu alcance.

Desse modo, reiterando, esta etapa será desenvolvida considerando o seguinte contexto:

167
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

A adolescência é um período de descobertas, transformações e dúvidas, muitas delas


relacionadas com o futuro profissional. Além disso, para o jovem torna-se angustiante
decidir seu futuro, considerando um cenário de tantas mudanças tecnológicas, acres-
cidas daquelas que percebe em si mesmo à medida que vai construindo a própria per-
sonalidade, definindo suas preferências e identificando habilidades, limites e ameaças.
Ao participar das etapas de Autoconhecimento e do Mundo do Trabalho, o jovem teve
a oportunidade de se conhecer e de conhecer as oportunidades disponíveis no merca-
do de trabalho no qual deverá se inserir.
Na etapa que se inicia agora, o estudante terá a oportunidade de construir o seu pro-
jeto de vida e carreira levando em consideração suas características pessoais e as exi-
gências da profissão escolhida.
Cabe observar que a escolha da profissão não é definitiva e que o estudante precisa
aprender a analisar os cenários envolvidos sempre que houver oportunidade ou ne-
cessidade de rever as suas escolhas. A escolha consciente minimiza os riscos de defini-
ções inadequadas e permite ao estudante tentar conciliar suas preferências pessoais
com as necessidades relacionadas à subsistência.

A proposta para realização desta etapa também está sustentada pela Metodologia SENAI de Educa-
ção Profissional, sendo desenvolvidas capacidades por meio de situações desafiadoras. Para tanto, é
importante que você, docente, utilize os materiais referenciados e siga as orientações gerais descritas
neste roteiro.
O Quadro a seguir descreve os conhecimentos relacionados a cada capacidade a ser desenvolvida,
assim como os resultados esperados e as estratégias a serem utilizadas. Você, docente, deve utilizar
essas informações como referência para desenvolver as atividades propostas.

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M Ó D U LO M U N D O D O T R A B A L H O

MUNDO DO TRABALHO

Objetivo geral: Desenvolver capacidades profissionais e de autoconhecimento que propiciem a tomada de decisão, que resulte em um projeto pessoal de vida e carreira.

ETAPA 3– PROJETO DE VIDA E CARREIRA

Capacidades Conhecimentos Atividades Estratégias Resultados esperados

Estabelecer relação entre • Estágio: objetivo, possibilidades, legislação.


a formação escolar e a • Programa Jovem Aprendiz.
construção da sua carrei- • Programas de trainee. • Formação profissional.
ra profissional. • Fontes de fomento para estudos no exterior. • A importância do planejamento da vida e da carreira.
• Conflito entre gerações.
• Cursos profissionalizantes: técnicos, superiores de Projeto de Vida e • Educação financeira.
Avaliar as oportunidades
tecnologia, bacharelados e licenciaturas. Carreira
de desenvolvimento e • Chapéu Interplanetário.
crescimento profissional, • Cursos de qualificação, aperfeiçoamento e extensão.
• Competências do profissional do futuro.
considerando o próprio • Pós-graduação: especialização, mestrado, doutorado,
• Um passo de cada vez.
potencial, o mundo do pós-doutorado.
• Desenvolvimento do Plano de Vida e Carreira. Portfólio com problemas
trabalho e as necessida- • Cursos de idiomas.
des de investimento na do cotidiano solucionados,
• Carreira militar.
própria formação. com aplicação da lógica de
• Planejamento pessoal, financeiro e profissional. programação.
• Preparação para inserção no mundo do trabalho.
• Construção do currículo.
• Redes de relacionamento e LinkedIn.
Estabelecer objetivos • Planejamento profissional.
• Design thinking.
e metas profissionais, • Fontes de financiamento: recursos próprios, governa-
Preparação para o • Estratégias para encontrar vagas de emprego.
avaliando as condições e mentais, instituições financeiras, fundações, bolsas de
Trabalho • Entrevista de emprego e documentos legais para o
os recursos necessários estudos, entre outras.
para seu alcance. trabalho.
• Preparação para o trabalho.
• Dinâmica de grupo.
• Como eu me vejo daqui a cinco anos.
• Autoavaliação da equipe.

Quadro 20 - Etapa 3: Projeto de Vida e Carreira


Fonte: SENAI/DN (2020)

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Fonte: SENAI/DN (2020)

Procurar manter o desenvolvimento das estratégias propostas para


esta Etapa de Projeto de Vida e Carreira na sequência em que aparecem,
uma vez que foram planejadas para que os estudantes alcancem a culminância de suas
vivências na realização de âncoras de carreira. No entanto, se for inevitável a alteração
da sequência, esta pode ser realizada entre a terceira e a penúltima estratégia, de modo
que âncoras de carreira seja sempre a estratégia final. Ademais, deve ficar claro para
você, docente, que a inversão da sequência entre estratégias só pode ser realizada no
interior de uma mesma etapa e jamais entre etapas.
• Verificar a disponibilidade e o funcionamento dos recursos didáticos e físicos.
• Testar previamente os links indicados para serem empregados como materiais
didáticos.
• Selecionar outros links ou materiais didáticos (alternativos, opcionais ou com-
plementares).
• Incentivar o estudante a atuar em equipes de forma colaborativa e a demons-
trar conduta de comprometimento com as atividades a serem realizadas.
• Maximizar a utilização das tecnologias relacionadas às ferramentas de produ-
tividade, colaboração, comunicação e recursos da web sempre que possível.
Quando isso não for possível, fazer uso de técnicas diferenciadas que priorizem
a participação ativa do estudante, tendo em vista a interação com seus pares e
a construção do conhecimento.
• Dar ênfase à mediação da aprendizagem e à avaliação formativa durante todas
as fases de desenvolvimento das atividades.
• Considerar, na avaliação somativa, os resultados dos estudantes descritos para
cada atividade.
• Promover um ambiente motivador e agradável, em que o estudante seja o pro-
tagonista no processo de aprendizagem. A mediação, a contextualização e a
interdisciplinaridade são bases da Metodologia SENAI de Educação Profissio-
nal que devem estar presentes no processo de ensino e aprendizagem. O uso
de estratégias para manter os estudantes atentos, ativos e motivados deve ser
considerado, levando em conta sua individualidade e seu progresso.

Conheça, a seguir, a Situação Desafiadora desta etapa.

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

A adolescência é um período de descobertas, trans-


formações e dúvidas, muitas delas relacionadas com
o futuro profissional. Para o estudante torna-se an-
gustiante decidir sobre esse futuro, considerando um cenário de tantas mudanças tec-
nológicas, além daquelas que percebe em si mesmo à medida que vai construindo a
própria personalidade, suas preferências e habilidades, limites e ameaças.
Ao participar das etapas de Autoconhecimento e do Mundo do Trabalho, você, estu-
dante, teve a oportunidade de se conhecer e de conhecer as oportunidades disponíveis
no mercado de trabalho no qual deverá se inserir. Na etapa que se inicia agora, você terá
a oportunidade de construir o seu projeto de vida e carreira levando em consideração
suas características pessoais e as exigências da profissão escolhida.
Cabe observar que a escolha da profissão não é definitiva e que você precisa aprender
a analisar os cenários envolvidos sempre que houver oportunidade ou necessidade de
rever as suas escolhas.
A escolha consciente minimiza os riscos de definições inadequadas e lhe permite tentar
conciliar suas preferências pessoais com as necessidades relacionadas à subsistência.
Sendo assim, agora que você já possui conhecimentos a respeito de si mesmo e do
mundo do trabalho, vai ter a oportunidade de realizar atividades que lhe permitirão:

• Estabelecer relação entre a formação escolar e a construção


da sua carreira profissional.
• Avaliar as oportunidades de desenvolvimento e crescimento
profissional, considerando o próprio potencial, o mundo do
trabalho e as necessidades de investimento na própria forma-
ção.
• Estabelecer objetivos e metas profissionais, avaliando as con-
dições e os recursos necessários para seu alcance.

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MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

1 - PROJETO DE VIDA E CARREIRA

Para realizar esta atividade, você, docente, deve:

ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
a) Incentivar o estudante a refletir acerca dos seus objetivos profissionais por meio da definição
de metas e ações para alcance dos seus sonhos. Desse modo, se você, docente, considerar
pertinente a adaptação de alguma estratégia, deverá ter sempre como referencial as capaci-
dades presentes nesta etapa.
b) Informar os estudantes sobre o tempo que têm para realizar a atividade, incentivando-os a
administrá-lo.
c) Orientar os estudantes a formar equipes sempre que necessário para o desenvolvimento de
estratégias, com a definição de papéis e atribuições de cada participante. Cabe lembrar que
integrantes da equipe assumem papéis de participante e/ou de coordenador.

• Considerar que os participantes possuem as seguintes atribuições:

• participar da definição do coordenador da equipe, em consenso com os demais parti-


cipantes;
• acatar as decisões tomadas em equipe e respeitar o papel da coordenação;
• identificar e administrar, de forma ética, conflitos que surgirem durante a realização do
trabalho em equipe;
• reportar ao coordenador a existência de conflitos não solucionados;
• planejar as atividades a serem realizadas de acordo com as informações dadas por você,
docente;
• desenvolver as atividades de acordo com o planejado;
• propor à equipe ações de replanejamento, quando considerar necessário;
• organizar, em equipe, as informações obtidas;
• avaliar os resultados obtidos com as atividades, considerando a proposta de trabalho;
• avaliar o seu desempenho como participante da equipe;
• avaliar, na equipe, o desempenho dos demais participantes, dando-lhes feedback.

• Já o coordenador, que acumula a função de participante, possui as seguintes atribuições:

• identificar e administrar, de forma ética, os conflitos que surgirem na equipe;

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

• reportar ao docente, de forma ética, a existência de conflitos não solucionados na equipe;


• envidar esforços para que as atividades sejam realizadas de acordo com o planejado e/
ou o replanejado;
• avaliar com a equipe o andamento das atividades e reportá-las a você, docente;
• buscar em você, docente, esclarecimentos ou colaboração sempre que necessário para
o desempenho da equipe.

d) Desenvolver as estratégias de ensino e aprendizagem na seguinte sequência:

• Formação profissional: o estudante identifica as diversas possibilidades de formação


profissional existentes e as características de cada uma delas.
• A importância do planejamento da vida e da carreira: o estudante identifica a impor-
tância do planejamento de sua vida e carreira.
• Conflito entre gerações: o estudante identifica as características das gerações dos baby
boomers, X, Y e Z, propondo estratégias para minimizar os conflitos que possam ocorrer
entre elas.
• Educação financeira: o estudante planeja seu futuro financeiro, conhecendo as noções
de consumo consciente, gerenciamento de dívidas, planejamento de finanças pessoais
e investimento financeiro.
• Chapéu Interplanetário: o estudante compreende a importância do planejamento
para a execução de metas e a construção da carreira.
• Competências do profissional do futuro: o estudante identifica as competências exi-
gidas no mercado de trabalho, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, e as
formas de desenvolvê-las.
• Um passo de cada vez: o estudante compreende que as conquistas ocorrem dentro do
seu devido tempo.
• Desenvolvimento do Plano de Vida e Carreira: o estudante deve construí-lo com a
utilização de um mapa de vida e carreira.
• Preparação para inserção no mundo do trabalho: o estudante deve compreender os
passos necessários para a conquista do emprego.
• Construção do currículo: o estudante deve saber elaborar um currículo de forma atra-
ente e que relate suas competências e habilidades.
• Redes de relacionamento e LinkedIn: o estudante deve saber fazer seu perfil na ferra-
menta LinkedIn e utilizá-la adequadamente.
• Design thinking: o estudante desenvolve a solução para um problema que cause des-
conforto para ele e para outras pessoas fazendo uso da metodologia design thinking.
• Estratégias para encontrar vagas de emprego: o estudante deve conhecer as estraté-
gias para encontrar uma vaga de emprego, levando em consideração os aspectos abor-
dados nas estratégias anteriores
• Entrevista de emprego e documentos legais para o trabalho: o estudante deve ser
orientado quanto ao comportamento adequado para a entrevista de emprego.
• Dinâmica de grupo: o estudante deve ser orientado quanto ao comportamento ade-
quado em uma dinâmica de grupo, parte integrante de processos seletivos para a con-
quista de um emprego.

173
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

e) Dar ênfase à mediação da aprendizagem e à avaliação formativa durante o desenvolvimento


das estratégias, de acordo com o quadro de critérios de avaliação e as listas de rubricas apre-
sentados no final desta etapa.
f) Considerar na avaliação somativa o portfólio construído pelos estudantes com os resultados
das estratégias de ensino e aprendizagem realizadas.

7.3.1 ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

1ª ESTRATÉGIA
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Tempo previsto: 05h

OBJETIVO
Esta primeira estratégia de ensino e aprendizagem tem como objetivo estabelecer a relação entre a
formação escolar e a construção da própria carreira.

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Propor à turma a realização de um jogo de perguntas e respostas a respeito de:

• Lei do Estágio.
• Programa Jovem Aprendiz.
• Programas de trainee.
• Possibilidades de formação com:
• cursos técnicos;
• cursos superiores de tecnologia;
• bacharelados;
• licenciaturas;
• pós-graduações (lato sensu e stricto sensu);
• qualificação e aperfeiçoamento;
• carreira militar.

b) Disponibilizar materiais físicos para pesquisa dos estudantes acerca das formações, conforme
fontes de informação profissional citadas na Pesquisa de Profissões (etapa Mundo do Traba-
lho), caso não seja possível o acesso à internet.
c) Informar aos estudantes que as perguntas estão minimamente relacionadas a:

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

• idade mínima;
• objetivos dos cursos;
• instituições ofertantes;
• requisitos para ingresso.

d) Dividir a turma em equipes de cinco estudantes, que deverão se preparar para responder às
perguntas das demais equipes, organizando o material de apoio que considerarem adequado.
e) Orientar os estudantes a usar alguma ferramenta virtual, como Kahoot!, quizz ou outra, que
considerarem adequada para desenvolvimento do jogo. Prever no planejamento da aula o
tempo para que os estudantes pesquisem a respeito da ferramenta selecionada.

Caso não haja disponibilidade dos recursos necessários para realização da atividade acima,
ela pode ser adaptada da seguinte forma:

a) Organizar os estudantes em círculo e disponibilizar um sino (ou outro objeto que con-
sidere adequado) no meio do círculo, de forma que todos fiquem à mesma distância do
objeto.

b) Orientar os estudantes, informando que:


• você, docente, lerá a pergunta;
• a equipe que tocar o sino (ou objeto selecionado pelo docente) primeiro terá
direito a responder à pergunta;
• caso a equipe responda de forma incorreta, os integrantes retornam aos seus
lugares;
• você, docente, dá um sinal já combinado para que a competição se repita;
• a equipe ganha três pontos a cada acerto, e a cada resposta errada perde um
ponto, existindo a possibilidade de ficar com pontuação negativa;
• você, docente, anota a pontuação das equipes;
• a equipe com maior pontuação ganha a competição;
• as equipes podem ser premiadas com adesivos autocolantes no formato de
estrelas para os estudantes utilizarem nos seus portfólios.

f) Organizar o jogo de modo que as equipes participem no mínimo com três perguntas e três
respostas, considerando o tempo disponível para realização da atividade.

175
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

g) Finalizar a estratégia estimulando a reflexão a respeito da importância de conhecer as possi-


bilidades de formação existentes para uma escolha profissional consciente.

MATERIAIS • Computadores com acesso à internet (caso haja


NECESSÁRIOS: disponibilidade dos recursos).
• Sino ou objeto similar (caso a opção seja a segunda
alternativa de atividade).

2ª ESTRATÉGIA
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DA VIDA
E DA CARREIRA
Tempo previsto: 01h

OBJETIVO
Esta segunda estratégia de ensino e aprendizagem tem como objetivo levar os estudantes a conscien-
tizar-se a respeito da importância do planejamento da vida e da carreira.

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Avaliar os vídeos indicados a seguir e, considerando a realidade dos estudantes, selecionar o
mais adequado:

• Vídeo “Vida Maria” (disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yFpoG_


htum4): conta a história da Maria José, uma menina do sertão cearense que, quando
criança, estava aprendendo a ler e foi obrigada a abandonar os estudos para ajudar nos
trabalhos domésticos. Com o passar do tempo, Maria José se casa, tem filhos e repete o
comportamento da própria mãe, reproduzindo com sua filha Maria de Lurdes as mes-
mas exigências às quais foi submetida, impondo que ela pare de estudar para ajudar nos
serviços da casa. O caderno que foi usado por Maria José e Maria de Lurdes para exer-
citar a escrita dos seus nomes também foi usado por Maria Aparecida, Maria de Fátima,
Maria das Dores, Maria da Conceição e Maria do Carmo, outras Marias da família que
tiveram o mesmo destino: abandonar os estudos para cuidar dos afazeres domésticos.

176
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

• Vídeo “E como vai sua motivação? – Planejamento de carreira” (disponível em: ht-
tps://www.youtube.com/watch?v=WPtXm3FtSbs – sugerimos parar no minuto 5:45):
desfaz alguns mitos em relação à motivação e ressalta a importância da automotivação,
estimulando propor metas pessoais, com dicas para o alcance dos resultados. Abordan-
do o erro como uma oportunidade de melhoria, estimula que a pessoa seja protagonista
da própria vida. Associa vida saudável à motivação e à conquista dos resultados, citando
exemplos relacionados a currículo, rede de relacionamentos e planejamento de carreira.

b) Realizar a apresentação do vídeo aos estudantes.


c) Realizar questionamentos com os estudantes com o intuito de levá-los a fazer uma autor-
reflexão acerca do que desejam para o futuro. As seguintes perguntas são balizadoras para
discussão (não se limitando a apenas estas):

• Vídeo “Vida Maria”:


• O que mais chamou a atenção no vídeo?
• Qual a relação entre a situação da Maria e a situação atual dos estudantes?
• O que poderia ser diferente na vida de Maria?

• Vídeo “E como vai sua motivação? – Planejamento de carreira”:


• O que mais chamou a atenção no vídeo?
• Por que não devemos depender de outras pessoas ou situações para nos motivar-
mos?
• O que fazer quando algo dá errado em nossa vida?

d) Ressaltar para os estudantes que o fato de estarem fazendo um curso técnico integrado ao
ensino médio já é um diferencial para a construção de sua carreira profissional, mas que o
investimento na educação deve ser contínuo ao longo da vida para que se mantenham com-
petitivos no mercado de trabalho. Se considerar adequado, você, docente, pode apresentar
aos estudantes o índice de empregabilidade dos cursos técnicos do SENAI.
e) Suscitar a reflexão dos estudantes por meio das seguintes perguntas:
• O que você quer para o futuro?
• O que é necessário para alcançar esse objetivo?

f) Orientar os estudantes a responder os questionamentos acima elencados escrevendo uma


carta ou gravando um vídeo em que informem o que querem para o futuro, como se estives-
sem conversando com o seu “eu do futuro”.
g) Sugerir que guardem o material e o resgatem no final do 3º ano do ensino médio.
h) Identificar as convergências e as divergências nas respostas aos questionamentos, formando
um círculo com a turma.
i) Formar grupos com as convergências para ampliar a discussão sobre escolhas futuras e alcan-
ce de objetivos. A equipe formada deverá construir um esboço de planejamento para alcance
dos objetivos em comum.

177
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

j) Explanar sobre a importância do planejamento para alcance dos objetivos pessoais e profis-
sionais. Devem ser abordadas as definições de planejamento de ações e de estabelecimento
de metas.
k) Planejar em conjunto com os estudantes a realização de uma visita técnica, ou mesmo simu-
lar o planejamento de uma viagem, um evento na escola ou uma festa de aniversário, tendo
em vista a aplicação das definições acima, de modo a torná-las conceitos apreendidos por
eles. Havendo disponibilidade de recursos, organizar a visita técnica ou evento em conjunto
com outras unidades curriculares, construindo um projeto integrador que permita exercitar a
competência do planejamento.
l) Finalizar a estratégia, estimulando os estudantes a refletir a respeito dos aprendizados obtidos.

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Um dos vídeos disponíveis nos links a seguir (a ser
selecionado por você, docente):
• “Vida Maria”: https://www.youtube.com/
watch?v=yFpoG_htum4.
• “E como vai sua motivação? – Planejamento
de carreira”: https://www.youtube.com/
watch?v=WPtXm3FtSbs.

Para realização da próxima estratégia, Conflito entre gerações, você, docente, deve
orientar os estudantes a: (1h)

• formar equipes de até quatro participantes para que entrevistem profissionais


com idade acima de 24 anos com os quais tenham algum contato (pode ser um
familiar ou alguém que esteja relacionado a uma profissão na qual os participan-
tes da equipe tenham interesse);
• planejar a entrevista com base nas questões disponíveis no Anexo D;
• realizar a entrevista em atividade extraclasse, anotando as respostas do entrevis-
tado. Pode-se sugerir também que a entrevista seja gravada, desde que haja o
consentimento do entrevistado.

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

3ª ESTRATÉGIA
CONFLITO ENTRE GERAÇÕES
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
Esta terceira estratégia de ensino e aprendizagem tem como objetivo levar os estudantes a lidar com
os conflitos existentes entre as gerações no mercado de trabalho.

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Resgatar as informações obtidas nas entrevistas realizadas pelos estudantes.
b) Orientar os estudantes a identificar a que geração pertence o entrevistado, com base em suas
respostas.
c) Solicitar que as equipes pesquisem a respeito das características da geração do entrevistado,
considerando:

• Tipo de geração do entrevistado.


• Características da geração.
• Problemas citados pelo entrevistado na relação com as gerações Z e Y (esta também
chamada de millennials).

d) Exibir o vídeo “O que são as gerações X, Y, Z, W, alfa, baby boomer???”, disponível no link:
https://www.youtube.com/watch?v=32BkEpexfjg (sugerimos parar no minuto 6:29).
e) Suscitar discussão na equipe a respeito de como as gerações Z e Y são percebidas no mercado
de trabalho e como lidar com as diferenças entre as gerações.
f) Solicitar que as equipes discutam estratégias para lidar com as diferentes gerações existentes
no mercado de trabalho.
g) Orientar que produzam um vídeo de três a cinco minutos, que pode ser gravado no celular
dos próprios estudantes ou, havendo disponibilidade de recursos, pode ser feito a partir de
animações na ferramenta on-line Powtoon ou em outra a que os estudantes tenham acesso.

179
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Caso não haja disponibilidade dos recursos citados, os estudantes po-


derão organizar uma representação artística para apresentar o resul-
tado da discussão, devendo-se lembrá-los de que já realizaram uma
estratégia semelhante na etapa Mundo do Trabalho.

h) Solicitar que as equipes apresentem o vídeo produzido (ou representação artística) ao grande
grupo.
i) O vídeo deverá ser anexado ao portfólio.

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Vídeo disponível no link: https://www.youtube.com/
watch?v=32BkEpexfjg.
• Computadores com acesso à internet (caso haja
disponibilidade de recursos).
• Materiais para pesquisa a respeito das características das
gerações, caso não seja possível pesquisar na internet
(disponível em: http://www.segmentopesquisas.com.br/
blog/2019/5/24/as-geracoes-e-suas-caracteristicas).
• Roteiro de entrevista (Anexo D – Conflito entre
gerações) disponibilizado aos estudantes na aula
anterior ao desenvolvimento desta estratégia.

180
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

4ª ESTRATÉGIA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Tempo previsto: 05h

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é auxiliar os estudantes a planejar seu futuro
financeiro, conhecendo as noções de consumo consciente, gerenciamento de dívidas, planejamento
de finanças pessoais e investimento financeiro.

Para realização desta atividade, você, docente, deve:


a) Orientar os estudantes em relação aos objetivos da atividade e apresentar o vídeo “Educação
financeira de jovens – Jornal Futura – Canal Futura”, disponível no link: https://www.youtube.
com/watch?v=_gbE3dHOp_Q.
b) Questionar os estudantes em relação ao que viram no vídeo, estimulando-os a debater a res-
peito do tema apresentado.
c) Orientar os estudantes a formar equipes de quatro participantes. Cada equipe deverá pesqui-
sar a respeito de um dos temas a seguir, podendo ser repetidos nas equipes:

• Função do dinheiro: de onde veio, para que serve, como se apresenta (incluindo moe-
das eletrônicas), valor do dinheiro (inflação), juros.
• Consumo consciente: diferença entre desejos e necessidades, pesquisa de preços, mo-
dalidades de crédito (empréstimo e financiamento).
• Gerenciamento de dívidas: inadimplência, endividamento, cartão de crédito, cheque
especial, cuidados com promoções e descontos tentadores.
• Planejamento das finanças pessoais: receitas e despesas, planilha de orçamento do-
méstico, planejamento das finanças familiares.
• Investimento financeiro: controle dos gastos, formas de investimento, investimentos
de risco, poupança, seguros.

d) Orientar os estudantes a preparar para os colegas uma apresentação que reflita as informa-
ções coletadas durante a pesquisa, incluindo dicas de como colocar em prática o conheci-
mento que estão adquirindo. A apresentação pode ser virtual, um vídeo ou mesmo uma re-
presentação artística, dependendo dos recursos disponíveis.
e) Manter as equipes formadas anteriormente e orientar os estudantes a ler o artigo “Movimen-
to de consumo consciente cresce entre jovens; veja ideias para aderir”, disponível em: https://
catracalivre.com.br/economize/movimento-de-consumo-consciente-cresce-entre-jovens-
-veja-ideias-para-aderir/.

181
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

f) Orientar as equipes a discutir formas de consumo consciente no seu cotidiano:

• Cada equipe deverá propor pelo menos três ações de consumo consciente adequadas à
realidade em que estão inseridos.
• As ações devem ser práticas e de fácil aplicação para que os estudantes possam efetiva-
mente colocá-las em prática.

Se considerar adequado, o docente poderá propor uma continuidade


das ações, reservando alguns minutos das aulas seguintes para acom-
panhar o cumprimento das práticas de consumo consciente.

g) Orientar cada equipe a apresentar as ações propostas ao grande grupo.


h) Orientar os estudantes a, individualmente, preencher os dados apresentados no Teste de Edu-
cação Financeira desenvolvido por Reinaldo Domingos (disponível no Anexo E).
i) Orientar os estudantes a identificar o tipo de perfil de consumo individual.
j) Organizar os estudantes em equipes de no máximo seis participantes, de acordo com a con-
vergência de respostas, podendo haver mais de uma equipe com o mesmo perfil.
k) Orientar as equipes a discutir a respeito do perfil identificado, conforme segue:

• Para as equipes dos perfis “Equilibrado” e “Consumista”, solicitar que definam estratégias
para tornar o consumo consciente e assumir o controle das próprias finanças.
• Para as do perfil “Econômico e poupador”, solicitar que discutam sobre formas de cons-
cientização dos colegas.

l) Orientar as equipes a apresentar o resultado de suas discussões, sugerindo estratégias de


utilização consciente dos recursos financeiros.
m) Finalizar a estratégia estimulando os estudantes a refletir a respeito dos assuntos abordados,
sugerindo que deem continuidade às ações propostas de educação financeira e reforçando
que, na maioria das vezes, o alcance dos objetivos definidos em projetos de vida e carreira
depende de um planejamento financeiro adequado.

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CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Vídeo “Educação financeira de jovens – Jornal Futura –
Canal Futura”, disponível no link: https://www.youtube.
com/watch?v=_gbE3dHOp_Q.
• Computadores com acesso à internet para pesquisa, se
houver disponibilidade dos recursos.
• Materiais para pesquisa, caso não haja disponibilidade
de recursos para acesso virtual.
• Artigo “Movimento de consumo consciente cresce
entre jovens; veja ideias para aderir”, disponível em:
https://catracalivre.com.br/economize/movimento-de-
consumo-consciente-cresce-entre-jovens-veja-ideias-
para-aderir/.
• Teste de Educação Financeira (ver Anexo E).

5ª ESTRATÉGIA
CHAPÉU INTERPLANETÁRIO
Tempo previsto: 03h

OBJETIVO
A estratégia de ensino e aprendizagem chamada Chapéu Interplanetário favorece maior compreen-
são sobre a importância do planejamento para execução de metas e construção da carreira, a neces-
sidade de maior detalhamento das ações para o alcance de tais metas e a importância de revisão do
planejamento ao longo do percurso. Além disso, esta prática também auxilia no desenvolvimento de
competências de comunicação, liderança, trabalho em equipe e cooperação.

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Orientar os estudantes a formar grupos de até seis participantes, organizando a sala de aula
em “ilhas de trabalho”.

183
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

b) Apresentar aos estudantes o cenário da atividade e os critérios de qualidade, que geram a


pontuação final para indicação da filial vencedora.

Cenário
Estamos no ano 2080 e somos os maiores talentos na produção de ideias. Vamos
participar de um concurso interplanetário em que concorrerão várias empresas.
Somos uma empresa que produz chapéus para homens, mulheres e crianças.
Nossos modelos já são muito conhecidos, e queremos ganhar o prêmio. Estamos
divididos em X (número de) equipes, que serão denominadas de filiais. A meta
de cada uma é confeccionar um chapéu para participar do concurso, segundo os
critérios de qualidade estabelecidos pela matriz:

O chapéu deve:

• Ser bonito e criativo.


• Ter originalidade.
• Ter no mínimo três cores.
• Ter no mínimo 15 cm de altura.
• Poder ser usado.
• Ter o menor custo.
• Ter a logomarca da empresa.
• Ter manual de instruções.

Nossos estoques de suprimentos estão baixos e é necessário fazer a aquisição


de todo o material. Temos o prazo de 30 dias, no mínimo, para planejar e definir
os modelos a serem confeccionados. Caso o produto seja aprovado no Fórum
Interplanetário, os componentes da filial vencedora receberão bônus e um fim de
semana na Lua. Será permitido comprar o material durante a fase do planejamen-
to, porém os protótipos confeccionados durante essa fase não contarão pontos.

184
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Esta é a tabela de pontuação para indicação do vencedor (Tabela 2):

Tabela de pontuação para indicação do vencedor


Critério de qualidade Pontuação
Chapéu mais colorido (três ou mais cores) 10

Chapéu com a logomarca da empresa 15

Chapéu com manual de instruções 5

Chapéu passou no teste de sustentabilidade 10

Chapéu mais barato 20

Chapéu com melhor acabamento 5

Chapéu mais original 15

Chapéu mais criativo (usabilidade) 20


Total 100
Tabela 2 - Pontuação para indicação do vencedor – Chapéu interplanetário (5ª estratégia)
Fonte: SENAI\DN (2020)

c) Apresentar a tabela com o custo dos materiais disponíveis para a “compra” durante o período
de planejamento e a posterior construção dos chapéus. É importante enfatizar que, assim
como a tabela de critérios e suas respectivas pontuações podem ser adaptadas conforme a
necessidade do docente, a tabela de materiais e seus respectivos custos devem ser previstos
de acordo com o material disponibilizado pela escola para o desenvolvimento da estratégia.
d) Informar aos estudantes que só lhes é permitido portar caneta e lápis preto para a realização
dessa estratégia.
e) Providenciar para todos os estudantes os materiais necessários para a confecção do chapéu,
conforme tabela de custos:

185
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Tabela de custo dos materiais


Material Valor unitário Filial 1 Filial 2 Filial 3 Filial 4
Cola R$ 3,00

Tesoura R$ 5,00

Fita adesiva (30 cm) R$ 0,80

Régua R$ 1,00

Cartolina R$ 2,50

Canetinha hidrocor R$ 0,50

Giz de cera R$ 0,30

Folha de ofício R$ 0,80

Glitter R$ 1,50

Botão R$ 0,70

Total
Tabela 3 - Custo dos materiais – Chapéu interplanetário (5ª estratégia)
Fonte: SENAI\DN (2020)

f) Apresentar aos estudantes:


• O cenário.
• A tabela com a pontuação de cada critério para eleger a filial vencedora.
• A tabela de custo dos materiais.

g) Iniciar o desenvolvimento da estratégia, que deve ser realizada em quatro etapas, conforme
o Quadro a seguir:

Desenvolvimento da estratégia
Etapa Tempo Atividade
Planejamento: cada equipe recebe duas folhas (sem custo adicional) e deve planejar o chapéu
que desejar, como desejar, considerando os recursos necessários, tempo e custo.
1 30min
Nesta etapa a equipe já deve prever os recursos que vai utilizar e “comprar” tais recursos do
docente, sem, contudo, utilizá-los ainda.

Execução: neste momento, o planejamento realizado e os recursos adquiridos ficam sobre as


2 50min mesas de trabalho. O docente deve solicitar que as equipes troquem de mesa para executar o
planejamento de outra equipe.

Teste de sustentabilidade: um representante de cada filial deve apresentar o seu produto para
3 10min as demais, fazendo o teste de sustentabilidade (o chapéu deve ser usado pelo integrante e
permanecer na cabeça por no mínimo 30 segundos).
Computação dos dados para indicar o vencedor: primeiramente, o docente deve computar
qual foi o gasto de cada equipe para a construção do chapéu, conforme a tabela de custos,
4 10min
para pontuar o chapéu mais barato. Depois, a partir da tabela de critérios, deve fazer a soma
de pontos e indicar a filial (equipe) vencedora.

Quadro 21 - Desenvolvimento da estratégia – Chapéu interplanetário (5ª estratégia)


Fonte: SENAI\DN (2020)

186
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

h) Propor aos estudantes que discutam em suas equipes as seguintes questões e as respondam:
• Quais as dificuldades encontradas na realização de toda a tarefa?
• Compare o plano que recebeu com o plano elaborado pela sua equipe. O que há de
comum? Quais as falhas e os acertos?

h) Propor aos estudantes que discutam sobre o conteúdo do plano das equipes no grande gru-
po e, para aprofundar as reflexões e atingir o objetivo da estratégia, realizar ainda os seguintes
questionamentos:
• Qual foi a sua contribuição para o resultado da equipe?
• Você estava comprometido com a atividade e o resultado final?
• É fácil realizar uma atividade planejada por outros?
• As informações recebidas foram suficientes?
• O planejamento realizado pela sua equipe forneceu todas as informações necessárias?
• Foi necessário rever o planejamento? Em que momento e por quê?
• Qual a relação possível entre essa atividade e o planejamento do seu futuro profissional?

i) Incentivar os estudantes com os questionamentos a seguir, tendo em vista o desenvolvimen-


to de competências:
• Como foi a comunicação entre os participantes da equipe? E com as outras filiais?
• A ética prevaleceu em todos os momentos da atividade?
• Quem exerceu a função de líder? Como essa função foi exercida?
• Houve cooperação ou competição?
• Como ocorreu o consenso? Houve uma negociação saudável entre os participantes da
equipe?
• Você tinha a competência necessária para realizar a atividade? Recebeu algum tipo de
treinamento?

j) Finalizar a estratégia enfatizando a relação entre o planejamento e o sucesso na escolha pro-


fissional.

187
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

MATERIAIS • Folhas de papel sulfite.


NECESSÁRIOS:
• Papel-cartão colorido.
• Folhas de cartolina de diferentes cores.
• Cola.
• Tesoura.
• Fita adesiva.
• Lápis de cor.
• Canetas hidrocores.
• Giz de cera.
• Régua.
• Materiais alternativos, como botões, glitter, grãos, fitas
etc.

6ª ESTRATÉGIA
COMPETÊNCIAS DO PROFISSIONAL DO FUTURO
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
Esta estratégia de ensino e aprendizagem tem como objetivo levar os estudantes a identificar as
competências exigidas para o mercado de trabalho, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, e
conscientizá-los a respeito da importância de desenvolvê-las. Devem ser consideradas as seguintes
competências:
• Resolução de problemas complexos.
• Capacidade de negociação.
• Pensamento crítico.
• Adaptabilidade.
• Curiosidade.
• Flexibilidade cognitiva.

188
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

• Iniciativa.
• Tomada de decisões.
• Criatividade.
• Inteligência emocional.

Para realização da estratégia, você, docente, deve:


a) Avaliar os vídeos indicados a seguir e, considerando a realidade dos estudantes, sele-
cionar o(s) mais adequado(s):

1. SENAI São Paulo – O que é a Indústria 4.0” (disponível em: https://www.youtube.com/


watch?v=3ixQQ4elwm0): produzido pelo SENAI SP, fala das tecnologias envolvidas na
Quarta Revolução Industrial.
2. “800 milhões de empregos irão desaparecer até 2030” (disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=Qvhc4fea9RA): aborda a extinção dos empregos e sua substitui-
ção com o uso das tecnologias habilitadoras.
3. “O que é Indústria 4.0” (disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mR1COdqk-
QF4): aborda questões relacionadas à Quarta Revolução Industrial.
b) Informar que a Quarta Revolução Industrial exigirá do profissional novas competên-
cias e perguntar ao grande grupo se conseguem identificá-las no(s) vídeo(s) apresen-
tado(s), estimulando o debate entre os estudantes.
c) Formar equipes de quatro estudantes e orientar que pesquisem a respeito da Quarta
Revolução Industrial e das tendências do mundo do trabalho, identificando as com-
petências do profissional do futuro, buscando o significado de cada competência e
como podem ser desenvolvidas.
d) Solicitar que as equipes apresentem para o grande grupo as competências identifica-
das durante a pesquisa, estimulando o debate ao final das apresentações e instigando
os estudantes a refletir sobre as competências necessárias para o profissional do futu-
ro e o que precisam fazer para desenvolvê-las.
e) Finalizar a estratégia reforçando que já se está vivendo a Quarta Revolução Industrial
e que as mudanças já são sentidas, portanto é preciso estar atento às necessidades do
mercado de trabalho para que se possa desenvolver as competências exigidas.

189
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Computadores com acesso à internet, caso haja
disponibilidade dos recursos.
• Materiais a respeito das competências do profissional do
futuro para a pesquisa, caso não seja possível pesquisar
na internet.
• Vídeos selecionados, disponíveis nos links:
• “SENAI São Paulo – O que é a Indústria 4.0”, disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=3ixQQ4elwm0.
• “800 milhões de empregos irão desaparecer até
2030”, disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=Qvhc4fea9RA.
• “O que é Indústria 4.0”, disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=mR1COdqkQF4.

7ª ESTRATÉGIA
UM PASSO DE CADA VEZ
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
Esta estratégia de ensino e aprendizagem tem como objetivo levar os estudantes a compreender que
as conquistas ocorrem dentro do seu devido tempo.

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Apresentar o vídeo “O tempo certo: você está na corrida contra o tempo (reflexão)”, disponível
no link: https://www.youtube.com/watch?v=TMyGpkvklR4.
b) Solicitar aos estudantes que comentem o que entenderam do vídeo em equipes de cinco
participantes.
c) Orientar as equipes para que consolidem as ideias e as apresentem para o grande grupo.
d) Finalizar a atividade comentando que muitas conquistas acontecem no tempo de cada um e
que o importante é a construção de um passo de cada vez.
e) Solicitar aos estudantes que insiram o material produzido no portfólio.

190
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

8ª ESTRATÉGIA
DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE VIDA E CARREIRA
Tempo previsto: 05h

OBJETIVO
Esta estratégia de ensino e aprendizagem tem como objetivo levar os estudantes a construir seu Pla-
no de Vida e Carreira.

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Orientar os estudantes para que, individualmente, definam:

• Um objetivo profissional, entendido como o sonho que desejam realizar no futuro, de-
vendo-se considerar neste momento as descobertas feitas nas etapas de Autoconheci-
mento e do Mundo do Trabalho, conforme registradas no portfólio.
• Três metas para alcance do objetivo profissional, no mínimo (ver Apêndice H). As metas
devem ser:

• Específicas: o estudante deve apontar o que quer realizar com a maior riqueza de
detalhes possível, incluindo o local de realização, sempre que pertinente.
• Realistas: a meta deve ser passível de realização.

b) Orientar os estudantes sobre o preenchimento da matriz SWOT (FOFA, em português), con-


forme descrito a seguir, considerando as orientações a seguir:

• S (strenghts – forças): o estudante deve elencar os seus pontos fortes para alcance do
objetivo proposto.
• W (weaknesses – fraquezas): o estudante deve elencar suas oportunidades de melhoria
para alcance do objetivo proposto, isto é, quais características pessoais são necessárias
para o alcance do objetivo e precisam ser desenvolvidas ou aprimoradas.
• O (opportunities – oportunidades): quais oportunidades e/ou circunstâncias existentes
no entorno do estudante podem auxiliá-lo no alcance do objetivo.
• T (threats – ameaças): quais circunstâncias existentes no entorno do estudante podem
prejudicá-lo no alcance do objetivo.

191
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

FORÇAS OPORTUNIDADES

s o

FRAQUEZAS AMEAÇAS

w t
Davi Leon (2018)

c) Solicitar aos estudantes que preencham a matriz SWOT (FOFA, em português) (Anexo F), con-
siderando as orientações.
d) Solicitar aos estudantes que analisem a matriz de forma global a fim de confirmar o objetivo
profissional. Caso o estudante decida alterá-lo, deve construir uma nova matriz SWOT consi-
derando o novo objetivo.
e) Orientar os estudantes a definir metas em curto, médio e longo prazo para alcance do objeti-
vo profissional, com o auxílio da planilha disponível no Anexo G.
f) Orientar os estudantes a criar um plano de ação 5W2H, conforme modelo a seguir (Anexo H):

192
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Plano de ação 5W2H


Objetivo
O que? Quem? Quando? Onde? Por quê? Como? Quanto?

g) No plano SWOT (FOFA, em português) devem ser propostas ações que viabilizem o alcance
das metas e, consequentemente, do objetivo profissional, de modo que:
• minimizem as ameaças (T – threats) e fraquezas (W – weaknesses);
• potencializem as oportunidades (O – opportunities) e forças (S – strenghts);
• indiquem ações em curto, médio e longo prazo.

h) Orientar aos estudantes que, caso a meta esteja vinculada a um custo que a torne inacessível,
fontes de financiamento devem ser pesquisadas, considerando recursos próprios, governa-
mentais, instituições financeiras, fundações, bolsas de estudos, entre outras. Neste momento
o docente deve relacionar esse conteúdo com a educação financeira já estudada.
i) Entregar aos estudantes o modelo de Plano de Vida e Carreira do Anexo I para que cada um
construa o seu, utilizando-se as figuras fornecidas nesse mesmo anexo, da seguinte forma:

• O estudante deve construir um caminho que o levará para o objetivo profissional. Este
caminho poderá ter diversos percursos, sempre levando em consideração as ações e
metas traçadas para alcance do objetivo profissional.
• Na bandeira deve ser anotado o objetivo profissional.
• As metas devem ser inseridas ao longo do caminho, de acordo com as figuras forneci-
das, considerando a sua cronologia.
• As ações devem ser inseridas ao longo do caminho, de acordo com as figuras fornecidas,
considerando a sua cronologia e metas, as quais estão relacionadas.

j) Orientar os estudantes sobre a importância de compartilhar com os pais e/ou familiares o


seu mapa de vida e carreira, discutindo suas escolhas, o que pode facilitar o recebimento de
feedbacks e deve colaborar para o amadurecimento de suas definições.

193
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

2 - PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO

ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
Para realizar esta atividade, você, docente, deve:
• Orientar os estudantes quanto aos passos necessários para a conquista do emprego por meio
da construção de um currículo, à postura em uma entrevista de emprego e aos documentos
legalmente obrigatórios para a prestação de serviço profissional. Desse modo, se você con-
siderar pertinente a adaptação de alguma estratégia, deverá ter sempre como referencial as
capacidades presentes na etapa Projeto de Vida e Carreira.
• Esclarecer aos estudantes que as atividades devem ser realizadas na seguinte sequência:
construção de currículo, entrevista de emprego e documentos legais para o trabalho.
• Dar ênfase à avaliação formativa e à mediação da aprendizagem durante as etapas de cons-
trução de currículo, entrevista de emprego e documentos legais para o trabalho.

7.3.2 ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

1ª ESTRATÉGIA
PREPARAÇÃO PARA INSERÇÃO NO MUNDO
DO TRABALHO
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é conscientizar os estudantes em relação aos
comportamentos adequados para inserção no mundo do trabalho, especialmete nas redes sociais.

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:

194
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

a) Orientar os estudantes em relação ao objetivo da atividade, reforçando que muitos recruta-


dores avaliam o comportamento dos candidatos nas redes sociais complementarmente ao
processo seletivo da empresa, como forma de identificar como aqueles candidatos pensam
e agem. Ressalte que toda postagem feita numa rede social transmite uma mensagem em
relação ao nosso perfil, portanto precisamos refletir acerca das nossas postagens, analisando
a adequação da informação aos nossos objetivos pessoais e profissionais.
b) Solicitar aos estudantes que citem exemplos de comportamentos que podem ser prejudiciais
para a aceitação numa empresa.
c) Complementar os exemplos dos estudantes com a relação a seguir:
• publicações depreciando a imagem de empresas em que trabalhou anteriormente, o
que demonstra falta de ética profissional;
• comentários pejorativos a respeito de clientes e colegas de trabalho;
• postagens preconceituosas e discriminatórias, desrespeitando minorias;
• xingamentos e debates desrespeitosos;
• postagens de baladas, com bebidas alcoólicas;
• postagens de cunho sexual, expondo-se ou expondo outras pessoas;
• postagens referentes a comportamentos ilícitos, como fotos de drogas ou comentários
de apologia a drogas proibidas;
• divulgação de informações sigilosas.

Caso considere adequado, você pode orientar os estudantes, em equi-


pes de quatro participantes, a acessar as redes sociais dos colegas pró-
ximos para avaliar a adequação das postagens ao interesse de inserção
no cenário profissional. Os estudantes podem fazer sugestões de pos-
tagens adequadas aos colegas da equipe.

d) Ressaltar que devem cuidar também do endereço de e-mail a ser divulgado no currículo e
usado profissionalmente, procurando não expor questões pessoais. Citar exemplos de ende-
reços de e-mail inadequados:

• bonitinhadobairro@....
• batgirl@...
• ninja@...
• thebest@...
• almondega@...
• bobcat@...
• gostosãodobairrro@...

195
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

e) Orientar que os estudantes, mantendo as equipes de quatro participantes, verifiquem seus


endereços de e-mail e, se necessário, criem um novo endereço que seja adequado para utili-
zação no meio profissional.
f) Orientar que os estudantes façam a atividade compartilhando os seus endereços de e-mail
para que os colegas os ajudem a analisar a adequação ao propósito profissional.
g) stimular o debate a respeito do que aprenderam com a atividade, reforçando que, por mais
que redes sociais como Facebook e Instagram tenham como objetivo a postagem de cunho
pessoal, nada impede que as empresas as utilizem como forma de avaliação dos futuros cola-
boradores. Por isso, o cuidado com as informações disponibilizadas nessas redes é essencial
quando se tem o objetivo de ingressar e obter sucesso no mundo do trabalho.
h) Finalizar a atividade ressaltando que o cuidado com as redes sociais não deve ser somente
durante o processo seletivo, mas durante toda a vida profissional, considerando que os pro-
fissionais de gestão de pessoas das empresas, assim como os líderes das equipes, monitoram
as postagens dos colaboradores como forma de preservar a imagem da empresa. Por isso, é
importante tomar muito cuidado com as postagens, especialmente com aquelas de cunho
político ou religioso e que geram discussões acaloradas.

2ª ESTRATÉGIA
CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
Esta estratégia de ensino e aprendizagem tem como objetivo levar os estudantes a construir seu cur-
rículo.

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Conscientizar os estudantes acerca da importância do currículo e dos cuidados na sua cons-
trução, utilizando a abordagem a seguir:

196
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

A construção de um currículo é o primeiro passo para a conquista do emprego.


Nem todos dão a devida importância a esta etapa e acabam perdendo oportuni-
dades, pois o currículo é a porta de entrada dos candidatos nas empresas alme-
jadas. Ele é o instrumento utilizado para despertar no selecionador a vontade de
chamá-lo para uma entrevista de emprego. Deve conter informações verídicas e
atraentes para o selecionador, que recebe muitos currículos e acaba sendo atraí-
do pelos documentos mais bem elaborados.
Dessa forma, o currículo precisa conter informações claras e de fácil visualização
e ser atrativo, evitando informações irrelevantes, como número de documentos
ou certificados de cursos não relacionados ao emprego pretendido. Para sua
construção, é necessário um planejamento, elencando os pontos fortes e as in-
formações necessárias e desejáveis para a vaga.

b) Apresentar o vídeo disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=dK9-W918_eM&-


t=243s.
c) Solicitar que os estudantes construam seus currículos com base no modelo disponível no
Apêndice I.

Dependendo da área da profissão do candidato, o formato do currícu-


lo pode ser um diferencial. Assim, se considerar adequado, você pode
apresentar aos estudantes alguns modelos diferenciados de currículo
disponíveis em: https://www.canva.com/pt_br/aprenda/49-modelos-
-de-curriculo-inspiradores/.

d) Orientar os estudantes a formar equipes com quatro participantes após a construção do cur-
rículo. Os integrantes das equipes devem trocar os currículos entre si, e cada um fará a análise
do currículo recebido, nele anotando sugestões.
e) Disponibilizar um momento para que os estudantes realizem as devidas alterações em seus
currículos.
f) Solicitar a inserção do currículo no portfólio.

197
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Vídeo disponível no link: https://www.youtube.com/
watch?v=dK9-W918_eM&t=243s.
• Modelo de currículo (Apêndice I).

3ª ESTRATÉGIA
REDES DE RELACIONAMENTO E LINKEDIN
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é orientar os estudantes em relação às oportu-
nidades disponíveis nas redes de relacionamento profissionais, especialmente o LinkedIn.

Para realização da estratégia, você, docente, deve:


a) Solicitar aos estudantes que formem grupos de quatro participantes.
b) Orientar que os estudantes leiam e discutam o texto a seguir, tendo em vista a sua compreen-
são. Devem dar máxima atenção às dicas e à questão que se encontra no final.

Imagine que agora você tem seu currículo ou portifólio pronto: o que você preci-
sa fazer para que ele chegue aos locais certos?
Você já pensou de que forma as redes de relacionamento profissional ou network
podem ajudar, por exemplo, na divulgação de seu currículo e na busca de um
emprego?
Algumas empresas priorizam a indicação de novos integrantes por colaborado-
res. Dessa forma, é fundamental que seus conhecidos tenham acesso ao seu cur-
rículo e saibam dos seus interesses profissionais.
Você sabia? Algumas empresas incentivam e até premiam os colaboradores que
indicam candidatos com perfil adequado à empresa, sendo esta uma forma de
motivar e reconhecer as indicações bem-sucedidas.

198
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Lembre-se de pesquisar informações a respeito dos locais de trabalho de seus co-


legas e avise-os que está à procura de uma oportunidade profissional, deixando
também suas informações atualizadas nas redes sociais.
Algumas profissões possuem grupos de discussão relacionados à área, então ca-
dastre-se e interaja, demonstrando seus conhecimentos.
As redes sociais podem ser úteis na busca de uma nova oportunidade, ampliando
a rede de relacionamentos e aumentando as possibilidades de colocação e reco-
locação profissional.
Construir uma rede de relacionamentos é manter contato com pessoas com as
quais você trabalhou ou estudou e fazer contatos com outras que atuem em se-
tores relacionados à sua área de interesse.

Dicas para desenvolver e manter uma rede de relacionamentos:

• Mantenha-se informado sobre as áreas de atuação e os locais de trabalho


dos ex-colegas.
• Divulgue nas redes sociais os resultados de seus projetos que tenham sido
bem-sucedidos, sempre tomando o cuidado de não expor outras pessoas
envolvidas nem desrespeitar contratos de sigilo.
• Seja leal e comprometido com atividades e projetos que realizar, pois é des-
sa forma que as pessoas se lembrarão de você.
• Mantenha contato com as pessoas da sua rede de relacionamentos, parabe-
nizando-as pelas conquistas e respondendo quando solicitado.
• Seja discreto e cordial nos seus contatos, evitando mandar mensagens fora
do contexto profissional (correntes, piadas e assuntos relacionados a políti-
ca partidária).
• Mantenha o contato com sua rede mesmo nos momentos em que você não
precisar dela, pois não é bem-visto quando você só procura se precisa.
• Procure auxiliar as pessoas de sua rede sempre que for possível.

As redes sociais podem ser úteis:


• Na busca de uma nova oportunidade.
• Na ampliação da rede de relacionamentos.
• Para o aumento das possibilidades de colocação e recolocação profissional.

E você, tem uma rede de relacionamentos? Quais os benefícios que obtém ou já


obteve dela?

199
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

c) Orientar os estudantes sobre o uso da rede de relacionamentos LinkedIn, caso tenha os re-
cursos necessários na escola, incluindo o acesso à internet, para realizar o cadastro do perfil
profissional de cada estudante nessa rede.

Você já conhece o LinkedIn?


Trata-se de uma rede social semelhante aos tão conhecidos Facebook e Twitter.
Porém, o foco do LinkedIn é a rede de trabalho, e nele você estrutura o seu perfil
focando suas características e experiências profissionais. Da mesma forma, muitas
empresas também mantêm um perfil no LinkedIn e o utilizam para divulgar suas
vagas e recrutar candidatos.

d) Propor o exercício de cadastramento dos estudantes de acordo com as orientações a seguir:

• Resgate do seu currículo as informações referentes às experiências profissionais ante-


riores e os dados de sua formação escolar. Cursos extracurriculares e participação em
projetos que possam ser relevantes para a sua profissão devem ser atualizados constan-
temente no seu perfil.
• Como o acesso é gratuito, você pode se cadastrar e inserir os dados profissionalmente
relevantes no seu perfil. Confira o passo a passo a seguir.

1º Ao acessar essa rede pela primeira vez, você poderá se cadastrar em telas semelhantes a estas: Linkedin ([20--?])

Figura 5 - Tela de cadastro do LinkedIn


Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

200
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

1º Ao acessar essa rede pela primeira vez, você poderá se cadastrar em telas semelhantes a estas:

Linkedin ([20--?])
Figura 6 - Tela inicial do LinkedIn
Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

2º Observe as orientações do próprio LinkedIn para cadastro do perfil:

Linkedin ([20--?])

Figura 7 - Tela de orientações de cadastro no LinkedIn


Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

201
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

3º Durante o cadastro, você indicará o seu propósito ao usar o LinkedIn, numa tela semelhante a essa:

Linkedin ([20--?])
Figura 8 - Tela de indicação de propósito
Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

4º Em seguida, você terá a opção de colocar sua foto e preencher os dados do seu perfil:

Linkedin ([20--?])

Figura 9 - Tela de preenchimento do perfil no LinkedIn


Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

Sempre que considerar necessário, você poderá editar seu perfil e manter os dados atualizados. Um
perfil completo atrai maior quantidade de visualizações, aumentando as chances de contatos profis-
sionais que podem se transformar em novas oportunidades.

202
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

5º Você pode também anexar seu portfólio e vídeos relacionados à sua atuação profissional.

Linkedin ([20--?])
Figura 10 - Tela de preenchimento de informações e trabalhos profissionais
Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

6º Assim como o Facebook, o LinkedIn tem uma página inicial com o histórico das publicações. Nela
você pode tanto acompanhar as notícias compartilhadas por seus amigos quanto fazer postagens
relacionadas a demandas profissionais.

Linkedin ([20--?])

Figura 11 - Tela inicial do histórico de publicações do LinkedIn


Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

203
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

7º Com base nas informações indicadas nos seus interesses e no seu perfil profissional, o LinkedIn
selecionará algumas vagas de emprego para você.

Linkedin ([20--?])
Figura 12 - Tela de vagas selecionadas pelo LinkedIn com base no perfil indicado
Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

8º As oportunidades estarão disponíveis na seção Vagas do LinkedIn, em telas semelhantes a estas:

Linkedin ([20--?])

Figura 13 - Seção Vagas na tela inicial do LinkedIn


Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

204
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Linkedin ([20--?])
Figura 14 - Tela inicial da seção Vagas do LinkedIn
Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

9º Além das vagas selecionadas pelo LinkedIn, você pode usar a ferramenta de busca avançada para
procurar oportunidades mais específicas:

Linkedin ([20--?])

Figura 15 - Busca de vagas no LinkedIn


Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

205
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

10º Ainda no topo da tela, você terá acesso ao ícone Minha Rede. Com ele, você poderá buscar e
convidar novos contatos para sua rede profissional. A ajuda do LinkedIn fornece algumas dicas inte-
ressantes:

Linkedin ([20--?])
Figura 16 - Tela de envio de convites de conexão com pessoas no LinkedIn
Fonte: Reprodução LinkedIn (2020)

A ferramenta possibilita ainda a troca de mensagens com membros da sua rede, além do reconheci-
mento de mérito de profissionais com que estiver conectado.
Você também poderá postar informações que sejam profissionalmente relevantes, sempre tomando
o cuidado de avaliar se o conteúdo da postagem é adequado ao ambiente de uma rede profissional.
Ao final da atividade presencial, os estudantes podem fazer conexões entre si, com você, docente, e
até mesmo com outros profissionais, caso ainda não as tenham feito.

Lembre-se que o LinkedIn é uma rede que está em constante atuali-


zação, por isso as imagens aqui inseridas são meramente ilustrativas e
estão disponibilizadas neste material apenas para guiá-lo durante suas
primeiras interações com a ferramenta.
Mantenha seu perfil atualizado e descubra novas funcionalidades que
surgirão e poderão auxiliá-lo na busca por oportunidades.

e) Finalizar a atividade de redes de relacionamento dando oportunidade para que os estudantes


expressem as suas descobertas sobre o uso dessas redes ou as experiências vantajosas que já
tiveram anteriormente com o uso de uma delas.

206
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Computadores com acesso à internet.
• Cadastro prévio do docente no LinkedIn.

2ª ESTRATÉGIA
DESIGN THINKING
Tempo previsto: 10h

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é exercitar a capacidade de resolução de pro-
blemas de forma criativa, praticando a empatia e o trabalho em equipe por meio do design thinking.

Para realização desta estratégia de ensino e aprendizagem, você, docente, deve:


a) Discutir com a turma de estudantes as duas definições de design thinking a seguir, tendo em
vista que eles apreendam o conceito:

Design thinking é uma metodologia usada para a criação de novos produtos,


serviços, processos ou para a resolução de problemas. Mas de onde vem essa
expressão? A palavra design, do inglês, significa projetar, planejar, desenhar ou
esboçar um projeto, e thinking vem do verbo inglês to think, que significa pensar,
refletir sobre algo.
Nesse contexto, o design vai além da forma e da estética de produtos. Por exem-
plo, pensar a nova embalagem de um produto, com suas cores, ilustrações e for-
mato, é design, assim como definir um novo processo de controle de estoque e
armazenamento também o é. O comum aos dois exemplos é que, para criar algo,
sempre é necessário planejar antes de executar.
Pode-se dizer, então, que o design thinking envolve muita reflexão e tem como
diferenciais a criatividade, a experimentação e a empatia para encontrar soluções
inovadoras. Além disso, tem a característica de ser multidisciplinar, pois da sua
aplicação devem participar todos os profissionais envolvidos no desenvolvimen-
to do produto, do serviço ou da resolução do problema.

207
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

O design thinking é uma abordagem centrada no ser humano para a inovação que
se baseia no kit de ferramentas do designer para integrar as necessidades das pes-
soas, as possibilidades da tecnologia e os requisitos para o sucesso do negócio
(Tim Brown).

b) Discutir com os estudantes os passos para a aplicação do design thinking. Acompanhe!

O design thinking pode ser genericamente chamado de ferramenta, e para colo-


cá-la em prática é preciso seguir alguns passos.
Convém salientar que os resultados das discussões devem ser consolidados por
passos, em notas adesivas a serem afixadas em murais dentro da sala. Este traba-
lho permite uma visão geral de cada passo e facilita a identificação da solução
para a turma de estudantes.

1) Definição: definir o problema a ser tratado.


Perguntas a serem feitas:
• O que você e sua equipe sabem sobre o problema?
• O que vocês levaram em consideração e ninguém mais levou?
• Como você deseja fazer a diferença na vida de quem utilizar sua solução?
• Qual valor irá guiar a sua busca pela solução do problema?

2) Empatia14: entender quem é a pessoa afetada pelo problema, estando, assim,


incomodada com algo que precisa ser resolvido.
Entender o comportamento dessa(s) pessoa(s), entrevistando-a(s) ou acompa-
nhando sua rotina para compreender o problema.
O relevante é questionar, procurar padrões de comportamento e fazer anotações
detalhadas de tudo que perceber.

14 Habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa. Compreensão dos sentimentos, desejos, ideias e ações de outrem.
(Dicionário Michaelis on-line)

208
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

Perguntas a serem feitas:


• O quê?
• Como?
• Por quê?

Deve-se fazer um mapa de empatia15 para sintetizar as informações coletadas


• Q
uais as citações ou palavras importantes que as pessoas investigadas
usam?
• Que ações e comportamentos você notou?
• O
que o investigado poderia estar pensando e o que isso diz sobre sua forma
de ver o mundo?
• Que emoções o investigado poderia estar sentindo?
• Identifique atividades e desejos em que o investigado precisa de ajuda.

3) Ideação16 e visualização: realizar brainstorming17 com equipe para trocar


ideias e propor soluções.
4) Prototipação18: é o processo de utilizar um protótipo para testar as soluções
propostas e aprender com as ideias. O protótipo permite que sejam identificadas
falhas de forma rápida e segura.

5) Teste e melhorias: finalmente é hora de testar a solução proposta, colocando


em prática o que foi pensado até esse momento, envolvendo a pessoa que está
com o problema e analisando as possibilidades de melhoria no produto, no ser-
viço ou mesmo na forma de resolver um problema.

15 É a representação visual das necessidades identificadas na pessoa que está com o problema, a partir dos dados coletados. Em termos
conceituais, pode ser comparado a um mapa mental.
16 Formação ou concepção de uma ideia. (Dicionário Michaelis on-line)
17 Técnica de discussão em grupo em que os participantes contribuem com suas opiniões e ideias a fim de se encontrar uma solução
para um problema ou conceber um trabalho mais criativo. (Dicionário Michaelis on-line
18 Primeiro tipo; primeiro exemplar; modelo, padrão. O primeiro exemplar de um produto industrial, feito de maneira artesanal, confor-
me discriminações de um projeto, que serve de teste, antes de sua produção em série. (Dicionário Michaelis on-line)

209
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

c) Apresentar o vídeo “Design Thinking: O que é e suas 5 etapas fundamentais” para os estu-
dantes (disponível em https://www.youtube.com/watch?v=5xRSOltxXnU).
d) Orientar que os estudantes se reúnam em equipes de quatro participantes e propor que exer-
citem a ferramenta, elegendo como problema a necessidade de encontrar vagas de emprego.
e) Orientar os estudantes a aplicar a ferramenta, seguindo esta sequência:

• Definir o problema.
• Exercitar a empatia.
• Definir soluções.
• Prototipar as soluções.
• Testar e propor melhorias.

f) Orientar os estudantes a pesquisar a respeito do significado de termos e técnicas que não


conheçam, como brainstorming, prototipagem, mapa de empatia, feedback, entre outros.
Havendo disponibilidade de recursos, estimular os estudantes a pesquisar na internet para
esclarecer suas dúvidas.
g) Orientar os estudantes a organizar o tempo disponível para que seja possível experimentar
todos os passos da ferramenta, reservando tempo para cada equipe apresentar a solução
proposta aos colegas.
h) Orientar os estudantes sobre a apresentação da solução, que pode ser feita por meio da téc-
nica “Comercial de 30 segundos”, entre outras formas a serem selecionadas pelo docente e/
ou pelos estudantes.
i) Solicitar aos estudantes que escrevam seu comercial de 30 segundos e o anexem ao portfólio.
j) Finalizar a atividade reforçando que o design thinking pode ser utilizado para encontrar solu-
ções para todos os tipos de problemas, inclusive pessoais. Se houver tempo disponível, pro-
por aos estudantes uma discussão a respeito do que aprenderam com a experiência, incenti-
vando-os a debater os possíveis usos da ferramenta.

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Post its ou papéis e fita adesiva.
• Canetas e lápis coloridos.
• Materiais para prototipação das ideias, conforme
disponibilidade da escola (papéis, réguas, fita adesiva,
impressora 3D, entre outros).
• Vídeo “Design Thinking: O que é e suas 5 etapas
fundamentais”, disponível no link: https://www.
youtube.com/watch?v=5xRSOltxXnU.

210
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

5ª ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIAS PARA ENCONTRAR VAGAS DE EMPREGO
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é orientar os estudantes a respeito de estraté-
gias para encontrar vagas de emprego, considerando os aspectos abordados nas atividades anteriores.

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Apresentar aos estudantes os locais nos quais as empresas costumam tradicionalmente divul-
gar suas vagas de emprego, tais como:

Sites de empresas
Algumas empresas possuem uma área de gestão de pessoas estruturada, a qual
conduz o próprio processo seletivo e disponibiliza no site da empresa informa-
ções a respeito das vagas disponíveis.
Ao consultar na internet os sites das empresas de sua região ou em que gostaria
de trabalhar, você poderá identificar se há algum local específico para anexar o
seu currículo. Geralmente os sites possuem um espaço para cadastro dos seus da-
dos profissionais, para inserção do seu currículo ou com orientações a respeito do
recrutamento da empresa. Procure por “Trabalhe conosco”, “Carreira”, “Faça parte
do time” ou algo semelhante.
Caso você visite o site de alguma empresa e não consiga identificar o local para
envio de currículo ou cadastro das informações profissionais, você pode pedir
orientações por meio do “Fale conosco”.
Agências de emprego
Algumas empresas preferem contratar agências especializadas no processo de
recrutamento e seleção. Dessa forma, elas preservam o pessoal da área de gestão
de pessoas dessa tarefa, para que possam focar outras atividades, e têm a oportu-
nidade de divulgar vagas que ainda estejam ocupadas, mantendo o sigilo e sem
despertar suspeitas dos colaboradores, além de ter pessoas especializadas em
recrutamento e seleção cuidando do processo seletivo.

211
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

b) Orientar os estudantes a realizar pesquisa sobre agências de emprego que atuam na sua re-
gião, conforme orientações a seguir:

• Pesquisar a respeito das agências de emprego que atuam na sua região, identificando
seu endereço e suas formas de cadastro:
• Se a forma for presencial, pesquisar:

• o endereço;
• o horário de atendimento;
• se há necessidade de agendamento;
• documentos necessários para cadastro;
• se é preciso levar o seu currículo ou se é preenchido um cadastro próprio da agên-
cia.

• Se a forma for on-line, pesquisar:

• o endereço eletrônico (site);


• se o cadastro se dá por preenchimento de formulário próprio da agência ou por
envio do seu currículo.

• Caso o acesso à internet não esteja disponível, utilizar os meios aos quais tenha acesso
(jornais, revistas, empresas da região) para desenvolver a atividade proposta.
• Observar estas dicas:

• Pesquisar a respeito de possíveis custos envolvidos na utilização dos serviços da


agência de empregos. Algumas agências cobram apenas das empresas que divul-
gam as vagas, enquanto outras cobram uma taxa dos candidatos também. É im-
prescindível verificar essa questão antes de se comprometer com a agência!
• Algumas agências atuam nacionalmente, então pode ser interessante se cadastrar
caso tenha interesse em atuar fora de sua região.

c) Apresentar aos estudantes, a título de curiosidade, uma forma de contratação comumente


usada pelas empresas para atendimento das atividades que não são o seu foco principal – a
terceirização de serviços:

Para que as empresas possam manter o foco na produtividade, reduzindo despe-


sas e otimizando os processos, existe um modelo de trabalho chamado terceiri-
zação de serviços.
Nesse modelo de contratação, o vínculo do trabalhador é com a empresa terceiri-
zadora, que é contratada pela empresa solicitante do serviço, e todos os direitos
trabalhistas do colaborador são preservados.
Algumas atividades são tradicionalmente terceirizadas, como: portaria, limpeza e
conservação, vigilância patrimonial, manutenção predial, entre outras.

212
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

d) Finalizar a estratégia com os estudantes enfatizando a importância de conhecer estratégias


que permitam ao profissional concorrer a vagas de emprego. Reforçar que foram apresenta-
das as estratégias tradicionais, mas que as empresas também usam formas alternativas de
divulgação das vagas, como visto no LinkedIn.

6ª ESTRATÉGIA
ENTREVISTA DE EMPREGO E DOCUMENTOS LEGAIS
PARA O TRABALHO
Tempo previsto: 02h

OBJETIVO
Esta atividade tem como objetivo orientar os estudantes quanto ao comportamento adequado para
a entrevista de emprego.

Para essa estratégia, você, docente, deve:


a) Conscientizar os estudantes acerca da importância da entrevista e do comportamento neces-
sário antes, durante e no final da entrevista. Para isto, poderá utilizar esta abordagem:

Depois que o currículo é selecionado, o candidato à vaga de emprego é chamado


para uma entrevista. O objetivo desta é confirmar as informações constantes no
currículo e identificar se o candidato preenche os requisitos técnicos e compor-
tamentais necessários ao desempenho da função. O candidato é avaliado desde
o momento em que chega à empresa, por isso a importância de se comportar
adequadamente durante todo o período da seleção, desde a espera na recepção
até o momento de sair da empresa. Muitos entrevistadores solicitam aos profis-
sionais internos que fiquem atentos aos candidatos e que avisem em caso de
situações inadequadas.
O candidato deve preparar-se para entrevista, pesquisando a respeito da em-
presa, seus produtos e posicionamento de mercado. Conhecendo o endereço e
horário da entrevista, o candidato deve pesquisar os horários de ônibus e sair de
casa com no mínimo uma hora de antecedência. Caso a empresa se localize em
local de difícil acesso ou que seja sujeito a congestionamentos, por exemplo, a
antecedência deve ser maior para evitar contratempos.
A apresentação pessoal, como higiene e adequação das roupas, é um item ava-
liado pelo entrevistador. Independente do ramo da empresa, o candidato deve
vestir roupas limpas e sem detalhes chamativos, como roupas rasgadas, decota-
das, curtas ou muito coloridas. O uso de acessórios como boné e piercing deve
ser evitado.

213
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

b) Orientar os estudantes a se dividirem em grupos de cinco participantes.


c) Distribuir os papéis entre as equipes, de modo que metade delas representará o papel de
entrevistado, e a outra metade o papel de entrevistador.
d) Apresentar o perfil da vaga divulgado pelo setor de recrutamento:

Função: menor aprendiz.


Requisitos: estar cursando ensino médio e possuir conhecimentos de editor de
texto e planilhas eletrônicas.
Descrição da vaga: dar suporte às demandas administrativas da empresa.

e) Orientar os estudantes de acordo com o papel a ser representado:

• Equipes que representam os entrevistadores:


• Deverão organizar perguntas para investigar se os candidatos atendem aos requi-
sitos da vaga.
• Devem levar em consideração que receberam do setor solicitante da vaga a orien-
tação de contratar jovens que possuam boas notas e tenham facilidade em lidar
com pessoas, especialmente com profissionais de outras gerações.
• As perguntas devem ser elaboradas de modo a investigar se as informações cons-
tantes no currículo são fidedignas e se o candidato tem bom desempenho escolar
e habilidade de relacionamento interpessoal com profissionais de idades e carac-
terísticas variadas.
• As perguntas elaboradas devem ser anotadas, e um dos participantes da equipe
deve desempenhar o papel do entrevistador, usando como base as questões de-
senvolvidas pela equipe. 
• O entrevistador deve deixar o candidato à vontade e evitar questões que permi-
tam respostas monossilábicas, como “sim” ou “não”. As perguntas devem permitir
que o candidato relate experiências passadas, mesmo que não sejam experiências
profissionais. 
• O entrevistador receberá o currículo do entrevistado pelo menos cinco minutos
antes da entrevista e o utilizará como norteador durante o processo.

• Equipes que representam os entrevistados deverão:

• Montar um currículo que atenda às necessidades da vaga divulgada. Esse currículo


deve ser entregue à equipe que representará o selecionador pelo menos cinco mi-
nutos antes do início da entrevista. 

214
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

• Descrever os cuidados que devem ser tomados antes da entrevista, considerando:

1. O planejamento do deslocamento até o local da entrevista.


2. O tempo de antecedência que deve ser considerado para evitar contratempos
durante o deslocamento.
3. A vestimenta adequada, assim como os acessórios a serem utilizados.
4. Os cuidados com higiene pessoal.
5. As respostas do candidato, durante a entrevista, devem basear-se nas informa-
ções do currículo que encaminhou ao departamento de recursos humanos
da empresa.
f) Orientar a organização da atividade de forma que o representante da equipe que interpreta
o entrevistador faça a entrevista com o representante da equipe que interpreta o entrevista-
do. Todas as equipes deverão passar pela experiência de representar os dois papéis. Caso a
quantidade de equipes seja um número ímpar, uma das equipes representa duas vezes o seu
papel.
g) Discutir com os estudantes as experiências vivenciadas pelos papéis representados, eviden-
ciando:
• Qual a sensação de estar sendo entrevistado?
• Que cuidados você considera importantes antes, durante e depois da entrevista?
• O que pode atrapalhar um candidato durante a entrevista?
• O que pode auxiliar um candidato durante a entrevista?

h) Encerrar a atividade enfatizando a importância de estar preparado para entrevista e de seguir


as orientações repassadas durante toda a atividade.
i) Informar que a Carteira de Trabalho é o principal instrumento para garantir o acesso aos di-
reitos trabalhistas assegurados em lei ao trabalhador. As informações a seu respeito são dis-
ponibilizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego neste link: https://www.servicos.gov.br/
servico/obter-a-carteira-de-trabalho-e-previdencia-social?pk_campaign=orgao.

7ª ESTRATÉGIA
DINÂMICA DE GRUPO
Tempo previsto: 01h

OBJETIVO
O objetivo desta estratégia de ensino e aprendizagem é resgatar com os estudantes o que aprende-
ram a respeito dos comportamentos adequados durante dinâmicas de grupo, considerando que as
estratégias desenvolvidas durante toda a etapa são nesse formato.

215
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Para realização desta estratégia, você, docente, deve:


a) Após orientar os estudantes em relação ao objetivo da atividade, exibir o vídeo “Dicas para
evitar erros em dinâmicas de grupo: como ir bem na dinâmica de grupo”, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=sw-OGf9BGc4.
b) Orientar os estudantes a debater a respeito dos comportamentos adequados durante uma
dinâmica de grupo, relatando as situações identificadas nas estratégias vivenciadas durante
o Mundo do Trabalho, fazendo relação com os comportamentos adequados durante um pro-
cesso seletivo.
c) Se necessário, resgatar com os estudantes situações vivenciadas que seriam prejudiciais du-
rante um processo seletivo, reforçando a importância da avaliação de desempenho para iden-
tificação das melhorias.
d) Finalizar a atividade reforçando que o objetivo das últimas estratégias propostas foi a prepa-
ração para inserção no mundo do trabalho e que o material produzido poderá ser resgatado
pelos estudantes sempre que considerarem necessário, revisando, por exemplo, as dicas de
construção do currículo e de comportamento durante um processo seletivo.

MATERIAIS • Computador com projetor.


NECESSÁRIOS:
• Vídeo “Dicas para evitar erros em dinâmicas de grupo:
como ir bem na dinâmica de grupo”, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=sw-OGf9BGc4.

CONCLUSÃO DA ETAPA PROJETO DE VIDA E CARREIRA AVALIAÇÃO DO


DESEMPENHO E DOS RESULTADOS (TEMPO PREVISTO: 03h)
Para conclusão da etapa, você, docente, deve:
a) Orientar os estudantes para que realizem a avaliação crítica dos desempenhos individuais e
da equipe considerando as estratégias aplicadas durante o desenvolvimento da etapa Projeto
de Vida e Carreira. (Tempo previsto: 2h)

• avaliar o desempenho individual do participante na equipe, considerando as atribui-


ções definidas;
• avaliar o desempenho da equipe, considerando as atribuições definidas;
• identificar possibilidades de melhoria de desempenho em trabalhos em equipe;
• consolidar os resultados da avaliação crítica individual e coletiva e incluir no portfólio.

216
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

b) Orientar os estudantes para que, ao final da atividade, realizem a avaliação crítica individual
dos resultados obtidos com a aplicação de todas as estratégias da etapa Projeto de Vida e
Carreira, inserindo-a no portfólio. (Tempo previsto: 1h)
c) Orientar os estudantes para que realizem as avaliações considerando o quadro de critérios de
avaliação e as listas de verificação com rubricas, a seguir apresentadas:

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Critérios de Avaliação
Capacidades Critérios de avaliação

Identifica as características do estágio.


Identifica as características do Programa Jovem Aprendiz.
Estabelecer relação
entre a formação escolar Identifica as características do programa de trainee.
e a construção da sua
Diferencia os programas de formação escolar – estágio, Programa Jovem Aprendiz e progra-
carreira profissional.
ma de trainee.
Identifica o programa alinhado ao seu objetivo profissional.

Identifica as características dos cursos profissionalizantes.


Avaliar as oportunidades
Identifica as características dos cursos de qualificação e aperfeiçoamento.
de desenvolvimento e
crescimento profissional, Identifica as características dos cursos de pós-graduação.
considerando o próprio
Identifica a importância dos cursos de idioma para o mundo do trabalho.
potencial, o mundo do
trabalho e as necessida- Identifica as características da carreira militar.
des de investimento na
Diferencia as oportunidades de formação profissional existentes no mundo do trabalho.
própria formação.
Identifica a formação alinhada ao seu objetivo profissional.

Identifica o objetivo profissional.


Estrutura metas para o alcance do objetivo profissional.
Define plano de ação para o alcance das metas profissionais.
Estabelecer objetivos Identifica as oportunidades de melhoria pessoal para alcance do objetivo profissional.
e metas profissionais,
Identifica os pontos fortes para alcance do objetivo profissional.
avaliando as condições e
os recursos necessários Identifica as oportunidades e ameaças relacionadas à carreira selecionada.
para seu alcance.
Identifica ações que minimizem as ameaças e fraquezas para alcance do objetivo profissional.
Identifica ações que potencializem as oportunidades e os pontos fortes para alcance do
objetivo.
Identifica fontes de financiamento para alcance dos objetivos profissionais.

Quadro 22 - Critérios de avaliação – Etapa 3: Projeto de Vida e Carreira


Fonte: SENAI/DN (2020)

217
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

LISTA DE VERIFICAÇÃO

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Autonomia


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
Busca outras fontes Busca esponta-
Não busca outras Propõe novas
para estudo e neamente outras
fontes para estudo fontes para estudo
Autodidatismo pesquisa além das fontes para estudo
e pesquisa além das e pesquisa além das
fornecidas em aula, e pesquisa além das
fornecidas em aula. fornecidas em aula.
se demandado. fornecidas em aula.

Relaciona o
Relaciona o desem-
Não é capaz de Descreve o desem- desempenho
penho demonstra-
descrever o que penho demonstra- demonstrado com
Autoavaliação do com um ideal
se espera do seu do sem relacioná-lo o ideal desejável,
desejável, sem usar
desempenho. com um referencial. descrito no perfil de
um referencial.
referência.

Tem dificuldades Argumenta em fa-


Resiste teimosa- para argumentar vor de sua postura Adota novas posi-
mente às mudanças em favor da sua tentando adequar ções e ou pontos
Flexibilidade e não aceita pontos postura, mas não pontos de vista de vista diferentes
de vista diferentes aceita pontos de diferentes do seu à em consenso com a
do próprio. vista diferentes do sua própria forma equipe.
próprio. de se expressar.

Entende a relação
Rejeita as conse- Julga que as
causa-efeito entre Entende a relação
quências das suas consequências são
suas escolhas, mas causa-efeito e assu-
Responsabilidade escolhas e busca injustas e busca
não assume conse- me consequências
culpar outra pessoa por desculpas e ou
quências de suas de suas decisões.
e ou circunstância. justificativas.
decisões.

Quadro 23 - Verificação com rubricas – capacidade socioemocional – autonomia


Fonte: SENAI\DN 0(2020)

218
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M Ó D U LO M U N D O D O T R A B A L H O

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Trabalho em Equipe


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
A maior parte do Mantém-se consis-
Raramente se dedica Algumas vezes se
tempo se dedica a tentemente dedi-
a executar as ativi- dedica a executar as
Foco na atividade executar as ativi- cado a executar as
dades e realizar as atividades e realizar
dades e realizar as atividades e realizar
entregas. as entregas.
entregas. as entregas.

Executa as partes que Executa a sua parte Executa a sua parte


Deixa que outros
Comprometi- lhe cabem somente na atividade, com na atividade e incen-
façam as partes que
mento quando cobrado pela boa vontade e com tiva os outros partici-
lhe cabem.
equipe. responsabilidade. pantes da equipe.

Raramente entrega
Entrega as atividades
Cumprimento de Não entrega as ativi- atividades após o Entrega as atividades
sempre após o prazo
prazo dades. prazo previsto, e no prazo previsto.
previsto e justifica.
sempre justifica.

Participa das dis-


Não participa de Participa ativamente Inicia e ou propõe
cussões somente
discussões. das discussões. discussões.
quando solicitado.

Raramente se man- Sempre se mantém


Não se mantém no Às vezes se desvia do
tém no tema das no tema das discus-
tema das discussões. tema das discussões.
discussões. sões.

Raramente respeita Às vezes respeita Sempre respeita


Não respeita a vez
a vez dos outros a vez dos outros a vez dos outros
Relacionamento dos outros falarem.
falarem. falarem. falarem.
interpessoal
Presta atenção na Sempre escuta com
Nunca dá atenção à Raramente dá aten-
fala de colegas e/ou atenção a fala de
fala dos colegas e/ou ção à fala dos colegas
do docente só quan- colegas e/ou do
do docente. e/ou do docente.
do é advertido. docente.

Interage com os par- Promove interação


Não interage com Interage habitual-
ticipantes da equipe com os participantes
os participantes da mente com os parti-
somente quando da equipe e/ou com
equipe. cipantes da equipe.
solicitado. demais equipes.
Quadro 24 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Trabalho em Equipe
Fonte: SENAI/DN (2020)

219
MUNDO DO TRABALHO | LIVRO DO DOCENTE

Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Resolução de problemas


Rubricas Etapas de Autoavaliação do Estudante Avaliação Docente
Indicadores Atividade/
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível Justificativa Nível Intervenção
Estratégia
Identifica problemas
Não identifica pro- Identifica, às vezes, em contextos defini-
Identifica problemas
Identificação de blemas em contextos problemas em dos e previsíveis, e, às
em contextos diver-
problemas definidos e previsí- contextos definidos e vezes, em contextos
sos e imprevisíveis.
veis. previsíveis. diversos e imprevi-
síveis.

Identificação Identifica sempre as


das causas de Identifica, às vezes, as causas de problemas Identifica as causas
Não identifica as cau-
problemas de causas de problemas simples e, às vezes, de problemas sim-
sas de problemas.
diferentes níveis simples. de problemas com- ples e complexos.
de complexidade plexos.

Propõe soluções para


Proposição de Propõe, às vezes, Propõe soluções para
Não propõe soluções problemas simples e,
soluções aos soluções para proble- problemas simples e
a problemas. às vezes, para proble-
problemas mas simples. complexos.
mas complexos.

Coloca em prática
Coloca em práti-
Implementação Não coloca em Coloca em prática, às soluções para pro-
ca soluções para
de soluções dos prática soluções dos vezes, soluções para blemas simples e, às
problemas simples e
problemas problemas. problemas simples. vezes, para proble-
complexos.
mas complexos.

Avalia a efetividade
Avalia a efetividade
Não avalia a efetivi- Avalia, às vezes, a da solução que
Avaliação dos da solução que
dade da solução dos efetividade da solu- foi implantada aos
resultados da foi implantada aos
problemas que foi ção implantada para problemas simples e,
solução problemas simples e
implantada. problemas simples. às vezes, aos proble-
complexos .
mas complexos.

Quadro 25 - Lista de Verificação com Rubricas – Capacidade Socioemocional – Resolução de Problemas


Fonte: SENAI\DN (2020)

220
CAPÍTULO 7 | S I T UA Ç Õ E S D E A P R E N D I Z A G E M PA R A O M U N D O D O T R A B A L H O

ENTREGA FINAL DA ETAPA PROJETO DE VIDA E CARREIRA – RESULTADOS

Entrega Final da Etapa 1 Autoconhecimento – Resultados


Atividade 1 – Projeto de Vida e Carreira

• A importância do planejamento de vida e carreira – 2ª estratégia – carta escrita


ou indicação de link de filme gravado.
• Conflito de gerações – 3ª estratégia – transcrição de entrevista.
• Educação financeira – 4ª estratégia – teste.
• Desenvolvimento do Plano de Vida e Carreira – 7ª estratégia:
• planilha com as três metas;
• matriz SWOT (FOFA);
• plano de ação 5W2H;
Portfólio • mapa de vida e carreira.

Atividade 2 – Preparação para o Trabalho

• Construção do currículo – 2ª estratégia – currículo.

• Design thinking – 4ª estratégia – texto do comercial de 30 segundos.

Autoavaliação
Avaliação da equipe
Avaliação crítica individual dos resultados obtidos

Quadro 26 - Entrega final da Etapa 3: Projeto de Vida e Carreira


Fonte: SENAI/DN (2020)

Docente, você concluiu com os estudantes o Mundo do Trabalho!


Esperamos que este material tenha auxiliado você a conduzir o processo de ensino-
-aprendizagem de forma a contribuir para que o estudante construa seu projeto de vida
e carreira de forma consciente e com maiores chances de sucesso.
Até a próxima!

221
REFERÊNCIAS
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menta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profis-
sionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,

223
de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5
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226
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia

SENAI/DN
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral

DIRETORIA DE OPERAÇÕES
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações

Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP


Felipe Esteves Pinto Morgado
Gerente-Executivo de Educação Profissional e Tecnológica

Gerência de Educação Profissional e Tecnológica


Deusa Carvalho Ramos
Gerente de Educação Profissional e Tecnológica

Gerência de Tecnologias Educacionais


Luiz Eduardo Leão
Gerente de Tecnologias Educacionais

Ana Luiza Snoeck Neiva do Amaral - UNIEPRO


Anna Christina Theodora Aun de Azevedo Nascimento – UNIEP
Catarina Gama Catão – UNIEP
Eliana Misko Soler – DR/SP
Francisca Rangélia Camelo Coelho – UNIEP
Hellen Cristine Geremia – DR/SC
Jefferson da Silva – UNIEP
Jehan Carla Zunino Lückmann – DR/SC
Lucas Damascena da Silva – UNIEP
Maria Eliane Franco Monteiro Azevedo – UNIEP
Nelson Massaia Borsi Junior – UNIEP
Sandro Portela Ormond – UNIEP
Elaboração 2018

Hellen Cristine Geremia – DR/SC


Jehan Carla Zunino Lückmann – DR/SC
Luiz Carlos de Almeida Filho – DR/SP
Nelson Massaia Borsi Junior – UNIEP
Sandro Portela Ormond – UNIEP
Equipe Técnica Atualização 2020

Sandro Portela Ormond – UNIEP


Coordenação do Projeto

Anna Christina Theodora Aun de Azevedo Nascimento – UNIEP


Revisão Técnica

Eliana Misko Soler


Nelson Fender
Consultores
DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO - DIRCOM
Ana Maria Curado Matta
Diretora de Comunicação

Gerência de Publicidade e Propaganda


Armando Uema
Gerente de Publicidade e Propaganda

Katia Rocha
Coordenadora de Gestão Editorial

DIRETORIA DE SERVIÇOS CORPORATIVOS – DSC


Fernando Augusto Trivellato
Diretor de Serviços Corporativos

Superintendência de Administração - SUPAD


Maurício Vasconcelos de Carvalho
Superintendente Administrativo

Alberto Nemoto Yamaguti


Normalização

________________________________________________________________

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA


Fabrizio Machado Pereira
Diretor do SENAI/SC

Adriana Paula Cassol


Gerente Executiva de Educação do SENAI/SC

Daniel José Tenconi


Gerente Executivo da Regional Sudeste SENAI/SC

Fabiano Bachmann
Coordenador de Educação Digital do SENAI/SC

Fernando D Pitt
Coordenadoria de Desenvolvimento e Operações Digitais

Priscila Carneiro Gallasse Cesconetto


Gestora do Projeto

Sabrina Paula Soares Scaranto


Designer Educacional

Tatiana Daou Segalin


Projeto Gráfico
Carlos André Marques de Andrade
Davi Leon Dias
Ilustrações e Tratamento de Imagens

Juliana Tonietto
Leandro Rosa da Silva
Tatiana Daou Segalin
Diagramação

Tikinet Edições
Revisão gramatical

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